É sempre uma alegria descobrir algum trabalho artístico novo, sobretudo quando ele é intrinsicamente ligado aos meus gostos pessoas.
Porém esse sentimento hoje, se turva e se mescla a uma tristeza estranha, pois conheci o trabalho de Andrea Haugen justamente por conta de seu falecimento. E seu falecimento se tornou notório por estar ligado a uma tragédia.
Andrea Haugen, também conhecida como Andrea 'Nebel' Haugen ou Nebelhexë, nasceu na Alemanha e estava a vários anos envolvida com a cena gótica europeia e com os movimentos neopagãos, em especifico ligados as antigas crenças germânicas barbara.
Desde os anos 90 teve vários trabalhos em que a arte e suas crenças se misturavam em uma sonoridade que mescla elementos modernos com esses ecos longínquos de um passado primitivo. Um tipo de musica que tenho apreciado cada vez mais com o passar do tempo.
O que leva a terrível forma como eu vim a descobrir sua existência e sua arte.
No dia 13 de Outubro de 2021, o extremista isl4mic0 Espen Andersen Bråthen, um dinamarquês convertido e radicalizado perpetrou um atentado com arco e flecha que vitimou 5 pessoas na cidade dinamarquesa Nebelhexë, e entre as vítimas estava Andrea Haugen.
Esse casa está me fazendo pensar em bastante coisas. A estranha sincronicidade de alguém que valorizava um retorno, mesmo que parcial a uma vida mais primitiva ter a vida ceifada com um instrumento primitivo de guerra. O encontro em uma mesma tragédia, entre o passado pagão europeu, usurpado em temos medievais pela cristandade, e seu prenunciado e talvez inevitável futuro.
Desejo que que as portas do Walhalla, ou seu análogo a mitologia germânica se abram para Andrea Haugen que devotou sua vida ao resgate das antigas crenças e contraditoriamente com sua morte conseguiu ter seu canto ecoado. Que os bardos de todas as eras e credos a recebam em jubilo.
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Esse casa está me fazendo pensar em bastante coisas. A estranha sincronicidade de alguém que valorizava um retorno, mesmo que parcial a uma vida mais primitiva ter a vida ceifada com um instrumento primitivo de guerra. O encontro em uma mesma tragédia, entre o passado pagão europeu, usurpado em temos medievais pela cristandade, e seu prenunciado e talvez inevitável futuro.
As antigas crenças politeístas, em que pesem barbaridades como os sacrifícios humanos, tinham a vantagem de não excluir os deuses e as religiões dos outros.
A coisa era mais na base do "meu deus é mais poderoso que o seu".
Os romanos, por outro lado, tendiam a relacionar seus deuses com os dos outros:
"Zeus corresponde a X na religião deles, Vênus corresponde a Y etc."
Foi Deus
Amália Rodrigues
Não sei, não sabe ninguém
Por que canto o fado
Neste tom magoado
De dor e de pranto
E neste tormento
Todo o sofrimento
Eu sinto que a alma
Cá dentro se acalma
Nos versos que canto
Foi Deus
Que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas
Deu oiro ao sol
E prata ao luar
Foi Deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu o luto as andorinhas
Ai, e deu-me esta voz a mim
Se canto
Não sei o que canto
Misto de ventura
Saudade, ternura
E talvez amor
Mas sei que cantando
Sinto o mesmo quando
Se tem um desgosto
E o pranto no rosto
Nos deixa melhor
Foi Deus
Que deu voz ao vento
Luz ao firmamento
E deu o azul às ondas do mar
Foi Deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
Fez poeta o rouxinol
Pôs no campo o alecrim
Deu as flores à primavera
Ai, e deu-me esta voz a mim
Deu as flores à primavera
Ai, e deu-me esta voz a mim
Fonte: Musixmatch
Compositores: Alberto Fiahlo Janes
Comentários
Ficou demais, tem até lapsteel guitar.
qual espírito tomou conta deste corpo?
É sempre uma alegria descobrir algum trabalho artístico novo, sobretudo quando ele é intrinsicamente ligado aos meus gostos pessoas.
Porém esse sentimento hoje, se turva e se mescla a uma tristeza estranha, pois conheci o trabalho de Andrea Haugen justamente por conta de seu falecimento. E seu falecimento se tornou notório por estar ligado a uma tragédia.
Andrea Haugen, também conhecida como Andrea 'Nebel' Haugen ou Nebelhexë, nasceu na Alemanha e estava a vários anos envolvida com a cena gótica europeia e com os movimentos neopagãos, em especifico ligados as antigas crenças germânicas barbara.
Desde os anos 90 teve vários trabalhos em que a arte e suas crenças se misturavam em uma sonoridade que mescla elementos modernos com esses ecos longínquos de um passado primitivo. Um tipo de musica que tenho apreciado cada vez mais com o passar do tempo.
O que leva a terrível forma como eu vim a descobrir sua existência e sua arte.
No dia 13 de Outubro de 2021, o extremista isl4mic0 Espen Andersen Bråthen, um dinamarquês convertido e radicalizado perpetrou um atentado com arco e flecha que vitimou 5 pessoas na cidade dinamarquesa Nebelhexë, e entre as vítimas estava Andrea Haugen.
Esse casa está me fazendo pensar em bastante coisas. A estranha sincronicidade de alguém que valorizava um retorno, mesmo que parcial a uma vida mais primitiva ter a vida ceifada com um instrumento primitivo de guerra. O encontro em uma mesma tragédia, entre o passado pagão europeu, usurpado em temos medievais pela cristandade, e seu prenunciado e talvez inevitável futuro.
Desejo que que as portas do Walhalla, ou seu análogo a mitologia germânica se abram para Andrea Haugen que devotou sua vida ao resgate das antigas crenças e contraditoriamente com sua morte conseguiu ter seu canto ecoado. Que os bardos de todas as eras e credos a recebam em jubilo.
.
A coisa era mais na base do "meu deus é mais poderoso que o seu".
Os romanos, por outro lado, tendiam a relacionar seus deuses com os dos outros:
"Zeus corresponde a X na religião deles, Vênus corresponde a Y etc."
Foi Deus
Amália Rodrigues
Não sei, não sabe ninguém
Por que canto o fado
Neste tom magoado
De dor e de pranto
E neste tormento
Todo o sofrimento
Eu sinto que a alma
Cá dentro se acalma
Nos versos que canto
Foi Deus
Que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas
Deu oiro ao sol
E prata ao luar
Foi Deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu o luto as andorinhas
Ai, e deu-me esta voz a mim
Se canto
Não sei o que canto
Misto de ventura
Saudade, ternura
E talvez amor
Mas sei que cantando
Sinto o mesmo quando
Se tem um desgosto
E o pranto no rosto
Nos deixa melhor
Foi Deus
Que deu voz ao vento
Luz ao firmamento
E deu o azul às ondas do mar
Foi Deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
Fez poeta o rouxinol
Pôs no campo o alecrim
Deu as flores à primavera
Ai, e deu-me esta voz a mim
Deu as flores à primavera
Ai, e deu-me esta voz a mim
Fonte: Musixmatch
Compositores: Alberto Fiahlo Janes
Rapaiz o Axl Rose no piano.
Não escutava ELO. Conhecia de nome o vocalista pq ele foi produtor do Antologia dos Beatles.