Judeus na França na segunda guerra mundial

Há um tópico no fórum antigo em que falaram que os franceses não ajudaram em nada os judeus naquela época e lugar e que por isso eles não são mencionados entre os "justos entre os goys" no museu do holocausto de Israel, mas o FATO é que 70% por cento dos judeus franceses se salvaram no holocausto bem mais do que na Holanda e Bélgica por exemplo em que só 20% se salvaram, ora, seria IMPOSSÍVEL tal gral de salvação sem uma AMPLA AJUDA NÃO-JUDIA ainda mais que na Holanda e na Bélgica a ocupação também era relativamente leve como na França (e ao contrário de na Europa Oriental), então só da para chegar a uma conclusão: essa demonização dos franceses não-judeus é mito, pior é CALÚNIA e quanto aos administradores de coisas como o museu do holocausto em Israel, eu perdi minha confiança neles desde que eu soube que Pio XI foi na verdade um dos maiores salvadores de judeus, que salvou a cerca de 800 MIL judeus e que no entanto o museu do holocausto até pouquíssimo tempo atrás endossava a calúnia contra esse Papa, que começou só em 1957 por diretrizes comunistas, antes disso os judeus só falavam bem desse Papa sobre esse assunto, aí só depois de 4 anos em 1961 a maioria deles (ou da maioria entre eles com acesso à mídia e a editoras) já tinha ido na onda desses caluniadores comunistas...

Comentários

  • Havia franceses colaboracionistas e franceses da resistência.
    Até hoje, há franceses antissemitas.

    Pio XI ajudou muitos judeus secretamente, mas é criticado por não ter se posicionado claramente contra o nazismo.
  • editado September 2019
    Fernando_Silva disse: Havia franceses colaboracionistas e franceses da resistência.
    Até hoje, há franceses antissemitas.

    Pio XI ajudou muitos judeus secretamente, mas é criticado por não ter se posicionado claramente contra o nazismo.
    Para haver essa proporção de judeus salvos na França é porque franceses de fora da resistência participaram dela, os da resistência eram só 10% da população e com essa proporção não daria para salvar tantos judeus, aliás os da resistência estavam preocupados demais com coisas metidas a machonas para se preocupar com os judeus, aliás na casa deles os judeus não estariam seguros, justamente porque os da resistência estavam sujeitos a serem pegos por suas atividades de resistência, por outro lado, em se tratando da resistência interna, eram 99% comunistas, sendo que a resistencia de De Gaulle na maior parte do tempo da ocupação da França
    era externa e na prática parte do exército da Grã-Bretanha treinados e financiados lá e na parte do norte da África não ocupada por países do eixo e que depois invadiu a França vinda de fora, e se fosse MESMO a resistência interna que tivesse vencido os nazista na França o que haveria seria uma ditadura comunista, estilo a da Iugoslávia (que veio de uma resistência interna) e foi POR ISSO que houve tão pouco apoio para a resistência oficial na França e não porque 90% dos franceses fossem demônios saídos do inferno e nem sequer que os 40% votantes de partidos como o socialista e outros partidos do tipo história fossem pessoas com pouca adrenina e quanto ao Papa, haja paciência, o Estado do Vaticano era só ficção como Estado não tinha verdadeiro exercíto e mesmo a polícia era só adequada para se defender de bandidinhos comuns e sequer muito organizados e estava em plenas terras do eixo (totalmente diferente de quanto o Vaticano criticava o comunismo por exemplo, não estando ocupado por eles).


  • editado September 2019
    Sem desmerecer aqueles que puseram suas vidas em risco para ajudar judeus nos países da Europa ocupada pelos nazistas, o fato trágico é que onde houve menor índice de morticínio da população judaica foi onde os alemães se empenharam menos neste objetivo.
    Exemplo o da Dinamarca, cujo galante rei assumiu publicamente a defesa de seus súditos judeus, no que foi apoiado pela população.
    Este mérito inegável dos dinamarqueses por si só não teria salvo a grande maioria dos judeus do país se a Gestapo e a SS (e a Whermacht...) adotassem lá o mesmo projeto de extermínio que implantaram implacavelmente na Polônia.
    Não obstante antecedentes antissemitas da Polônia, muitos poloneses ajudaram judeus sob risco de morte, vide o número significativo de polacos considerados Justos entre as Nações.
    Toda esta ajuda tinha que enfrentar o demoníaco plano de sistematicamente identificar, segregar, concentrar e matar TODOS os judeus da Polônia, que os alemães conduziram com obstinação paranóica.
    Esta terrível realidade só faz aumentar o valor dos poloneses que ajudaram judeus, porque enfrentavam não apenas o risco de morrer junto com seus protegidos, enfrentavam também a quase certeza de que tudo que faziam sob tal risco seria inútil, pois o cerco promovido pela ocupação alemã era praticamente intransponível.
    A extensão do genocídio dos judeus na França segue esta dinâmica.
    Não se trata de o quanto os franceses defenderam ou não os judeus do país e sim de o quanto os alemães se dedicaram em efetivar seus planos assassinos na França em comparação com outros países ocupados.
  • editado September 2019
    Fernando_Silva disse: Havia franceses colaboracionistas e franceses da resistência.
    Até hoje, há franceses antissemitas.

    A Resistência Francesa existiu mais nos filmes de guerra que na realidade histórica.
    Após a humilhante derrota e vergonhosa rendição, os franceses mergulharam na desesperança e apatia.
    Como LaraAS citou, quem já possuía organização de células para formar núcleos da Resistência eram os comunistas Franceses, só que entre a Queda em 1940 e a invasão da Rússia em 1941, estes comunistas tinham ORDENS de Stalin para não se opor aos nazistas, com quem os Soviéticos mantinham o perverso Pacto de Não Agressão.
    Resistência Comunista só depois do início da Operação Barbarossa.
    E por que a Resistência era predominanemente comunista?
    Porque os Franceses Livres de De Gaulle relutavam em assumir atos de sabotagem que provocassem retaliação dos alemães contra as populações civis, enquanto os comunistas se importavam menos com isto (não dá prá dizer que não se importavam nada).
    Mesmo os Comunistas Franceses sabiam muito bem com quem estavam lidando.
    Quando a Resistência Tcheca matou Heydrich, chefe da SS no país, os alemães retaliaram exterminando aldeias inteiras e promovendo execuções em massa pelo país que vitimaram milhares de civis.
    Era uma lógica clara que atos de Resistência nestas condições seriam contraproducentes, pois a violência da reação em pouco tempo levaria a população civil a se opor àqueles atos.
    Além disto, de 1940 a 1942, o que os Franceses viam acontecendo era os alemães arrasando tudo contra o que se lançavam e conquistando o que restava da Europa a cada dia.
    Não era um clima que motivava atos heróicos, principalmente com todos sabendo como a Gestapo tratava suspeitos de pertencer a Resistência.
    Ações sistemáticas da Resistência Francesa com alguma significância só iniciam, ainda timidamente, a partir de 1943, após a derrota alemã em Stalingrado e a invasão da Sicília pelos aliados, quando então a ideia de libertação deixa de ser um sonho para se tornar uma esperança.
    Pio XII ajudou muitos judeus secretamente, mas é criticado por não ter se posicionado claramente contra o nazismo.

    Pio XII foi uma das personalidades históricas mais caluniadas do século XX, sendo a mais calhorda destas calúnias o livro O Papa de Hitler, de John Cornwell, a começar da capa criada sob uma foto que mostra Eugenio Pacelli saindo de um prédio governamental alemão, guardado por militares cujos uniformes sugerem serem soldados nazistas.
    Na verdade a foto é de quatro anos de Hitler assumir o poder e Pacelli na época era Núncio Apostólico (embaixador do Vaticano) na Alemanha.
    Os relatos de Judeus salvos pela Igreja Católica comandada por Pio XII falam por si, alguns deles são tão expressivos que terminam com a conversão dos judeus salvos ao Catolicismo.
  • editado September 2019
    Fernando_Silva disse: Pio XI ajudou muitos judeus secretamente, mas é criticado por não ter se posicionado claramente contra o nazismo.

    Os que criticam Pio XII esquecem de um detalhe.
    Ele era prisioneiro dos Fascistas.
    Naquele momento histórico era ridículo acreditar que o Vaticano era de fato um Estado Independente, como dizia o pedaço de papel assinado pelo Mussolini.
    O Acordo de Munique é o melhor exemplo do valor que Hitler e Mussolini davam a papéis assinados.
    Foi da condição de prisioneiro que Pio XII teve que agir para salvar o máximo de judeus possível, esconder italianos antifascitas, proteger clérigos perseguidos, preservar os tesouros artísticos e culturais do Vaticano e ainda, em um mundo virado de cabeça para baixo manter vivos os ideais da Igreja Católica Romana.

    Quem o critica que imagine um jeito melhor de lidar com um abacaxi daquele tamanho.
  • editado September 2019
    Lembrei de um artigo que li há vários anos sobre o antissemitismo ter existido como uma coisa natural antes e durante a guerra e ter continuado depois, só virando manchete e discutido abertamente como problema moral quando Israel capturou Eichmann na Argentina e os fatos sobre o Holocausto começaram a ser divulgados.

    Uma judia conta que voltou do campo de concentração ao fim da guerra e, quando chegou em casa, sua vizinha, em vez de ficar feliz, perguntou: "Por que você voltou?!"
  • Fernando_Silva disse: Uma judia conta que voltou do campo de concentração ao fim da guerra e, quando chegou em casa, sua vizinha, em vez de ficar feliz, perguntou: "Por que você voltou?!"

    Houve várias situações nas quais judeus sobreviventes que retornaram às suas casas foram mortos pelos novos ocupantes.
    Foi um dos fatores que deu força ao Movimento Sionista.

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