Bolsonaro comemora substituição de médicos cubanos no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro comemorou nesta quinta-feira que os mais de 8.000 médicos cubanos que pararam de atender no Brasil após o fim do programa "Mais Médicos" tenham sido substituídos.
Bolsonaro tuitou que o Ministério da Saúde "agiu rapidamente e as vagas deixadas foram preenchidas - as últimas nesta quarta (13) por brasileiros formados no exterior".
Mais de 8.000 médicos cubanos trabalharam no Brasil por mais de cinco anos no âmbito do programa Mais Médicos, lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff para dar assistência às populações de regiões mais pobres e rurais.
Mas devido a condições exigidas por Bolsonaro e não aceitas pela ilha, o governo cubano decidiu em novembro pôr fim ao acordo.
Milhares de médicos voltaram então à ilha, e várias organizações destacaram que sua partida poderia deixar carências importantes no Brasil, sobretudo em zonas remotas.
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que as 8.517 vagas deixadas pelos profissionais cubanos "foram ocupadas por profissionais brasileiros", depois de que as últimas 1.397 foram ocupadas por brasileiros formados no exterior.
"Eles receberão seus salários de forma integral e terão a liberdade necessária para uma vida digna", escreveu o mandatário, que comparava as condições do programa com as de "escravidão".
Bolsonaro afirmou que o Brasil ofereceu "asilo aos que cidadãos queriam ficar em nosso país". Mas na terça-feira Havana acusou as autoridades brasileiras de não cumprirem "as ofertas de emprego aos médicos cubanos que escolheram não voltar a Cuba", 10% dos que faziam parte do programa, e lhes ofereceu possibilidades de regresso e trabalho.
https://br.yahoo.com/noticias/bolsonaro-comemora-substituição-médicos-cubanos-brasil-111129908.html
Bolsonaro tuitou que o Ministério da Saúde "agiu rapidamente e as vagas deixadas foram preenchidas - as últimas nesta quarta (13) por brasileiros formados no exterior".
Mais de 8.000 médicos cubanos trabalharam no Brasil por mais de cinco anos no âmbito do programa Mais Médicos, lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff para dar assistência às populações de regiões mais pobres e rurais.
Mas devido a condições exigidas por Bolsonaro e não aceitas pela ilha, o governo cubano decidiu em novembro pôr fim ao acordo.
Milhares de médicos voltaram então à ilha, e várias organizações destacaram que sua partida poderia deixar carências importantes no Brasil, sobretudo em zonas remotas.
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que as 8.517 vagas deixadas pelos profissionais cubanos "foram ocupadas por profissionais brasileiros", depois de que as últimas 1.397 foram ocupadas por brasileiros formados no exterior.
"Eles receberão seus salários de forma integral e terão a liberdade necessária para uma vida digna", escreveu o mandatário, que comparava as condições do programa com as de "escravidão".
Bolsonaro afirmou que o Brasil ofereceu "asilo aos que cidadãos queriam ficar em nosso país". Mas na terça-feira Havana acusou as autoridades brasileiras de não cumprirem "as ofertas de emprego aos médicos cubanos que escolheram não voltar a Cuba", 10% dos que faziam parte do programa, e lhes ofereceu possibilidades de regresso e trabalho.
https://br.yahoo.com/noticias/bolsonaro-comemora-substituição-médicos-cubanos-brasil-111129908.html
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.
Comentários
E eu também!!!
A reportagem VEJA acompanhou, durante três anos, o trabalho dos profissionais do Mais Médicos em seis cidades sertanejas
Passados exatos seis meses da saída dos cubanos, a reportagem de VEJA visitou seis cidades no interior da Bahia (Mairi, Xique-Xique, São José do Jacuípe, Várzea do Poço, Capim Grosso e Jacobina). O estado abrigava 10% dos médicos cubanos, atrás apenas de São Paulo, com 16% do total. Sem aviso prévio, 8 517 cubanos que ocupavam boa parte das 18.250 vagas do Mais Médicos começaram, em novembro de 2018, a arrumar as malas para voltar ao seu país de origem. Eles trabalhavam em 3.600 cidades do Brasil. Os cubanos, que não possuíam o Revalida – prova de atualização de diplomas internacionais para médicos – foram substituídos por médicos brasileiros. Alguns, que também não possuem o certificado.
Há hoje 3.840 profissionais a menos no Mais Médicos. Houve ainda uma subtração de especialistas que deixaram os serviços municipais e migraram para o programa, em troca de vencimentos melhores. Estima-se que 19 milhões de brasileiros estejam desassistidos como resultado da queda de braço.
Desde a saída dos cubanos, o Mais Médicos teve 1.052 desistências. A maioria no Nordeste (40%). A Bahia foi o estado que mais perdeu profissionais (117).
As pessoas que estão sem atendimento agora continuariam sem atendimento com aqueles médicos de araque mas com o agravante que não se dariam conta disso.
mandem tecnicos de enfermagem para atender nesses postos de saude onde judas enterrou as botas. Resolverá boa parte do problema. Se não resolver, só a ambulanciaterapia resolverá.
Abraços,
Como falaram acima, se médico não quer, abre a vaga para enfermeiro. Com certeza, têm melhor formação do que esses médicos cubanos.
Mas muitos desistiram. Muitos não aguentaram as condições do interior. Os cubanos, bem ou mal, aguentavam.
Talvez, quem sabe, sua situação era tão ruim em Cuba que eles resolveram tentar a sorte em outro lugar.
A pergunta é: se eles fossem livres para escolher, teriam continuado nesses fins de mundo ou iriam para a cidade grande?