Lusitanos: a tribo que os romanos demoraram 200 anos a dominar
Quem eram os Lusitanos? Comandados por Viriato os lusitanos resistiram durante 200 anos aos invasores romanos conquistando o respeito dos próprios inimigos.
Por VxMag
Quem eram os Lusitanos? Os antepassados dos lusitanos compunham um mosaico de diferentes tribos que habitaram Portugal desde o Neolítico. Miscigenaram-se parcialmente com os invasores celtas, dando origem aos lusitanos. Não se sabe ao certo a origem destas tribos celtas, mas é muito provável que fossem oriundas dos Alpes suíços e teriam migrado devido ao clima mais quente na península Ibérica.
Entre as numerosas tribos que habitavam a península Ibérica quando chegaram os romanos, encontrava-se, na parte ocidental, a dos lusitani, considerada por alguns autores a maior das tribos ibéricas, com a qual durante muitos anos lutaram os romanos.
Os Lusis foram referidos pela primeira vez no “Ora Marítima” de Avieno onde foram chamados de pernix, que significa ágil, rápido e é o adjectivo que se aplicava ao praticante de jogos de destreza física. Desde crianças, os membros deste povo trabalhavam como pastores. Depois, à medida que iam crescendo eram treinados para a caça e por fim, quando se tornavam jovens fortes, eles eram treinados como guerreiros mercenários. Tinham uma forma de lutar muito aguerrida e sempre ofensiva, e constantemente havia lutas entre tribos lusitanas e também com outras tribos vizinhas com o objectivo de conquistar essas terras.
Quando os romanos invadiram a Península Ibérica, eles foram conquistando progressivamente as terras do leste e do sul. No entanto, quando chegaram às tribos lusitanos, a dificuldade aumentou. Essas tribos, que sempre haviam lutado entre si, uniram-se numa causa que era comum a todas elas: a luta contra os ameaçadores exércitos romanos. Até conquistarem os terrenos das tribos lusitanas, os romanos tiveram que guerrear durante vários anos e, por fim, conseguiram o que tanto queriam mas, através de uma trama que envolvia traição.Entre os lusitanos houve um guerreiro que se destacou na luta contra os romanos. O seu nome era Viriato.
O objectivo era conquistar às terras à volta das tribos lusitanas para ampliar a área do campo de batalha e assim afastar as zonas de combate das suas terras.
Em 147 A.C., os lusitanos renderam-se perante as tropas de Caio Vetílio, que os haviam cercado. Mas, Viriato opôs-se terminantemente contra essa derrota. Ele organizou as suas tropas e foi lutar contra os romanos, acabando por derrotá-los no desfiladeiro de Ronda, que faz a separação entre a planície de Guadalquivir e a costa marítima da Andaluzia, onde acabaria por matar o próprio Caio Vetílio.
Depois deste, as tropas de Viriato foram derrotando vez após vez as forças romanas sob os comandos de Caio Pláucio, Cláudio Unimano, Caio Nigidio e Fábio Máximo.
Em 140 A.C., os lusitanos comandados por Viriato infligiram uma pesada derrota sobre Fábio Máximo Servilliano, matando cerca de 3000 romanos em combate. Perante isso, Servilliano rende-se e em troca da sua vida ele oferece a Viriato promessas e garantias da autonomia dos lusitanos.
Mas, quando a notícia deste tratado chegou a Roma, o Senado considerou-o demasiado humilhante e, voltando atrás com a sua palavra, declara novamente guerra aos lusitanos.
Desta feita, em 139 A.C., Roma enviou o general Servílio Cipião, mas este também continua a ser constantemente derrotado por Viriato, de modo que, Viriato decide enviar três comissários da sua confiança, Audas, Ditalco e Minuros, com o objectivo de forçar Cipião a pedir uma nova paz.
Mas, Cipião recorreu ao suborno destes comissários e prometeu-lhes que dava uma recompensa se estes matassem Viriato. E assim aconteceu! Enquanto Viriato dormia, estes homens assassinaram-no, trazendo um desfecho trágico para Viriato e para os lusitanos. Mas este desfecho era também muito vergonhoso para Roma pois como uma superpotência que era, recorrer a suborno era algo desastroso.
A invasão romana da península Ibérica iniciou-se no contexto da Segunda Guerra Púnica (218 a.C.-201 a.C.), quando as legiões romanas, sob o comando do cônsul Cipião, para ali se movimentaram, a fim de atacar pela retaguarda os domínios de Cartago na região. A estratégia visava enfraquecer as forças cartaginesas, afastando os seus exércitos da península Itálica. Contudo, a derrota dos cartagineses não garantiu a ocupação pacífica da península Ibérica. Segundo Plutarco, os rendimentos provenientes de metais preciosos da Hispânia cobriam todas as despesas da guerra. Para além da exploração das minas de ouro e prata uma grande receita provinha dos tributos, impostos, resgates e saques que incluíam objectos de ouro e prata dos tesouros públicos.
A partir de 194 a.C., registaram-se choques com tribos de Lusitanos, conflitos que se estenderiam até 138 a.C., denominados por alguns autores como guerra lusitana.
Ao iniciar-se a fase imperial romana, a Pax Augusta fez-se sentir na península: a partir de 19 a.C., as legiões ocuparam a região norte peninsular, mais inóspita, ocupada por povos cântabros e astures. Com esta ocupação, asseguravam-se as fronteiras naturais e pacificava-se essa região mais atrasada, de modo a que não constituísse ameaça para as populações do vale do rio Ebro e da chamada Meseta, já em plena fase de romanização.
http://omarxismocultural.blogspot.com/2019/04/lusitanos-tribo-que-os-romanos.html
Por VxMag
Quem eram os Lusitanos? Os antepassados dos lusitanos compunham um mosaico de diferentes tribos que habitaram Portugal desde o Neolítico. Miscigenaram-se parcialmente com os invasores celtas, dando origem aos lusitanos. Não se sabe ao certo a origem destas tribos celtas, mas é muito provável que fossem oriundas dos Alpes suíços e teriam migrado devido ao clima mais quente na península Ibérica.
Entre as numerosas tribos que habitavam a península Ibérica quando chegaram os romanos, encontrava-se, na parte ocidental, a dos lusitani, considerada por alguns autores a maior das tribos ibéricas, com a qual durante muitos anos lutaram os romanos.
Os Lusis foram referidos pela primeira vez no “Ora Marítima” de Avieno onde foram chamados de pernix, que significa ágil, rápido e é o adjectivo que se aplicava ao praticante de jogos de destreza física. Desde crianças, os membros deste povo trabalhavam como pastores. Depois, à medida que iam crescendo eram treinados para a caça e por fim, quando se tornavam jovens fortes, eles eram treinados como guerreiros mercenários. Tinham uma forma de lutar muito aguerrida e sempre ofensiva, e constantemente havia lutas entre tribos lusitanas e também com outras tribos vizinhas com o objectivo de conquistar essas terras.
Quando os romanos invadiram a Península Ibérica, eles foram conquistando progressivamente as terras do leste e do sul. No entanto, quando chegaram às tribos lusitanos, a dificuldade aumentou. Essas tribos, que sempre haviam lutado entre si, uniram-se numa causa que era comum a todas elas: a luta contra os ameaçadores exércitos romanos. Até conquistarem os terrenos das tribos lusitanas, os romanos tiveram que guerrear durante vários anos e, por fim, conseguiram o que tanto queriam mas, através de uma trama que envolvia traição.Entre os lusitanos houve um guerreiro que se destacou na luta contra os romanos. O seu nome era Viriato.
O objectivo era conquistar às terras à volta das tribos lusitanas para ampliar a área do campo de batalha e assim afastar as zonas de combate das suas terras.
Em 147 A.C., os lusitanos renderam-se perante as tropas de Caio Vetílio, que os haviam cercado. Mas, Viriato opôs-se terminantemente contra essa derrota. Ele organizou as suas tropas e foi lutar contra os romanos, acabando por derrotá-los no desfiladeiro de Ronda, que faz a separação entre a planície de Guadalquivir e a costa marítima da Andaluzia, onde acabaria por matar o próprio Caio Vetílio.
Depois deste, as tropas de Viriato foram derrotando vez após vez as forças romanas sob os comandos de Caio Pláucio, Cláudio Unimano, Caio Nigidio e Fábio Máximo.
Em 140 A.C., os lusitanos comandados por Viriato infligiram uma pesada derrota sobre Fábio Máximo Servilliano, matando cerca de 3000 romanos em combate. Perante isso, Servilliano rende-se e em troca da sua vida ele oferece a Viriato promessas e garantias da autonomia dos lusitanos.
Mas, quando a notícia deste tratado chegou a Roma, o Senado considerou-o demasiado humilhante e, voltando atrás com a sua palavra, declara novamente guerra aos lusitanos.
Desta feita, em 139 A.C., Roma enviou o general Servílio Cipião, mas este também continua a ser constantemente derrotado por Viriato, de modo que, Viriato decide enviar três comissários da sua confiança, Audas, Ditalco e Minuros, com o objectivo de forçar Cipião a pedir uma nova paz.
Mas, Cipião recorreu ao suborno destes comissários e prometeu-lhes que dava uma recompensa se estes matassem Viriato. E assim aconteceu! Enquanto Viriato dormia, estes homens assassinaram-no, trazendo um desfecho trágico para Viriato e para os lusitanos. Mas este desfecho era também muito vergonhoso para Roma pois como uma superpotência que era, recorrer a suborno era algo desastroso.
A invasão romana da península Ibérica iniciou-se no contexto da Segunda Guerra Púnica (218 a.C.-201 a.C.), quando as legiões romanas, sob o comando do cônsul Cipião, para ali se movimentaram, a fim de atacar pela retaguarda os domínios de Cartago na região. A estratégia visava enfraquecer as forças cartaginesas, afastando os seus exércitos da península Itálica. Contudo, a derrota dos cartagineses não garantiu a ocupação pacífica da península Ibérica. Segundo Plutarco, os rendimentos provenientes de metais preciosos da Hispânia cobriam todas as despesas da guerra. Para além da exploração das minas de ouro e prata uma grande receita provinha dos tributos, impostos, resgates e saques que incluíam objectos de ouro e prata dos tesouros públicos.
A partir de 194 a.C., registaram-se choques com tribos de Lusitanos, conflitos que se estenderiam até 138 a.C., denominados por alguns autores como guerra lusitana.
Ao iniciar-se a fase imperial romana, a Pax Augusta fez-se sentir na península: a partir de 19 a.C., as legiões ocuparam a região norte peninsular, mais inóspita, ocupada por povos cântabros e astures. Com esta ocupação, asseguravam-se as fronteiras naturais e pacificava-se essa região mais atrasada, de modo a que não constituísse ameaça para as populações do vale do rio Ebro e da chamada Meseta, já em plena fase de romanização.
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Comentários
http://www.zehabesha.com/wp-content/uploads/2013/07/ethiopian-oromos-responded-angrily-to-jawar-mohammed-poisonous-statement.jpg
Improvável. Os lusitanos eram povos miscigenados é verdade, mas mais perto dos germânicos.
Os germânicos são um povo indo-europeu, que se dispersou a partir das estepes russas.
Outra teoria, menos aceita, diz que os indo-europeus se originaram na Anatólia (hoje parte da Turquia) e daí foram para as estepes.
Eram vários povos à época, já bem diferen
É muito possível que nao
O povo basco tem uma língua diferente do semítico e dos povos ao norte e oeste da Europa. Podem ser um enclave milenar completamente diferente dos povos ao redor devido à localização de seu território, na,região dos Pirineus. Os povos mais ao sul tem muita mais chance conjuntural de serem vindos do norte africano e colônias cartaginesas que o povo do País Basco.