Eutanásia
A favor ou contra?
Curto: contra em quaisquer situações.
Portugal governado por uma esquerda sui generis, prepara a mudança brutal do nosso destino votando a despenalização da eutanásia.
Surpreendentemente e igualmente admirável, o partido comunista português votará contra.
Os democratas cristãos votam sem surpresa contra.
Chega votará contra...
Nota: é nestes momentos que devido se voto e em quem votarei.
Curto: contra em quaisquer situações.
Portugal governado por uma esquerda sui generis, prepara a mudança brutal do nosso destino votando a despenalização da eutanásia.
Surpreendentemente e igualmente admirável, o partido comunista português votará contra.
Os democratas cristãos votam sem surpresa contra.
Chega votará contra...
Nota: é nestes momentos que devido se voto e em quem votarei.
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Comentários
Eutanásia é suicídio se for de pleno acordo, mas também acho que obrigar alguém a continuar vivo em situações de grande sofrimento equivale a tortura.
Exato.
Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.
Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.
Partilho da mesma visão.
Imagina uma pessoa que cai dentro daquelas armadilhas que consistem num buraco profundo cheio de lanças pontiagudas que perfuram todo seu corpo de tal forma que só tenha dentre duas alternativas, ou agonizar lentamente durante dias com dores excruciantes até a morte ou ter sua agonia abreviada por uma morte rápida com um tiro de misericórdia que elemesmo suplique que lhe concedam...
No seu exemplo eu daria o tiro de misericórdia e, segundo o que eu defendo, eu precisaria responder por homicídio e iria a júri popular.
É um problema que todo absolutista moral enfrenta.
É disso que se trata no caso da eutanásia e outras polêmicas como o aborto.
Não é que eu não ache que existam casos onde a eutanásia ou o exemplo do tiro de misericórdia sejam a coisa moralmente correta a se fazer. O problema é isso passar a ser a "regra" ou "agora pode" e consequência disso nas décadas que virão podem ser um câncer no espírito da sociedade que aprova isso.
Eu prefiro ir pela via "hipócrita" onde, caso eu opte por fazer alguma coisa assim, eu tenha que ir me explicar à justiça e À sociedade a qual pertenço diante do júri popular e pedir minha absolvição de acordo com as circunstâncias do caso apresentado.
No meu tempo de vida dar cheques sem fundo foi de "pode dar em prisão" para "fodas, não dá nada mesmo".
Cruze a informação na linha acima com este caso e tente imaginar como seria tratado daqui há cem anos, aproveito pra mostrar ao @Pug :
Eu também não tenho opinião definida sobre o tema.
O melhor argumento contra é o de que muitas vezes os familiares querem se livrar da pessoa ou ela própria só quer morrer por se sentir um "peso" para familiares que não gostam dela.
No entanto eu tenho parentes que definharam com o câncer antes de morrer e passaram por coisas que eu se tivesse escolha não iria querer passar.
Eu certamente gostaria de ter a opção pra mim mesmo de escolher morrer antes de definhar dessa forma. O problema é que legalizando isso cria uma problema com consequenciais maiores que eu não sei mensurar direito para bater o martelo.
Exatamente isso, eu fiz o meu comentário antes de ler esse seu.
É difícil avaliar as consequências que isso pode geral.
É este o resumo do problema.
Que há casos onde é aplicável eu não tenho dúvida. Já quanto às soluções e suas consequências...
Cara direito a vida é foda porque parte do princípio que ninguém deve tirar esse direito porque é algo que não pode ser revertido se se arrepender.
É escolher em que sociedade se deseja viver.
Uma onde ocasionalmente alguém seja obrigado a viver sob tortura ou outra onde ocasionalmente pessoas que querem lutar pela vida sejam descartadas por familiares que a têm como um peso morto. Na segunda hipótese há um agravante que é o próprio governo privar a pessoa de tratamento porque algum burocrata decidiu que ela não tem mais o direito de receber o tratamento e se quiser continuar a luta terá que pagar por isso com o próprio dinheiro.
Eu expliquei bem explicado e fez sentido sim.
É tratar cada caso separadamente sem o "libera geral" de uma lei.
Há casos onde é aceitável, como o que você citou inicialmente e há casos duvidosos onde se trata de alguém em uma cama de hospital inconsciente e sem possibilidades de responder se deseja continuar vivo ou não, ficando a decisão pra família que pode querer algo diferente do que o paciente.
Sempre precisaremos de uma solução intermediária com cara de gambiarra. É assim com liberação de drogas, aborto, legítima defesa, eutanásia etc...
Justamente por isso vida de um indivíduo não é replicável.
Ter uma opinião é o máximo que podemos .
Porquê uns e não outros?
Aliás, antevejo, que os casos agora excluídos, venham a ser aceites no futuro. Assim sucedeu noutros países.
De facto, é complexo. Talvez, o tema mais complicado para dirimir.
A prudência pede por privilegiar a vida.
Esta é a minha principal razão pra ser contra uma lei que libere isso. É o efeito no tempo.
Eu apenas reconheço que há casos onde um tiro de misericórdia é o caminho mais curto pra diminuir o tempo de sofrimento quando o desfecho será o mesmo se o tempo correr solto sem a intervenção.
Um homicídio doloso julgado com este atenuante seria uma alternativa, mas não me apego a ela, apenas a proponho para discussão.
Acontece que eu nunca matei ninguém e não sei sequer se eu teria a coragem de tomar esta atitude em uma situação real.
Mas sim, a prudência privilegia a vida, ainda que a custo de sofrimento.
Eu prefiro este caminho ao outro em matéria de legislação.