Portugal entre a crise e a pneumonia
Começa a ser voz corrente, no seio dos analistas e economistas, que estão a ser reunidas as condições para uma tempestade perfeita que poderá culminar numa nova crise financeira internacional. O FMI, no final de 2018, já tinha alertado que os mecanismos de prevenção de crises são insuficientes e os estados têm de fazer mais para estarem devidamente preparados.
Mais de uma década depois da crise financeira internacional desencadeada pela falência do Lehman Brothers, as condições para uma nova crise estão a reunir-se sem que o mundo esteja preparado para a enfrentar.
O FMI acredita que os Estados por si próprios continuam a não deter capacidade de respostas para travar ou enfrentar uma nova recessão internacional.
Mas não é só o FMI que tem lançado alertas. O famoso economista Nouriel Roubini também já veio advertir que estávamos perante o risco real de estar a fermentar uma nova crise financeira e recessão global que poderão tomar forma já em 2020.
Entre o vaticínio da inevitável subida de juros e a continua guerra comercial entre EUA e China, Roubini adverte que as consequências inevitáveis são a desaceleração da economia, o abrandamento do crescimento e o consequente aumento da inflação. Todos estes fatores têm um efeito de contágio.
Portanto. se os EUA e a China se “constiparem”, a probabilidade de a Europa ter uma “gripe” é enorme. Nesse caso, Portugal e o atual Governo terão dificuldades tremendas, pois uma “gripe” na Europa pode representar uma “pneumonia” num Portugal que pouco ou nada fez para prevenir este cenário. Além do mais temos ainda o "Brexit" com contornos imprevisíveis para a economia portuguesa.
Os portugueses não podem ser confrontados com uma “pneumonia atípica” por pura negligência de quem gere o seu País e que não domina as variáveis externas. Tudo isto deveriam ser alertas para o Governo promover políticas a pensar na estabilidade futura, o que não tem sido manifestamente o caso, por mais alertas que se apresentem.
Uma das entidades que mais tem vindo a alertar o Governo é o Conselho das Finanças Públicas. Este organismo diz até que, olhando para a história económica do País desde 1977, e considerando 40 anos de registos até 2017, a probabilidade de Portugal entrar em recessão a cada cinco anos é de 55%.
Ou seja, mais facilmente Portugal entra em crise do que um cidadão ganha dinheiro numa raspadinha. E a tendência não parece poder ser invertida com o estilo populista com que António Costa e Mário Centeno gerem os destinos do País.
Entre as promessas de futuro investimento público, sem as garantias de um envelope financeiro; passando pela distribuição, anémica e seletiva, de rendimentos inexistentes, sem garantir a neutralidade de custos futuros; com os maiores níveis de carga fiscal de sempre e no limite da capacidade de captação de receita; com a maior dívida publica de todos os tempos e a 3.ª maior da Europa, temos um Governo que ignora todos os sinais que a realidade lhe apresenta.
Mais de uma década depois da crise financeira internacional desencadeada pela falência do Lehman Brothers, as condições para uma nova crise estão a reunir-se sem que o mundo esteja preparado para a enfrentar.
O FMI acredita que os Estados por si próprios continuam a não deter capacidade de respostas para travar ou enfrentar uma nova recessão internacional.
Mas não é só o FMI que tem lançado alertas. O famoso economista Nouriel Roubini também já veio advertir que estávamos perante o risco real de estar a fermentar uma nova crise financeira e recessão global que poderão tomar forma já em 2020.
Entre o vaticínio da inevitável subida de juros e a continua guerra comercial entre EUA e China, Roubini adverte que as consequências inevitáveis são a desaceleração da economia, o abrandamento do crescimento e o consequente aumento da inflação. Todos estes fatores têm um efeito de contágio.
Portanto. se os EUA e a China se “constiparem”, a probabilidade de a Europa ter uma “gripe” é enorme. Nesse caso, Portugal e o atual Governo terão dificuldades tremendas, pois uma “gripe” na Europa pode representar uma “pneumonia” num Portugal que pouco ou nada fez para prevenir este cenário. Além do mais temos ainda o "Brexit" com contornos imprevisíveis para a economia portuguesa.
Os portugueses não podem ser confrontados com uma “pneumonia atípica” por pura negligência de quem gere o seu País e que não domina as variáveis externas. Tudo isto deveriam ser alertas para o Governo promover políticas a pensar na estabilidade futura, o que não tem sido manifestamente o caso, por mais alertas que se apresentem.
Uma das entidades que mais tem vindo a alertar o Governo é o Conselho das Finanças Públicas. Este organismo diz até que, olhando para a história económica do País desde 1977, e considerando 40 anos de registos até 2017, a probabilidade de Portugal entrar em recessão a cada cinco anos é de 55%.
Ou seja, mais facilmente Portugal entra em crise do que um cidadão ganha dinheiro numa raspadinha. E a tendência não parece poder ser invertida com o estilo populista com que António Costa e Mário Centeno gerem os destinos do País.
Entre as promessas de futuro investimento público, sem as garantias de um envelope financeiro; passando pela distribuição, anémica e seletiva, de rendimentos inexistentes, sem garantir a neutralidade de custos futuros; com os maiores níveis de carga fiscal de sempre e no limite da capacidade de captação de receita; com a maior dívida publica de todos os tempos e a 3.ª maior da Europa, temos um Governo que ignora todos os sinais que a realidade lhe apresenta.
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Comentários
Certamente, vem aí nova seca. Também os habituais incêndios.
A vida por aqui é um inferno tão grande, que me surpreende ver tantos brasileiros qualificados a aparecerem por aqui na cidadezinha do centro.
Há ainda quem não entenda a subjectividade da vida.
Quem vive como deseja, segundo critérios próprios, alguma vez poderia sentir-se incomodado por critérios ditados por terceiros?
Portugal tem problemas tao graves quanto aqui. As aparencias enganam. Sera que Brasileiros que desej estar ai realmente sabem disso? E os que estao estao cientes disso?
De brasileiro pra brasileiro: não tem nem como começar uma tentativa de comparação❗
Lá se deixa o carro na rua;
o transporte público: os elétricos, os comboios...
✓ falta de médicos familiares. + e por cá qual é a situação da maioria dos postinhos❓
Não tem nem como tentar qq. tipo de comparação 👎
Mas la tem outros problemas. Voce muda de endereço, e os problemas mudam.
Esses links mostram os problemas que tem la.
Alias pesquisando : https://moraremportugal.com/reviravolta-portugal-ja-nao-e-o-3o-pais-mais-pacifico-do-mundo-entenda-os-motivos/
A comparação não é Portugal vs Dinamarca, Canada, NZ, Suíça... é Portugal com cá...
A minha proposta não é discutir qual o lugar mais seguro e sim não existe lugar seguro.
Até mesmo os lugares mais seguros perdem posto e podem desandar.
Não existe almoço grátis, não importa o quanto as pessoas, físicas ou jurídicas, e governos tentem ignorar esse fato.
Isso tudo tende a desandar a longo prazo.
Primeira vez que visitei Leiria, esqueci carteira visível no carro e portas destrancadas o dia inteiro.
Não tem comparação.
O mundo é mais complexo.
Riscos existem, mas persistir a analisar o mundo actual com lentes arcaicas não ajuda a entender a contemporaneidade.
Deita se comida no lixo- literalmente, há gratuidade, pois o sistema é muito eficiente.
Não obstante, ainda não sabemos lidar com algumas variáveis, daí certas crises. A seu tempo, a menos que a ecologia indique em contrário, a gratuidade aumentará.
A pergunta é: até quando?
Ah outra coisa: uma vez deixei a chave do lado de fora do portão de casa uma noite e nada aconteceu.
Continuem gastando como se não houvesse amanhã... Não existe almoço grátis, alguém sempre paga.
Mas ter problemas graves todo lugar tem. Não coloquei ordem de grandeza nenhuma e o Sr. que tenta colocar. Eu falei que tem problemas, e explicitei com os links.
Aliás a consequência de um problema é um transtorno que pode vir de uma negligência de longo prazo.
A culpa é dos pais, ponto final e não se fala mais nisso.
...
Problema ou oportunidade é tudo ponto de vista.
No seio de uma crise há quem aproveite, para esta pessoa o mundo é maravilhoso. Óbvio, os outros não poderão entender.
Ou
A realidade exterior pode influenciar pouco ou nada o estado interno de um indivíduo. Independentemente das condições ele pode permanecer imperturbável. Um nome para isto é estoicismo.
Para quê agitar os braços se não houver nada a fazer?
A vida é curta...
Você pode ignorar a realidade, mas não suas consequências.
O humano é mortal, sabe que vai necessariamente morrer, logo deve entrar em colapso ou saltar do penhasco para aceitar a co sequência da realidade mais rápido.
Quer se goste ou não, há pessoas que vivem livres do medo de futuro. Ou pelo menos, menos ansiosos face à incerteza.
Se voce chutar uma pedra e ficar com dedo roxo e um interpretacao sua?
De um lado a descrição do percebido e do outro o juízo feito acerca do mesmo.
Como falar algo bonito e nao significar merda nenhuma por PugII.