Fernando_Silva disse: As pessoas confundem o que aconteceu em 1964 com o que veio depois. São coisas diferentes.
A ditadura militar mesmo começou em 1968, com a edição do AI-5 e durou até 1978 com seu fim.
O mais correto é contar dez anos de ditadura militar e não vinte como é o usual.
No Brasil o foco e prioridade da repressão foi extinguir a luta armada dos grupos revolucionários, no que tiveram sucesso absoluto, o que permitiu que boa parte da Inteligência Esquerdista não envolvida naquela luta continuasse ativa e organizada em seus subterrâneos.
Muito diferente do Chile, quando a ordem era exterminar esta Inteligência, ordem que foi cumprida ao pé da letra e às últimas consequências, levando à execução até cantores populares, como Victor Jara.
Por aqui, Chico Buarque, Caetano Veloso e outros artistas receberam alguma pressão, fugiram do país e depois voltaram sem nunca terem sofrido o tipo de ameaça que seus similares chilenos e argentinos experimentaram.
Há uma diferença evidente no nível de violência da ditadura brasileira em relação às de seus vizinhos. Reconhecer isto não é aprovar os atos brutais cometidos, apenas constatar sua realidade quantitativa e proporcional no cenário histórico-político da época.
Tem aí também o politicamente correto. O Che Guevara disse na ONU que lá em Cuba fuzilamos sim e continuaríamos fuzilando enquanto fosse necessário. Foi aplaudido por 34 segundos. Mas por aqui, fuzilar um militante terrorista de esquerda é crime contra os direitos humanos e por isso os milicos têm de ser condenados, etc e tal... Então é por aí que as coisas andam. Crimes cometidos por caras das esquerdas não são crimes e sim atos heroicos. Cacetada em militante esquerdista é caso de punição ao agressor e indenização para o agredido. Pena que o Bolsonaro seja burro demais para levantar essa lebre com o destaque que merece.
Agostinho da Silva, espírito livre, saiu de Portugal por causa da ditadura. Em 1969, deixaria o Brasil, Salazar havia sido retirado do poder, soprava ventos de mudança no país. Enquanto isto, Brasil tornara-se ditadura.
De facto, Agostinho não teria aceitado de ânimo leve viver em opressão, pois era homem para fazer a mala e partir se a sua liberdade estivesse em causa.
P.s. no dia 3 de Abril recordamos a sua partida deste mundo, no qual viveu sempre livre.
Declaramos o indivíduo subversivo terrorista, logo legítimo de ser abatido - ladeira inclinada...
Curiosidade... grupelhos de extrema-direita que nem o CCC... aprontavam a torto e a direito.. mas ficavam impunes pq eram capachos do regime.
A dita luta armada contra a ditadura só surgiu em 1968 depois da radicalização do regime.
Se formos taxar de terroristas resistentes armados... então a resistência francesa na 2ª guerra também era
stefanobahia disse:
A dita luta armada contra a ditadura só surgiu em 1968 depois da radicalização do regime.
Já havia guerrilheiros antes de 1964. Eram treinados em fazendas da Bahia por cubanos e o financiamento era chinês.
"Julião continua a defender a distribuição de terras e recebe o apoio do voto popular: em 1958 é reeleito deputado estadual pelo PSB. O movimento que lidera havia crescido, conquistando projeção internacional. Em uma época de discursos inflamados e revoluções (ver texto abaixo), as Ligas Camponesas chamam a atenção de líderes como Fidel Castro e Mao Tsé-tung, que têm encontros pessoais com Julião e membros de sua família."
"Os temores dos Estados Unidos até poderiam ser um pouco exagerados, mas tinham algum fundamento. Julião e sua mulher, Alexina, mantinham de fato contato com Fidel. Mais radical que o marido, Alexina dizia inclusive que a reforma agrária só se faria "na marra". Além disso, a ala mais à esquerda das Ligas Camponesas havia mesmo aderido à luta armada. O movimento foi o primeiro a adotar a guerrilha no Brasil, entre 1961 e 1962. Alexina chegou a ir à China para pedir armas a Mao Tsé-tung e fez treinamento militar em Cuba, acompanhada por outros esquerdistas brasileiros. Os cubanos também teriam ajudado financeiramente a organização. "A ideia era trazer o comunismo para o Brasil", conta sua filha Anatailde."
"Denise mostra que Fidel apoiou a “revolução” brasileira mesmo antes de 1964. “Quanto à revolução brasileira, Cuba apoiou a formação de guerrilheiros, desde o momento em que assumiu a função de exportar a revolução, quando o Brasil vivia sob o regime de democrático do governo João Goulart, ou seja, antes da instauração da ditadura. A maior parte foi treinada a partir de 1968, quando Cuba já havia se voltado para a construção do socialismo em único país, com o apoio da URSS. Embora um caso isolado, chegou a haver treinamento mesmo ao longo de 1973, quando a guerrilha no Brasil já estava aniquilada, à exceção da guerrilha do PC do B, no Araguaia (1972-1974)."
"O guerrilheiro urbano não teme desmantelar ou destruir o presente sistema econômico, político e social brasileiro, já que sua meta é ajudar ao guerrilheiro rural e colaborar para a criação de um sistema totalmente novo e uma estrutura revolucionária social e política, com as massas armadas no poder."
stefanobahia disse:
A dita luta armada contra a ditadura só surgiu em 1968 depois da radicalização do regime.
Já havia guerrilheiros antes de 1964. Eram treinados em fazendas da Bahia por cubanos e o financiamento era chinês.
"Julião continua a defender a distribuição de terras e recebe o apoio do voto popular: em 1958 é reeleito deputado estadual pelo PSB. O movimento que lidera havia crescido, conquistando projeção internacional. Em uma época de discursos inflamados e revoluções (ver texto abaixo), as Ligas Camponesas chamam a atenção de líderes como Fidel Castro e Mao Tsé-tung, que têm encontros pessoais com Julião e membros de sua família."
"Os temores dos Estados Unidos até poderiam ser um pouco exagerados, mas tinham algum fundamento. Julião e sua mulher, Alexina, mantinham de fato contato com Fidel. Mais radical que o marido, Alexina dizia inclusive que a reforma agrária só se faria "na marra". Além disso, a ala mais à esquerda das Ligas Camponesas havia mesmo aderido à luta armada. O movimento foi o primeiro a adotar a guerrilha no Brasil, entre 1961 e 1962. Alexina chegou a ir à China para pedir armas a Mao Tsé-tung e fez treinamento militar em Cuba, acompanhada por outros esquerdistas brasileiros. Os cubanos também teriam ajudado financeiramente a organização. "A ideia era trazer o comunismo para o Brasil", conta sua filha Anatailde."
"Denise mostra que Fidel apoiou a “revolução” brasileira mesmo antes de 1964. “Quanto à revolução brasileira, Cuba apoiou a formação de guerrilheiros, desde o momento em que assumiu a função de exportar a revolução, quando o Brasil vivia sob o regime de democrático do governo João Goulart, ou seja, antes da instauração da ditadura. A maior parte foi treinada a partir de 1968, quando Cuba já havia se voltado para a construção do socialismo em único país, com o apoio da URSS. Embora um caso isolado, chegou a haver treinamento mesmo ao longo de 1973, quando a guerrilha no Brasil já estava aniquilada, à exceção da guerrilha do PC do B, no Araguaia (1972-1974)."
"O guerrilheiro urbano não teme desmantelar ou destruir o presente sistema econômico, político e social brasileiro, já que sua meta é ajudar ao guerrilheiro rural e colaborar para a criação de um sistema totalmente novo e uma estrutura revolucionária social e política, com as massas armadas no poder."
Monte de fake news pra justificar esse regime decrépito.
Que dizer dos atos terroristas da extrema-direita ? CCC por exemplo? Esses terroristas eram apadrinhados pela ditadura.
Que dizer das operações de falsa bandeira feitas pela ditadura ? Gasômetro e o Riocentro ?
A guerrilha de esquerda só surgiu de vez depois da radicalização do regime.
Se eles eram terroristas... o mesmo digo dos "guarimberos" venezuelanos...
stefanobahia disse:
A guerrilha de esquerda só surgiu de vez depois da radicalização do regime.
Se eles eram terroristas... o mesmo digo dos "guarimberos" venezuelanos...
Ter como objetivo declarado transformar o Brasil em Cuba (cuja revolução era recente) era uma ameaça que não podia ser desprezada.
E eles já tinham começado: as Ligas Camponesas destruíam e incendiavam fazendas por toda a parte.
Os comunistas tentaram dividir as Forças Armadas jogando as baixas patentes contra as altas, ou seja, criando uma luta de classes interna. Acontece que os militares do mundo inteiro estudam sobre isto desde que os bolcheviques dividiram o exército russo e então o dominaram. Claro que eles não iriam ficar parados.
Trecho de um antigo post do RV:
"O fim da insurreição armada em Brasília
A ação pronta do Exército liquidou, nove horas depois, a insurreição armada de 630 sargentos, cabos e soldados da Marinha e da Aeronáutica que, alegando a luta pela elegibilidade - direito que a decisão do STF, baseada na Consituição de 1946, lhes vedou - detiveram oficiais e autoridades, inclusive um ministro do STF e o presidente em exercício da Câmara dos Deputados em Brasília, onde apoderaram-se também dos Ministérios da Marinha e da Justiça, do Departamento Federal de segurança Pública, do Departamento de Telefones e da Base Aérea.
Foi esse o batismo de fogo da nova capital do país, recém implantada por Juscelino Kubitschek no Planalto Central. Sem ter sido maduramente planejado, o levante, que foi o momento de cristalização de um vasto trabalho de infiltração comunista no seio da coluna dorsal das Forças Armadas, não se alastrou a outros pontos estratégicos do Brasil. A insurreição custou duas vidas. A de um civil metralhado na Base Aérea, e a de um fuzileiro que resistiu á porta do Ministério da Marinha. Custou, ainda, ferimentos em várias pessoas, intranquilidade generalizada no país. E repercutiu no cenário econômico-financeiro do país."
Fonte: artigo do "Jornal do Brasil" de 12/09/1983 sobre o dia 13 de setembro de 1963.
Comentário do Acauan:
" E foi assim que tudo começou...
Jango era burro prá cacete.
Se tinha algo que oficial do Exército Brasileiro da época sabia de cor e salteado era a disciplina Guerra Revolucionária, ensinada na Escola Superior de Guerra, que ensinava em detalhes as estratégias dos revolucionários comunistas para conquistar o poder.
A coisa que os comandos militares mais temiam, obviamente, era a infiltração revolucionária nas Forças Armadas, a catapulta que arremessou os bolcheviques direto para a posição de controle total do Estado.
E o que me faz o burro do Jango?
Deu apoio irrestrito aos motins militares, pisando no calo do maior temor do comando.
stefanobahia disse:
A guerrilha de esquerda só surgiu de vez depois da radicalização do regime.
Se eles eram terroristas... o mesmo digo dos "guarimberos" venezuelanos...
Ter como objetivo declarado transformar o Brasil em Cuba (cuja revolução era recente) era uma ameaça que não podia ser desprezada.
E eles já tinham começado: as Ligas Camponesas destruíam e incendiavam fazendas por toda a parte.
o velho conto da ameaça cubana.
olha.. pesquisa o projeto trabalhista de Jango... ele queria melhorar a situação do país sem esse "radicalismo".
E sobre Cuba... suponhamos que Fidel fizesse uma revolução nacionalista.. e sem aceitar ingerência dos EUA. Ele seria
rotulado de fascista.
Declaramos o indivíduo subversivo terrorista, logo legítimo de ser abatido - ladeira inclinada...
Bem, Pug, o que acontece é que os tais militantes ARMADOS aprontaram das suas e os milicos que QUERIAM endurecer, encontraram a desculpa perfeita. Foi um tiro no pé. O que acontece ainda hoje com os das izkerdas é que eles vivem numa bolha. Fazem seu próprio mundo e se fecham nele. O zintelectuais esquerdistas diziam aos pobres iztudantis cabeça oca da época que os trabalhadores, os proletários, os camponeses, etc e tal, eram oprimidos e sentiam isso. Se eles partissem para a luta armada, teriam amplo apoio dessa gente oprimida... Os coitados burros foram para a tal luta e quando olharam para trás, viram-se sozinhos. Eram tantos grupelhos, rivais uns dos outros, que alguns eram formados por: eu, minha irmã, meu cunhado e o irmão do meu cunhado... e acabou. Deu no que deu.
Os da dureza não queriam perder a teta de poder. Em 1972-73, a luta armada estava extinta, mas os caras andaram atrás de coitados que um dia se manifestaram como esquerdistas. Foi numa dessas que sumiram com a profa de química da USP Ana Rosa Kunsinski. Em qual grupo terrorista ela militou? E depois foi o Vladimir Herzog em 1975 e um operário e aí Geisel virou a mesa. O próprio Erasmo Dias reconheceu que isso aí foi uma lambança, pois o que exigia tais ações já tinha deixado de existir.
Muito cretinamente, o Bolsonaro, que é homem de poucas letras, que não conhece história e nem os fatos a fundo, quer mexer na bosta passada. Devia malhar nossos izkerdistas, que apoiam ditaduras atuais e tão intragáveis ou mais do que foi a dos nossos milicos.
stefanobahia disse: Monte de fake news pra justificar esse regime decrépito.
Que dizer dos atos terroristas da extrema-direita ? CCC por exemplo?
Alguém sabe citar algum atentado do CCC além daqueles tabefes dados nos atores do Roda Viva?
A guerrilha de esquerda só surgiu de vez depois da radicalização do regime.
Se eles eram terroristas... o mesmo digo dos "guarimberos" venezuelanos...
Mesmo que admitido que a Luta Armada começou em 1968, isto só prova que a guerrilha já dispunha de efetivos, armas, munições, bases e planos para iniciá-la, ou seja, vinha sendo preparada de há muito tempo antes.
stefanobahia disse: o velho conto da ameaça cubana.
Che Guevara morreu na Bolívia tentando fazer o que mesmo?
Antes da Bolívia, o que o Che foi fazer na África?
Só prá constar, tem um verbete na Wiki chamado "Intervenções militares de Cuba".
E não, não eram ajuda humanitária...
Esta aqui é emblemática para o presente momento:
"Invasões fracassadas
...
1963 e 1967: Expedições falhadas dos militares cubanos para tomar o poder na Venezuela através da instalação de um governo amigável e garantir o fornecimento de petróleo para a ilha.[13]"
A guerrilha de esquerda só surgiu de vez depois da radicalização do regime.
O que está acima é uma história contada pela militância de esquerda que reescreve a história. Trechos do livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil de Leandro Narloch que são instrutivos para esclarecer isso:
Afirma o historiador Marco Antônio Villa:
Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a
opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.
O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.[...]
Alguém poderá dizer que a reação dos militares ao terrorismo foi exagerada. A ditadura passou um trator de tortura em cima de um punhado de jovens com ideias ingênuas, que dificilmente teriam força para tomar o poder. Isso pode ser verdade, mas não era seguro pensar assim naquela época. Qualquer notícia de movimentação comunista era um motivo justo de preocupação. A experiência mostrava que poucos guerrilheiros, com a ajuda de partidários infiltrados nas estruturas do Estado, poderiam sim derrubar o governo. E, depois que isso acontecia, era difícil tirá-los de lá. A guerrilha de Fidel Castro, que derrubou Fulgêncio Batista em 1959, começou três anos antes com um grupo de 81 soldados. Em 1961, dissidentes cubanos tentaram, com apoio dos Estados Unidos, derrubar Fidel invadindo o país pela Baía dos Porcos. Foram todos presos ou mortos pelos comunistas.
2. OS GUERRILEIROS NÃO LUTAM POR LIBERDADE
[...]
Os historiadores Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá, ambos ex-guerrilheiros, reuniram no livro Imagens da Revolução estatutos de dezoito grupos de luta armada das décadas de 1960 e 1970. Há documentos das organizações mais ativas, como a Ação Libertadora Nacional (ALN), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), de Carlos Lamarca, e também de grupos pequenos, como a OCML (Organização de combate Marxista-Leninista). Dos dezoito textos, catorze descrevem o objetivo de criar um sistema de partido único e erguer uma ditadura similar aos regimes comunistas que existiam na China e em Cuba.
Sem falar que, mesmo que não houvesse "ameaça cubana", ainda havia assim a "ameaça de guerrilha terrorista". Pergunte a Colômbia, a terra natal das Farcs, se enfrentar guerrilha terrorista por muito tempo não é uma tragédia. E, como já argumentado no meu post anterior, essa de "surgimento de guerrilha de esquerda depois da radicalização do regime" é uma inversão da ordem cronológica dos eventos.
Ei, Pug II, talvez o meu pai estivesse enganado, mas depois da tal Revolução dos Cravos, o governo português pediu peloamordedeus que os empresários aceitassem de volta as empresas, pois o mesmo governo declarou-se incompetente para administrá-las. Já outros dizem que as estatizações feitas pela dita Revolução, eram definitivas. Também ouvi falar que Mário Soares chegou todo pomposo para o presidente francês, dizendo:
_ Em Portugal, nós acabamos com os ricos!
E o françuá respondeu:
_ É... Mas aqui na França nós queremos acabar com os pobres...
Acho que o françuá teve uma boa ideia, mas os izkerdistas discordam.
Mário Soares defendeu a democracia, um dos que impediram a instalação comunista.
Não houve nada disso, mas ocorreu um processo de forças opostas. Venceu o moderado.
Mais tarde, por diversos motivos, progressivamente a lei obrigou o Estado a restituir o que nacionalizou. Todavia, houve muita corrupção...
Pois é... Teve gente aqui no Brasil, eu na primeira vez, por raiva do Fernando Henrique o Garboso, que votou no Molusco. Nos tempos que eu estava fazendo graduação na USP, o PT era apresentado como partido dos trabalhadores, que não ia roubar e não deixaria que ninguém roubasse... Quando chegou lá no pudê populá, roubou mais que todos os corruptos juntos desde 1889. Tá só faltando reivindicar o Guiness.
Comentários
A ditadura militar mesmo começou em 1968, com a edição do AI-5 e durou até 1978 com seu fim.
O mais correto é contar dez anos de ditadura militar e não vinte como é o usual.
No Brasil o foco e prioridade da repressão foi extinguir a luta armada dos grupos revolucionários, no que tiveram sucesso absoluto, o que permitiu que boa parte da Inteligência Esquerdista não envolvida naquela luta continuasse ativa e organizada em seus subterrâneos.
Muito diferente do Chile, quando a ordem era exterminar esta Inteligência, ordem que foi cumprida ao pé da letra e às últimas consequências, levando à execução até cantores populares, como Victor Jara.
Por aqui, Chico Buarque, Caetano Veloso e outros artistas receberam alguma pressão, fugiram do país e depois voltaram sem nunca terem sofrido o tipo de ameaça que seus similares chilenos e argentinos experimentaram.
Há uma diferença evidente no nível de violência da ditadura brasileira em relação às de seus vizinhos. Reconhecer isto não é aprovar os atos brutais cometidos, apenas constatar sua realidade quantitativa e proporcional no cenário histórico-político da época.
Declaramos o indivíduo subversivo terrorista, logo legítimo de ser abatido - ladeira inclinada...
Agostinho da Silva, espírito livre, saiu de Portugal por causa da ditadura. Em 1969, deixaria o Brasil, Salazar havia sido retirado do poder, soprava ventos de mudança no país. Enquanto isto, Brasil tornara-se ditadura.
De facto, Agostinho não teria aceitado de ânimo leve viver em opressão, pois era homem para fazer a mala e partir se a sua liberdade estivesse em causa.
P.s. no dia 3 de Abril recordamos a sua partida deste mundo, no qual viveu sempre livre.
A dita luta armada contra a ditadura só surgiu em 1968 depois da radicalização do regime.
Se formos taxar de terroristas resistentes armados... então a resistência francesa na 2ª guerra também era
http://historianovest.blogspot.com.br/2009/09/francisco-juliao-o-defensor-dos.html
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Trecho de uma resenha do livro “O Apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil — O Treinamento Guerrilheiro” (Denise Rollemberg / Editora Mauad, 2001), https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0804200117.htm
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Será que deveríamos deixar que este tipo de gente ficasse livre para fazer o que queriam? http://www.marxists.org/portugues/marighella/1969/manual/cap01.htm
Ainda assim muito longe do que e o comunismo.
Dizer que Jango era comuna é brincadeira! Jango era getulista
Monte de fake news pra justificar esse regime decrépito.
Que dizer dos atos terroristas da extrema-direita ? CCC por exemplo? Esses terroristas eram apadrinhados pela ditadura.
Que dizer das operações de falsa bandeira feitas pela ditadura ? Gasômetro e o Riocentro ?
A guerrilha de esquerda só surgiu de vez depois da radicalização do regime.
Se eles eram terroristas... o mesmo digo dos "guarimberos" venezuelanos...
E eles já tinham começado: as Ligas Camponesas destruíam e incendiavam fazendas por toda a parte.
Trecho de um antigo post do RV:
Fonte: artigo do "Jornal do Brasil" de 12/09/1983 sobre o dia 13 de setembro de 1963.
Comentário do Acauan:
olha.. pesquisa o projeto trabalhista de Jango... ele queria melhorar a situação do país sem esse "radicalismo".
E sobre Cuba... suponhamos que Fidel fizesse uma revolução nacionalista.. e sem aceitar ingerência dos EUA. Ele seria
rotulado de fascista.
Afinal Cuba até hoje é uma democracia exemplar devido aos paredões da época do Chê.
Bem, Pug, o que acontece é que os tais militantes ARMADOS aprontaram das suas e os milicos que QUERIAM endurecer, encontraram a desculpa perfeita. Foi um tiro no pé. O que acontece ainda hoje com os das izkerdas é que eles vivem numa bolha. Fazem seu próprio mundo e se fecham nele. O zintelectuais esquerdistas diziam aos pobres iztudantis cabeça oca da época que os trabalhadores, os proletários, os camponeses, etc e tal, eram oprimidos e sentiam isso. Se eles partissem para a luta armada, teriam amplo apoio dessa gente oprimida... Os coitados burros foram para a tal luta e quando olharam para trás, viram-se sozinhos. Eram tantos grupelhos, rivais uns dos outros, que alguns eram formados por: eu, minha irmã, meu cunhado e o irmão do meu cunhado... e acabou. Deu no que deu.
Os da dureza não queriam perder a teta de poder. Em 1972-73, a luta armada estava extinta, mas os caras andaram atrás de coitados que um dia se manifestaram como esquerdistas. Foi numa dessas que sumiram com a profa de química da USP Ana Rosa Kunsinski. Em qual grupo terrorista ela militou? E depois foi o Vladimir Herzog em 1975 e um operário e aí Geisel virou a mesa. O próprio Erasmo Dias reconheceu que isso aí foi uma lambança, pois o que exigia tais ações já tinha deixado de existir.
Muito cretinamente, o Bolsonaro, que é homem de poucas letras, que não conhece história e nem os fatos a fundo, quer mexer na bosta passada. Devia malhar nossos izkerdistas, que apoiam ditaduras atuais e tão intragáveis ou mais do que foi a dos nossos milicos.
Volta pro G1 Oferenda Otaku.
Alguém sabe citar algum atentado do CCC além daqueles tabefes dados nos atores do Roda Viva?
Mesmo que admitido que a Luta Armada começou em 1968, isto só prova que a guerrilha já dispunha de efetivos, armas, munições, bases e planos para iniciá-la, ou seja, vinha sendo preparada de há muito tempo antes.
Che Guevara morreu na Bolívia tentando fazer o que mesmo?
Antes da Bolívia, o que o Che foi fazer na África?
Só prá constar, tem um verbete na Wiki chamado "Intervenções militares de Cuba".
E não, não eram ajuda humanitária...
Esta aqui é emblemática para o presente momento:
"Invasões fracassadas
...
1963 e 1967: Expedições falhadas dos militares cubanos para tomar o poder na Venezuela através da instalação de um governo amigável e garantir o fornecimento de petróleo para a ilha.[13]"
O que está acima é uma história contada pela militância de esquerda que reescreve a história. Trechos do livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil de Leandro Narloch que são instrutivos para esclarecer isso:
_ Em Portugal, nós acabamos com os ricos!
E o françuá respondeu:
_ É... Mas aqui na França nós queremos acabar com os pobres...
Acho que o françuá teve uma boa ideia, mas os izkerdistas discordam.
Não houve nada disso, mas ocorreu um processo de forças opostas. Venceu o moderado.
Mais tarde, por diversos motivos, progressivamente a lei obrigou o Estado a restituir o que nacionalizou. Todavia, houve muita corrupção...
To asistino tbm. Salvei no celular o video assim fica mais facil.