Dicas de malhação e boa forma

(Post antigos do Huxley no possível futuro finado Fórum Clube Cético)

Recentemente comprei um livro chamado Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. O autor é Paulo Gentil, pós-graduado em Musculação e Treinamento de Força e em Fisiologia do Exercício pela UnB, com Mestrado em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília e Doutorado em Ciências da Saúde pela UnB. No livro dele, ele defende que a literatura mais atualizada baseada em estudos científicos indica que o volume de exercícios que vemos atualmente nas academias é alto em comparação ao nível suficiente que maximiza os ganhos de hipertrofia. Não sei se estou certo, mas considerando que temos três grandes grupamentos musculares (peito, junto com ombro e tríceps; costas, junto com bíceps; membros inferiores completos), talvez o que os acadêmicos atualmente recomendam seja um volume menor do que o sugerido por um instrutor de academia típico. Colocarei no fim do post as citações do livro que explicitarão a questão. Também colocarei a citação que põe em dúvida a eficiência da “pirâmide crescente”, o método que sugere que o músculo deve ser aquecido com cargas leves, aumentando progressivamente a carga até se chegar repetições máximas.

Sobre o volume alto dos exercícios que vemos na maioria das academias

“Em uma revisão sobre o tema, Carpinelli & Otto (1998) apresentaram dados objetivos dos estudos que realizaram comparações entre os treinos de diversos volumes até aquele momento e concluíram que volumes elevados não são necessários (...) Através da revisão, os autores chegaram a seguinte conclusão:

‘Há pouca evidência científica e nenhuma base teórica de fisiologia sugerindo que um maior volume de exercício ocasione maiores aumentos de força e hipertrofia. Esta informação pode implicar uma importante aplicação prática de treinos de baixo volume e eficientes em relação ao tempo.’ (...)

O volume alto tem defensores ilustres como William Kraemer e Steven Fleck, mas não devemos interpretar mal a expressão ‘alto’, pois os treinos que Fleck & Kraemer (2004) citam como exemplo de séries para fisiculturismo têm até 12 séries por grupamento muscular dia, o que é considerado baixo para muitas pessoas. No outro extremo estão os adeptos do HIT (high intensity training) que usam volumes de uma a quatro séries por semana e é defendida por teóricos como Ralph Carpinelli, Robert Spector, Ellington Darden e Matt Brzycki. Um volume tão baixo é compensado com elevação da intensidade.”

Sobre a eficiência do método “pirâmide crescente”

“Apesar de ser um método muito utilizado, existem poucas evidências científicas a favor da pirâmide crescente. Bompa & Cornaccia (1998) afirmam que ela seria eficiente na produção de estímulos para todos os tipos de fibras, porém deve-se lembrar o que vimos anteriormente na seção 3.3, pois as unidades motoras tipo I são recrutadas tanto com cargas elevadas quanto leves, não sendo obrigatório utilizar um alto número de repetições e cargas leves para ativá-las (Maughan et al, 2000).

É comum se ver a indicação deste método para ganhos de força ou como meio de se treinar com cargas altas. Tal prática sugere que, com a pirâmide, haja preparação para o uso de cargas elevadas através do aquecimento da musculatura, tornando-se mais apta e preparada para as séries finais. Entretanto, a realização prévia de um grande número de contrações prejudicará o mecanismo de contração-relaxamento através de diversos fatores – como liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático e redução da excitabilidade da membrana celular (Fitts, 1994; Chin et al, 1997; Green, 1998) – levando ao menor recrutamento de unidades motoras e diminuindo a capacidade de gerar força.

A realização de séries de 10 repetições máximas, mesmo com intervalos relativamente longos (3 minutos), por exemplo, leva a reduções significativas na capacidade voluntária de ativação dos músculos a curto e longo prazo, podendo perdurar por até dois dias (Hakkinen, 1995). Wilardson & Burket (2005) e Oliveira et al. (2009) verificaram que mesmo intervalos de 3 a 5 minutos são insuficientes para manter a performance de 8 a 10 RM. Quando o número de repetições é alto, os efeitos da fadiga são ainda mais evidentes por exemplo, dois minutos após uma série de 15 repetições máximas no supino reto, homens treinados realizavam uma média inferior a nove repetições com a mesma carga (Willardson & Burkett, 2006). Vê-se então que é praticamente impossível se sustentar ao longo de séries intensas. Portanto, a única forma de se conseguir aumentar a carga ao longo de uma pirâmide seria se os esforços iniciais fossem extremamente deficientes, o que traria um sério questionamento a sua realização.”
«1

Comentários

  • Qual as medidas antropométricas ideais que a mulher enxerga no homem? Segundo pesquisadores britânicos do Institute of Neuroscience at Newcastle University, estudos com imagens em 3D mostraram isso...

    2D274905724984-today-body-image-140428-01.today-inline-large.jpg

    As mulheres do estudo montaram um homem ideal preferido em um IMC de 24,5, a relação cintura-quadril de 0,86 e uma relação cintura-tórax de 0,77.

    Fonte: http://www.today.com/health/ideal-real-what-perfect-body-really-looks-men-women-2D79582595

    E, segundo elas, qual é a porcentagem de gordura ideal? Num estudo Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, no geral, os homens que as mulheres classificavam como mais atraentes tinha cerca de 12% de gordura corporal (ver o que 12% de gordura corporal significa vendo duas fotos do "Gandhi" no meu post anterior):

    http://www.pua-zone.com/showthread.php?10545-Study-finds-men-with-12-Body-fat-to-be-most-attractive

    Resumindo até aqui...Ao contrário do que muitos homens pensam, o ideal de corpo masculino segundo a mulher está muito distante de corpos como o de Dwayne Johnson. Em geral, homens sobreestimam o grau de musculosidade ótimo que devem ter para maximizar a atração física. No livro Simply Irresistible: The Psychology Of Seduction, o psicólogo Raj Persaud cita um estudo dos psicólogos Shawn Lynch e Debra Zellner para dizer isso (tradução minha):

    "Assim homens jovens acreditam, erroneamente, que uma figura mais muscular, especialmente na área superior do corpo, é o que as mulheres acham mais atraentes. Mas quando as mulheres foram perguntadas sobre qual era a sua forma do corpo masculino ideal, elas indicaram um contorno masculino que era muito menos musculoso".

    Quais são as medidas mais importantes no corpo do homem? Pesquisadores australianos publicaram um estudo no PNAS cujas conclusões são expostas a seguir...

    "Como resultado, descobriram que a característica mais importante para um homem ser considerado atraente é a proporção entre o tamanho dos ombros e a cintura. Em seguida, aparecem empatados a altura e o tamanho do pênis. Essas características também se relacionam entre si, e as mulheres consideraram o tamanho da genitália mais importante entre os homens mais altos e com maiores proporções entre ombro e cintura."

    Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/pesquisa-mostra-que-tamanho-do-penis-altera-a-atratividade-masculina/

    A atração do rosto, porém, é mais importante do que a do resto do corpo. No livro Simply Irresistible: The Psychology Of Seduction, o psicólogo Raj Persaud diz isso no capítulo 7 (tradução minha):

    "A atração por rostos é um aspecto vital nos relacionamentos. A investigação científica confirma que o melhor preditor único em um encontro é a atração facial para homens e mulheres".

    Quem tiver outros estudos mais confiáveis sobre a atratividade física masculina segundo o critério das mulheres, eu agradeceria se publicasse aqui.
  • Informação retirada do livro Dieta Sem Dogmas (Aeroplano Editora) de Matt Fitzgerald. Os 46 nutrientes essenciais à vida humana:

    1- água

    vitaminas

    2- vitamina A
    3- vitamina B1
    4- vitamina B2
    5- vitamina B3
    6- vitamina B5
    7- vitamina B6
    8- vitimina B7
    9- vitimina B9
    10- vitimina B11
    11- vitimina B12
    12- vitamina C
    13- vitamina D
    14- vitamina E
    15- vitamina K

    (o corpo é capaz de sintetizar a vitamina D quando exposto à luz solar)

    minerais

    16- cálcio
    17- cloreto
    18- cobalto
    19- cobre
    20- crômio
    21- enxofre
    22- ferro
    23- fósforo
    24- iodo
    25- magnésio
    26- manganês
    27- molibdênio
    28- níquel
    29- potássio
    30- selênio
    31- sódio
    32- zinco
    33- bório
    34- silício
    35- arsênio

    aminoácidos

    36- fenilalina
    37- histidina
    38- isoleucina
    39- leucina
    40- lisina
    41- metionina
    42- treonina
    43- triptofano
    44- valina

    (o corpo consegue metabolizar os onze aminoácidos restantes a partir dos nove mencionados acima)

    ácidos graxos

    45- ácido alfa-linolênico
    46- linolênico

    (com uma provisão adequada dessas duas gorduras, o corpo pode ficar sem as dúzias de variantes de outras gorduras)

    Todavia, existem outros nutrientes cuja falta não leva à morte, mas o corpo funciona melhor com eles.
  • editado January 2020
    Informação retirada de Nutrição para Leigos 4ª edição (2011, Altabooks) de Carol Ann Rinzler.

    Orientações para uma boa nutrição diferente da que eu citei no post anterior vem da RDA, que é a média diária (+2 desvio padrão) para indivíduos que é a quantidade de qualquer nutriente que é necessária para proteger contra qualquer deficiência (97,5% da população). Ingestão Dietética Recomendada (RDA) foi criada em 1941 pela Food and Nutrition Board, uma subsidiária da National Research Council, que por sua vez é parte da National Academy of Sciences em Washington, EUA.

    RDAs de vitaminas e minerais para homens de 19 a 50 anos...(Onde aparece asterisco, não há RDAs e sim uma Ingestão Adequada, uma medida que fornece recomedações para nutrientes cujas RDAs não existam)

    Vitamina A: 900 equivalentes de retinol/2970 Unidades Internacionais
    Vitamina B1: 1,2 miligramas
    Vitamina B2: 1,3 miligramas
    Vitamina B3: 16 equivalentes de Niacina
    Vitamina B5*: 5 miligramas
    Vitamina B6*: 1,3 miligramas
    Vitamina B7*: 30 microgramas
    Vitamina B9: 400 microgramas
    Vitamina B12: 2,4 microgramas
    Vitamina C: 90 miligramas
    Vitamina D*: 5 microgramas/200 Unidades Internacionais
    Vitamina E: 15 equivalentes de alfa-tocoferol
    Vitamina K*: 120 microgramas
    Cálcio*: 1000 miligramas
    Ferro: 8 miligramas
    Zinco: 11 miligramas
    Iodo: 150 microgramas
    Fósforo: 700 miligramas
    Magnésio: 400 miligramas para homens de 19 a 30 anos e 420 miligramas para homens de 31 a 50 anos
    Selênio: 55 microgramas
    Cobre: 900 microgramas
    Molibdênio: 45 microgramas
    Manganês*: 2,3 miligramas
    Fluoreto*: 4 miligramas
    Cromo*: 36 microgramas
    Colina: 550 miligramas

    A colina, o mais novo nutriente essencial, ganhou méritos em 2002 pelo Institute of Medicine (IOM), mas nenhuma RDA foi ainda estabelecida (até o momento da escrita do livro, é claro; de qualquer forma, para a autora, o número total de "essenciais" é 19). Também não há recomendações de ingestão para proteínas, gorduras, carboidratos e água.

    O livro da Carol Ann Rinzler converge com o de Matt Fitzgerald no que se refere aos ácidos graxos essenciais. Já a lista dos aminoácidos essenciais é quase a mesma. A diferença é a que a lista de Carol Ann Rinzler inclui arginina e histidina como essenciais apenas para crianças, mas não para adultos. A lista de Matt Fitzgerald inclui histidina como essencial, sem especificar a idade, tal como ele faz em todos os outros casos.

    Outras prescrições para outros nutrientes...

    Proteínas

    10% a 15% das calorias diárias, segundo a National Academy of Sciences (Rinzler, 2011)

    "Para a população em geral":

    0,8 a 1 g/kg de peso/dia, segundo a National Athletic Trainers' Association (Rossi, 2015)

    Para aqueles que têm por objetivo aumento da massa muscular:

    1,6 a 1,7 g/kg de peso/dia, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (Rossi, 2015)

    Para os esportistas em que o predomínio é a resistência:

    1,2 a 1,6 g/kg de peso/dia, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (Rossi, 2015)

    Gorduras

    17 g de ácido linolênico e 1,6 g de ácido alfa-linolênico por dia para homens; 12 g de ácido linolênico e 1,1 g de ácido alfa-linolênico por dia para mulheres, segundo Institute of Medicine em 2002 (Rinzler, 2011).

    Não consumir mais de que 20 a 35% das calorias diárias, segundo o Public Health Service e o Department of Agriculture dos EUA (Rinzler,2011). (EDIÇÃO: atualmente, acho essa recomendação excessivamente gordurofóbica, pulem dez posts e vejam a razão, neste tópico, no post de 12:13 PM deste mesmo dia)

    Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, um adulto precisa de 1 g de gordura por kg/peso corporal, o que equivale a 30% do valor calórico total (divididos igualmente em 10% para ácidos graxos saturados, poli-insaturados e monosaturados). A parcela de ácidos graxos essenciais deve ser de 8 a 10 g por dia. Níveis abaixo de 15% do valor calórico total já produzem efeitos negativos.

    Carboidratos

    Nenhuma grama é essencial (Fitzgerald, 2016). O corpo apenas funcionaria melhor com carboidratos, especialmente se você é fisicamente ativo. Nota minha... Suponho que o autor citado esteja afirmando que a cetose e a gliconeogênese garantiriam o essencial de quem tentasse manter distância de carboidratos.

    45 a 65% das calorias diárias totais, segundo o Public Health Service e o Department of Agriculture dos EUA (Rinzler,2011).

    Para otimizar a recuperação muscular, 5 a 8 g/kg de peso/dia. 60 a 70% do aporte calórico diário, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (Rossi, 2015).

    Fibra alimentar

    Nenhuma grama é essencial (Fitzgerald, 2016). O corpo apenas funcionaria melhor com ela, segundo o autor citado.

    14 gramas de fibra para cada 1000 calorias, segundo o Public Health Service e o Department of Agriculture dos EUA (Rinzler,2011)

    Água

    Beber de 1,5 a 3 litros de água por dia (Rinzler,2011).

    Beber 1 mililitro de água para cada caloria que ingerimos (sendo que uma parte da água está nos alimentos), segundo a National Research Council´s Food and Nutrition Board (Rinzler,2011).

    Ingerir 250 ml a 500 ml de água duas horas antes do exercício e beber líquidos para compensar as perdas adicionais de água por diurese e sudorese (que é bastante variável), segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (Rossi, 2015).

    Taxa calórica diária total

    As necessidades calóricas estão entre 1,5 e 1,7 vez a energia produzida, o que, em geral, corresponde ao consumo entre 37 e 41 kcal/kg de peso/dia e, dependendo dos objetivos, pode apresentar variedades mais amplas, entre 30 e 50 kcal/kg/dia.... Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (Rossi, 2015).

    Consumo entre 2400 a 3000 calorias para homens de 19 a 30 anos; entre 2200 a 3000 calorias para homens de 31 a 50 anos; entre 2000 a 2600 calorias para homens de 51 anos em diante; entre 2000 a 2400 calorias para mulheres de 19 a 30 anos; entre 1800 a 2200 calorias para mulheres de 31 a 50 anos; entre 1600 a 2200 calorias para mulheres de 50 anos em diante. As variações admitidas nas faixas de calorias para a mesma faixa etária obedecem aos parâmetros de estilo de vida, que pode ser "sedentário", "moderadamente ativo" e "ativo"... Segundo, a Dietary Guidelines for Americans (Rinzler, 2011).

    Os livros dos autores citados entre parenteses já foram mencionados em posts anteriores...
  • Estudo: os 41 alimentos mais nutritivos

    Consumir alimentos mais nutritivos traz benefícios como a melhora da saúde e o funcionamento do organismo como um todo, aumenta a energia e a disposição, além de deixar a pele mais bonita também.

    Mas como saber o que escolher nos supermercados? Primeiro, antes de encher o carrinho de compras nas prateleiras dos produtos industrializados, pare na seção de frutas, legumes e verduras. É ali que estarão os alimentos mais nutritivos, cheios de vitaminas, minerais, proteínas e gorduras saudáveis para o seu corpo. Quanto maior a concentração destes nutrientes por calorias, mais saudável e mais benéfica será a alimentação para o funcionamento do organismo.

    Uma pesquisa da William Paterson University, em New Jersey (EUA), criou um método para analisar os vegetais por seus nutrientes e chegou a essa lista com base na densidade nutricional (quantidade de nutrientes x quantidade de calorias) de cada um. De acordo com a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas e do Instituto de Medicina, são 17 os nutrientes de suma importância para a saúde: potássio, fibras, proteínas, cálcio, ferro, tiamina, riboflavina, niacina, ácido fólico, zinco e vitaminas A, B6, B12, C, D, E e K.

    Para entrar na lista dos alimentos mais nutritivos, cada um dos alimentos analisados deveria conter 10% ou mais do valor diário recomendado de cada um dos nutrientes citados. A pontuação foi calculada com alimentos de baixas calorias e ponderada com base na biodisponibilidade de cada nutriente, ou seja, quanto o corpo pode absorver deste nutriente em forma de alimento.

    Assim, surgiu a lista dos 41 alimentos mais nutritivos, que você confere abaixo, classificados por seu teor de fibras, potássio, proteínas, cálcio, ácido fólico, vitamina B12, vitamina A, vitamina D e outros nutrientes, por ordem de densidade de nutrientes.

    Os alimentos que são ricos em nutrientes e com menos calorias estão no topo.
    1. Agrião
    2. Couve chinesa
    3. Acelga
    4. Folha de beterraba
    5. Espinafre
    6. Chicória
    7. Alface lisa
    8. Salsa
    9. Alface romana
    10. Couve-galega (a mais conhecida no Brasil)
    11. Folha de nabo
    12. Folha de mostarda
    13. Endívia
    14. Cebolinha-francesa
    15. Couve-de-folhas
    16. Folhas de dente-de-leão
    17. Pimenta vermelha
    18. Rúcula
    19. Brócolis
    20. Abóbora
    21. Couve de Bruxelas
    22. Cebolinha
    23. Couve-rábano
    24. Couve-flor
    25. Repolho
    26. Cenoura
    27. Tomate
    28. Limão
    29. Alface americana
    30. Morango
    31. Rabanete
    32. Outras abóboras (do tipo pescoço, japonesa e espaguete)
    33. Laranja
    34. Lima
    35. Toranja/pomelo (rosa / vermelho)
    36. Nabo redondo
    37. Nabo
    38. Amora preta
    39. Alho-poró
    40. Batata-doce
    41. Toranja (branca)

    Mas não se esqueça: uma alimentação saudável e equilibrada é também uma alimentação variada. Opte por consumir produtos in natura, não-industrializados e não-processados e trilhe o seu caminho para uma vida mais saudável.

    (Fontes: CDC Journal Preventing Chronic Disease , Alessandra Luglio, nutricionista da clínica P4B)

    Fonte: https://www.ativo.com/nutricao/estudo-os-41-alimentos-mais-nutritivos/
  • No meu último post neste tópico, eu coloquei os supostos alimentos com maior densidade de nutrientes por caloria. Percebam que os vegetais crucíferos ficaram em grande vantagem, em grande parte, por quase não terem calorias. Mas, e se fosse mencionado um ranking com os alimentos com maior densidade de nutrientes por unidade do alimento? No livro Dieta Sem Dogmas (Aeroplano Editora) de Matt Fitzgerald é dito que uma pesquisa mostrou que a campeã é a batata doce. A batata inglesa fica em segundo lugar.

    Para um tópico sobre boa forma física, seria interessante achar os alimentos ricos em carboidratos bastante nutritivos que não constam na lista dos 41 que mencionei (a laranja, por exemplo, é uma rara exceção em meio a tanto alimento pobre em carboidratos). O "search" desse site em inglês ajuda bastante, pena que o ranking de nutritividade alimentícia deles também é baseado no grau de densidade de nutrientes por caloria:

    http://nutritiondata.self.com/

    Os conteúdos de vitaminas, minerais, fibras, etc. descritos ao se digitar um alimento na busca utilizam dados de Departamento de Agricultura dos EUA.
  • Vitamina D, vitamina E, cálcio, vitamina K, vitamina C, magnésio e vitamina A. Esses são, por ordem de tamanho de porcentagem, os nutrientes faltantes na dieta do brasileiro médio da pesquisa citada abaixo.
    http://www.estadao.com.br/noticias/geral,consumo-de-nutrientes-essenciais-no-brasil-e-baixo,56771

    Consumo de nutrientes essenciais no Brasil é baixo

    Pesquisa nacional mostra que 99% da população com mais de 40 anos ingere baixa quantidade de vitaminas essenciais

    O prato de comida dos brasileiros contém pouquíssimos nutrientes. Segundo uma pesquisa realizada em todo o País e divulgada nesta terça-feira, 25, há vitaminas essenciais que são consumidas em quantidade insuficiente por 99% da população. É o caso das vitaminas D e E, que são encontradas naturalmente nos alimentos. A ausência desses dois nutrientes provoca problemas graves de saúde, como osteoporose, doenças cardiovasculares, diabete e câncer. O cálcio, por exemplo, não está presente nas quantidades necessárias na alimentação de 90% dos brasileiros. A lista dos nutrientes em falta continua com a vitamina K (81%), a vitamina C (80%), o magnésio (80%) e a vitamina A (50%). A ausência deles também provoca doenças. O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e envolveu 2.420 pessoas com mais de 40 anos de todas as regiões do País e todas as classes sociais. Elas tiveram de dizer o que haviam comido nas 24 horas anteriores. "Foi uma fotografia do prato do brasileiro", diz o médico reumatologista da Unifesp Marcelo Pinheiro, um dos líderes do estudo. A pesquisa foi patrocinada pelo laboratório farmacêutico Wyeth, que produz suplementos de vitaminas e remédios para osteoporose. Os pesquisadores da USP e da Unifesp fizeram questão de esclarecer que a multinacional não teve interferência na elaboração do estudo nem em sua execução. Micronutrientes Recomenda-se que um adulto consuma 1,2 mil miligramas de cálcio por dia. No Brasil, o índice médio não passa dos 400 miligramas. No caso da vitamina D, o recomendado são 10 microgramas diários. Na maior parte do País, o consumo é de, no máximo, 1,9 microgramas. a ingestão é ligeiramente mais alto na região Norte - 2,3 microgramas -, possivelmente porque peixe e castanha fazem parte do cardápio regional. Como são calculados em miligramas e microgramas, esses nutrientes são conhecidos como micronutrientes. Segundo Andréa Ramalho, pesquisadora e professora de Nutrição na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consultora do Ministério da Saúde, um dos grandes problemas na alimentação do brasileiro é a ausência de frutas, verduras e legumes, principais fontes de micronutrientes. "Muitas vezes as pessoas têm a consciência de que precisam mudar seus hábitos alimentares de alguma forma. Mas não é uma tarefa fácil." "Há casos em que falta a oportunidade para uma alimentação balanceada", acrescenta João César Castro, endocrinologista e nutrólogo da Unifesp, que não faz parte da equipe que realizou o estudo. "Muitas pessoas comem fora e, preocupadas com a higiene dos alimentos, não gostam de comer salada, por exemplo. Elas vão ter deficiência de micronutrientes." Outro problema apontado pelos especialistas é a falta de informações precisas sobre uma alimentação equilibrada. A nutricionista Patrícia Genaro, da USP, uma das pesquisadoras do estudo divulgado, diz que é comum que as pessoas considerem uma salada de alface e tomate suficiente. "Não dá para ficar só nisso. O prato precisa ser variado", explica. Novos costumes A professora Vera Ferreira Martins, de 57 anos, decidiu procurar a ajuda de um endocrinologista quando se deu conta de que não dava a devida atenção à alimentação. "O café da manhã era só um café preto e um pãozinho com manteiga", lembra. A primeira constatação do médico foi que ela tinha tendência à osteoporose. Orientação: acrescentar cálcio à primeira refeição do dia. Ela agora toma um iogurte, um copo de leite desnatado e come queijo. Além disso, passou a incluir cereais e frutas no cardápio. O almoço e o jantar também foram alterados. No lugar dos biscoitos, os lanches entre as refeições são invariavelmente frutas. "Agora me sinto mais leve. Emagreci 5 quilos", diz ela. "Mas muito de vez em quando saio com a família para comer uma pizza. Ninguém é de ferro, não é verdade?"


  • http://loja.editoraastral.com.br/superguia-de-aplicativos-2

    Nessa revista que comprei, tem uma seção de aplicativos da categoria "Saúde e Fitness". Tem uma subseção chamada "3 Apps para... Quem está fazendo dieta". E lá tem o "Alimento Certo", "Dieta e Emagrecer" e o "Contador de Calorias Fat Secret" (todos gratuitos). Até agora, só testei o último e instalei o mesmo no meu celular. Ele permite fazer algo na linha do que está descrito acima, a desvantagem é que a lista de nutrientes geradas no relatório não é grande. A vantagem é que a lista de alimentos adicionáveis na construção da dieta no seu relatório pessoal é enorme e com diferentes modos de preparo (cru, cozido, assado, frito, etc.). De qualquer forma, não posso opinar muito, já que é o único que testei até agora. Ademais, existem outros aplicativos fora da subseção que mencionei, mas que estão, ainda assim, na seção "Saúde e Fitness".

    De qualquer forma, a insuficiência do Fat Secret me fez consultar outros sites. Esse site aqui tem a vantagem de sugerir os alimentos líderes em riqueza de cada nutriente na seção "Nutrientes em Destaque":

    http://www.tabelanutricional.com.br/
  • Eu lembrei de que existem pessoas que reclamam da falta de tempo para malhar ou que lembram que os melhores desempenhos de boa forma aparentemente foram causados quando só faziam alguns minutos de exercícios extremamente extenuantes. Essas pessoas tem que ler algo mais sobre a prescrição de volume extremamente baixo do HIT (high intensity training)...
    Recentemente comprei um livro chamado Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia... (já citei esse post anteriormente neste tópico)

    Quanto tempo leva para cumprir um HIT? Um dos acadêmicos de fisiologia de exercício citados, Ellington Darden, tem um livro chamado The Body Fat Breakthrough, que segundo o mesmo é um programa "get-back-in-shape" das revistas Men´s Health e Women´s Health. A sessão de treino dura não mais que 25 minutos. Na fase de consolidação, só é preciso treinar esse tempo a cada 7 dias (e na fase inicial, só é preciso treinar esse tempo apenas 2 vezes por semana). Tudo isso sem abrir mão de ganhos de hipertrofia. Para quem tem dúvida:

    angel-weightloss-slider-feed.jpg

    Fonte: http://www.menshealth.com/weight-loss/angel-rodriguez

    A má notícia é que a execução dela não é nada fácil. A sessão inclui Super Slow, exercício acentuado na fase negativa, busca da falha muscular e descanso só de um minuto entre os 10 tipos de exercícios (possivelmente, suponho que também aumente o risco de lesões).
  • (continuação do post anterior)

    Mas, se vocês acharam esse volume baixo, é porque ainda não viram o programa citado pelo médico fitness Doug McGuff, um dos autores do livro Body by Science:

    Fonte: http://www.menshealth.co.uk/building-muscle/fast/12-minute-muscle

    12-MINUTE MUSCLE

    Get more muscle and more spare time with this super-fast session

    Build your perfect body

    You don’t have to spend every waking hour in the gym to guarantee results. There’s a school of thought that believes high-volume training – 3 day split, 3-5 sets, dozens of exercises – isn’t just a waste of time but detrimental to gains. In fact, just 1 set of an exercise, done with perfect, slow form until you are unable to perform another rep is all that’s required.

    Dr Doug McGuff, author of Body By Science, is an advocate of high intensity, low-volume training (LVT) and prescribes just 12 minutes of resistance training per week.

    Having monitored over 150,000 training hours he’s concluded that gaining muscle boils down to finding the precise balance between the catabolic state (the breaking down of muscle) and the anabolic state (rebuilding to a greater size).

    The optimal training dose, says McGuff, is The Big 5, a series of exercises performed one after the other with minimal rest, for just 1 set each. It’s tough but it’s over before you know it, leaving you with not only larger muscles but also the time to show them off. Music to the ears of any gym-goer.

    Worth the weight: There’s no prescribed number of reps – instead move the weight slowly, without rest, until you can’t lift it any more. When you reach failure, make a note of how long you managed, aka Time Under Load (TUL). This should be between 40 seconds and 2½ minutes.

    Leg press (machine) or squat (free weights)

    Training tip 1: If you’re leg pressing, set the seat so that your legs are perpendicular to the ceiling in the flexed position.
    Training tip 2: Avoid the desire to blast the plate at the start, and instead focus on a slow, even, fluid movement of 5-10 seconds.
    Training tip 3: Don’t lock out and pause at the end. Instead, immediately begin the slow and steady, return to the starting position. Don’t arch your back.

    Shaking all over: The aim of this workout is catabolism, or muscle breakdown – with muscle growth taking place during the recovery days and weeks. The negative contraction of each exercise, when done slowly, with control, is the main cause of the damage. With the leg press, that’s the slow return phase, rather than the pushing phase. As far as breathing goes, do as much as you can. Never hold your breath: it causes an unnecessary rise in blood pressure. Also you’ll shake during all the exercises – and that’s good. McGuff likens this to a car engine gradually having its spark plugs pulled out, but it means you’re working hard and huge gains will follow as a result.

    Seated row (machine) or barbell row (free weights)

    Training tip 1: Don’t pause when the arms are extended: return smoothly. If using a barbell, keep the knees slightly bent and aim for the same smoothness and pause at the top point.
    Training tip 2: As elsewhere, smooth is the key here: aim for a jerk-free 5-10 seconds pulling back, then pause for 3-5 seconds in the fully contracted (pulled back) position, then 5-10 seconds smooth return.
    Training tip 3: If you’re using a machine, have a palms facing grip and try not to let the elbows flare out.

    How heavy is heavy? So what is the ideal weight you should be lifting for High-Intensity Training (HIT)? Doug McGuff’s prescription is to lift between 50% and 85% of your one rep max. Aim for ‘moderately heavy’: too light a weight and your slow twitch fibres will keep recovering, rather than being wiped out and allowing the fast twitchers to have their turn. Do your sums before you hit the gym – you’ll have plenty of time to work on your maths with all your new-found free-time.

    Chest press (machine) or bench press (free weights)

    Training tip 1: Don’t lock out the elbows: McGuff calls this the ‘bone on bone tower’ – it steals effort from your muscles. Go for the same timings on the return phase.
    Training tip 2: Aim for a starting point with the palms level with the front of the chest, and try for a smooth, jerk-free movement lasting 5-10 seconds.
    Training tip 3: If you’re using free weights, definitely have a spotter with you.

    Daily fibre: As with all The Big 5 moves, ‘orderly recruitment’ of the different types of muscle fibres takes place during the set. First, your slow twitch fibres, the ones that support aerobic activity, are recruited. As they tire, your intermediate fibres are brought into play, and finally, when they’re fatigued, your fast twitch fibres (the ones that support anaerobic activity) do their thing for anything between 2 and 20 seconds. If you were lifting quickly and using momentum, and/or aiming for an arbitrary number of reps, or stopping at the moment discomfort kicked in, you wouldn’t be working all those fibres.

    Shoulder press (machine) or standing shoulder press (free weights)

    Training tip 1: If possible, use a parallel, palms-facing grip, and move the arms overhead in front of you rather than to the sides.
    Training tip 2:Try not to flare your elbows out or arch your back. As with the Bench Press, don’t lock the elbows out at the top of the movement.
    Training tip 3: Aim for 5-10 seconds during the lifting, and the same for the lowering, focusing on smoothness all the way.

    Positive failure: With all these exercises, there are three types of failure. ‘Positive failure’ is when you can’t complete the pushing or pulling phase. With the shoulder press that’s the upward movement. ‘Static failure’ is when you can’t manage that phase at all – you’re stuck, basically. And ‘negative failure’ occurs when you can’t control the lowering/return portion of the exercise. With the shoulder press this means an inability to stop the weight from plummeting downwards (with a crash that will startle your fellow gym goers). ‘Positive’ or ‘static failure’ is usually the aim. Your muscles can’t tell whether it’s a machine weight, a barbell, or a wild animal that’s bearing down on you, so plenty of adrenaline is produced, resulting in less fat.

    Lat pulldown (machine) or deadlift (free weights)

    Training tip 1: Use an overhand grip, with hands a little narrower than shoulder width apart.
    Training tip 2: Without shrugging the shoulders, slowly and smoothly pull the bar down for a count of 5-10 seconds. Pause for 3-5 seconds when the hands are at the top of the chest, slowly return to the start position.
    Training tip 3: To fully work the lats, imagine you’re pushing your hands outwards during the return phase. If you’re deadlifting, don’t pause at any point of the movement.

    Mountain of strength: With all the exercises in this programme, the aim is to make ‘inroads’. Let’s say you can do one good quality rep of 100kg on the lat pulldown. Use 80% of that weight (80kg) here. Initially it’ll feel easy, but when you reach a point of ‘positive failure’, an inability to shift that 80kg at all, then you’ve temporarily weakened yourself to a strength level of 79kg. This amounts to a 20% inroad. Think of the inroad as a hole that you’ve dug. A week or so’s rest, and the hole will have been refilled and – here’s the good bit – a small (but very significant) mountain will have been built on top of it, to prepare for any future digging. That small mountain is your increase in strength. Stick with this programme and it’ll soon be a much bigger one.

    Get constantly evolving workout and nutrition plans personalised for your specific needs and training goals. Sign up to Men's Health's Personal Trainer tool now!

    Words: Wesley Doyle
  • (continuação do post anterior)

    Segundo li também, para pelo menos alguns teóricos do HIT, a separação artificial entre os exercícios exclusivamente aeróbios e anaeróbios é ingênua e não tem base empírica, sendo assim, alguém não precisa montar numa bicicleta ergométrica ou correr para manter ou melhorar a capacidade aeróbica. Falando para Timothy Ferriss, no livro 4 Horas para o Corpo, McGuff disse:
    Se você quer melhorar sua capacidade aeróbica, é importante compreender que seu sistema aeróbico tem um desempenho maior quando se recupera dos efeitos do ácido lático. Depois de um treino de alta intensidade, quando seu metabolismo está tentando reduzir o nível de piruvato no seu sistema, ele o faz por meio da submissão aeróbica do seu metabolismo. (...) uma vez que os músculos basicamente formam o sistema que utiliza o sistema aeróbico, à medida que a força muscular aumenta, os sistemas de apoio necessário (que incluem o sistema aeróbico) devem seguir o mesmo caminho.

  • Eu me pergunto como seria um estudo randomizado controlado de longo prazo para dietas com humanos. Como seria possível manter o controle estrito do que as pessoas comem por 12 meses sem chegar a dilemas éticos ou como seria possível saber que as pessoas não saem da dieta quando não estão sendo vigiadas? Em animais, esse controle estrito é possível, mas para esse caso, as evidências mostram outra coisa do que essa meta-análise mostra... O endocrinologista David Ludwig comentou um argumento do Whole Health Source assim:

    "9. Dietas que reduzem as variações bruscas de glicemia e insulina não são uma ferramenta efetiva para o controle de peso. Isso já foi mostrado repetidamente por estudos randomizados controlados durando mais de 2 meses (18, 19, 20, 21, 22, 23), incluindo um estudo de 18 meses feito pelo grupo de Ludwig que descobriu que uma dieta de baixo índice glicêmico resulta na mesma perda de peso e de gordura, e na mesma satisfação dos participantes, que uma dieta low-fat padrão (24). Isso apesar do fato de que esses estudos não frequentemente controla por fatores de confusão dietética tais como conteúdo de fibras, densidade calórica, proteínas e/ou palatabilidade (ou seja, a dieta "de baixo índice glicêmico" é frequentemente uma dieta baseada em produtos não processados).


    A maioria dos estudos comportamentais de dieta sofre de severa falta de aderência, inferências limitantes. A vasta maioria dos estudos comportamentais de longo prazo sobre macronutrientes e peso corporal falham em produzir diferenciação significativa entre os grupos de tratamento devido à sua fraca intervenção e os desafios inerentes de mudança de comportamento no longo prazo. Portanto não é de surpreender que tais estudos não mostrem diferenças impressionantes no peso entre grupos. Podemos certamente desenvolver melhores métodos comportamentais, mas para compreender a eficácia intrínseca da dieta requer pesquisa de qualidade mais alta, tais como estudos alimentares. Os melhores e maiores desses estudos demonstram claramente a superioridade de dietas low-carb e baixo IG, incluindo os de Shai e Larsen. Além disso, Guyenet desconsidera um grande achado do nosso estudo clínico de 18 meses de relevância especial para o modelo insulina-carboidrato.

    Em 1999, meus co-autores e eu iteramos um componente central do modelo insulina-carboidrato, conforme se segue:

    Vários fatores que aumentam a secreção de insulina ou a sua ação (intrínseca às ilhotas, aos locais de ação periférica, ou dietética) poderiam promover a obesidade. Indivíduos que, talvez por razões genéticas, têm uma resposta insulínica exuberante à glicose podem ser especialmente sensíveis ao índice glicêmico dietético. [Ludwig].

    Os resultados da pesquisa translacional, pesquisa observacional e estudos de alimentação proveem suporte forte para essa hipótese. Nesses estudos, a secreção de insulina:

    * predisse a maioria das variações em peso em roedores alimentados com uma dieta de alto IG (R2 = 0.84, P < 0.0001), mas nenhuma das variações entre animais alimentados com baixo IG (R2 = 0.003, P = 0.94) [Pawlak].
    * esteve associada com ganho de peso após 6 anos (R2 = 0.26, P < 0.0001) e mudança na circunferência abdominal (R2 = 0.30, P < 0.0001) no Estudo da Família de Quebec entre aqueles comendo uma dieta pobre em gorduras e de alta carga glicêmica, mas não entre aqueles comendo uma dieta rica em gordura e baixa carga glicêmica (P > 0.05) [Chaput].
    * influenciou a resposta à dieta em nosso estudo clínico de 18 meses, de maneira que indivíduos com alta secreção de insulina mostraram perda de peso significativamente maior em uma dieta de baixa carga glicêmica (5.8kg) do que em uma dieta pobre em gordura (1.3kg, P = .004; P for interaction = 0.02) [Ebbeling]
    * predisse mudanças adversas na composição corporal e metabolismo seguindo-se à perda de peso [Hron]"

    Fonte: http://www.lowcarb-paleo.com.br/2016/01/
  • No post anterior, o David Ludwig mencionou o modelo insulina-carboidrato e o conceito de carga glicêmica (quanto menos carga glicêmica no alimento, melhor para a saúde da composição corporal). No livro Emagreça Sem Fome de David Ludwig, o mesmo põe o Apêndice chamado "Carga Glicêmica de Alimentos que Contém Carboidratos" (carnes e ovos ficam de fora por terem zero ou quase nenhum carboidrato)...

    Carga glicêmica baixa

    Legumes e verduras: abacate, abobrinha, acelga, acelga chinesa (bok choi), acelga roxa, aipo, alcachofra, alface, alho-poró, aspargo, berinjela, brócolis, broto de alfafa, broto de bambu, broto de feijão, castanhas-d´água chinesas, cebola, cebolinha, cenoura, cogumelo, couve, couve-crespa, couve-de-bruxelas, couve-flor, couve-rábano, ervilha-torta, espinafre, folhas de mostarda, nabo, pepino, pimentão, quiabo, rabanete, repolho, tomate, vagem.

    Frutas: ameixa, cereja, damasco, frutas vermelhas, kiwi, laranja, lima, limão, maçã,nectarina, pera, pêssego, tangerina, toranja, uva.

    Leguminosas: ervilha seca, feijão (todos os tipos), feijão-fradinho, grão-de-bico, homus, lentilha.

    Nozes e castanhas: amêndoa, amendoim, avelã, castanha-de-caju, castanha-do-pará, macadâmia, noz, noz pecã, pasta de amendoim sem adição de açúcar, pistache.

    Sementes: (de) abóbora, chia, gergelim, girassol.

    Laticínios: iogurte sem adição de açúcar, leite, queijo.

    Grãos: nenhum.

    Sobremesas, doces e guloseimas: chocolate amargo (mínimo 70% de cacau).

    Carga glicêmica média

    Legumes e verduras: abóbora, abóbora-menina, batata-doce, beterraba, ervilhas sem a vagem, inhame, pastinaca.

    Frutas: abacaxi, banana, banana-da-terra, frutas em lata sem adição de açúcar, frutas secas, mamão, manga, melancia, melão cataloupe, melão verde, purê de maçã.

    Leguminosas: nenhuma.

    Nozes e castanhas: pasta de amendoim com adição de açúcar.

    Sementes: nenhuma.

    Laticínios: iogurte com adição de açúcar, leite achocolatado.

    Grãos: amaranto, arroz integral (varia, de acordo com o tipo), arroz selvagem, aveia, centeio, cereal matinal rico em fibras, cevada, farro, grão de trigo, macarrão, milho, pão minimamente processado (incluindo pão integral, essênio e o de farinha moída no moinho de pedra), quinoa, trigo-sarraceno.

    Sobremesas, doces e guloseimas: achocolatado, sorvete.

    Carga glicêmica alta

    Legumes e verduras: batata comum.

    Frutas: sucos e bebidas de frutas.

    Leguminosas: nenhuma.

    Nozes e castanhas: nenhuma.

    Sementes: nenhuma.

    Laticínios: nenhum.

    Grãos: arroz branco, biscoito salgado, bolo de arroz, cereal matinal com pouca fibra, cuscuz de sêmola de trigo, massa de tacos, panqueca, pão ultraprocessado (incluindo bagel, brioche, broa de milho, pão árabe e pão branco), pipoca, pizza, pretzel, tortilha, waffle.

    Sobremesas, doces e guloseimas: bala, batata de saquinho, bebidas açucaradas, biscoito doce, bolo, browie, creme inglês, rosquinha, sorbet, torta.
  • O livro Emagreça Sem Fome (Editora Zahar) traz dados interessantíssimos sobre assuntos polêmicos.

    A frutose é tóxica? Naquilo que talvez foi o único ensaio clínico acerca do assunto, um estudo publicado no South African Medical Journal com dezessete participantes numa dieta quase totalmente composta por frutas praticamente não encontrou efeito adverso, pelo contrário, os indicadores de perda de peso e fatores de risco de doenças cardíacas tenderam a melhorar. Isso é uma evidência de que o açúcar, quando envolvido num bom pacote de fibras das frutas, é relativamente inofensivo, se não totalmente inofensivo.

    Adoçantes dietéticos artificiais são saudáveis? Mesmo quando não induzem uma excessiva secreção de insulina, alguns adoçantes causam distúrbios metabólicos que contribuem direta ou indiretamente para que as células de gordura aumentem.

    E aquela história de que "gordura engorda"? Embora a teoria de que "a gordura engorda" tenha sido bem popular na comunidade médica pelo menos até a década de 1990, o que os estudos mostram é justamente o contrário: as dietas ricas em gorduras são as que mais ajudam na perda de peso. Desde que se coma a proporção de gordura insaturada e ômega 3 na faixa correta, não há qualquer problema em consumir uma porcentagem de calorias provenientes da gordura que esteja bem acima do que os institutos de saúde recomendaram no passado recente.

    E quanto à gordura saturada? Embora ela não seja um alimento saudável para os que querem prevenir o sobrepeso/obesidade, já que ela pode causar inflamação crônica e resistência à insulina, a mesma está muito distante de fazer jus à fama de inimiga número 1 da saúde pública:
    Além disso, as gorduras saturadas não são todas iguais. As presentes nos laticínios parecem ser mais saudáveis do que as da carne vermelha. Ácidos graxos de cadeia mais curta, como as encontradas no coco, são metabolizados depressa e não ficam presos por tempo suficiente para causar muitos problemas. E, para complicar ainda mais, a quantidade e o tipo de carboidrato da dieta influenciam na forma como a gordura afeta os lipídeos no sangue, com a gordura saturada e os carboidratos processados sendo uma combinação especialmente perigosa. Assim, sem o pão, a manteiga pode ser relativamente benigna.

    Qual a dieta que melhor funciona para a perda de peso/gordura? As dietas com severa restrição de carboidratos (e boa qualidade dos carboidratos) como a de Atkins são as que apresentam resultados mais rápidos, mas as dietas de baixo índice/carga glicêmica também são muito eficazes, embora mais lentas.

    Para as pessoas que sofrem com excesso de peso e/ou fome, Ludwig tem uma dieta de três fases cujos macronutrientes carboidratos/proteínas/gorduras são distribuídos em 25%/25%/50% na Fase 1 (que normalmente dura 2 semanas), 35%/25%/40% na fase 2 (que dura normalmente algumas semanas ou meses) e 40%/20%/40% na fase 3 (a definitiva). Em todas as fases, a qualidade dos carboidratos exerce um papel fundamental, com os alimentos de maior carga glicêmica sendo liberados ao longo das fases da dieta e os alimentos de menor carga glicêmica tendo uma recomendação maior (esqueci de por "tangerina" na lista anterior do post de 21 de maio de 2017):
    (citação já está corrigida em post anterior, não preciso repeti-la aqui)

  • Sobre as inconveniências de malhar em casa:

    http://www.treinoqualitativo.com.br/2017/07/da-pra-malhar-em-casa.html

    Mais um estudo surpreendente sobre a (não) necessidade de comer uma quantidade significativa de carboidratos antes dos treinos:

    http://www.treinoqualitativo.com.br/2019/01/comer-carboidrato-e-necessario-para.html


    (Aqui, aglutinei dois posts em um)
  • Huxley disse: Quem tiver outros estudos mais confiáveis sobre a atratividade física masculina segundo o critério das mulheres, eu agradeceria se publicasse aqui.
    Mulheres já me disseram que, além do rosto, elas olham para o peito do cara se ele estiver sem camisa.
    Mas não precisa ter músculos enormes.

  • Huxley disse: A professora Vera Ferreira Martins, de 57 anos, decidiu procurar a ajuda de um endocrinologista quando se deu conta de que não dava a devida atenção à alimentação. "O café da manhã era só um café preto e um pãozinho com manteiga", lembra. A primeira constatação do médico foi que ela tinha tendência à osteoporose. Orientação: acrescentar cálcio à primeira refeição do dia. Ela agora toma um iogurte, um copo de leite desnatado e come queijo. Além disso, passou a incluir cereais e frutas no cardápio.
    Pelo que eu vejo na fila do supermercado bem cedo, o café da manhã de muita gente na minha vizinhança é uma Coca-Cola pequena e um pão francês com uma fatia de queijo. Mais presunto, em alguns casos.

    E não acho que seja por falta de dinheiro, já que quem vai todo dia comprar essas porcarias são suas empregadas.

  • editado January 2020
    Recentemente comprei um livro chamado Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. O autor é Paulo Gentil, pós-graduado em Musculação e Treinamento de Força e em Fisiologia do Exercício pela UnB, com Mestrado em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília e Doutorado em Ciências da Saúde pela UnB. No livro dele, ele defende que a literatura mais atualizada baseada em estudos científicos indica que o volume de exercícios que vemos atualmente nas academias é alto em comparação ao nível suficiente que maximiza os ganhos de hipertrofia.
    Esse pessoal não leva em conta que, ao envelhecer, terá problemas na coluna por esmagamento (e deslocamento) dos discos da coluna e esgarçamento dos tendões, principalmente do ombro. Os joelhos também podem se danificar com o esforço continuado.
  • Fernando_Silva disse:
    Huxley disse: A professora Vera Ferreira Martins, de 57 anos, decidiu procurar a ajuda de um endocrinologista quando se deu conta de que não dava a devida atenção à alimentação. "O café da manhã era só um café preto e um pãozinho com manteiga", lembra. A primeira constatação do médico foi que ela tinha tendência à osteoporose. Orientação: acrescentar cálcio à primeira refeição do dia. Ela agora toma um iogurte, um copo de leite desnatado e come queijo. Além disso, passou a incluir cereais e frutas no cardápio.
    Pelo que eu vejo na fila do supermercado bem cedo, o café da manhã de muita gente na minha vizinhança é uma Coca-Cola pequena e um pão francês com uma fatia de queijo. Mais presunto, em alguns casos.

    E não acho que seja por falta de dinheiro, já que quem vai todo dia comprar essas porcarias são suas empregadas.


    Tem um cara do meu setor que pra lanche de manhã ele compra refri de 2litros e todo mundo racha aqui pra comer. Diz ele que gosta de tomar isso de café da manhã.
  • Fernando_Silva disse:
    Huxley disse: Quem tiver outros estudos mais confiáveis sobre a atratividade física masculina segundo o critério das mulheres, eu agradeceria se publicasse aqui.
    Mulheres já me disseram que, além do rosto, elas olham para o peito do cara se ele estiver sem camisa.
    Mas não precisa ter músculos enormes.

    Shape padrão de Chad.

  • Fernando_Silva disse:
    E não acho que seja por falta de dinheiro, já que quem vai todo dia comprar essas porcarias são suas empregadas.

    Quem não tem grana pra Coca vai de Fly.
    Já vi criança levar Skilhos e Pitchula pra merendar.

  • Leandro disse:
    Fernando_Silva disse:
    E não acho que seja por falta de dinheiro, já que quem vai todo dia comprar essas porcarias são suas empregadas.

    Quem não tem grana pra Coca vai de Fly.
    Já vi criança levar Skilhos e Pitchula pra merendar.


    Possuo uma alimentação saudável e de fácil manutenção, com níveis pífios de açúcares, sal proveniente do sódio e glúten. Lamento.
  • Percival disse:
    Possuo uma alimentação saudável e de fácil manutenção, com níveis pífios de açúcares, sal proveniente do sódio e glúten. Lamento.

    Parabéns, continue assim!

    Eu, 45 anos, meio estabanado, iniciei o ano com a pressão nas alturas. Só não está pior porque não bebo mais e nunca fumei.
    Vou tomar remédio durante 6 meses, tentar seguir uma dieta mais saudável e fazer exercícios. Após 6 meses repetir os exames.

    O difícil é cortar a farinha do cardápio! :s :s :s :s
  • Leandro disse:
    Percival disse:
    Possuo uma alimentação saudável e de fácil manutenção, com níveis pífios de açúcares, sal proveniente do sódio e glúten. Lamento.

    Parabéns, continue assim!

    Eu, 45 anos, meio estabanado, iniciei o ano com a pressão nas alturas. Só não está pior porque não bebo mais e nunca fumei.
    Vou tomar remédio durante 6 meses, tentar seguir uma dieta mais saudável e fazer exercícios. Após 6 meses repetir os exames.

    O difícil é cortar a farinha do cardápio! :s :s :s :s


    Só quis falar isso para ficar bonitinho pro tópico, na verdade sou um sedentário vteta. Não sou gordo porque minha mulher cozinha mal e pela minha má alimentação morrerei aos 65 anos. Mas já vivi muito mesmo.
  • editado January 2020
    Percival disse:
    morrerei aos 65 anos. Mas já vivi muito mesmo.

    Com esse lance de morte eu também não fico grilado. Faço planos pro futuro pra não ter que ficar dependente e terceiros.
    Vai que dá uma zebra e eu chego aos 100? :D
  • Leandro disse:
    Percival disse:
    morrerei aos 65 anos. Mas já vivi muito mesmo.

    Com esse lance de morte eu também não fico grilado. Faço planos pro futuro pra não ter que ficar dependente e terceiros.
    Vai que dá uma zebra e eu chego aos 100? :D

    Do jeito que tenho sorte vou morrer aos 85. Até porque minha condicão financeira impede uma alimentação não saudável que causaria o desgaste do meu corpo.
  • Percival disse:
    Do jeito que tenho sorte vou morrer aos 85. Até porque minha condicão financeira impede uma alimentação não saudável que causaria o desgaste do meu corpo.
    Acho que é o contrário: alimentação saudável é que é cara.
    As porcarias que fazem mal costumam ser baratas.

    Tipo refrigerantes Pakera ou Xamego ("Coca-Cola" também faz mal, só que é mais cara). E esse monte de "Cheesitos" e similares, cheios de gordura, sal e farinha.

    Tem muito pobre gordo, mas mal alimentado.

  • Fernando_Silva disse:
    Percival disse:
    Do jeito que tenho sorte vou morrer aos 85. Até porque minha condicão financeira impede uma alimentação não saudável que causaria o desgaste do meu corpo.
    Acho que é o contrário: alimentação saudável é que é cara.
    As porcarias que fazem mal costumam ser baratas.

    Tipo refrigerantes Pakera ou Xamego ("Coca-Cola" também faz mal, só que é mais cara). E esse monte de "Cheesitos" e similares, cheios de gordura, sal e farinha.

    Tem muito pobre gordo, mas mal alimentado.


    Eu nem como muito isso, minha vida de Vteta larguei faz muito tempo. Eu tenho tipo o dia do lixo o dia que eu consumo besteira, mas o resto nem se compara...

    Por exemplo, adoro quando no meu trabalho oferecem Maçã eu acabo levando uma pra comer durante a viagem de volta.

    Mas aqui tem abundância de feiras e sacolões, então frutas nem são tão caras assim. Consumo bastante banana e maçã. Se você mora mais pro centros urbanos inevitávelmente paga mais caro nesse tipo de coisa.
  • Fernando_Silva disse:
    Tem muito pobre gordo, mas mal alimentado.

    <emo>EuZinhO!!</emo>
  • Vtetas se assumindo aqui. Eu só era obeso quando minha mãe era viva, hoje meu peso é meio estabilizado.
  • Recomendo esse anime pra quem quer começar a malhar:



Entre ou Registre-se para fazer um comentário.