Não podemos competir com o trabalho escravo dos chineses

Sabemos que o trabalho escravo é altamente produtivo. A livre iniciativa não é capaz de competir com o trabalho escravo. É impossível uma sociedade livre competir, de igual para igual, com uma sociedade de escravos. O planejamento central feito por uma sociedade de escravos é simplesmente produtivo e eficiente demais para ser superado.

Nenhum trabalhador de uma nação capitalista é capaz de defender a si próprio e o seu emprego utilizando sua própria produtividade econômica. Ele necessita de funcionários públicos nas fronteiras do país, com armas e distintivos, fiscalizando e proibindo a importação de bens produzidos por escravos.

Qualquer pessoa que argumente que o sistema de livre mercado é muito produtivo e totalmente capaz de competir com o trabalho escravo é um completo ignorante. Tal pessoa realmente não possui ciência da enorme produtividade do trabalho escravo. Ela também é igualmente ignorante quanto à patética produtividade do livre mercado.

Sociedades baseadas no trabalho escravo são altamente produtivas. Se você quiser que alguém se torne um exímio artesão, ou um produtor altamente eficiente de bens e serviços especializados, ou um excepcional projetista de produtos de tecnologia de ponta, não há maneira mais eficiente de fazer isso do que forçá-lo a trabalhar sob a mira de uma arma, ameaçando matá-lo de fome caso se recuse a trabalhar exaustivamente.

A enorme produtividade do trabalho escravo representa uma ameaça tão grande às pessoas de paz do resto do mundo, que é imperativo fazer com que políticos enviem funcionários públicos com armas e distintivos para proibir a importação de bens que foram produzidos por hordas de trabalhadores escravos.

Se isso não for feito, os trabalhadores pateticamente ineficientes que vivem sob um regime capitalista verão seus salários definharem em decorrência da incomparável superior produtividade do trabalho escravo.

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2920

Comentários

  • Sendo que muitos desses trabalhadores nas indústrias eletrônicas, por exemplo, vieram da roça onde passavam fome e tinham uma vida miserável. Para eles, pelo menos durante algum tempo, o baixo salário que recebem nas fábricas e os alojamentos apinhados onde dormem são um grande progresso.
  • Fernando_Silva disse: Sendo que muitos desses trabalhadores nas indústrias eletrônicas, por exemplo, vieram da roça onde passavam fome e tinham uma vida miserável. Para eles, pelo menos durante algum tempo, o baixo salário que recebem nas fábricas e os alojamentos apinhados onde dormem são um grande progresso.

    Mas isso não seria uma "ameaça" de fato ao salários no resto do mundo?

    Já que a China tem tantas pessoas nesta situação onde o valor de seu trabalho seria considerado escravo para um ocidental enquanto que pra ele seria algo muito melhor que a situação em que vive?



    Pra mim isso implica em diminuição do valor do trabalho conforme a própria lei da oferta e procura, uma vez que o trabalhador chines não se considera escravo e não teria produtividade mais baixa por conta disso. Claro que com isso vem junto também o barateamento da produção de determinado item, o que "compensaria" aos trabalhadores pelo valor menor de seu trabalho poder pagar menos pelos itens produzidos.


    Se é preciso ou não fazer algo a respeito é outra conversa.





  • Mesmo na China, a situação está mudando, ainda mais depois da série de suicídios de empregados desesperados em empresas que fabricam iPhones e outros itens de alta tecnologia para empresas ocidentais.

    O mais provável é que as empresas se mudem para países asiáticos ainda miseráveis.
  • O mais provável é que as empresas se mudem para países asiáticos ainda miseráveis.

    A Fender faz uma de suas linhas de amplificadores no Vietnam, assim como a Mizuno fabrica tênis lá.


    Durante meu tempo de vida isso aconteceu.

    Anos 80 guitarras Americanas eram sempre as melhores e guitarras japonesas estavam abaixo das mexicanas no caso da Fender.
    Aí o Japão melhorou a produção e hoje tem guitarras top de preço.

    Então essa "segunda linha" foi pra Indonésia. Hoje, instrumentos da época da indonésia são considerados melhores que os da China, local atual da produção dos "segunda linha".


    O que da pra notar é que o que era considerado ruim ou segunda linha nos anos 80 seria algo caríssimo atualmente. Uma guitarra Japonesa da Fender da época que o Japão era considerado meia colher da banho em guitarra americana produzida hoje nos Estados Unidos, muito por conta das madeiras, as peças de metal ainda são melhores ou iguais no caso das americanas.

    A produção mais barata e com determinaods tipo de materiais mais fáceis de produzir ou mais baratos levou a produção de muitos itens bem vagabundos.


    Vejo muita gente reclamar que carros atuais são de lata fina e plástico. Não sei se é totalmente justificável já que carros mais leves consomem menos. Mas há em outras áreas muita coisa que é produzida e não dura nada.

  • O texto que abre o tópico é uma ironia obvia. A China de mão de obra escrava era aquela que fornecia nos anos 80 e inicio dos 90 produtos de baixo valor agregado.

  • ENCOSTO disse: O texto que abre o tópico é uma ironia obvia. A China de mão de obra escrava era aquela que fornecia nos anos 80 e inicio dos 90 produtos de baixo valor agregado.

    Eu entendi a ironia do lado avesso ou considerei que a ironia era dirigida a quem ainda pensa na China como ela era nos anos 80 e 90.

    Sim, é verdade que se a China é competitiva atualmente é porque não se baseia mais em trabalho escravo.

    Mas é possível que uma baixa no valor do trabalho que ouvi da boca do Tucker Carlson tenha a ver além da mecanização de certas profissões e com a entrada no mercado de trabalho dessa quantidade de gente em pouco espaço de tempo.

    A quantidade de gente que pode pagar por um bom instrumento hoje ou um playback pra fazer show sem banda completa etc...me pegou. Estas coisas eram caras demais e hoje não mais.


    Também vi em uma palestra do Willian Waack um breve comentário a respeito e uma deomstração de preocupação com a ascensão econômica e militar dessa potência que não sabemos se será hostil quando alcançar determinada grandeza.



  • ENCOSTO disse: O texto que abre o tópico é uma ironia obvia. A China de mão de obra escrava era aquela que fornecia nos anos 80 e inicio dos 90 produtos de baixo valor agregado.
    Eles continuam fornecendo produtos baratos para lojas de 1,99, mas agora também produzem coisas de qualidade e de alta tecnologia.
    Já têm supercomputadores, redes criptografadas, pousaram uma sonda no lado oculto da Lua, seus automóveis já competem com os do resto do mundo etc.
    Ou seja, competem em todos os níveis exceto (acho eu) o cultural, embora empresas como a Alibaba já produzam séries e filmes para consumo interno.

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