Judas disse: Existe uma constante em sociologia onde o indivíduo ou sociedade passam a tolerar coisas inicialmente absurdas na percepção delas quando expostas constantemente a tais situações.
É disso que se trata no caso da eutanásia e outras polêmicas como o aborto.
Não é que eu não ache que existam casos onde a eutanásia ou o exemplo do tiro de misericórdia sejam a coisa moralmente correta a se fazer. O problema é isso passar a ser a "regra" ou "agora pode" e consequência disso nas décadas que virão podem ser um câncer no espírito da sociedade que aprova isso.
Eu prefiro ir pela via "hipócrita" onde, caso eu opte por fazer alguma coisa assim, eu tenha que ir me explicar à justiça e À sociedade a qual pertenço diante do júri popular e pedir minha absolvição de acordo com as circunstâncias do caso apresentado.
No meu tempo de vida dar cheques sem fundo foi de "pode dar em prisão" para "fodas, não dá nada mesmo".
Cruze a informação na linha acima com este caso e tente imaginar como seria tratado daqui há cem anos, aproveito pra mostrar ao @Pug :
Bom, não ficou fazendo mais sentido, muito pelo contrário. Por um lado você concorda em ir a julgamento acatando a lei enquanto que pelo outro, duvida que ela ampare o beneficiário dela.
Eu expliquei bem explicado e fez sentido sim.
É tratar cada caso separadamente sem o "libera geral" de uma lei.
Há casos onde é aceitável, como o que você citou inicialmente e há casos duvidosos onde se trata de alguém em uma cama de hospital inconsciente e sem possibilidades de responder se deseja continuar vivo ou não, ficando a decisão pra família que pode querer algo diferente do que o paciente.
Mas a lei faz justamente o oposto de liberar geral, mediando todas as questões que forem consideradas.
Eu temo que a lei mesmo que com regras tenda a ter seus limites alterados no tempo por conta da diminuição coletiva da percepção do valor da vida.
Uma coisa é a falácia da bola de neve. De fato se uma lei for aprovada NADA obriga ou impõe que SERÁ alterada no futuro. Não é por aí que eu vou.
O que eu digo é que haverá, porque é assim que humanos funcionam, uma diminuição desta nuvem negra que fica dentro das nossas cabeças nos causando incômodo com a situação de matar humanos por conveniência, ainda que deles mesmos.
Este fator ocorrerá independentemente se será suficiente pra relaxar a aplicação da suposta lei ou não.
Quando um médico recém formado ou em residência começa a atender gente estraçalhada em um pronto-socorro ele sente aquilo de uma forma, após anos de profissão sente de outra. No caso do médico esta "desumanização" é benéfica pois o faz agir com frieza e técnica.
Já o mesmo processo na sociedade eu entendo que seja um mal.
Judas disse: Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.
Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.
Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.
Cara direito a vida é foda porque parte do princípio que ninguém deve tirar esse direito porque é algo que não pode ser revertido se se arrepender.
O direito à vida implica no indivíduo poder deliberar dela ou então seria não um direito, mas um dever à vida, não concorda?
Mas o quanto isso é uma decisão racional de um indivíduo. É possível mensurar precisamente?
Judas disse: Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.
Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.
Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.
Cara direito a vida é foda porque parte do princípio que ninguém deve tirar esse direito porque é algo que não pode ser revertido se se arrepender.
O direito à vida implica no indivíduo poder deliberar dela ou então seria não um direito, mas um dever à vida, não concorda?
Mas o quanto isso é uma decisão racional de um indivíduo. É possível mensurar precisamente?
Judas disse: Neste tipo de decisão o meu lado conservador fala mais alto.
Mesmo havendo lado bom e rui das coisas, como disse o Fernando, eu penso nas consequências disso no tempo, nas décadas que virão e de como isso pode abalar a percepção do valor da vida humana.
Sou contra mesmo sabendo que em muitos casos seria a coisa certa a fazer.
Cara direito a vida é foda porque parte do princípio que ninguém deve tirar esse direito porque é algo que não pode ser revertido se se arrepender.
O direito à vida implica no indivíduo poder deliberar dela ou então seria não um direito, mas um dever à vida, não concorda?
Mas o quanto isso é uma decisão racional de um indivíduo. É possível mensurar precisamente?
Comentários
Eu temo que a lei mesmo que com regras tenda a ter seus limites alterados no tempo por conta da diminuição coletiva da percepção do valor da vida.
Uma coisa é a falácia da bola de neve. De fato se uma lei for aprovada NADA obriga ou impõe que SERÁ alterada no futuro. Não é por aí que eu vou.
O que eu digo é que haverá, porque é assim que humanos funcionam, uma diminuição desta nuvem negra que fica dentro das nossas cabeças nos causando incômodo com a situação de matar humanos por conveniência, ainda que deles mesmos.
Este fator ocorrerá independentemente se será suficiente pra relaxar a aplicação da suposta lei ou não.
Quando um médico recém formado ou em residência começa a atender gente estraçalhada em um pronto-socorro ele sente aquilo de uma forma, após anos de profissão sente de outra. No caso do médico esta "desumanização" é benéfica pois o faz agir com frieza e técnica.
Já o mesmo processo na sociedade eu entendo que seja um mal.
Mas o quanto isso é uma decisão racional de um indivíduo. É possível mensurar precisamente?
Escolha podem ser feitas com base no emocional.