A sociedade do cansaço
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45242676
Coreia do Sul é mostrada como caso de sucesso, mas a que preço?
Coreia do Sul é mostrada como caso de sucesso, mas a que preço?
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Comentários
Como vivo em um país com mais de 60 mil assassinatos por ano, numero similar ao de estupros, com mortes no trânsito, índices de analfabetismo absurdos, serviços públicos em nível africano etc...O máximo que posso dizer é que adoraria ter os problemas do Coreanos pra resolver ao invés dos nossos.
No nosso caso podemos, caso um dia nos tornemos mais desenvolvidos por causa da melhora de IDH e produtividade em consequência disso, tomar Japão e Coreia como exemplos de extremos dos quais devemos parar antes de alcançar.
Trabalho de Segunda a Sexta deveria bastar, o problema é que em uma economia globalizada isso acaba não sendo sempre uma escolha viável. Ou o país entra nessa levada ou não consegue se desenvolver porque não tem como competir com preços de países que "trabalham mais".
O trabalhismo não é uma desgraça, ele é uma desgraça aqui no Brasil porque só existe a versão demagógica dele e o lado mais liberal foi tratado como nazista por décadas. O resultado são os números e índices que citei acima.
Coreia do Sul ( ou mesmo o mencionado Japão) são apresentados como casos de desenvolvimento, ponto.
O sistema que criou tal desenvolvimento é o mesmo que está a mata-los.
Não adianta comparar com outros. Nem relativizar ( mal menor).
Aparte: muitos falam contra o relativismo mas depois aceitam o mal menor que é relativismo.
Continuando.
A sociedade do cansaço é facto. Recusar ver é fé ideológica.
Vc tem esse hábito de especular errado.
Meus pais vivem a 150 km, na escala lusa é imenso.
Adoraria estar mais perto, para os ver mais enquanto respiram...
Eles te enviam mesada, suponho.
Mas natural de um pos moderno querer estar sempre perto dos pais. Deve ser resquício do cangurismo seu.
Começa você a viver sem trabalhar, então. Vai viver como eremita pelado numa caverna.
Não venha com desculpas: ao menos pode ser morador de rua.
O carro de corrida dá voltas no circuito a perseguir o próprio rabo, vê-se a fábula transcorrendo a conta gotas.
Nem todo algodão serve a fins práticos, há os destinados à feitios de nenhum dimensionamento efetivo.
Todis os dias a mesma celeuma se instala tanto nos pagãos quanto nos devotos que passam perto das igrejas mas eles injetam seu tempi útil em factualidades diversas.
A galinha mais gorda atravessa sempre antes a rua por que ela estava lá.
O povo do litoral das mais baixas latitudes se insinua com simenos volteios culturais a apartar-se de muitas cerimônias culturais curtas por proceder de hábitos cultivados. Entrw os de cá prescinde-se tamanhos de cada valor. Seus meritos são mais macios.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45581412
Você não tem jeito, nem concordando com você é possível manter o diálogo sem ser acusado de distorção, negação ou relativismo.
O sistema que os criou, por exemplo, investiu em educação de base. Deveríamos não fazer o mesmo e continuar a jogar dinheiro fora com faculdades que formam analfabetos funcionais? Só um de muitos exemplos.
Você tem certeza de que leu meu post até o final? Porque eu não neguei isso, tá lá escrito e eu sou obrigado a me citar
"No nosso caso podemos, caso um dia nos tornemos mais desenvolvidos por causa da melhora de IDH e produtividade em consequência disso, tomar Japão e Coreia como exemplos de extremos dos quais devemos parar ANTES de alcançar.
Trabalho de Segunda a Sexta deveria bastar, o problema é que em uma economia globalizada isso acaba não sendo sempre uma escolha viável. Ou o país entra nessa levada ou não consegue se desenvolver porque não tem como competir com preços de países que "trabalham mais".
O trabalhismo não é uma desgraça, ele é uma desgraça aqui no Brasil porque só existe a versão demagógica dele e o lado mais liberal foi tratado como nazista por décadas. O resultado são os números e índices que citei acima."
Na verdade mesmo até o ano passado o número do homicídio no Brasil era de cerca de 55 mil por ano e agora com o governo Bolsonaro e o Moro diminuíram em 22%, então nesse ano vão ser de 45 mil e os serviços sociais no Brasil não podem ser de nível africano pois os índices sociais no Brasil são muito melhores do que os africanos compare o Brasil com Angola e Moçambique no Index Mundi por exemplo. Por outro lado, sem que eu necessariamente concorde com o Puc, não deixa de ser curiosa a quantidade de imigrantes coreanos do Sul em São Paulo por exemplo....
Grato por finalmente haver uma contribuição inteligente.
Hoje li na revista portuguesa Visão o seguinte:
http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-08-31-Compram-se-amigos-e-abracos-como-a-epidemia-da-solidao-se-esta-a-tornar-um-negocio?fbclid=IwAR3Vum5zsXPYJzQmPw9Tb8oXTBvLMRqdMnXF2c83FAVH6WTI65oKHM3VM9c
Agora voltamos à Ásia.
O progresso é uma bandeira da extrema esquerda.
Colocado isto também,
O problema é que vivemos num modelo quimérico, sempre a evoluir /progredir /subir / aumentar sem fim.
Ao invés de o progresso nos libertar escraviza-nos, pior, pois somos voluntários desta engrenagem infernal.
Quando é suficiente?
Recordemos:
Só vivemos uma vez - valerá a pena faze-lo em regime de Esgotamento físico e mental?
Não quis ser preciso quanto aos números. Os assassinatos já estiveram na casa dos 63k. E "serviços africanos" foi uma figura de linguagem.
Eu também concordo com o Pug apesar de ele achar que não.
Entre a produtividade baixa do trabalhador brasileiro e o ritmo de vida absurdo de Japão e Coreia existe muita coisa no meio onde poderíamos estar.
Não tinha visto a sua mensagem.
Como vc sabe que prefere o problema do outro ao seu?
Será o típico - a relva ( gramado) do vizinho é sempre mais verde do que a minha?
Trabalhismo não é o problema de que falo.
Trabalhar é uma tortura tão e somente se for inútil.
Viver ocupado é, penso eu, melhor do que desocupado.
Mas este ocupado tem que ter um sentido, e recompensa, que coreanos já não têm.
Os humanos são insatisfeitos, sempre querem ir mais um passo além, comprar, consumir, etc.
O sistema domina-os ao invés do inverso. Como resolver?
Olhando a idade medieval:
os monges viviam na vida contemplativa, sofriam do mal que resolveram trabalhando. Os mosteiros produziam bem alimentares, cerveja, etc.
No nosso tempo, o mal é o inverso, o excesso de carga laboral, que transforma o homem em animal laboral ( em latim seria mais eloquente mas n...).
A solução é a contemplação, introduzir este tempo de contemplação.
Aliás, a meditação já foi introduzido, usada como paliativo. Mindfulness está na moda, as empresa usam para "curar" os trabalhadores e aumentar a produtividade.
Mas, n chega, ainda querem mais.
Sem preconceitos, olhem os problemas reais, colocando um travão quando ouvirem um vagabundo dizer que o povo deve trabalhar mais.
Os brasileiros não precisam de trabalhar mais, mas necessitam de menos corrupção. Melhor relação no ganho entre trabalho por hora e proveito, etc.
Estejam atentos a reformas laborais que levem à escravidão, é só o que peço.
Exato, mas é aquela no pain no gain.
Esses países que tem uma identidade nacional mais forte tende a ter entre suas unidades elementos cada vez mais ocupados em algo produtivo, levandovao paroxismo o que quer que intentem produzir.
Coreia do Sul, Japão, Alemanha, Cingapura, uma pá de países tem essa unidade nacional forte e concomitante uma disposição destacada de se ocupar com algo produtivo. Mesmo a mourada quando tinha essa unidade cultural já foi sinônimo de disposição para o trabalho.
Já outras se contentam com o suficiente para uma vida confortável, guardam para a velhice e dane-se a opinião dos outros.
Mas trabalhar sem parar pode ser um vício como outro qualquer e não uma imposição. A pessoa não concebe a vida sem estar o tempo todo ocupada com mil assuntos, pessoais e profissionais. Ela não tira férias porque não consegue relaxar e não aproveita.
Ora aí está algo muito interessante.
Se alemão e japonês adora trabalhar até cair, que o façam.
Outros não têm que lhes seguir os passos...
Tal como as pessoas, cada individuo tem uma ideia diferente do que é sucesso, ser feliz, etc.
Mas, o nosso sistema dá cada vez menor margem à liberdade.
Nota: o nosso sistema de esgotamento, relativizando, é melhor que outros como - sei lá - Coreia do Norte.
Mas, não me interessa o Norte ou Venezuela ou Zimbábue...interessa-me a liberdade dentro do meu sistema.
Hoje somos livres para ser escravos, isto é o trágico, poucos dão conta disto - servidão voluntária ( uma ideia antiga...).
Malditos coreanos honestos e sinceros.
Você pode ser morador de rua quando quiser, agora se quer algo tem que trabalhar. Até mesmo se você viver no meio do mato tem que caçar para o seu sustento.
Se não gosta, que vá viver na casa dos pais.
Não sei o que você entende por liberdade, sério. Não fazer nada, não ter objetivo? Se for isso você é uma pedra.
Dando mais detalhes: a proporção de trabalhadores em serviços no Japão e tigres asiáticos é a maioria dos trabalhadores como em outros países industrializados ou de maioria de trabalhadores em setores urbanos (este último inclui definitivamente o Brasil em que 75% dos trabalhadores são de trabalhos urbanos e só 25% são de trabalhos rurais e dentre os urbanos há maioria é de serviços ) , então é sinal de que alguém está consumindo os serviços, né ? E para isso eles precisam ter tempo livre né?
Números não mentem, são factos.
Opiniões existem muitas.
Não admira que a realidade do excesso de trabalho não seja vista.
Lazer e trabalho confundem-se na cabeça das pessoas...
Mentem quando é pra defender ideologias.
O trabalho não pode ser prazeroso?
É cada uma, você antes vivia na casa dos pais ganhando mesada por não fazer nada, só pode.
Há quem tenha prazer na actividade que exerce, mas trabalho como ocorre para a maioria das pessoas ser tido como prazer é uma aberração.
Mas se vc acha isso, disponha a sua existência 24h por dia ao prazer, veja o que sucederá.
Há quem tenha prazer na actividade que exerce, mas trabalho como ocorre para a maioria das pessoas ser tido como prazer é uma aberração.[/quote]
Viva encostado nos seus pais então.
O seu trabalho deve ser uma bosta: já pensou em procurar outro?