Nunca entendi muito bem a razão do sucesso da Apple, seus produtos não são ruins mas não tem como justificar o preço cobrado, mesmo lá fora aonde hardware é barato os valores não se justificam, aqui no Brasil então nem se fala, tem que gostar muito de rasgar dinheiro para comprar algo da marca.
* Como mostra o link acima, a Apple parece que acordou. Ela lançou o iPhone 11 em 2019 por um preço menor do que o iPhone XR em 2018. Os números do último trimestre foram animadores para a Apple, pois ela acabou por vender mais smartphones que Samsung e Huawei, embora isso não tenha sido suficiente para evitar a terceira colocação no ano de 2019. Sem falar na novidade do iPhone 9 (falarei disso mais adiante).
* A Apple é muito elogiada pela potência de seus processadores, supostamente tão bons ou melhores do que os da Qualcomm da última geração. Ela também é diferenciada na questão de atualização de sistemas operacionais (5 a 7 anos de atualizações depois do lançamento de seu produto, dependendo do critério empregado) e nos patches de segurança, que são bem mais numerosos e rápidos do que os da Android. Tem também a questão que ela oferece garantia global de 1 ano. Você pode ir ao Paraguai, comprar um Apple lá e ainda assim usufruir da garantia da Apple de 1 ano aqui no Brasil.
* Apesar disso, a Apple tem uma estranha aversão pela ideia de vender celulares intermediários ou básicos. Enquanto Samsung e as principais fabricantes chinesas estão em todos os segmentos, ela só vende seu modelo top (iPhone 11), o seu penúltimo modelo top lançado (iPhone XR/XS/XS Max) e o seu antepenúltimo modelo top lançado (iPhone 8). Ela tentou fazer algo diferente lançando o iPhone SE em 2016, mas nunca mais voltou a repetir a estratégia. Dizem que ela vai lançar intermediário chamado iPhone 9 neste ano e parece que esse será equipado com o chipset A13 Bionic de 2019. De qualquer forma, essa aversão não tem custado muito a ela, pois embora no market share ela seja superada por Samsung e Huawei, o lucro dela é muito maior do que todas as principais concorrentes asiáticas.
* O preços dos seus dispositivos nos Estados Unidos não são caros. O iPhone 11 foi lançado pelo preço de somente 699 dólares na Apple Store dos Estados Unidos - compare isso com o preço de lançamento do Samsung Galaxy Note 10, que foi de 949 dólares. O iPad 7 de 2019 foi lançado com preço de 329 dólares.
* No Brasil, os preços da Apple Store são exorbitantes, mas uma parcela muito grande da culpa é dos consumidores brasileiros, que aceitam pagar mais caro. O Brasil costuma ter um dos preços mais caros do mundo em iPhones e iPads. Mas nem tudo é ruim em preço. Há poucos dias atrás, eu vi alguns comerciantes "selo Mercado Líder" vendendo o iPad 7 (lançado há 4 meses atrás) por pouco mais de 1.800 reais no Mercado Livre. Ademais, um amigo meu comprou um MacBook Air de 2017 por 3.000 reais na Submarino graças a um cashback da Ame de 800 reais.
* Obviamente, nada disso se compara com as pechinchas asiáticas no mercado de smartphones. Eu tenho uma amiga que ganha o salário mínimo e que comprou, em novembro de 2019, um Samsung Galaxy A20 por 739 reais (frete incluso). Por somente isso ou até menos - o preço do modelo sem frete chegou a 664 reais na Black Friday-, alguém como ela pode ter um celular com tela Super AMOLED e câmera ultra wide. Se ela fosse comprar um Apple com esse valor, só restaria a escolha terrível de pegar um iPhone da Idade da Pedra (um iPhone 5s ou coisa pior).
Cameron disse:Nunca entendi muito bem a razão do sucesso da Apple, seus produtos não são ruins mas não tem como justificar o preço cobrado, mesmo lá fora aonde hardware é barato os valores não se justificam, aqui no Brasil então nem se fala, tem que gostar muito de rasgar dinheiro para comprar algo da marca.
Apenas status.
Se eles baixarem os preços, ninguém vai poder ostentar.
Não acho que seja só status. Se você for um zelador que ganha o salário mínimo em território americano, então o preço do iPhone 11 só representa uns 55% de seu salário mensal. E o preço do iPad 7 representa só 26%. Dito isso, nesse contexto, há sim razão para não escolher um smartphone Samsung Galaxy Note 10 ou um tablet Samsung Galaxy Tab S5e.
No Brasil, é preciso garimpar muito para achar algo da Apple com preço razoável, mas ainda assim acredito que já citei dois exemplos dessa tarefa neste tópico. A esperança parece residir nas ofertas do Mercado Livre e nas ofertas com cashback Ame dos varejistas do grupo B2W.
Percival disse: Tem o lance da marca, mas também tem o lance do pessoal que não se acotuma com outro SO que não seja Apple.
O SO é realmente bom e funcional mas de um modo que considero trapaceiro.
É bem mais fácil criar um software para meia dúzia de hardware específico e todos top de linha, já o coitado do Windows tem que rodar em tudo, desde do fraquíssimo Atom de 10 anos atrás até o overpower Ryzen de 3° geração, do PC caindo aos pedaços com HD IDE e DDR2 até os novos com NVMe e memórias rodando a 4.000Mhz.
Percival disse: Tem o lance da marca, mas também tem o lance do pessoal que não se acotuma com outro SO que não seja Apple.
O SO é realmente bom e funcional mas de um modo que considero trapaceiro.
É bem mais fácil criar um software para meia dúzia de hardware específico e todos top de linha, já o coitado do Windows tem que rodar em tudo, desde do fraquíssimo Atom de 10 anos atrás até o overpower Ryzen de 3° geração, do PC caindo aos pedaços com HD IDE e DDR2 até os novos com NVMe e memórias rodando a 4.000Mhz.
É isso aí: não é culpa do android rodar em hardware ruim
Cameron disse:Nunca entendi muito bem a razão do sucesso da Apple, seus produtos não são ruins mas não tem como justificar o preço cobrado, mesmo lá fora aonde hardware é barato os valores não se justificam, aqui no Brasil então nem se fala, tem que gostar muito de rasgar dinheiro para comprar algo da marca.
Apenas status.
Se eles baixarem os preços, ninguém vai poder ostentar.
Quando o Instagram era exclusivo do Iphone a ostentação era "pura", tão pura que os usuários de Iphone deram cilique coletivo alegando que o Instagram iria virar Orkut, e virou.
Então, ao menos entre os tais "digital influencers" a "maçã" atrás do aparelho na hora da Selfie é praticamente unanimidade. Neste seguimento eu acho que não tem pra ninguém, a Apple domina.
Entre os músicos o fetiche é o mesmo e, assim como a Cameron, eu não consigo entender por quê.
Eu gravo usando Windows, o estudio de um amigo meu usou Windows a vida toda e só agora ele comprou um Minibook pra fazer as gravações. Fui lá, vi funcionando e ainda assim não vi diferença justificável seque pra trocar um pelo outro, quando mais pagar um absurdo de caro pra isso.
* Apesar disso, a Apple tem uma estranha aversão pela ideia de vender celulares intermediários ou básicos. Enquanto Samsung e as principais fabricantes chinesas estão em todos os segmentos, ela só vende seu modelo top (iPhone 11), o seu penúltimo modelo top lançado (iPhone XR/XS/XS Max) e o seu antepenúltimo modelo top lançado (iPhone 8). Ela tentou fazer algo diferente lançando o iPhone SE em 2016, mas nunca mais voltou a repetir a estratégia. Dizem que ela vai lançar intermediário chamado iPhone 9 neste ano e parece que esse será equipado com o chipset A13 Bionic de 2019. De qualquer forma, essa aversão não tem custado muito a ela, pois embora no market share ela seja superada por Samsung e Huawei, o lucro dela é muito maior do que todas as principais concorrentes asiáticas.
As duas marcas de guitarras mais famosas do mundo são a Fender e a Gibson.
Se você ver uma guitarra escrito "Gibson" no headstock você pode ter certeza de duas coisas.
1-É feita nos EUA.
2- É mais cara que qualquer guitarra do mesmo nível de acabamento e até de qualidade e acabamento superior.
Para vender guitarras mais baratas e feitas na China a Gibson usa outro nome, "Epiphone".
Já as mesmas afirmações não podem ser feitas sobre a Fender e outras marcas muito famosas.
Você pode ver uma guitarra escrito "Fender" e ela ser mexicana, japonesa e até brasileira e custar pouco.
Tenha em mente que se uma guitarra ou amplificador é feito nos EUA isso é uma espécie de pedigree que garante um excelente preço de revenda (ou valorização inclusive), o que não se repete em outras marcas com algumas exceções.
Então a decisão de tornar sua marca de guitarras atrelada à produção na China é um grande passo comercial. Muitas marcas famosas o fizeram.
Então, ter um "Fender" no Headsotck não significa "nada" à princípio. Teria que ver de pertinho se é "Made in USA".
Acontece que o público não te vê de pertinho então se você quer status...
Eu acho que há uma lógica de preservação da marca que foi seguida pela Gibson e não pela Fender.
A Gibson "faliu' se não me engano em 2018 e essa questão da marca e estratégia de procução na China tem alguma participação no problema além de outras opções comerciais equivocadas.
Talvez a decisão da Apple de não brigar nos mercados intermediários tenha a ver com isso, com a associação da marca a um "nível" de preço/status "mínimo" acima de todos os demais.
Mesmo a Gibson mais barata muitas vezes pior que uma concorrente do mesmo preço, não importa! O cara quer uma GIBSON que, pelos motivos expostos, dispensa maiores detalhes.
A coisa mais importante de um negócio é a marca então é preciso estudar cada passo que se da no mercado e suas consequências sobre ela.
Talvez eu e a Cameron não entendamos porque a marca não muda e continua a "parecer cara", mas os donos do negócio que querem ganhar dinheiro sabem e não vão contar pra ninguém.
Essa questão de apelo a marca gourmet não me convence. Veja a estratégia da Apple no mercado de tablets. O preço do iPad 7 (o mais básico dos quatro modelos de iPad lançados em 2019) nos EUA, 329 dólares, é inferior ao preço do Samsung Galaxy Tab S5e, que é um modelo intermediário entre o Galaxy Tab A e o Galaxy Tab S6. Ademais, o iPad 7 tem chipset do iPhone 7 de 2016 (A10 Fusion) e câmeras do iPhone 5s de 2013 (que não servem para quase nada).
Veja também o exemplo no mercado de automóveis. A Audi segue com status de marca de luxo apesar de vender um carro mais barato do que um Golf (tem preço intermediário entre o Polo e o Golf): Audi A1.
Huxley disse: Essa questão de apelo a marca gourmet não me convence. Veja a estratégia da Apple no mercado de tablets. O preço do iPad 7 (o mais básico dos quatro modelos de iPad lançados em 2019) nos EUA, 329 dólares, é inferior ao preço do Samsung Galaxy Tab S5e, que é um modelo intermediário entre o Galaxy Tab A e o Galaxy Tab S6. Ademais, o iPad 7 tem chipset do iPhone 7 de 2016 (A10 Fusion) e câmeras do iPhone 5s de 2013 (que não servem para quase nada).
Veja também o exemplo no mercado de automóveis. A Audi segue com status de marca de luxo apesar de vender um carro mais barato do que um Golf (tem preço intermediário entre o Polo e o Golf): Audi A1.
É verdade se levarmos em conta demais mercados como carros e eletro-domésticos.
Eu descrevi dentro do mesmo mercado (guitarras) que só uma das grandes marcas mundiais seguiu este caminho (o gourmet) que por sinal deu errado, resta saber se foi fator preponderante ou não.
Talvez tenha sido o pior exemplo porque realmente no mercado de guitarras a questão do "Made in USA" é uma religião criada nos anos 50 e 60 junto com o Rock.
- Eu percebo que usuários de IPhone compram por fidelidade à marca, acham que estão obtendo um produto superior com valor de revenda garantido, e isso é verdade, um amigo meu vendeu seu IPhone para comprar um modelo mais novo, e conseguiu vender por quase o mesmo valor que pagou, o fato é que a marca foi construída de uma forma que as pessoas dão tanto valor a ela que a superioridade do produto parece garantida.
Isso é verdade, dentro do nicho de clientes da Apple existe uma desvalorização muito baixa para produtos usados.
Não acho que valha a pena comprar produtos novos da Apple, são muito mais caros do que valem, especialmente aqui no Brasil, mas quem compra produtos usados da marca pelos valores que frequentemente vejo é um mistério a parte, aparecem anúncios na OLX de computadores dela com hardware há muito ultrapassados (Core Duo, DDR2) por mais de R$ 2.000,00, quem compra e quem vende esses produtos por esses valores parecem viver em uma dimensão paralela.
Spider disse: - Eu percebo que usuários de IPhone compram por fidelidade à marca, acham que estão obtendo um produto superior com valor de revenda garantido, e isso é verdade, um amigo meu vendeu seu IPhone para comprar um modelo mais novo, e conseguiu vender por quase o mesmo valor que pagou, o fato é que a marca foi construída de uma forma que as pessoas dão tanto valor a ela que a superioridade do produto parece garantida.
Abraços,
Esse valor de revenda alto serve de nada para quem não é rico. O fato de os celulares Android se desvalorizaram rápido é uma faca de dois gumes. Acontece que a desvalorização grande no mercado de usados também é acompanhada pelo mercado de celulares novos. O LG G7 Thinq foi lançado em 2018 por R$ 3.999 no Brasil. Pouco mais de um ano depois, o modelo novo do mesmo custava R$ 1.327. Quando esse modelo alcançou esse preço, dava para comprar dois smartphones LG topo de linha e um bom smartwatch pelo preço de um iPhone XR (que foi lançado também em 2018).
Porque com minha experiência de mais de 40 anos atuando como pobre eu posso lhe dizer que quando compro alguma coisa eu considero muito o valor de revenda, ao menos em relação aos meus instrumentos musicais e automóveis.
Já o meu PC, minha placa de vídeo gamer, celulares eu sei que vai despencar de valor de qualquer jeito então compro já pensando em usar até queimar, sem nenhuma pretensão de obter algum valor na revenda.
Apple Watch fatura mais que Macs ou iPads
A Maçã de Cupertino revelou as finanças do Q1 FY 2020 (findo em dez 19): o Apple Watch vem ganhando cada vez mais novos adeptos, superando iPads ou Macs.
Judas disse: Mas isso vale só pra artigos de tecnologia né?
Porque com minha experiência de mais de 40 anos atuando como pobre eu posso lhe dizer que quando compro alguma coisa eu considero muito o valor de revenda, ao menos em relação aos meus instrumentos musicais e automóveis.
Já o meu PC, minha placa de vídeo gamer, celulares eu sei que vai despencar de valor de qualquer jeito então compro já pensando em usar até queimar, sem nenhuma pretensão de obter algum valor na revenda.
Isso só faria sentido se você considerasse que é garantido que o passado é uma amostra representativa do futuro. Mesmo que isso fosse verdade, a empresa que vende o carro novo não é burra. Ela pode incorporar, como ágio no valor do carro 0 km, a valorização que os consumidores dão ao valor de revenda do bem, e assim lucrar mais. O que conta não é o preço de revenda do bem, mas sim o valor de depreciação pago por período de tempo, que só é conhecido a posteriori.
Cameron disse:Nunca entendi muito bem a razão do sucesso da Apple, seus produtos não são ruins mas não tem como justificar o preço cobrado, mesmo lá fora aonde hardware é barato os valores não se justificam, aqui no Brasil então nem se fala, tem que gostar muito de rasgar dinheiro para comprar algo da marca.
Em parte eu discordo da afirmação de que os produtos não são ruins.
A decisão de fazer tudo com um padrão próprio usando hardware e software completamente fechados e alheios ao mundo do PC é uma decisão fundamental do projeto que faz desses produtos algo inferior.
Mas eu entendo o que você quis dizer, que não são ruins no sentido de não serem produtos vagabundos nem mal feitos dentro dessa escolha de arquitetura ruim.
Mas certamente só compra Apple quem é obrigado (como eu) ou quem gosta de rasgar dinheiro.
Cameron disse:Nunca entendi muito bem a razão do sucesso da Apple, seus produtos não são ruins mas não tem como justificar o preço cobrado, mesmo lá fora aonde hardware é barato os valores não se justificam, aqui no Brasil então nem se fala, tem que gostar muito de rasgar dinheiro para comprar algo da marca.
Em parte eu discordo da afirmação de que os produtos não são ruins.
A decisão de fazer tudo com um padrão próprio usando hardware e software completamente fechados e alheios ao mundo do PC é uma decisão fundamental do projeto que faz desses produtos algo inferior.
Hardware+Software fechado em um próprio ecossistema não é necessariamente algo inferior, está mais para uma faca de dois gumes.
Por um lado se tem a vantagem da estabilidade e melhor otimização do sistema, por ter que se preocupar bem menos com suporte ao hardware, ela lida com bem menos bugs e falhas que Android e Windows, além de exigir um uso menor de recursos, razão pela qual alguns dispositivos da Apple funcionam melhor com 4GB de RAM do que outros com 6GB, um kernel menos inchado e consequentemente um menor número de vulnerabilidades para se lidar.
A grande desvantagem é a falta de disponibilidade e variedade de software, jogos sendo o exemplo mais significativo, somado a isso a prática da empresa de só focar no high-end e o resultado é que tanto seus produtos quanto seus clientes se tornam um nicho, especialmente no mercado de computadores domésticos, alguns desses consumidores são muito fiéis mas ainda um nicho.
Tudo isso dito, o que sempre me afastou dos produtos da empresa são seus valores proibitivos, curiosidade em usar o SO deles nunca faltou mas infelizmente todas as minhas tentativas de Hachintosh falharam...
A Apple não está apenas no segmento high end. No mercado de tablets, ela está no segmento intermediário, no mínimo. Nos EUA, ela cobra 329 dólares no iPad 7 (modelo de entrada) e 399 dólares no iPad Mini 5 (que tem chipset do iPhone XS), que são modelos de última geração. No Brasil, acabei de ver hoje... Tem Mercado Líder no Mercado Livre vendendo iPad 7 por 1.849 reais e iPad Mini 5 por 2.440 reais.
E, até um ano atrás, ela estava também no segmento intermediário no mercado de smartphones. Ela lançou o iPhone SE em 2016 por 399 dólares, mas quando esse esteve prestes a sair de linha nas lojas da Apple em fevereiro de 2019, o preço dele caiu para cerca de 100-150 dólares. Até minha amiga que ganha o salário mínimo e comprou um Galaxy A20 recentemente poderia comprar esse celular, se ela importasse o mesmo do eBay na citada época da queima de estoque.
*Nota de rodapé: Na Amazon americana, a Apple atualmente vende o iPhone 7 (esteve na loja dela até há 4 meses atrás) recondicionado por apenas 139,99 dólares.
Comentários
Além daquele episódio envolvendo Olavo de Carvalho e o pessoal do PSL que viajou pra China por conta deles.
* Como mostra o link acima, a Apple parece que acordou. Ela lançou o iPhone 11 em 2019 por um preço menor do que o iPhone XR em 2018. Os números do último trimestre foram animadores para a Apple, pois ela acabou por vender mais smartphones que Samsung e Huawei, embora isso não tenha sido suficiente para evitar a terceira colocação no ano de 2019. Sem falar na novidade do iPhone 9 (falarei disso mais adiante).
* A Apple é muito elogiada pela potência de seus processadores, supostamente tão bons ou melhores do que os da Qualcomm da última geração. Ela também é diferenciada na questão de atualização de sistemas operacionais (5 a 7 anos de atualizações depois do lançamento de seu produto, dependendo do critério empregado) e nos patches de segurança, que são bem mais numerosos e rápidos do que os da Android. Tem também a questão que ela oferece garantia global de 1 ano. Você pode ir ao Paraguai, comprar um Apple lá e ainda assim usufruir da garantia da Apple de 1 ano aqui no Brasil.
* Apesar disso, a Apple tem uma estranha aversão pela ideia de vender celulares intermediários ou básicos. Enquanto Samsung e as principais fabricantes chinesas estão em todos os segmentos, ela só vende seu modelo top (iPhone 11), o seu penúltimo modelo top lançado (iPhone XR/XS/XS Max) e o seu antepenúltimo modelo top lançado (iPhone 8). Ela tentou fazer algo diferente lançando o iPhone SE em 2016, mas nunca mais voltou a repetir a estratégia. Dizem que ela vai lançar intermediário chamado iPhone 9 neste ano e parece que esse será equipado com o chipset A13 Bionic de 2019. De qualquer forma, essa aversão não tem custado muito a ela, pois embora no market share ela seja superada por Samsung e Huawei, o lucro dela é muito maior do que todas as principais concorrentes asiáticas.
* O preços dos seus dispositivos nos Estados Unidos não são caros. O iPhone 11 foi lançado pelo preço de somente 699 dólares na Apple Store dos Estados Unidos - compare isso com o preço de lançamento do Samsung Galaxy Note 10, que foi de 949 dólares. O iPad 7 de 2019 foi lançado com preço de 329 dólares.
* No Brasil, os preços da Apple Store são exorbitantes, mas uma parcela muito grande da culpa é dos consumidores brasileiros, que aceitam pagar mais caro. O Brasil costuma ter um dos preços mais caros do mundo em iPhones e iPads. Mas nem tudo é ruim em preço. Há poucos dias atrás, eu vi alguns comerciantes "selo Mercado Líder" vendendo o iPad 7 (lançado há 4 meses atrás) por pouco mais de 1.800 reais no Mercado Livre. Ademais, um amigo meu comprou um MacBook Air de 2017 por 3.000 reais na Submarino graças a um cashback da Ame de 800 reais.
* Obviamente, nada disso se compara com as pechinchas asiáticas no mercado de smartphones. Eu tenho uma amiga que ganha o salário mínimo e que comprou, em novembro de 2019, um Samsung Galaxy A20 por 739 reais (frete incluso). Por somente isso ou até menos - o preço do modelo sem frete chegou a 664 reais na Black Friday-, alguém como ela pode ter um celular com tela Super AMOLED e câmera ultra wide. Se ela fosse comprar um Apple com esse valor, só restaria a escolha terrível de pegar um iPhone da Idade da Pedra (um iPhone 5s ou coisa pior).
Se eles baixarem os preços, ninguém vai poder ostentar.
No Brasil, é preciso garimpar muito para achar algo da Apple com preço razoável, mas ainda assim acredito que já citei dois exemplos dessa tarefa neste tópico. A esperança parece residir nas ofertas do Mercado Livre e nas ofertas com cashback Ame dos varejistas do grupo B2W.
É bem mais fácil criar um software para meia dúzia de hardware específico e todos top de linha, já o coitado do Windows tem que rodar em tudo, desde do fraquíssimo Atom de 10 anos atrás até o overpower Ryzen de 3° geração, do PC caindo aos pedaços com HD IDE e DDR2 até os novos com NVMe e memórias rodando a 4.000Mhz.
É isso aí: não é culpa do android rodar em hardware ruim
Quando o Instagram era exclusivo do Iphone a ostentação era "pura", tão pura que os usuários de Iphone deram cilique coletivo alegando que o Instagram iria virar Orkut, e virou.
Então, ao menos entre os tais "digital influencers" a "maçã" atrás do aparelho na hora da Selfie é praticamente unanimidade. Neste seguimento eu acho que não tem pra ninguém, a Apple domina.
Entre os músicos o fetiche é o mesmo e, assim como a Cameron, eu não consigo entender por quê.
Eu gravo usando Windows, o estudio de um amigo meu usou Windows a vida toda e só agora ele comprou um Minibook pra fazer as gravações. Fui lá, vi funcionando e ainda assim não vi diferença justificável seque pra trocar um pelo outro, quando mais pagar um absurdo de caro pra isso.
As duas marcas de guitarras mais famosas do mundo são a Fender e a Gibson.
Se você ver uma guitarra escrito "Gibson" no headstock você pode ter certeza de duas coisas.
1-É feita nos EUA.
2- É mais cara que qualquer guitarra do mesmo nível de acabamento e até de qualidade e acabamento superior.
Para vender guitarras mais baratas e feitas na China a Gibson usa outro nome, "Epiphone".
Já as mesmas afirmações não podem ser feitas sobre a Fender e outras marcas muito famosas.
Você pode ver uma guitarra escrito "Fender" e ela ser mexicana, japonesa e até brasileira e custar pouco.
Tenha em mente que se uma guitarra ou amplificador é feito nos EUA isso é uma espécie de pedigree que garante um excelente preço de revenda (ou valorização inclusive), o que não se repete em outras marcas com algumas exceções.
Então a decisão de tornar sua marca de guitarras atrelada à produção na China é um grande passo comercial. Muitas marcas famosas o fizeram.
Então, ter um "Fender" no Headsotck não significa "nada" à princípio. Teria que ver de pertinho se é "Made in USA".
Acontece que o público não te vê de pertinho então se você quer status...
Eu acho que há uma lógica de preservação da marca que foi seguida pela Gibson e não pela Fender.
A Gibson "faliu' se não me engano em 2018 e essa questão da marca e estratégia de procução na China tem alguma participação no problema além de outras opções comerciais equivocadas.
Talvez a decisão da Apple de não brigar nos mercados intermediários tenha a ver com isso, com a associação da marca a um "nível" de preço/status "mínimo" acima de todos os demais.
Mesmo a Gibson mais barata muitas vezes pior que uma concorrente do mesmo preço, não importa! O cara quer uma GIBSON que, pelos motivos expostos, dispensa maiores detalhes.
A coisa mais importante de um negócio é a marca então é preciso estudar cada passo que se da no mercado e suas consequências sobre ela.
Talvez eu e a Cameron não entendamos porque a marca não muda e continua a "parecer cara", mas os donos do negócio que querem ganhar dinheiro sabem e não vão contar pra ninguém.
Veja também o exemplo no mercado de automóveis. A Audi segue com status de marca de luxo apesar de vender um carro mais barato do que um Golf (tem preço intermediário entre o Polo e o Golf): Audi A1.
É verdade se levarmos em conta demais mercados como carros e eletro-domésticos.
Eu descrevi dentro do mesmo mercado (guitarras) que só uma das grandes marcas mundiais seguiu este caminho (o gourmet) que por sinal deu errado, resta saber se foi fator preponderante ou não.
Talvez tenha sido o pior exemplo porque realmente no mercado de guitarras a questão do "Made in USA" é uma religião criada nos anos 50 e 60 junto com o Rock.
Abraços,
Não acho que valha a pena comprar produtos novos da Apple, são muito mais caros do que valem, especialmente aqui no Brasil, mas quem compra produtos usados da marca pelos valores que frequentemente vejo é um mistério a parte, aparecem anúncios na OLX de computadores dela com hardware há muito ultrapassados (Core Duo, DDR2) por mais de R$ 2.000,00, quem compra e quem vende esses produtos por esses valores parecem viver em uma dimensão paralela.
Esse valor de revenda alto serve de nada para quem não é rico. O fato de os celulares Android se desvalorizaram rápido é uma faca de dois gumes. Acontece que a desvalorização grande no mercado de usados também é acompanhada pelo mercado de celulares novos. O LG G7 Thinq foi lançado em 2018 por R$ 3.999 no Brasil. Pouco mais de um ano depois, o modelo novo do mesmo custava R$ 1.327. Quando esse modelo alcançou esse preço, dava para comprar dois smartphones LG topo de linha e um bom smartwatch pelo preço de um iPhone XR (que foi lançado também em 2018).
Porque com minha experiência de mais de 40 anos atuando como pobre eu posso lhe dizer que quando compro alguma coisa eu considero muito o valor de revenda, ao menos em relação aos meus instrumentos musicais e automóveis.
Já o meu PC, minha placa de vídeo gamer, celulares eu sei que vai despencar de valor de qualquer jeito então compro já pensando em usar até queimar, sem nenhuma pretensão de obter algum valor na revenda.
Apple Watch fatura mais que Macs ou iPads
A Maçã de Cupertino revelou as finanças do Q1 FY 2020 (findo em dez 19): o Apple Watch vem ganhando cada vez mais novos adeptos, superando iPads ou Macs.
https://meiobit.com/417201/apple-relatorio-financeiro-q1-fy-2020-outubro-a-dezembro-2019-receita-bilhao-dolares-por-dia/
Isso só faria sentido se você considerasse que é garantido que o passado é uma amostra representativa do futuro. Mesmo que isso fosse verdade, a empresa que vende o carro novo não é burra. Ela pode incorporar, como ágio no valor do carro 0 km, a valorização que os consumidores dão ao valor de revenda do bem, e assim lucrar mais. O que conta não é o preço de revenda do bem, mas sim o valor de depreciação pago por período de tempo, que só é conhecido a posteriori.
Em parte eu discordo da afirmação de que os produtos não são ruins.
A decisão de fazer tudo com um padrão próprio usando hardware e software completamente fechados e alheios ao mundo do PC é uma decisão fundamental do projeto que faz desses produtos algo inferior.
Mas eu entendo o que você quis dizer, que não são ruins no sentido de não serem produtos vagabundos nem mal feitos dentro dessa escolha de arquitetura ruim.
Mas certamente só compra Apple quem é obrigado (como eu) ou quem gosta de rasgar dinheiro.
Por um lado se tem a vantagem da estabilidade e melhor otimização do sistema, por ter que se preocupar bem menos com suporte ao hardware, ela lida com bem menos bugs e falhas que Android e Windows, além de exigir um uso menor de recursos, razão pela qual alguns dispositivos da Apple funcionam melhor com 4GB de RAM do que outros com 6GB, um kernel menos inchado e consequentemente um menor número de vulnerabilidades para se lidar.
A grande desvantagem é a falta de disponibilidade e variedade de software, jogos sendo o exemplo mais significativo, somado a isso a prática da empresa de só focar no high-end e o resultado é que tanto seus produtos quanto seus clientes se tornam um nicho, especialmente no mercado de computadores domésticos, alguns desses consumidores são muito fiéis mas ainda um nicho.
Tudo isso dito, o que sempre me afastou dos produtos da empresa são seus valores proibitivos, curiosidade em usar o SO deles nunca faltou mas infelizmente todas as minhas tentativas de Hachintosh falharam...
E, até um ano atrás, ela estava também no segmento intermediário no mercado de smartphones. Ela lançou o iPhone SE em 2016 por 399 dólares, mas quando esse esteve prestes a sair de linha nas lojas da Apple em fevereiro de 2019, o preço dele caiu para cerca de 100-150 dólares. Até minha amiga que ganha o salário mínimo e comprou um Galaxy A20 recentemente poderia comprar esse celular, se ela importasse o mesmo do eBay na citada época da queima de estoque.
*Nota de rodapé: Na Amazon americana, a Apple atualmente vende o iPhone 7 (esteve na loja dela até há 4 meses atrás) recondicionado por apenas 139,99 dólares.