HITLER CHAMAVA DE IDIOTA QUEM CONFUNDIA O NAZISMO COM ESQUERDA

HITLER CHAMAVA DE IDIOTA QUEM CONFUNDIA O NAZISMO COM ESQUERDA
No Mein Kampf, publicado pela primeira vez há 94 anos, o ditador escreveu que não gostava de quem dizia isso, achando cômico o deslize

Qualquer um que já leu uma obra ou um discurso de Hitler sabe seus profundo ódio anticomunista. Para o ditador, o marxismo e as ideologias de classe deveriam ser exterminadas para que se implantasse um sistema verdadeiramente nacionalista, racista e corporativista, associado à ideologia de direita.

Porém, mesmo em sua época, muitos confundiam as políticas corporativas e autocráticas da proposta nazista com lógica comunitarista e planificadora do comunismo marxista.

Para Hitler, essa confusão era, no mínimo, hilária -- em especial a falta de percepção e a deslealdade argumentativa dessa assertiva. Ele chegou a escrever em seu best-seller Minha Luta: “Quantas boas gargalhadas demos à custa desses idiotas e poltrões burgueses, nas suas tentativas de decifrarem o enigma da nossa origem, nossas intenções e nossa finalidade!

A cor vermelha de nossos cartazes foi por nós escolhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de excitar a esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente.”

Os ideais comunistas presentes na retórica marxista eram de total repulsa para o político austro-alemão. Toda a proposta globalista e estritamente associada à vontade pela igualdade entre todos, como defendem os bolchevistas, ou mesmo as iniciativas ainda nacionalistas da atuação dos sociais-democratas na política alemã eram completamente incompatíveis com o mundo hierárquico e verticalmente organizado defendido pelos nazistas.

Mesmo que as principais experiências do socialismo real tenham sido tão autoritárias quanto a ditadura nazista.

Essa posição fica bastante clara no capítulo A Luta com os Vermelhos, em que Hitler analisa a relação ideal a se estabelecer entre o povo alemão e as ideologias classistas de esquerda, colocando a necessidade do combater o marxismo impregnado na sociedade alemã.

O autor denuncia a confusão criada entre o Partido Nazista e os próprios inimigos da esquerda. Achava que isso era resultado de um pensamento superficial e incapaz de maior complexidade, que seria normal entre burgueses comuns, distantes da realidade política séria. Hitler descreve também o choque causado nessa burguesia pelo uso do vermelho pelos nazistas.

A posição era igual a de seu braço direito durante o regime, Josef Goebbels, num livreto de propaganda em 1926, quando o publicitário e político afirmou que o marxismo teria teorias fatais para os povos e raças, sendo por isso “exatamente o oposto do [nacional] socialismo”.

Hitler, assim como Goebbles, situa o marxismo como uma doença degenerada ou uma praga destrutiva contra o cidadão alemão. Hitler defendia o aniquilamento dos socialistas, anarquistas e esquerdistas em geral.

Toda sua obra e vida política foram marcadas pela busca de extermínio do mal marxista. Do mesmo modo, durante o governo de Hitler (1939-1945), milhões de membros de movimentos de esquerda foram mortos ou torturados nos campos.

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-hitler-chamava-de-idiota-quem-confundia-o-nazismo-com-esquerda.phtml
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Comentários

  • Ué,pra quem tá de fora Alá, Jeová e Deus são a mesma coisa, mas vai falar isso pra seus respectivos prosélitos...


  • Eram ideologias concorrentes, racional ele pensar assim queria a ideologia dele em alta.
  • HITLER CHAMAVA DE IDIOTA QUEM CONFUNDIA O NAZISMO COM ESQUERDA

    Baseado em sua própria análise abalizada e imparcial...
  • editado August 2019
    Ainda discutem isto...
    A essência coletivista revolucionária do nazismo é associável à Esquerda.
    O culto do sangue e da raça é associável à Direita.
    Aquela maluquice tava mais prá misticismo de botequim do que prá ideologia política.
  • A posição era igual a de seu braço direito durante o regime, Josef Goebbels, num livreto de propaganda em 1926, quando o publicitário e político afirmou que o marxismo teria teorias fatais para os povos e raças

    Mas isso é pura verdade. Tanto é que a Alemanha só ganhou um folego na primeira guerra quando jogou sobre a Russia uma arma de destruição em massa: A Bomba Vladimir Ilyich Ulyanov.

    A Russia foi tão afetada a ponto de abandonar os aliados.
  • Acauan disse:
    HITLER CHAMAVA DE IDIOTA QUEM CONFUNDIA O NAZISMO COM ESQUERDA

    Baseado em sua própria análise abalizada e imparcial...

    kkkkikkk x 1.000
  • Não é o meu caso, acontece que eu nunca confundilria comunismo com nazismo, nem bonito com belo, nem após com depois, nem alegre com contente, nem córrego com riacho, nem diferente de distinto, nem abecedário com alfabeto, nem casamento com matrimônio... Etc.
  • editado August 2019
    Esta discussão sobre o Nazismo ser de Direita ou de Esquerda é uma das mais viciadas entre temas que tendem a isto.
    A resposta é óbvia: depende de qual característica do nazismo você considera a mais relevante.
    Se considera mais relevante a característica coletivista revolucionária do nazismo, então, sim, o nazismo é de esquerda;
    Se considera mais relevante o culto do sangue e da raça, então, sim, o nazismo é de direita.
    Estado ditatorial, por si só, pode ser de direita ou esquerda, não sendo critério de diferenciação.

    Só que muito poucos consideram como característica mais relevante do nazismo o seu misticismo de cordel, a começar daquela babaquice de raça ariana, que Hitler vislumbrou muito mais nas óperas de Wagner do que em qualquer referência científica.

    A cara do nazismo, que anuncia os campos de extermínio, porém, muito infelizmente só olhando em retrospecto, são aquelas procissões de malucos portando tochas e armaduras, calvagando como cavaleiros medievais e desfilando a noite coreografias marciais que culminavam com as fileiras de militantes formando uma suástica flamejante giratória, anunciando o que viria.

    O Fascismo Italiano era de Direita, uma reação ao comunismo que imitava o modus operandi dos movimentos que buscavam uma ruptura da ordem que os fascistas pretendiam evitar, no fim obtendo efeito análogo à ruptura social esquerdista, porém distinto.

    O Nazismo simplemente dá uma bicuda de coturno na ordem estabelecida e chuta o pau da barraca dos valores da Civilização Ocidental, tentando substituí-la por uma mistura bárbara de doutrinas pseudo-científicas, ocultismo e paganismo, samba do crioulo doido do qual o sumo sacerdote era antes Himmler do que Hitler.

    Sem considerar estas questões, a polêmica do nazismo ser de esquerda ou direita fica só naquela do um lado querendo empurrar o filho feio que ninguém quer pro outro, quando os dois lados sabem que transaram com a ideologia vagabunda que gerou o bastardo e pode qualquer um dos dois ser o pai.
  • Acauan disse: Esta discussão sobre o Nazismo ser de Direita ou de Esquerda é uma das mais viciadas entre temas que tendem a isto.

    A resposta é óbvia: depende de qual característica do nazismo você considera a mais relevante.
    Se considera mais relevante a característica coletivista revolucionária do nazismo, então, sim, o nazismo é de esquerda;
    Se considera mais relevante o culto do sangue e da raça, então, sim, o nazismo é de direita.
    Estado ditatorial, por si só, pode ser de direita ou esquerda, não sendo critério de diferenciação.

    Só que muito poucos consideram como característica mais relevante do nazismo o seu misticismo de cordel, a começar daquela babaquice de raça ariana, que Hitler vislumbrou muito mais nas óperas de Wagner do que em qualquer referência científica.

    A cara do nazismo, que anuncia os campos de extermínio, porém, muito infelizmente só olhando em retrospecto, são aquelas procissões de malucos portando tochas e armaduras, calvagando como cavaleiros medievais e desfilando a noite coreografias marciais que culminavam com as fileiras de militantes formando uma suástica flamejante giratória, anunciando o que viria.

    O Fascismo Italiano era de Direita, uma reação ao comunismo que imitava o modus operandi dos movimentos que buscavam uma ruptura da ordem que os fascistas pretendiam evitar, no fim obtendo efeito análogo à ruptura social esquerdista, porém distinto.

    O Nazismo simplemente dá uma bicuda de coturno na ordem estabelecida e chuta o pau da barraca dos valores da Civilização Ocidental, tentando substituí-la por uma mistura bárbara de doutrinas pseudo-científicas, ocultismo e paganismo, samba do crioulo doido do qual o sumo sacerdote era antes Himmler do que Hitler.

    Sem considerar estas questões, a polêmica do nazismo ser de esquerda ou direita fica só naquela do um lado querendo empurrar o filho feio que ninguém quer pro outro, quando os dois lados sabem que transaram com a ideologia vagabunda que gerou o bastardo e pode qualquer um dos dois ser o pai.

    Mas o Mussolini ficou famoso como comunista. Dai sai a ideia de que o Fascismo é cria do comunismo.
  • editado August 2019
    ENCOSTO disse:Mas o Mussolini ficou famoso como comunista. Dai sai a ideia de que o Fascismo é cria do comunismo.

    E é.
    O Fascismo se define como um movimento de reação ao comunismo, que no modus operandi em nada se diferencia de seu inimigo ideológico e cujas diferenças estão no modelo de sociedade que almejam criar, uma vez que nos dois casos o modelo de Estado é centralizador e autoritário.
    Basicamente o ideal socialista é a construção de uma sociedade futura perfeita, purgada dos erros do passado e fundamentada na igualdade.
    Para os Fascistas o ideal é o retorno a uma antiga Idade do Ouro (para Mussolini o Império Romano) na qual as hierarquias sociais permanecem, mas todos se unem como membros de uma mesma nação (ou raça, no caso dos nazistas).
  • Acauan disse:
    Para os Fascistas o ideal é o retorno a uma antiga Idade do Ouro (para Mussolini o Império Romano) na qual as hierarquias sociais permanecem, mas todos se unem como membros de uma mesma nação (ou raça, no caso dos nazistas).
    Os estandartes dos grandiosos desfiles nazistas foram copiados dos estandartes romanos (aqueles com "SPQR").

  • ENCOSTO disse:
    Acauan disse: Esta discussão sobre o Nazismo ser de Direita ou de Esquerda é uma das mais viciadas entre temas que tendem a isto.

    A resposta é óbvia: depende de qual característica do nazismo você considera a mais relevante.
    Se considera mais relevante a característica coletivista revolucionária do nazismo, então, sim, o nazismo é de esquerda;
    Se considera mais relevante o culto do sangue e da raça, então, sim, o nazismo é de direita.
    Estado ditatorial, por si só, pode ser de direita ou esquerda, não sendo critério de diferenciação.

    Só que muito poucos consideram como característica mais relevante do nazismo o seu misticismo de cordel, a começar daquela babaquice de raça ariana, que Hitler vislumbrou muito mais nas óperas de Wagner do que em qualquer referência científica.

    A cara do nazismo, que anuncia os campos de extermínio, porém, muito infelizmente só olhando em retrospecto, são aquelas procissões de malucos portando tochas e armaduras, calvagando como cavaleiros medievais e desfilando a noite coreografias marciais que culminavam com as fileiras de militantes formando uma suástica flamejante giratória, anunciando o que viria.

    O Fascismo Italiano era de Direita, uma reação ao comunismo que imitava o modus operandi dos movimentos que buscavam uma ruptura da ordem que os fascistas pretendiam evitar, no fim obtendo efeito análogo à ruptura social esquerdista, porém distinto.

    O Nazismo simplemente dá uma bicuda de coturno na ordem estabelecida e chuta o pau da barraca dos valores da Civilização Ocidental, tentando substituí-la por uma mistura bárbara de doutrinas pseudo-científicas, ocultismo e paganismo, samba do crioulo doido do qual o sumo sacerdote era antes Himmler do que Hitler.

    Sem considerar estas questões, a polêmica do nazismo ser de esquerda ou direita fica só naquela do um lado querendo empurrar o filho feio que ninguém quer pro outro, quando os dois lados sabem que transaram com a ideologia vagabunda que gerou o bastardo e pode qualquer um dos dois ser o pai.

    Mas o Mussolini ficou famoso como comunista. Dai sai a ideia de que o Fascismo é cria do comunismo.

    Mussolini foi socialista pré-divisão entre o partido socialista e o partido comunista da terceira internacional, então não é bem ter sido comunista.


  • Agora quanto ao assunto em geral, o culto da raça assassino em si também foi na prática feito na URSS, pelo menos em relação aos chechenos e mais 4 etnias da URSS que sofreram deportações genocitárias na mesma segunda guerra mundial, em que uns 35% deles morreram, e a China comunista matou a mesma proporção de Tibetanos pouco tempo mais tarde. No entanto o nazismo foi um força que impediu confiscos sem indenização da maioria das propriedades de medio de produção, de que havia ameaça antes , e isso é característica de ditaduras de direita.


  • Livro de trágica atualidade

    Frei Betto 28/08/2019

    José Jobim, correspondente de O Globo na Alemanha em 1934, contava como o nazismo crescia entre a população


    Em 1934, a editora Cruzeiro do Sul, do Rio, publicou "Hitler e seus comediantes — o despertar da Alemanha", de autoria do futuro embaixador José Jobim, então correspondente de O Globo naquele país. Jobim foi "suicidado" pela ditadura militar, no Rio, em 1979, ao ameaçar denunciar as falcatruas na construção da usina de Itaipu, agora de novo em foco.

    A Alemanha, destroçada pela Primeira Grande Guerra (1914-1918), viu em Hitler um salvador da pátria. Jobim registra: "Os hitleristas prometeram acender o fogão de todos os alemães. Para isso, necessitavam do apoio das mulheres. E, paradoxalmente, a melhor maneira que encontraram para atraí-las foi insultá-las. Houve já quem dissesse que os três Kas – "Kuche" (cozinha), "Kirche" (igreja) e "Kinder" (filhos) – são todo o programa feminista do nacional-socialismo. As mulheres sabem disso e, entretanto, o apoiam".

    Como explicar esse apoio? "Num país onde há milhões de desempregados, sem nenhuma esperança séria de resolver o problema, a mulher desiludiu-se com a democracia e deu ouvidos ao Fuehrer que lhe prometeu um lar."

    Jobim escreve: "O nazismo não aprecia a inteligência. Despreza-a. É infindável a lista dos aposentados, demitidos, afastados e perseguidos nas letras, ciências e artes. Nas ciências, o caso mais conhecido é o de Einstein, culpado dos crimes de ser judeu e sábio. Suas obras foram queimadas nas fogueiras da Universidade de Berlim".

    "Outros autores foram escolhidos para a fogueira. Os autores das obras pacifistas, das poesias e novelas sociais cujos nomes encarnam o melhor da Alemanha democrática. Foram-se os livros de Thomas Mann e Heinrich Mann, Leonhard Frank, Magnus Hirschfeld, Jacob Wassermann, Stephan Zweig, Bertold Brecht, Alfred Doeblin e Th. Plivier."

    "Quando ouço a palavra cultura, engatilho o meu revólver" – esta frase, repetida à exaustão por Goebbels, na verdade é da peça "Schlageter", de Hanns Johst, intelectual de esquerda que aderiu a Hitler. Segundo Jobim, "o único escritor nacional-socialista legível".

    A respeito dos jovens escritores alemães, o autor reproduz as palavras de seu amigo Gorkin: "Assistiram ao triunfo do nacional-socialismo em atitude fatalista. 'Que importa?', perguntaram-se. Como defender os princípios democráticos se não acreditavam neles? Logo começaram a pagar as consequências de sua indiferença. O nacional-socialismo respondeu ao seu fatalista 'que importa?' queimando suas obras nas praças públicas. Arderam no fogo de seus próprios livros os últimos lampejos de liberdade e rebeldia de toda uma geração intelectual".

    "Depurar, transformar, hitlerizar!", escreve Jobim. "É a preocupação que se manifesta em todos os domínios: educação, moda, patriotismo. O novo ensino superior desprezava, por inútil, o sânscrito. Mas um sábio explicou ao ministro da Educação que o sânscrito era a língua sagrada dos brâmanes, dos arianos da Índia. E pronto! O sânscrito passou a ser gênero de primeira necessidade."

    Jobim salienta em seu livro: "Os leitores dos jornais servidos pela Agência Brasileira estiveram durante muito tempo convencidos de que o Reichstag (parlamento alemão) fora mesmo incendiado pelos comunistas. As crônicas que enviei da Europa narrando os verdadeiros debates das audiências do processo do Reichstag desmoralizaram os despachos da agência hitlerista no Rio. O Globo encontrou, porém, grande dificuldade para publicá-las. A censura alegava, para cortá-las, a necessidade de não perturbar as boas relações de amizade que o Brasil deve manter com a Alemanha. Não podia, eu, entretanto, ser mais sereno. Minhas crônicas diferiam das de qualquer jornalista a soldo da Legação alemã apenas pela honestidade com que eram escritas".

    Pela sua trágica atualidade, a obra de José Jobim sobre a ascensão do nazismo merece ser republicada no Brasil. Qualquer semelhança com o período atual do nosso país não é mera coincidência. Eis um autor à procura de editora.

    Frei Betto é escritor, autor de “O marxismo ainda é útil?” (Cortez), entre outros livros.

    https://oglobo.globo.com/sociedade/livro-de-tragica-atualidade-23908943?utm_source=newsletter
  • editado August 2019
    A discussão correta não é se o Nacional SOCIALISMO é de esquerda ou de direita e sim sobre saber se o Nazismo é como o nome indica, uma forma de SOCIALISMO.

    Diferente do que pensa a maioria, tanto o socialismo quanto o fascismo não são ideologias que se limitam a um lado do espectro politico e existiram em ambos os lados em diferentes épocas e locais.

    O fascismo romeno, por exemplo, está associado a ESQUERDA e não a direita como no resto do mundo, como atestam os maiores especialistas sobre o tema. Já o socialismo alemão da época encontrava eco em ambos os lados do espectro politico, sendo que o partido de Hitler não foi se quer o único partido socialista de DIREITA existente, nem o primeiro ao qual Hitler tentou se filiar.

    Antes de se filiar ao partido nacional socialista dos trabalhadores alemães, Hitler tentou se filiar ao partido socialista alemão e teve o pedido negado.
    O Partido Socialista Alemão (German: Deutschsozialistische Partei, DSP) foi um partido de extrema-direita e nacionalista da Alemanha durante os primeiros anos da República de Weimar. Fundado em 1918, o seu objectivo era uma ideologia que combinasse os elementos do Movimento Völkisch, do Movimento Revolucionário Conservador e do Estado Social Bismarckiano. Contudo, o partido nunca passou de um pequeno partido: após ter sido dissolvido em 1922, muitos dos seus membros juntaram-se ao semelhante Partido Nazi (NSDAP). Esse partido na época rejeitou a filiação de Adolf Hitler antes dele entrar no Partido Nazi.[1]

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Socialista_Alemão

    Portanto na Alemanha da época o socialismo não era um fenômeno da esquerda, mas um movimento que abarcava ambos os espectros políticos com as versões mais a esquerda sendo influenciadas pelo socialismo marxista e as mais a direita por versões mais nacionalistas do socialismo.

    O maior vicio nessa discussão é limitar ao socialismo a sua versão marxista, ainda que o socialismo exista muito antes do marxismo e tenha evoluído em diferentes vertentes.

    O socialismo de Hitler era anticapitalista, antiliberal, antimarxista e anticomunista, mas era sem sombra de duvidas SOCIALISTA tanto na ideologia quanto na pratica econômica como ficou atestado em primeira mão pelo próprio Hitler e em terceira mão pela analise econômica que Mises fez da economia nazista.
  • Repare que discutir espectro politico é uma bobagem completa, o que importa é investigar as ideias e princípios políticos.
    Por exemplo, o LIBERALISMO é de esquerda ou direita?

    No Brasil os liberais se autodeclaram como sendo de DIREITA.
    Pergunte isso a um americano e a resposta automática será que o liberalismo é OBVIAMENTE de esquerda, pois por lá os liberais são de esquerda e se opõe aos conservadores, esses sim de direita.
  • Frei Betto [/quote]
    Parei aqui....

  • editado August 2019
    NadaSei disse: O socialismo de Hitler era anticapitalista, antiliberal, antimarxista e anticomunista, mas era sem sombra de duvidas SOCIALISTA tanto na ideologia quanto na pratica econômica como ficou atestado em primeira mão pelo próprio Hitler e em terceira mão pela analise econômica que Mises fez da economia nazista.

    Insisto na diferença entre coletivismo e socialismo.
    Todo socialismo é coletivista, mas nem todo coletivismo é socialista.
    O discurso socialista prioriza a igualdade, ao oposto do nazismo que prega a hierarquia fundamentada na raça.
    Obviamente que socialismo não promove igualdade coisa nenhuma, mas é um ponto de partida para diferenciar as ideologias.

    Sobre as práticas econômicas, o regime militar brasileiro era estatista e intervencionista, mas nem por isto pode ser classificado como de esquerda.

    O ponto que mais aproxima nazismo e socialismo é a característica revolucionária, a intenção de destruir um modelo existente de sociedade e implantar uma nova ordem.
    No ideário, a nova ordem socialista era uma promessa de futuro, enquanto a nazista era uma reconexão com o passado mítico.
    Os resultados dos dois lados, morticínio industrial, equivalentes nas quantidades, mas distintos nas vítimas alvo.

  • editado September 2019
    Acauan disse:
    Insisto na diferença entre coletivismo e socialismo.
    Todo socialismo é coletivista, mas nem todo coletivismo é socialista.
    Sim, nem todo coletivismo é socialista mas todo socialismo é coletivista. Nacional desenvolvimentismo e fascismo são coletivistas, mas não socialistas.
    O nacional socialismo no entanto fez mais do que isso ao estatiza a economia estatizando o próprio povo e colocando a ditadura socialista como um fim em si mesma ao invés de um caminho para um comunismo utópico.
    O discurso socialista prioriza a igualdade, ao oposto do nazismo que prega a hierarquia fundamentada na raça.
    Obviamente que socialismo não promove igualdade coisa nenhuma, mas é um ponto de partida para diferenciar as ideologias.
    A enfase na raça ao invés da luta de classes é o grande diferencial do nacional socialismo frente a todas as outras formas de socialismo e esse senso racial foi justamente um dos elementos que fez os nacional socialistas apaziguarem a luta de classes por considerar que tanto burgueses quanto proletários eram iguais enquanto parte do povo alemão (Hitler declarou exatamente isso em um discurso).

    A igualdade no nacional socialismo nesse caso é exclusiva para um grupo visto como a expressão mais perfeita da raça humana. A igualdade utópica poderia ser atingida com o aperfeiçoamento da especie e a eliminação dos imperfeitos.
    Em certo sentido eles pregavam uma igualdade ainda maior que a dos marxistas ao eliminar as diferenças biológicas entre os seres humanos, eliminando os "incapazes", os "inaptos", os "degenerados", etc...

    O racismo deu ao nacional socialismo uma visão diferente da tal "igualdade".
    Sobre as práticas econômicas, o regime militar brasileiro era estatista e intervencionista, mas nem por isto pode ser classificado como de esquerda.

    Não como esquerda, mas como um socialismo de direita.
    O grande ponto na questão econômica está no fato da economia ter sido estatizada na pratica quando o próprio povo foi estatizado.
    Do ponto de vista econômico a Alemanha era socialista na pratica, por estar completamente sob controle estatal como na URSS, algo que nem os fascista fizeram, muito menos os regimes militares latino-americanos.
  • CARALHO ANDRÉ E ACAUAN .
    VOU APRENDER PRA CARALHO NESSE TÓPICO , COM TODA CERTEZA !
  • Esse tópico é penta.
  • LaraAS disse:
    Frei Betto
    Parei aqui....
    Não gosto dele, mas, neste caso, era a resenha de um livro e não apenas suas ideias.

  • editado September 2019
    NadaSei disse: A enfase na raça ao invés da luta de classes é o grande diferencial do nacional socialismo frente a todas as outras formas de socialismo e esse senso racial foi justamente um dos elementos que fez os nacional socialistas apaziguarem a luta de classes por considerar que tanto burgueses quanto proletários eram iguais enquanto parte do povo alemão (Hitler declarou exatamente isso em um discurso).

    A igualdade no nacional socialismo nesse caso é exclusiva para um grupo visto como a expressão mais perfeita da raça humana. A igualdade utópica poderia ser atingida com o aperfeiçoamento da especie e a eliminação dos imperfeitos.
    Em certo sentido eles pregavam uma igualdade ainda maior que a dos marxistas ao eliminar as diferenças biológicas entre os seres humanos, eliminando os "incapazes", os "inaptos", os "degenerados", etc...

    O racismo deu ao nacional socialismo uma visão diferente da tal "igualdade".

    O ideal nazista de raça não era igualitário e sim hierárquico.
    Na escala nazista havia os judeus na base como raça a ser exterminada, as raças inferiores a serem escravizadas, os arianos "impuros" a serem dominados e no topo os puro arianos, senhores da Nova Ordem.
    Porém o culto nazista da raça não era estático e sim dinâmico.
    Esta dinâmica se definia na eugenia, a ideia de que a "raça superior" devia ser continuamente melhorada, projeto então já iniciado pela SS que visava engendrar uma aristocracia racial que elevaria os padrões arianos.
    Nesta concepção a igualdade é inconcebível, pois sempre um novo extrato superior estaria sendo criado, perpetuando a hierarquia.
    Não como esquerda, mas como um socialismo de direita.
    O grande ponto na questão econômica está no fato da economia ter sido estatizada na pratica quando o próprio povo foi estatizado.
    Do ponto de vista econômico a Alemanha era socialista na pratica, por estar completamente sob controle estatal como na URSS, algo que nem os fascista fizeram, muito menos os regimes militares latino-americanos.

    Veja, quando começamos a usar expressões como socialismo de direita criamos mais confusão que esclarecimento.
    Esta discussão precisa estabelecer claramente os limites da definição, as fronteiras de cada sistema.
    O modo para isto é encontar o consenso que determina o que o socialismo e os regimes de esquerda não podem ser de jeito nenhum, idem para o fascismo/ nazismo e regimes de direita.
    Como vimos, os dois extremos do espectro político podem ser igualmente totalitários ou ditatoriais na política, estatistas, centralizadores e intervencionistas na economia.

    Mas há características que são definidoras de um lado e excludente para o outro.
    Por exemplo o Materialismo Dialético é um componente definidor dos sistemas socialistas/ esquerdistas e excludente para o fascismo, nazismo e regimes de direita.
    Evidência é a já citada tara nazista pelo misticismo e esoterismo mais fuleiros.
    Socialistas e esquerdistas frequentemente são pseudocientíficos, podem até admitir algum simbolismo místico, como o culto Angkar do Khmer Vermelho, mas raspando um pouquinho nestes simbolismos vemos que é pura propaganda e abaixo da primeira camada de verniz está lá o tal do Materialismo Dialético.

    No lado Direito, a característica definidora e excludente para o adversário ideológico é a Reação. Movimentos direitistas são naturalmente reacionários e no extremo são extremamente reacionários, criando a contradição de que extremamente reacionário é sinônimo de revolucionário, a extrema direita torna-se esquerda extremando a reação.
    É neste ponto que temos a ruptura entre a extrema direita e o Conservadorismo, pois aqueles acreditam que QUALQUER artifício é válido para vencer o comunismo, enquanto os Conservadores acreditam que lutam para preservar valores atemporais e destruir estes valores para vencer este ou aquele inimigo, na verdade é uma derrota.

    E por ai vai.
    Fascismo e Nazismo são uma anomalia política, mais até que o Comunismo, que se define como uma aventura revolucionária de engenharia social, com seus postulados claramente definidos.
    Uma anomalia política que se define na reação a uma engenharia social só pode ser confusa quanto suas definições e separá-las claramente nem sempre é fácil.
  • Bom, o fascismo italiano foi lighitissimo, com só cerca de 30 italianos assassinados por essa ditadura em tempo de paz segundo Hanna Arendt no seu livro sobre os totalitarismos, e presumivelmente antes da chegada ao poder, os fascistas italianos só mataram mais ou menos mais 30, e no caso da Etiópia, é só que a França e a Grã-Bretanha também faziam nas suas conquistas coloniais e o fascismo italiano só começou a fazer leis anti-semitas em 1938 por pressão da Alemanha nazista e nunca as levou muito a serio, aliais houve uma para o caso, alta proporção de judeus salvos de deportação na Itália fascista por ficarem escondidos em casas muitas vezes de fascistas de carteirinha. Então essa demonização das palavras "fascismo e fascista" sendo que era o nome da ditadura especificamente italiana, é uma demonização sem sentido, ainda mais quando feita pelos proponentes das ditaduras comunistas, que na melhor das hipóteses, deixavam cada uma centenas de milhares de assassinados pela ditadura.
  • editado September 2019
    Acauan disse:
    O ideal nazista de raça não era igualitário e sim hierárquico.
    Na escala nazista havia os judeus na base como raça a ser exterminada, as raças inferiores a serem escravizadas, os arianos "impuros" a serem dominados e no topo os puro arianos, senhores da Nova Ordem.
    Porém o culto nazista da raça não era estático e sim dinâmico.
    Esta dinâmica se definia na eugenia, a ideia de que a "raça superior" devia ser continuamente melhorada, projeto então já iniciado pela SS que visava engendrar uma aristocracia racial que elevaria os padrões arianos.
    Nesta concepção a igualdade é inconcebível, pois sempre um novo extrato superior estaria sendo criado, perpetuando a hierarquia.
    O conceito de igualdade nazista se limitava justamente aos arianos, mas uma vez definido o sangue alemão a igualdade chegava a ser levada mais a sério do que no marxismo.
    Infelizmente eu não tenho mais o link para os discursos de Hitler onde ele em um sindicato falava claramente sobre a luta de classes e como ela deveria ser apaziguada pelo partido uma vez que todas as classes eram formadas por membros do povo alemão, todos iguais entre si.

    Essa igualdade seria imposta justamente pela hierarquia militar do partido que iria intermediar e apaziguar os conflitos entre as classes, já que o conceito de igualdade deles não se confundia com nenhuma visão utópica de ausência de hierarquia anárquica.
    Völkisch equality

    From Wikipedia, the free encyclopedia

    Völkisch equality is a concept within Nazism and it was also a legal practice within Nazi Germany and its controlled territories during World War II, which ascribed racial equality of opportunity, equality before the law, and full legal rights to people of German blood or related blood, but deliberately excluded people outside this definition, who were regarded as inferior.

    Nazism rejected the concept of the universal equality of individuals.[1]:43-50 Only those who qualified as Aryans were allowed full legal rights, including equality before the law.[1]:43 This type of equality was not an equality of people as individuals but an equality of people as members of a master race, and thus individuals' interests were subordinate to the collective interest of the Volksgemeinschaft.[1]:47 The Nazis were opposed to the conventional universal conception of equality. They claimed to support Völkisch equality, but at the same time Nazism was committed to intensifying human inequality as a whole to allow the German people to become the "new master class" of the world.[1]:43 People outside of German blood were automatically considered unequal and inferior and thus denied the rights of those of German blood.[1]:50

    The Nazis advocated a welfare state for German citizens (able Germans of Aryan racial descent) as a means to provide social justice and eliminate social barriers between the German people.[2] The Nazis provided equal access to education for talented children of workers and peasants.[3] Hitler claimed that equality of opportunity for all racially sound German males was the meaning of the "socialism" of National Socialism.[3]

    The Nazis sought to dismantle what they deemed to be an unnatural hierarchy of the middle class and nobility who had allegedly jealously kept their wealth and titles while failing to justify their hierarchical position through their actions in World War I. Even nationalists among them were deemed by the Nazis to have not upheld an appropriate share of contribution to the war effort.[3] Thus the Nazis claimed that only the primordial brutality and willpower of the lower orders could save Germany, and thus justified equality of opportunity as a means to create new capable leaders for German society, and to build a new, "natural" hierarchy based on merit.[3]

    https://en.wikipedia.org/wiki/Völkisch_equality
    Acauan disse:
    NadaSei disse:Não como esquerda, mas como um socialismo de direita.
    Veja, quando começamos a usar expressões como socialismo de direita criamos mais confusão que esclarecimento.
    Esta discussão precisa estabelecer claramente os limites da definição, as fronteiras de cada sistema.
    O modo para isto é encontar o consenso que determina o que o socialismo e os regimes de esquerda não podem ser de jeito nenhum, idem para o fascismo/ nazismo e regimes de direita.
    Como vimos, os dois extremos do espectro político podem ser igualmente totalitários ou ditatoriais na política, estatistas, centralizadores e intervencionistas na economia.
    (...)
    Fascismo e Nazismo são uma anomalia política, mais até que o Comunismo, que se define como uma aventura revolucionária de engenharia social, com seus postulados claramente definidos.
    Uma anomalia política que se define na reação a uma engenharia social só pode ser confusa quanto suas definições e separá-las claramente nem sempre é fácil.

    Não são claramente definidos por diversas questões, mas a principal delas é que esquerda e direita não são nem nunca foram termos científicos com significado fixo, são ao contrario redutores usados por leigos e tem significado absolutamente solto. Isso se soma ao fato dessas ideologias serem adotadas de modo distinto por grupos identificados dentro redutores dependendo do lugar e do tempo.

    O fascismo romeno, por exemplo, foi um fenômeno ligado muito mais a esquerda e aos sindicatos, do que a direita ou aos movimentos burgueses. Isso não sou eu quem estou dizendo, foi o sociólogo Michael Mann quem pesquisou o assunto e descreveu isso no livro "Fascistas":

    51OozZBGuML._SX312_BO1,204,203,200_.jpg

    https://www.amazon.com/Fascists-Michael-Mann/dp/0521831318

    Se você for até os EUA ou UK conversar sobre politica e tentar explicar que o movimento liberal no Brasil é de direita eles também vão ficar confusos, visto que o liberalismo "é e sempre foi um movimento de esquerda".
    A confusão se cria porque no Brasil atual isso foge a regra.

    Da mesma forma o socialismo para nós pode parecer um fenômeno da esquerda, mas não era assim para a Alemanha da época que tinha ao menos dois partidos socialistas na direita, o partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e o Partido Socialista Alemão.

    Se fosse só o partido de Hitler poderíamos chamar isso de alguma bizarrice para enganar trouxas como as ditaduras auto intituladas "republicas democráticas", mas são ao menos 2 partidos comungando de uma ideologia coletivista somado ao fato de que a economia nazista foi socialista na pratica.
  • NadaSei disse:
    Acauan disse:
    O ideal nazista de raça não era igualitário e sim hierárquico.
    Na escala nazista havia os judeus na base como raça a ser exterminada, as raças inferiores a serem escravizadas, os arianos "impuros" a serem dominados e no topo os puro arianos, senhores da Nova Ordem.
    Porém o culto nazista da raça não era estático e sim dinâmico.
    Esta dinâmica se definia na eugenia, a ideia de que a "raça superior" devia ser continuamente melhorada, projeto então já iniciado pela SS que visava engendrar uma aristocracia racial que elevaria os padrões arianos.
    Nesta concepção a igualdade é inconcebível, pois sempre um novo extrato superior estaria sendo criado, perpetuando a hierarquia.
    O conceito de igualdade nazista se limitava justamente aos arianos, mas uma vez definido o sangue alemão a igualdade chegava a ser levada mais a sério do que no marxismo.
    Infelizmente eu não tenho mais o link para os discursos de Hitler onde ele em um sindicato falava claramente sobre a luta de classes e como ela deveria ser apaziguada pelo partido uma vez que todas as classes eram formadas por membros do povo alemão, todos iguais entre si.

    Essa igualdade seria imposta justamente pela hierarquia militar do partido que iria intermediar e apaziguar os conflitos entre as classes, já que o conceito de igualdade deles não se confundia com nenhuma visão utópica de ausência de hierarquia anárquica.
    Völkisch equality

    From Wikipedia, the free encyclopedia

    Völkisch equality is a concept within Nazism and it was also a legal practice within Nazi Germany and its controlled territories during World War II, which ascribed racial equality of opportunity, equality before the law, and full legal rights to people of German blood or related blood, but deliberately excluded people outside this definition, who were regarded as inferior.

    Nazism rejected the concept of the universal equality of individuals.[1]:43-50 Only those who qualified as Aryans were allowed full legal rights, including equality before the law.[1]:43 This type of equality was not an equality of people as individuals but an equality of people as members of a master race, and thus individuals' interests were subordinate to the collective interest of the Volksgemeinschaft.[1]:47 The Nazis were opposed to the conventional universal conception of equality. They claimed to support Völkisch equality, but at the same time Nazism was committed to intensifying human inequality as a whole to allow the German people to become the "new master class" of the world.[1]:43 People outside of German blood were automatically considered unequal and inferior and thus denied the rights of those of German blood.[1]:50

    The Nazis advocated a welfare state for German citizens (able Germans of Aryan racial descent) as a means to provide social justice and eliminate social barriers between the German people.[2] The Nazis provided equal access to education for talented children of workers and peasants.[3] Hitler claimed that equality of opportunity for all racially sound German males was the meaning of the "socialism" of National Socialism.[3]

    The Nazis sought to dismantle what they deemed to be an unnatural hierarchy of the middle class and nobility who had allegedly jealously kept their wealth and titles while failing to justify their hierarchical position through their actions in World War I. Even nationalists among them were deemed by the Nazis to have not upheld an appropriate share of contribution to the war effort.[3] Thus the Nazis claimed that only the primordial brutality and willpower of the lower orders could save Germany, and thus justified equality of opportunity as a means to create new capable leaders for German society, and to build a new, "natural" hierarchy based on merit.[3]

    https://en.wikipedia.org/wiki/Völkisch_equality
    Acauan disse:
    NadaSei disse:Não como esquerda, mas como um socialismo de direita.
    Veja, quando começamos a usar expressões como socialismo de direita criamos mais confusão que esclarecimento.
    Esta discussão precisa estabelecer claramente os limites da definição, as fronteiras de cada sistema.
    O modo para isto é encontar o consenso que determina o que o socialismo e os regimes de esquerda não podem ser de jeito nenhum, idem para o fascismo/ nazismo e regimes de direita.
    Como vimos, os dois extremos do espectro político podem ser igualmente totalitários ou ditatoriais na política, estatistas, centralizadores e intervencionistas na economia.
    (...)
    Fascismo e Nazismo são uma anomalia política, mais até que o Comunismo, que se define como uma aventura revolucionária de engenharia social, com seus postulados claramente definidos.
    Uma anomalia política que se define na reação a uma engenharia social só pode ser confusa quanto suas definições e separá-las claramente nem sempre é fácil.

    Não são claramente definidos por diversas questões, mas a principal delas é que esquerda e direita não são nem nunca foram termos científicos com significado fixo, são ao contrario redutores usados por leigos e tem significado absolutamente solto. Isso se soma ao fato dessas ideologias serem adotadas de modo distinto por grupos identificados dentro redutores dependendo do lugar e do tempo.

    O fascismo romeno, por exemplo, foi um fenômeno ligado muito mais a esquerda e aos sindicatos, do que a direita ou aos movimentos burgueses. Isso não sou eu quem estou dizendo, foi o sociólogo Michael Mann quem pesquisou o assunto e descreveu isso no livro "Fascistas":

    51OozZBGuML._SX312_BO1,204,203,200_.jpg

    https://www.amazon.com/Fascists-Michael-Mann/dp/0521831318

    Se você for até os EUA ou UK conversar sobre politica e tentar explicar que o movimento liberal no Brasil é de direita eles também vão ficar confusos, visto que o liberalismo "é e sempre foi um movimento de esquerda".
    A confusão se cria porque no Brasil atual isso foge a regra.

    Da mesma forma o socialismo para nós pode parecer um fenômeno da esquerda, mas não era assim para a Alemanha da época que tinha ao menos dois partidos socialistas na direita, o partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e o Partido Socialista Alemão.

    Se fosse só o partido de Hitler poderíamos chamar isso de alguma bizarrice para enganar trouxas como as ditaduras auto intituladas "republicas democráticas", mas são ao menos 2 partidos comungando de uma ideologia coletivista somado ao fato de que a economia nazista foi socialista na pratica.


    Não é só no Brasil que se considera o liberalismo ,também na Europa continental se considera o liberalismo como de direita e provavelmente na maior parte do mundo, então isso de não considerar o liberalismo como de direita é só uma extravagância anglo-saxa.
  • Objetivamente nessa celeuma sobre o que seria esquerda e direita apenas faz sentido considerar uma dicotomia entre um sistema, "Pacto/Contrato Social", representado pela direita, e um rompimento com esse sistema, proposto como esquerda. tudo que rompe com a institucionalidade e com o estado pleno de direito é ato de esquerda.
  • Nazismo, fascismo e comunismo são ideologias que propõem uma ruptura com o Pacto Social, portanto, são essencialmente de natureza esquerdista.
  • Senhor disse: Nazismo, fascismo e comunismo são ideologias que propõem uma ruptura com o Pacto Social, portanto, são essencialmente de natureza esquerdista.
    E quanto houve a independência americana ou as duas revoluções inglesas do século XVII? Ou mesmo a parte não jacobina da revolução francesa? (É bom lembrar que a revolução francesa não foram só os jacobinos, no começo os girondinos tinham mais influencia, aliais no começo da revolução francesa o nome de "direita" foi usado só para denominar os monarquistas absolutistas, depois em 1 ano e pouco, passou a ser usada para denominar os monarquistas de qualquer tipo, e depois de mais um ano e pouco, é que foi usada para denominar os girondinos, originalmente chamados de esquerda na própria revolução francesa).


  • LaraAS disse:
    Senhor disse: Nazismo, fascismo e comunismo são ideologias que propõem uma ruptura com o Pacto Social, portanto, são essencialmente de natureza esquerdista.
    E quanto houve a independência americana ou as duas revoluções inglesas do século XVII? Ou mesmo a parte não jacobina da revolução francesa? (É bom lembrar que a revolução francesa não foram só os jacobinos, no começo os girondinos tinham mais influencia, aliais no começo da revolução francesa o nome de "direita" foi usado só para denominar os monarquistas absolutistas, depois em 1 ano e pouco, passou a ser usada para denominar os monarquistas de qualquer tipo, e depois de mais um ano e pouco, é que foi usada para denominar os girondinos, originalmente chamados de esquerda na própria revolução francesa).

    continua valendo a mesma racionalização. Pois é, sempre é bom realizar que em ambos os casos não se estava rompendo um Pacto Social, mas se criando um!

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