Eutanásia

A favor ou contra?

Curto: contra em quaisquer situações.


Portugal governado por uma esquerda sui generis, prepara a mudança brutal do nosso destino votando a despenalização da eutanásia.

Surpreendentemente e igualmente admirável, o partido comunista português votará contra.
Os democratas cristãos votam sem surpresa contra.

Chega votará contra...


Nota: é nestes momentos que devido se voto e em quem votarei.
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Comentários

  • editado February 2020
    Eu não tá na Ásia. Então eu não saber dizer.
  • PugII disse: A favor ou contra?

    Curto: contra em quaisquer situações.
    Não tenho uma opinião firme e inabalável.

    Eutanásia é suicídio se for de pleno acordo, mas também acho que obrigar alguém a continuar vivo em situações de grande sofrimento equivale a tortura.

  • Fernando_Silva disse:
    PugII disse: A favor ou contra?

    Curto: contra em quaisquer situações.
    Não tenho uma opinião firme e inabalável.

    Eutanásia é suicídio se for de pleno acordo, mas também acho que obrigar alguém a continuar vivo em situações de grande sofrimento equivale a tortura.


    Exato.
  • Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.

    Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.

    Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.
  • editado February 2020
    Judas disse: Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.

    Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.

    Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.


    Partilho da mesma visão.

  • editado February 2020
    Judas disse: Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.

    Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.

    Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.
    Isso é mesmo muito bonito teoricamente mas a única vida humana real a qual se possa valorar é a que se incide na questão considerada. O cara que tá ali sofrendo o inimaginável é o único que deve ser levado em consideração.

    Imagina uma pessoa que cai dentro daquelas armadilhas que consistem num buraco profundo cheio de lanças pontiagudas que perfuram todo seu corpo de tal forma que só tenha dentre duas alternativas, ou agonizar lentamente durante dias com dores excruciantes até a morte ou ter sua agonia abreviada por uma morte rápida com um tiro de misericórdia que elemesmo suplique que lhe concedam...


  • Como está dito no meu argumento, "mesmo que seja a coisa certa a fazer".

    No seu exemplo eu daria o tiro de misericórdia e, segundo o que eu defendo, eu precisaria responder por homicídio e iria a júri popular.
  • Lembrei do filme Alien 2 onde os encubados pregados na parede pediam pra ser executados. Eu faria sem pensar duas vezes.
  • editado February 2020
    Judas disse: Como está dito no meu argumento, "mesmo que seja a coisa certa a fazer".

    No seu exemplo eu daria o tiro de misericórdia e, segundo o que eu defendo, eu precisaria responder por homicídio e iria a júri popular.
    Diga, mas então como é isso de ser contra algo que é certo?


  • Senhor disse:
    Judas disse: Como está dito no meu argumento, "mesmo que seja a coisa certa a fazer".

    No seu exemplo eu daria o tiro de misericórdia e, segundo o que eu defendo, eu precisaria responder por homicídio e iria a júri popular.
    Diga, mas então como é isso de ser contra algo que é certo?


    É um problema que todo absolutista moral enfrenta.

  • editado February 2020
    Judas disse:
    Senhor disse:
    Judas disse: Como está dito no meu argumento, "mesmo que seja a coisa certa a fazer".

    No seu exemplo eu daria o tiro de misericórdia e, segundo o que eu defendo, eu precisaria responder por homicídio e iria a júri popular.
    Diga, mas então como é isso de ser contra algo que é certo?


    É um problema que todo absolutista moral enfrenta.
    Não sei, mas não parece muito razoável.

  • Existe uma constante em sociologia onde o indivíduo ou sociedade passam a tolerar coisas inicialmente absurdas na percepção delas quando expostas constantemente a tais situações.

    É disso que se trata no caso da eutanásia e outras polêmicas como o aborto.

    Não é que eu não ache que existam casos onde a eutanásia ou o exemplo do tiro de misericórdia sejam a coisa moralmente correta a se fazer. O problema é isso passar a ser a "regra" ou "agora pode" e consequência disso nas décadas que virão podem ser um câncer no espírito da sociedade que aprova isso.


    Eu prefiro ir pela via "hipócrita" onde, caso eu opte por fazer alguma coisa assim, eu tenha que ir me explicar à justiça e À sociedade a qual pertenço diante do júri popular e pedir minha absolvição de acordo com as circunstâncias do caso apresentado.

    No meu tempo de vida dar cheques sem fundo foi de "pode dar em prisão" para "fodas, não dá nada mesmo".
    Cruze a informação na linha acima com este caso e tente imaginar como seria tratado daqui há cem anos, aproveito pra mostrar ao @Pug :

  • PugII disse: A favor ou contra?

    Curto: contra em quaisquer situações.


    Portugal governado por uma esquerda sui generis, prepara a mudança brutal do nosso destino votando a despenalização da eutanásia.

    Surpreendentemente e igualmente admirável, o partido comunista português votará contra.
    Os democratas cristãos votam sem surpresa contra.

    Chega votará contra...


    Nota: é nestes momentos que devido se voto e em quem votarei.


    Eu também não tenho opinião definida sobre o tema.

    O melhor argumento contra é o de que muitas vezes os familiares querem se livrar da pessoa ou ela própria só quer morrer por se sentir um "peso" para familiares que não gostam dela.

    No entanto eu tenho parentes que definharam com o câncer antes de morrer e passaram por coisas que eu se tivesse escolha não iria querer passar.
    Eu certamente gostaria de ter a opção pra mim mesmo de escolher morrer antes de definhar dessa forma. O problema é que legalizando isso cria uma problema com consequenciais maiores que eu não sei mensurar direito para bater o martelo.
  • Judas disse:
    Não é que eu não ache que existam casos onde a eutanásia ou o exemplo do tiro de misericórdia sejam a coisa moralmente correta a se fazer. O problema é isso passar a ser a "regra" ou "agora pode" e consequência disso nas décadas que virão podem ser um câncer no espírito da sociedade que aprova isso.

    Exatamente isso, eu fiz o meu comentário antes de ler esse seu.
    É difícil avaliar as consequências que isso pode geral.
  • NadaSei disse: O problema é que legalizando isso cria uma problema com consequenciais maiores que eu não sei mensurar direito para bater o martelo.

    É este o resumo do problema.

    Que há casos onde é aplicável eu não tenho dúvida. Já quanto às soluções e suas consequências...


  • editado February 2020
    Judas disse: Existe uma constante em sociologia onde o indivíduo ou sociedade passam a tolerar coisas inicialmente absurdas na percepção delas quando expostas constantemente a tais situações.

    É disso que se trata no caso da eutanásia e outras polêmicas como o aborto.

    Não é que eu não ache que existam casos onde a eutanásia ou o exemplo do tiro de misericórdia sejam a coisa moralmente correta a se fazer. O problema é isso passar a ser a "regra" ou "agora pode" e consequência disso nas décadas que virão podem ser um câncer no espírito da sociedade que aprova isso.


    Eu prefiro ir pela via "hipócrita" onde, caso eu opte por fazer alguma coisa assim, eu tenha que ir me explicar à justiça e À sociedade a qual pertenço diante do júri popular e pedir minha absolvição de acordo com as circunstâncias do caso apresentado.

    No meu tempo de vida dar cheques sem fundo foi de "pode dar em prisão" para "fodas, não dá nada mesmo".
    Cruze a informação na linha acima com este caso e tente imaginar como seria tratado daqui há cem anos, aproveito pra mostrar ao @Pug :

    Bom, não ficou fazendo mais sentido, muito pelo contrário. Por um lado você concorda em ir a julgamento acatando a lei enquanto que pelo outro, duvida que ela ampare o beneficiário dela.

  • editado February 2020
    Deveria ser um direito . O indivíduo deveria poder escolher não morrer sendo torturado por dores sem chances de cura .
  • editado February 2020
    Judas disse: Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.

    Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.

    Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.

    Cara direito a vida é foda porque parte do princípio que ninguém deve tirar esse direito porque é algo que não pode ser revertido se se arrepender.
  • Não tem decisão certa aí.

    É escolher em que sociedade se deseja viver.

    Uma onde ocasionalmente alguém seja obrigado a viver sob tortura ou outra onde ocasionalmente pessoas que querem lutar pela vida sejam descartadas por familiares que a têm como um peso morto. Na segunda hipótese há um agravante que é o próprio governo privar a pessoa de tratamento porque algum burocrata decidiu que ela não tem mais o direito de receber o tratamento e se quiser continuar a luta terá que pagar por isso com o próprio dinheiro.
  • Senhor disse:
    Judas disse: Existe uma constante em sociologia onde o indivíduo ou sociedade passam a tolerar coisas inicialmente absurdas na percepção delas quando expostas constantemente a tais situações.

    É disso que se trata no caso da eutanásia e outras polêmicas como o aborto.

    Não é que eu não ache que existam casos onde a eutanásia ou o exemplo do tiro de misericórdia sejam a coisa moralmente correta a se fazer. O problema é isso passar a ser a "regra" ou "agora pode" e consequência disso nas décadas que virão podem ser um câncer no espírito da sociedade que aprova isso.


    Eu prefiro ir pela via "hipócrita" onde, caso eu opte por fazer alguma coisa assim, eu tenha que ir me explicar à justiça e À sociedade a qual pertenço diante do júri popular e pedir minha absolvição de acordo com as circunstâncias do caso apresentado.

    No meu tempo de vida dar cheques sem fundo foi de "pode dar em prisão" para "fodas, não dá nada mesmo".
    Cruze a informação na linha acima com este caso e tente imaginar como seria tratado daqui há cem anos, aproveito pra mostrar ao @Pug :

    Bom, não ficou fazendo mais sentido, muito pelo contrário. Por um lado você concorda em ir a julgamento acatando a lei enquanto que pelo outro, duvida que ela ampare o beneficiário dela.

    Eu expliquei bem explicado e fez sentido sim.

    É tratar cada caso separadamente sem o "libera geral" de uma lei.

    Há casos onde é aceitável, como o que você citou inicialmente e há casos duvidosos onde se trata de alguém em uma cama de hospital inconsciente e sem possibilidades de responder se deseja continuar vivo ou não, ficando a decisão pra família que pode querer algo diferente do que o paciente.
  • A lógica plana pura e simples não funciona pra dilemas morais, ainda mais envolvendo vidas humanas. Se fosse assim seria fácil decidir que podemos matar um, tirar seus órgãos e salvar dois.

    Sempre precisaremos de uma solução intermediária com cara de gambiarra. É assim com liberação de drogas, aborto, legítima defesa, eutanásia etc...
  • Judas disse: Não tem decisão certa aí.

    É escolher em que sociedade se deseja viver.

    Uma onde ocasionalmente alguém seja obrigado a viver sob tortura ou outra onde ocasionalmente pessoas que querem lutar pela vida sejam descartadas por familiares que a têm como um peso morto. Na segunda hipótese há um agravante que é o próprio governo privar a pessoa de tratamento porque algum burocrata decidiu que ela não tem mais o direito de receber o tratamento e se quiser continuar a luta terá que pagar por isso com o próprio dinheiro.

    Justamente por isso vida de um indivíduo não é replicável.
  • Quando trata-se de tirar a vida a questão é sempre complexa .
    Ter uma opinião é o máximo que podemos .
  • Decidir caso a caso, implica saber quem tem o poder de decidir?

    Porquê uns e não outros?

    Aliás, antevejo, que os casos agora excluídos, venham a ser aceites no futuro. Assim sucedeu noutros países.


    De facto, é complexo. Talvez, o tema mais complicado para dirimir.
    A prudência pede por privilegiar a vida.
  • PugII disse: Decidir caso a caso, implica saber quem tem o poder de decidir?

    Porquê uns e não outros?

    Aliás, antevejo, que os casos agora excluídos, venham a ser aceites no futuro. Assim sucedeu noutros países.


    Esta é a minha principal razão pra ser contra uma lei que libere isso. É o efeito no tempo.

    Eu apenas reconheço que há casos onde um tiro de misericórdia é o caminho mais curto pra diminuir o tempo de sofrimento quando o desfecho será o mesmo se o tempo correr solto sem a intervenção.

    Um homicídio doloso julgado com este atenuante seria uma alternativa, mas não me apego a ela, apenas a proponho para discussão.

    Acontece que eu nunca matei ninguém e não sei sequer se eu teria a coragem de tomar esta atitude em uma situação real.

    Mas sim, a prudência privilegia a vida, ainda que a custo de sofrimento.


    Eu prefiro este caminho ao outro em matéria de legislação.
  • editado February 2020
    Percival disse:
    Judas disse: Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.

    Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.

    Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.

    Cara direito a vida é foda porque parte do princípio que ninguém deve tirar esse direito porque é algo que não pode ser revertido se se arrepender.
    O direito à vida implica no indivíduo poder deliberar dela ou então seria não um direito, mas um dever à vida, não concorda?

  • Judas disse:
    Senhor disse:
    Judas disse: Existe uma constante em sociologia onde o indivíduo ou sociedade passam a tolerar coisas inicialmente absurdas na percepção delas quando expostas constantemente a tais situações.

    É disso que se trata no caso da eutanásia e outras polêmicas como o aborto.

    Não é que eu não ache que existam casos onde a eutanásia ou o exemplo do tiro de misericórdia sejam a coisa moralmente correta a se fazer. O problema é isso passar a ser a "regra" ou "agora pode" e consequência disso nas décadas que virão podem ser um câncer no espírito da sociedade que aprova isso.


    Eu prefiro ir pela via "hipócrita" onde, caso eu opte por fazer alguma coisa assim, eu tenha que ir me explicar à justiça e À sociedade a qual pertenço diante do júri popular e pedir minha absolvição de acordo com as circunstâncias do caso apresentado.

    No meu tempo de vida dar cheques sem fundo foi de "pode dar em prisão" para "fodas, não dá nada mesmo".
    Cruze a informação na linha acima com este caso e tente imaginar como seria tratado daqui há cem anos, aproveito pra mostrar ao @Pug :

    Bom, não ficou fazendo mais sentido, muito pelo contrário. Por um lado você concorda em ir a julgamento acatando a lei enquanto que pelo outro, duvida que ela ampare o beneficiário dela.

    Eu expliquei bem explicado e fez sentido sim.

    É tratar cada caso separadamente sem o "libera geral" de uma lei.

    Há casos onde é aceitável, como o que você citou inicialmente e há casos duvidosos onde se trata de alguém em uma cama de hospital inconsciente e sem possibilidades de responder se deseja continuar vivo ou não, ficando a decisão pra família que pode querer algo diferente do que o paciente.
    Mas a lei faz justamente o oposto de liberar geral, mediando todas as questões que forem consideradas.


  • Rejeitar a lei a priori por duvidas sobre sua efetividade é jogar fora a criança junto con a água do banho.
  • Uma sociedade verdadeiramente livre teria máquinas de suicídio que nem no desenho Futurama.
  • PugII disse: Decidir caso a caso, implica saber quem tem o poder de decidir?

    Porquê uns e não outros?

    Aliás, antevejo, que os casos agora excluídos, venham a ser aceites no futuro. Assim sucedeu noutros países.


    De facto, é complexo. Talvez, o tema mais complicado para dirimir.
    A prudência pede por privilegiar a vida.
    Então? Alllahh tem o direito de decidir?

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