Artigos científicos

2

Comentários

  • Todos os fatos da vida parecem sugerir processo reeducativo ao ser humano.
    Na análise dos problemas que se tornaram crônicos ao longo de nossa história vamos encontrar: ou a desonestidade alimentando a ganância ou o exagero e a imoderação gerando o desperdício e as crises.
  • editado December 2020
    Uma possível explicação para por que os pandas gigantes rolam no esterco de cavalo


    Uma equipe de pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, trabalhando com o Zoológico de Pequim, encontrou uma possível explicação para o rolar de esterco de cavalo (HMR) por pandas gigantes. Em seu artigo publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences , o grupo descreve seu estudo de uma década sobre o comportamento estranho dos pandas e o que eles encontraram.



    Aproximadamente 10 anos atrás, membros da equipe de pesquisa observaram um panda gigante vivendo na selva parando para rolar-se em uma grande pilha de esterco de cavalo . Intrigada, a equipe começou a observar outras observações do estranho comportamento . Na última década, eles documentaram 38 ocorrências de HMR em pandas gigantes selvagens. Confusos com o comportamento tão estranho, os pesquisadores começaram a buscar uma explicação.

    Com o tempo, eles perceberam que os pandas não estavam apenas rolando no esterco, eles estavam trabalhando duro para cobrir todo o seu corpo com fezes - e não eram apenas um ou dois pandas, eram dezenas deles. Eventualmente, eles disseram que os pandas pareciam fazer HMR apenas nos meses frios - especificamente, quando as temperaturas caíam abaixo de 15º C. Isso sugeria que os pandas estavam usando o esterco para de alguma forma se proteger do frio.

    Os pandas gigantes, como todos os ursos, são cobertos de pelos, e observações anteriores mostraram que eles são muito adequados para viver em condições frias. Ainda assim, as evidências sugeriam que os ursos estavam se beneficiando do esterco, mas apenas quando estava frio. Para descobrir qual poderia ser o incentivo, os pesquisadores começaram a estudar o esterco de cavalo. E também notaram que os pandas só se importavam com esterco fresco. Eles isolaram dois produtos químicos no esterco de cavalo, beta-cariofileno e óxido de cariofileno - ambos são aromáticos e se dissipam rapidamente. Eles tentaram aplicar os produtos químicos ao feno em recintos de pandas em cativeiro e descobriram que os pandas gostavam - quando estava frio, eles rolavam nele exatamente como os pandas selvagens faziam com o esterco. Em seguida, eles testaram com ratos e descobriram que tornava os ratos menos avessos a condições de frio.

    Os pesquisadores sugerem que os produtos químicos provavelmente dão aos pandas (e ratos) uma sensação de calor, semelhante ao VapoRub de Vick na pele humana. Na verdade, isso não os ajuda a se manterem aquecidos - apenas tira o ardor do ar frio

    https://phys.org/news/2020-12-giant-pandas-horse-manure.html
  • Tenho recorrentemente tido pensamentos persistentes sobre uma dieta com pouca ou nenhuma proteína ser atenuante da gravidade do covid. Ainda não fizeram um estudo franco sobre a relação entre nutrição e gripes do tipo, que eu me lembre.
  • Como fizeram um minicérebro com um pedaço do meu braço
    https://www.bbc.com/portuguese/geral-55016092
  • editado January 2021
    Bacterias no intestino de mães as fazem negligenciar filhos

    À medida que os cientistas aprendem mais sobre os microrganismos que colonizam o corpo - chamados coletivamente de microbiota - uma área de intenso interesse é o efeito que esses micróbios podem ter no cérebro. Um novo estudo liderado por cientistas do Salk Institute identificou uma cepa da bactéria E. coli que, ao viver nas entranhas de camundongos fêmeas, os faz negligenciar seus descendentes

    https://phys.org/news/2021-01-specific-bacteria-gut-prompt-mother.html
  • editado March 2021
    Saudaçōes a todos

    Mente Holográfica...
    O UNIVERSO QUE DOBRA E DESDOBRA – UMA CONVERSA COM DAVID BOHM.
    Renée Weber

    WEBER: Penso que a primeira questão que devemos explorar é esta: O que é o modelo holográfico do cérebro ou da consciência e de que maneira ele difere dos conceitos correntemente aceitos ou daquilo que sempre acreditamos ser a verdade sobre o assunto?

    BOHM: Bem, o modelo holográfico da consciência baseia-se na noção de que as informações a partir das quais a consciência trabalha não se acham armazena­das em determinados lugares, mas sim por todo o cérebro, ou sobre gran­des áreas dele, e cada vez que as informações são usadas é feita uma seleção reu­nindo todas essas informações a partir de todo o cérebro, como ocorre com o ho­lograma propriamente dito.

    BOHM: Na verdade, você devia entrevistar o Pribram sobre esse assunto, mas você pode imaginar que o cérebro é uma rede de conexões de células e, digamos, de informações. No ano passado, tive conhecimento de uma teoria segundo a qual a memória pode ser armazenada em anéis de circuitos que se fecham incessantemente entre certas células, e que deixam no cérebro uma espécie de deformação plástica, de modo que quando se fornece novamente energia a esses anéis, é evocado um padrão semelhante ao que eles produzem. Isso não é muito diferente do princípio da gravação em fita.

    WEBER: Segue o caminho da resistência mínima?

    BOHM: Bem, não é exatamente assim, mas quando você vê alguma coisa que ativa um desses anéis, isso será gravado, mas quando você vê algo semelhante, isso pode ativar uma energia que provém dessa gravação.

    WEBER: Recuperando-a?

    BOHM: Sim. Esses anéis podem não ser apenas locais; pode haver muitos anéis semelhantes por todo o cérebro, um número incrível deles, todos interconectados, de modo que, por exemplo, se você está olhando para um determinado segmento de informação, tal como uma rocha, o enfoque mais simples, como o de uma objetiva, consistiria em dizer que a rocha está armazenada numa cé­lula do cérebro. E depois, que a segunda rocha está numa outra célula, a árvore numa terceira e assim por diante. Outra concepção seria a de que a rocha é ana­lisada segundo muitíssimas características, tais como linhas, curvas, bordas, cores e todas as diferentes informações que poderiam produzir algum tipo de defor­mação plástica em toda a extensão do cérebro. Por isso, para recuperar as informa­ções a respeito dessa rocha, deve haver, de alguma forma, uma coleta de infor­mações provenientes de todo o cérebro. Em outras palavras, se colocamos a ques­tão nesses termos, até mesmo a palavra “rocha” pode estar armazenada em toda a extensão do cérebro, e todos os vários atributos que a rocha possui não são necessariamente armazenados num só lugar mas em todos, e características co­mo aquelas poderiam recombinar-se de diferentes maneiras para diferentes tipos de objetos. Em conseqüência disso, você poderia dizer que para formar qualquer conceito ou qualquer imagem ou lembrança ou o que quer que seja, você pre­cisa colher informações que não estão em correspondência biunívoca com al­guma espécie de fichário, ou algo semelhante, mas que se acham, em vez disso, em seu armazenamento holográfico.

    De fato, o pessoal que faz pesquisas na área dos computadores e estuda o armazenamento holográfico de informações sabe que trabalha com um meio muito mais eficaz que o armazenamento digital dos nossos dias.

    WEBER: Isso está relacionado com a noção de que qualquer parte de qual­quer célula pode reproduzir o todo?

    BOHM: Bem, não é necessariamente apenas uma célula mas qualquer parte de uma célula que abriga informações a respeito do todo. Quanto mais células você juntar, mais detalhadas serão as informações. Veja, é uma das características do holograma o fato de que se você iluminar uma parte dele você obterá as informações a respeito da imagem toda mas será uma imagem menos deta­lhada e visível apenas a partir de um menor número de ângulos, de modo que quanto maior for a área do holograma que você tomar, tanto mais detalhadas e mais copiosas serão as informações. Mas o assunto, ou o objeto, das informações é sempre esse todo uno. As diferentes partes do holograma não estão em corres­pondência com as diferentes partes do objeto. Porém, cada uma delas está, de certa forma, estampando alguma coisa do todo.

    WEBER: Em outras palavras, isso poderia entrar em conflito com, ou até mesmo enterrar, aquilo a que os filósofos costumavam dar o nome de teoria de correspondência da verdade: a imagem, a chapa fotográfica, o objeto.

    BOHM: Bem, na verdade uma coisa não tem ligação com a outra. E de fato Pribram encarava isso de maneira interessante; ele estava pensando a respeito desse modelo holográfico e depois leu meus artigos e pensou sobre isso, e fez a si próprio esta pergunta: “Qual é o holograma do holograma?”

    E de acordo com a concepção que estamos propondo, o próprio mundo é construído ou estrutu­rado com base nos mesmos princípios gerais do holograma. Não sei o quanto da ordem implicada eu deveria esclarecer aqui.

    WEBER: Quanto você desejar; estamos muito interessados nisso.

    BOHM: Estou dizendo que o holograma é um exemplo da ordem impli­cada ou dobrada.

    WEBER: Pode nos dar um modelo da ordem implicada?

    BOHM: Tínhamos em Londres um dispositivo que consistia em dois cilin­dros de vidro concêntricos, entre os quais ficava um fluido muito viscoso, como a glicerina. Esses cilindros podiam ser girados muito lentamente, de modo que não houvesse difusão do fluido viscoso. Se você pingar uma gotícula de tinta insolúvel nesse fluido e girá-lo lentamente, ela se alongará até transformar-se num filamento invisível e quando você girar o fluido no sentido oposto, ela, repen­tinamente, tornar-se-á visível outra vez.

    Agora, você pode dizer que o filamento foi dobrado dentro do fluido assim como o ovo se acha dobrado, ou envolvido, dentro do bolo. Você não pode desdobrar o ovo fora do bolo mas pode desdobrar o filamento porque há essa mistura viscosa, e não há mistura difusiva; você pode desdobrar a gotícula de tinta para fora da glicerina girando esta lentamente no sentido contrário, de modo que não ocorra difusão. Imagine agora que você poderia dobrar outra gotícula de tinta e elas pareceriam ficar reduzidas quase à mesma coisa, mas há uma diferença entre as duas gotículas dobradas porque uma delas vai-se desdobrar na primeira e a outra na segunda.
    Essa distinção está presente na ordem dobrada; o que vemos aqui não é a ordem desdobrada, que nos é habitual, e que corresponde à nossa habitual descrição da realidade.

    Habitualmente, pensamos que cada ponto do espaço e do tempo é distinto e separado de qualquer outro ponto, e que todas as relações são relações entre pontos contíguos no espaço e no tempo, certo? Na ordem dobrada veremos, em primeiro lugar, que quando tomamos a gotícula e a dobramos, ela passa a estar na coisa toda e cada parte dessa coisa toda contribui para essa gotícula. Imaginemos agora a situação em que introduzimos a outra gotícula. As duas se acham em posições diferentes, mas quando são dobradas, de certo modo elas se misturam uma com a outra, está claro?

    WEBER: Elas se misturam uma com a outra ou se distribuem através do todo?

    BOHM: Elas se distribuem através do todo mas ficam entremeadas uma com a outra; elas se interpenetram, mas quando você as desdobra, elas se sepa­ram e formam duas gotículas. Desse modo, se você tem agora uma situação que a linguagem ordinária não descreve, essa situação é a de uma interpenetração no todo, e devemos fazer uma distinção entre aquele todo que irá produzir uma gotícula aqui e um todo que produzirá uma lá e ainda outro que produzirá duas gotículas, e assim por diante.
    VEJA A ORDEM HABITUAL DE DESCRICAO EM FISICA É A ORDEM CARTESIANA, na qual tomamos uma grade cartesiana e dizemos que todos os pontos são inteiramente externos uns aos outros e possuem apenas relações de contigüidade. Você pode, então, construir por exemplo uma curva contínua, mas se dobrarmos essa curva obteremos um todo onde tudo se interpenetra, e no entanto esse todo poderá desdobrar-se numa curva contínua. Outra curva contínua poderia ser igualmente dobrada. O resultado pareceria quase o mesmo, e no entanto as duas curvas seriam diferentes. Desse modo, haveria um conjunto de distinções que precisaríamos fazer e que são diferentes daquelas que fazemos na ordem cartesiana comum; a saber, que existem todas essas ordens dobradas, que são diferentes embora não o pareçam do ponto de vista grosseiro, habitual.

    WEBER: Isto quer dizer que o modelo cartesiano é um modelo de entida­des atomísticas?

    BOHM: Em última instância. Atomísticas ou de fluxo contínuo. O campo contínuo é ainda o modelo cartesiano, mas todas as conexões são contíguas; isto é, o campo conecta-se apenas com elementos de campo muito próximos a ele no espaço e no tempo; não apresenta conexão direta com elementos distantes. Agora, veremos num instante que isto não ocorre na ordem dobrada. Vou lhe dar outra imagem, outro modelo: dobramos uma gotícula girando a máquina um certo número de outro modelo: dobramos uma gotícula girando a máquina um certo número de vezes, n vezes. Introduzimos então outra gotícula numa posição li­geiramente diferente, e dobramo-la igualmente n vezes; enquanto isso, a primei­ra é dobrada 2n vezes, correio? Temos agora uma sutil distinção entre uma go­tícula que foi dobrada n vezes e outra que foi dobrada 2nvezes. Elas parecem idênticas, mas se girarmos uma delas n vezes obteremos ela mesma; se a girarmos outras n vezes, obteremos a outra. Agora, vamos prosseguir a experiência com uma terceira gotícula, que também colocaremos numa posição ligeiramente di­ferente da segunda, de modo que ela avance n vezes, a segunda
    modo que ela avance n vezes, a segunda 2n vezes e a ori­ginal 3n vezes. Vamos repetindo a experiência até que tenhamos introduzido uma porção de gotículas. Agora, giramos a máquina no sentido oposto e uma gota emerge e manifesta-se à nossa visão, e depois é a seguinte que o faz, e de­pois a seguinte, de modo que se isso é feito rapidamente, mais depressa que o tempo de resolução do olho humano, veremos uma partícula que cruza o cam­po de maneira aparentemente contínua.

    Mas essa descrição da partícula é absolutamente distinta da descrição car­tesiana. Nesta, a partícula existe e é sua essência estar num lugar, depois em ou­tro, e depois num terceiro. Mas na presente descrição, dizemos que é o todo que está se manifestando. Uma vez que a partícula é sempre o todo mas suas partes somente manifestam-se aos nossos olhos, porque para eles conseguirem ver uma gotícula de tinta, a intensidade, a densidade dessa gotícula deve estar além de um certo ponto.

    Desse modo, apenas aquelas que foram coletadas e reunidas num estado muito denso ficam visíveis naquele momento. E quan­do elas retornam para dentro do fluido, outro conjunto vem para fora, e então você terá a impressão de ver uma partícula cruzando a superfície. Mas, veja, essa partícula é apenas uma abstração que se manifesta à nossa visão; A REALIDADE É A ORDEM DOBRADA, que é sempre inteira, total, e que é essencialmente independen­te do tempo.

    Não está relacionada com o tempo porque dois elementos que es­tejam intimamente relacionados entre si são aqueles que irão se desdobrar um após o outro, mas originalmente eles se acham entremeados um com o outro. E assim, a relação básica nada tem a ver com espaço e tempo.

    WEBER: Para torná-las manifestas a nós, é como se tivéssemos de trazê-las à tona sob o tipo de condição que nós, seres humanos, estruturados como somos, podemos apreender.

    BOHM: Certo. Elas se manifestam sob uma forma que se pode abrir à nossa percepção. Normalmente, a ordem dobrada, em seu todo, NÃO PODE MANIFESTAR -SE A NÓS, mas algum aspecto dela se manifesta.
    Então, quando conduzimos essa or­dem dobrada até esse obtemos uma experiência perceptiva.
    Mas isso não significa que a totalidade da ordem é apenas aquilo que é manifesto. Esta seria a concepção cartesiana: que a totalidade da ordem se acha, pelo menos potencialmente, manifesta, embora possamos não saber como torná-la manifesta por nossa própria iniciativa. Poderíamos precisar de microscópios, telescópios e vários outros instrumentos.

    [...] Nobres, precisei diminuir um pouco, caso interesse leitura completa no link.

    WEBER; Isso se aplicaria aos campos usuais? Ao campo de Einstein?

    BOHM: Exatamente; o campo de Einstein é ainda cartesiano.

    WEBER: Por que é assim?

    BOHM: Porque ele insiste na conexão local, na conexão contígua.

    WEBER: Não há também a assim chamada ação a distância?

    BOHM: Não, isso é inteiramente estranho à visão de Einstein.

    WEBER: É? E estaria de acordo com a de Newton?

    BOHM: Newton também não gostava dela. Ele dizia que tinha de aceitá-la, mas estava tentando livrar-se dela. Newton, Einstein e Descartes concordavam nesse ponto, embora diferissem em vários outros pontos.

    WEBER: Agora, exatamente em quê a ordem implicada difere desses três modelos?

    BOHM: Na ordem implicada, não apenas lidamos sempre com o todo (co­mo também o faz a teoria dos campos), mas também dizemos que as conexões do todo nada têm a ver com a posição no espaço e no tempo, mas têm a ver com uma qualidade inteiramente diversa, a saber, o dobramento.

    WEBER: Em outras palavras, o que é significativo aqui é o fato de que não se está cruzando ou atravessando certos lugares?

    BOHM: Nesses modelos anteriores, uma partícula cruza certos lugares ou então é um campo de força, ou energia, que os cruza e por isso, do ponto de vista da ordem implicada, não temos uma distinção fundamental entre Einstein e Newton, como você vê. Para falar a verdade, dizemos que são diferentes, mas ambos diferem igualmente da ordem implicada.

    WEBER: Então, em certo sentido, a questão-chave, aqui, não seria o tempo?

    [...]

    BOHM: Bem, elas não estão mais afastadas no passado, elas estão todas presentes e juntas.

    WEBER: Mas não estão prontas para aparecer.

    BOHM: Sim, mas veja que há outra diferença. Elas não estão mais afasta­das mas devemos introduzir diferenças ou distinções, bem como ordens e relações, para termos algo sobre o que falar, e a questão-chave é esta: O que elas estão se tornando? Estariam se tomando conexões contíguas no espaço e no tempo ou alguma outra coisa? Digo agora que elas são alguma outra coisa. Se você não tem nenhuma ordem, em absoluto, não teremos nada sobre o que falar, nada para olhar nem coisa alguma. Esse é um exemplo muito primitivo de ordem implica­da mas, posteriormente, teremos exemplos muito mais complexos, onde haverá muitas ordens paralelas, e nãonecessariamente apenas uma ordem seqüencial, ou muitas ordens cruzadas ou ordens que se interpenetram e assim por diante. Portanto, antes de mais nada, a noção de seqüência simples é somente o começo. Agora, para a visão que estou propondo, voltemos ao holograma, que funciona de maneira semelhante.

    Queremos dizer que o holograma é apenas uma imagem ou uma imagem fixada do estado do campo eletromagnético, ou qualquer que seja o nome que você queira dar a ele nesse espaço onde você põe a fotografia, a chapa foto­gráfica, e esse é um estado de movimento. Eu o chamo de holomovimento. É um exemplo disso. Feixes de elétrons poderiam fazer a mesma coisa e ondas sonoras poderiam produzir hologramas, qualquer forma de movimento pode­ria constituir um holograma, movimentos conhecidos ou desconhecidos e po­demos considerar uma totalidade indefinida de movimentos, chamada holo­movimento, e dizer: o holomovimento é o solo, o fundamento daquilo que é manifesto.

    WEBER: O holomovimento é o fundamento…

    BOHM: O fundamento total…

    WEBER: Daquilo que é manifesto.

    BOHM: Sim. E o que é manifesto está, por assim dizer, flutuando no holo­movimento, e é abstraído dele.
    O movimento básico do holomovimento é o do­brar e o desdobrar. Digo, agora, que toda existência é, basicamente, holomovi­mento que se manifesta sob forma relativamente estável. Lembro a você que a palavra “manifesto” baseia-se em mani, que significa segurar com a mão, ou al­guma coisa que pode ser retida estavelmente na mão, algo sólido, tangível e assim por diante. Também algo visivelmente estável.

    WEBER: O fluxo aprisionado provisoriamente.

    [...]

    WEBER: Mas nossa percepção também, não? Pois somente o que é aces­sível a nós pode ser manipulado como manifesto.

    BOHM: Sim, mas estamos discutindo a consciência. Dizemos que a cons­ciência é seja o que for, com seu conteúdo. É uma questão de ser cuidadosamen­te lógica; podemos discutir um universo mais amplo, que é material e que even­tualmente se desvanece em alguma coisa que está além.

    WEBER: Espírito?

    BOHM: Aquilo a que chamamos de espírito. Vamos discutir isso um pouco mais. A matéria, eu diria, é aquilo que contactamos através de nossos sentidos, de nossos instrumentos e de nosso pensamento. E toda a extensão daquilo que ainda chamamos matéria. Um campo ainda é matéria. Agora, o que é espírito? Tradicionalmente, o espírito tem sido oposto à matéria. Espírito deriva da pala­vra spiritus, alento e vento.
    Basicamente, significa aquilo que é não-manifesto, mas que move o manifesto. Penso que a concepção usual acerca do espírito é a de alguma coisa que está além da matéria; por exemplo, que criou a matéria. Realmente, essa é a que se encontra no Gênesis.

    WEBER: Deus?

    BOHM: Algumas pessoas o chamam assim. E você pode tentar obter uma visão do espírito, assim como a noção de Deus, como algo imanente. Mas tanto o Deus imanente como o Deus transcendente teriam de estar além do pensamen­to. Ora, nós enganamos a nós mesmos se o mesmos se o pensamento pensa que o espírito ou Deus é imanente, e que então o apreende; ou que Deus é transcendente e, assim sendo, já transcendeu a si próprio, certo? Há uma autofraude. Temos de ser muito cautelosos aqui, muito claros, como vê, de outra forma poremos em andamento a confusão. Digamos, em primeiro lugar, que o próprio pensamento estabeleceu uma distinção entre matéria e espírito. E está claro o que esta distinção significa: tudo o que não tenha uma forma sólida óbvia e que mova alguma coisa mais é chamado espírito, como faz o vento; então, posteriormente, descobrimos que o vento é realmente matéria, certo? Mas, da mesma forma, poderíamos dizer que havia um espírito além do vento, e portanto temos esse regresso infinito. Assim, finalmente poderíamos dizer agora que um ponto de vista consis­tente é o de sustentar que algo como a matéria não-manifesta está desempenhan­do um papel semelhante àquele que o pensamento atribuía ao espírito. Ele move a matéria manifesta, mas ambos são matéria, matéria sutil e matéria espessa. Agora, o que quer que entendamos por aquilo, é algo que está além da matéria, não po­demos apreendê-lo em pensamento. Quero dizer, o pensamento pode colocar a questão, mas não pode ir mais além.

    [...]


    WEBER: Pelo simples fato de existir. Torna-se alguma coisa mais.

    BOHM: É alguma coisa mais. Transformou-se em seu ser.

    WEBER: Posso levar essa pergunta um pouco além? Você está dizendo que manifestações mais sutis do que chamou matéria, ou matéria-energia, têm o poder de transformar matérias menos sutis?

    BOHM: Correto. Assim como o vento movimenta as nuvens, (bem, as nu­vens também podem ter algum efeito sobre o vento, isso funciona em ambos os sentidos)… mas a fonte primária é a mais sutil.

    A matéria completa está no link:

    http://escoladedialogo.com.br/escoladedialogo/index.php/biblioteca/artigos/uma-conversa-com-david-bohm/



    [Fraternos]
  • editado March 2021
    Lascou. Mares produzindo CFC
    Os CFCs marinhos têm sido usados ​​há muito tempo como rastreadores para estudar as correntes oceânicas , mas seu impacto nas concentrações atmosféricas foi considerado insignificante. Agora, pesquisadores do MIT descobriram que os fluxos oceânicos de pelo menos um tipo de CFC, conhecido como CFC-11, de fato afetam as concentrações atmosféricas. Em um estudo publicado hoje no Proceedings of the National Academy of Sciences , a equipe relata que o oceano global irá reverter seu antigo papel como um sumidouro para o potente produto químico destruidor da camada de ozônio.

    Os pesquisadores projetam que até o ano 2075, os oceanos vão emitir mais CFC-11 de volta para a atmosfera do que absorvem, emitindo quantidades detectáveis ​​do produto químico até 2130. Além disso, com o aumento das mudanças climáticas, essa mudança ocorrerá 10 anos antes. As emissões de CFC-11 do oceano efetivamente estenderão o tempo médio de residência do produto químico, fazendo com que ele permaneça cinco anos a mais na atmosfera do que o faria de outra forma. Isso pode impactar as estimativas futuras de emissões de CFC-11

    https://phys.org/news/2021-03-scientists-stunned-beneath-mile-deep-greenland.html
  • Senhor escreveu: »
    Os pesquisadores projetam que até o ano 2075, os oceanos vão emitir mais CFC-11 de volta para a atmosfera do que absorvem, emitindo quantidades detectáveis ​​do produto químico até 2130. Além disso, com o aumento das mudanças climáticas, essa mudança ocorrerá 10 anos antes.
    Estou otimista quanto a isto: já devo ter morrido quando acontecer.
  • editado May 2021
    Matéria sobre o modo como as plantas interagem com o meio.

    Dia desse passou na Deutsche Welle uma reportagem sobre uma cientista que descobriu que a Mimosa( planta que fecha as folhas quando alguém a toca, tambem conhecida como dorme maria) pode ser condicionada a reagir a estímulos,

    a cientista produziu um experimento em que a planta era posta em um ambiente com luz controlada onde cada vez que a luz era acesa a planta era tocada( com um palito) e retraia suas folhas. Depois de um tempo a planta passou a retrair as folhas quando a luz era acesa mesmo sem ser tocada.

    Agora eu quero ver o que que os veganos vão dizer!

  • Curioso! Só posso imaginar uma explicação:
    Acredito não ter havido um condicionamento, como na experiência de Pavlov, pois que a radiação da luz pode ser considerada como um gatilho, mormente se a planta estiver em um ambiente de baixa intensidade de luz.
  • Senhor escreveu: »
    Matéria sobre o modo como as plantas interagem com o meio.

    Dia desse passou na Deutsche Welle uma reportagem sobre uma cientista que descobriu que a Mimosa( planta que fecha as folhas quando alguém a toca, tambem conhecida como dorme maria) pode ser condicionada a reagir a estímulos,

    a cientista produziu um experimento em que a planta era posta em um ambiente com luz controlada onde cada vez que a luz era acesa a planta era tocada( com um palito) e retraia suas folhas. Depois de um tempo a planta passou a retrair as folhas quando a luz era acesa mesmo sem ser tocada.

    Agora eu quero ver o que que os veganos vão dizer!

    Legal, ja que a planta possui algum principio inteligente podera adentrar ao mundo animal em futuro proximo
  • editado June 2021
    Uma ideia super legal

    ENERGIA HIDROCINÉTICA GERA ENERGIA SEM PRECISAR REPRESAR OS RIOS
    https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=energia-hidrocinetica-gera-energia-sem-represar-rios&id=010115210601
  • editado June 2021
    Mais da maconha fazendo das suas
    A exposição precoce a compostos de cannabis reduz a atividade neural posterior no peixe-zebra

    https://medicalxpress.com/news/2021-06-early-exposure-cannabis-compounds-neural.html
  • Ficar perto de gente faz vaca diminuir o tamanho do céleblo dela.

    https://phys.org/news/2021-06-interaction-humans-smaller-brains-cows.html
  • Senhor escreveu: »
    Pois é, mas não funciona quando o rio seca ou diminui a vazão. E isto está sendo um problema no Brasil atualmente.

  • editado June 2021
    Fernando_Silva escreveu: »
    Senhor escreveu: »
    Pois é, mas não funciona quando o rio seca ou diminui a vazão. E isto está sendo um problema no Brasil atualmente.
    É mas é uma boa nova.

  • editado June 2021
    Muita tecnologia foi colocada em suspeição nesse tempos tecnológicos, mas depois seu desencadeamento se mostrou efetivo.


  • Não é só falta de chuva: entenda em oito pontos como o Brasil está, de novo, à beira de um racionamento

    Uma conjunção de problemas estruturais e um cenário adverso podem levar o país a uma crise como a que derrubou a economia há 20 anos

    Bruno Rosa 17/06/2021

    A construção de usinas hidrelétricas sem reservatórios, chamadas também de fio d'água, é apontado também como agravante que reduz o aumento na capacidade de geração justamente nos períodos em que há poucas chuvas.

    Especialistas destacam que elas geram apenas quando há um grande volume de chuvas, o que não ocorre no período seco, já que não têm reservatórios. Em muitos casos, a opção por construir hidrelétricas a fio d’água foi para reduzir a área inundada e reduzir os potenciais impactos ambientais.

    Mas parte dos especialistas afirma que os últimos grandes projetos do Brasil, como as usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, no Pará, consumiram bilhões em investimento e geraram também impacto socioambiental, mas sem aumentar a capacidade de geração durante todo o ano.

    - Continuamos investindo em energia hidrelétrica, mas sem reservatórios, o que reduz o volume de capacidade de geração - aponta Lavinia.
    https://oglobo.globo.com/economia/nao-so-falta-de-chuva-entenda-em-oito-pontos-como-brasil-esta-de-novo-beira-de-um-racionamento-25064413

  • A construção de Angra3 foi interrompida pela Lava-Jato.
    Talvez a tecnologia do futuro permita a construção de mini usinas nucleares

  • A salvação da lavoura será a exploração da energia geotérmica.
  • editado June 2021
    Eu, "filosoficamente" so to say, aprendi que as matrizes energéticas devem ser DIVERSIFICADAS.
  • editado June 2021
    Represas tipo Belomonte estariam liberando gases com efeito estufa na estufa, segundo especialista,

    https://phys.org/news/2021-06-amazon-hydropower-contributes-significant-greenhouse.html

    Agora, se for ver, assim sendo, todo ciclo de cheias que ocorre em áreas com florestas alagáveis, que deve ser un bilhão por cento de Belomonte, ja deve ter estufado o mundo todo umas mil vezes...
  • Senhor escreveu: »
    Represas tipo Belomonte estariam liberando gases com efeito estufa na estufa, segundo especialista,
    https://phys.org/news/2021-06-hydrofracking-environmental-problems-conventional-drilling.html

    Agora, se for ver, assim sendo, todo ciclo de cheias que ocorre em áreas com florestas alagáveis, que deve ser un bilhão por cento e Belomonte ja deve ter estufado o mubdo todo umas mil vezes...
    As florestas alagáveis se adaptam a isto. Ao contrário de florestas normais em que a vegetação morre debaixo d'água.
  • Fernando_Silva escreveu: »
    Senhor escreveu: »
    Represas tipo Belomonte estariam liberando gases com efeito estufa na estufa, segundo especialista,
    https://phys.org/news/2021-06-hydrofracking-environmental-problems-conventional-drilling.html

    Agora, se for ver, assim sendo, todo ciclo de cheias que ocorre em áreas com florestas alagáveis, que deve ser un bilhão por cento e Belomonte ja deve ter estufado o mubdo todo umas mil vezes...
    As florestas alagáveis se adaptam a isto. Ao contrário de florestas normais em que a vegetação morre debaixo d'água.
    É, mas a tal "adaptação" diminuiria apenas um pouco o impacto de modo geral do que ainda assim continuará acontecendo, enquanto que em Belmonte acontecerá apenas uma unica vez.

  • Descoberta sobre ciclo de metano pode jogar pá de cal em mimimimetanomemememimimi
    https://phys.org/news/2021-07-team-publishes-groundbreaking-methane-synthesis.html
  • ONU registra temperatura recorde de 18,3°C na Antártica

    Kaique Lima 02/07/2021

    A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu nesta quinta-feira (1) um novo recorde de temperatura para a Antártica. Os termômetros do continente gelado marcaram 18,3°C em uma leitura aferida no ano passado. O calor recorde foi alcançado na estação de pesquisa Esperanza, Península Antártica, em uma medição feita em 6 de fevereiro de 2020.

    De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, um braço da ONU para a meteorologia, a temperatura máxima é importante para ajudar na construção de uma imagem do tempo e do clima em uma das fronteiras finais da Terra. Segundo o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, a Península Antártica é uma das regiões de aquecimento mais rápido em todo o planeta.

    Taalas reforça que a Península aqueceu quase 3°C nos últimos 50 anos, para ele, este novo recorde de temperatura é um indício consistente das mudanças climáticas que estamos observando. Uma outra leitura havia registrado uma temperatura ainda mais alta, de 20,7°C, na estação de monitoramento da Ilha de Seymour, porém, a medição foi rejeitada pela OMM.
    https://olhardigital.com.br/2021/07/02/ciencia-e-espaco/onu-registra-temperatura-recorde-de-183c-na-antartica/
  • Com uma taxa de crescimento anual da população mundial em torno de 1,1% significando um aumento de aproximadamente 80 milhoes de almas a cada ano, não seria providencial o aumento gradativo das áreas inabitadas e sua adaptação gradual à vida humana?
    O aumento do volume das águas seria combatido por técnicas inovadoras e os desertos se tornariam áreas de cultivo.
  • Perante catástrofes iminentes, a humanidade se veria ante a alternativa da paz e do progresso, contigente.
    Instituiões como a ONU assumiriam protagonismo desejável e a captação dos recursos surgiria do desnecessário orçamento de guerra das nações.

    As Pandemias, pelo o visto, não serão apenas viróticas.
  • editado July 2021
    Estava pensando sobre qual seria a solução definitiva para o aumento da população sem devastar o meio ambiente. Talvez uma Matrix resolvesse.
  • As pessoas não ripam?
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.