Existe capitalismo em algum lugar?

2»

Comentários

  • editado March 2020
    Senhor escreveu: »
    Judas escreveu: »
    Se reformular a frase do Friedman com seu argumento teremos:

    "A liberdade é necessária para haver liberdade mas não é suficiente pra sozinha a garantir".

    Acontece que, como dito acima, liberdade e capitalismo são em termos semânticos e práticos coisas diferentes. Em uma busca em dicionários o mais perto que encontrei de "capitalismo" pra sinônimo de "liberdade" foi "autodeterminação" e ainda sim era só um dos significados.
    Você não entendeu o sentido proposto de "liberdade" na construção do raciocinio.
    Assim como o capitalismo todas as relações do homem com o meio são liberdade como poder de ação. Pensar, dormir, ir e vir, trabalhar, nudismo, que é uma relação do homem com a nudez, arborismo, que é a relação do homem com as árvores, etc.

    Você exigiu contexto pra que a frase do Friedman fizesse sentido, do contrário ela seria questionável. Você não deu o mesmo sentido ou entendeu a liberdade como ele quando ele construiu a frase e apresentou o raciocínio dele.
    Acontece que este é um tópico sobre economia portanto o contexto está posto. Liberdade na frase dele é o que ele mostra serem os aspectos do capitalismo que têm muito de liberdade embutida. A liberdade que Friedman se refere não é só poder de ação como você usou como definição mas juntos a propriedade privada e o direito ao fruto do próprio trabalho.
    Propriedade privada por exemplo não é sinônimo de liberdade em lugar nenhum fora do contexto capitalista. Uma criança pode não "ter" nada e não da pra o chamar de escrava ou questionar se ela é livre ou não a menos que se aprofunde no caso em questão em outro tópico e outro contexto.

    É a sua frase "Capitalismo não tem nada a ver com liberdade" que é questionável e pede contexto aqui neste tópico sobre economia, não a dele.

    Reitero que não estou a refutar nada sobre capitalismo mas apenas este problema recorrente de partirmos pra discussões laterais por conta de aspectos semânticos irrelevantes para os temas.

    Basta entender o que se quis dizer no contexto e segue o barco. Há contexto aqui pra se entender o que Friedman quer dizer com liberdade produzida pelo capitalismo e que o próprio afirma não ser suficiente pra garantir liberdade de fato e de definição de dicionário para o termo.
  • editado March 2020
    Judas escreveu: »
    Senhor escreveu: »
    Judas escreveu: »
    Se reformular a frase do Friedman com seu argumento teremos:

    "A liberdade é necessária para haver liberdade mas não é suficiente pra sozinha a garantir".

    Acontece que, como dito acima, liberdade e capitalismo são em termos semânticos e práticos coisas diferentes. Em uma busca em dicionários o mais perto que encontrei de "capitalismo" pra sinônimo de "liberdade" foi "autodeterminação" e ainda sim era só um dos significados.
    Você não entendeu o sentido proposto de "liberdade" na construção do raciocinio.
    Assim como o capitalismo todas as relações do homem com o meio são liberdade como poder de ação. Pensar, dormir, ir e vir, trabalhar, nudismo, que é uma relação do homem com a nudez, arborismo, que é a relação do homem com as árvores, etc.

    Você exigiu contexto pra que a frase do Friedman fizesse sentido, do contrário ela seria questionável. Você não deu o mesmo sentido ou entendeu a liberdade como ele quando ele construiu a frase e apresentou o raciocínio dele.
    Acontece que este é um tópico sobre economia portanto o contexto está posto. Liberdade na frase dele é o que ele mostra serem os aspectos do capitalismo que têm muito de liberdade embutida. A liberdade que Friedman se refere não é só poder de ação como você usou como definição mas juntos a propriedade privada e o direito ao fruto do próprio trabalho.
    Propriedade privada por exemplo não é sinônimo de liberdade em lugar nenhum fora do contexto capitalista. Uma criança pode não "ter" nada e não da pra o chamar de escrava ou questionar se ela é livre ou não a menos que se aprofunde no caso em questão em outro tópico e outro contexto.

    É a sua frase "Capitalismo não tem nada a ver com liberdade" que é questionável e pede contexto aqui neste tópico sobre economia, não a dele.

    Reitero que não estou a refutar nada sobre capitalismo mas apenas este problema recorrente de partirmos pra discussões laterais por conta de aspectos semânticos irrelevantes para os temas.

    Basta entender o que se quis dizer no contexto e segue o barco. Há contexto aqui pra se entender o que Friedman quer dizer com liberdade produzida pelo capitalismo e que o próprio afirma não ser suficiente pra garantir liberdade de fato e de definição de dicionário para o termo.
    Ok, já ao que parece não está adiantando nada explicar.

  • Percival escreveu: »
    NadaSei escreveu: »
    Percival escreveu: »
    NadaSei escreveu: »
    Isso significa que ocorreu uma regressão e de certo modo o capitalismo falhou em manter a liberdade que um dia ele proporcionou.

    Isso me lembra justamente esse ponto aqui:

    Portanto, mesmo que o liberalismo levasse a uma economia pior (o que é difícil de argumentar), eu ainda o defenderia, pois ainda seria o sistema justo, que refletiria a realidade - o progresso que seres humanos livres e honestos realmente conseguiram atingir respeitando uns aos outros. Pense num contexto individual: se fosse demonstrado que, roubando um pouco de dinheiro do seu vizinho você teria uma vida financeira melhor, isso tornaria o ato correto?

    http://caioamaralblog.blogspot.com/2020/03/para-os-que-zombam-da-alta-do-dolar.html?m=1

    Essa é justamente a associação entre liberdade e capitalismo que parece ser a característica mais fundamental para a caracterização do sistema. O problema é que como eu mencionei, o capitalismo americano surgiu em plena escravidão. Qualquer objeção ao capitalismo pode recorrer a esse fato para negar a associação entre capitalismo e liberdade.

    O capitalismo é necessário para a liberdade, mas não é suficiente para sozinho garanti-la, diria Milton Friedman. Dai está aberta a porteira para toda sorte de sistema estatal, do keynesianismo a social democracia ou coisa pior.

    E nisso que nós concluímos: o capitalismo permite a liberdade e não oferece a liberdade. Porque é nessa que entram sistemas oportunistas a limitar esta liberdade.
    Entrou mais ou menos no espirito da coisa.

  • Senhor escreveu: »
    Percival escreveu: »
    NadaSei escreveu: »
    Percival escreveu: »
    NadaSei escreveu: »
    Isso significa que ocorreu uma regressão e de certo modo o capitalismo falhou em manter a liberdade que um dia ele proporcionou.

    Isso me lembra justamente esse ponto aqui:

    Portanto, mesmo que o liberalismo levasse a uma economia pior (o que é difícil de argumentar), eu ainda o defenderia, pois ainda seria o sistema justo, que refletiria a realidade - o progresso que seres humanos livres e honestos realmente conseguiram atingir respeitando uns aos outros. Pense num contexto individual: se fosse demonstrado que, roubando um pouco de dinheiro do seu vizinho você teria uma vida financeira melhor, isso tornaria o ato correto?

    http://caioamaralblog.blogspot.com/2020/03/para-os-que-zombam-da-alta-do-dolar.html?m=1

    Essa é justamente a associação entre liberdade e capitalismo que parece ser a característica mais fundamental para a caracterização do sistema. O problema é que como eu mencionei, o capitalismo americano surgiu em plena escravidão. Qualquer objeção ao capitalismo pode recorrer a esse fato para negar a associação entre capitalismo e liberdade.

    O capitalismo é necessário para a liberdade, mas não é suficiente para sozinho garanti-la, diria Milton Friedman. Dai está aberta a porteira para toda sorte de sistema estatal, do keynesianismo a social democracia ou coisa pior.

    E nisso que nós concluímos: o capitalismo permite a liberdade e não oferece a liberdade. Porque é nessa que entram sistemas oportunistas a limitar esta liberdade.
    Entrou mais ou menos no espirito da coisa.
    Vale até como gancho para refutar o conceito furado de mais valia.


  • editado July 2020
    Enquanto isso, passando na tv uma propaganda sindical dizendo que no Brasil haveriam seis bilionários donos da metade da riqueza sendo o resto da população da outra metade. É como criticar a locomotiva por puxar os vagões.
  • O fato é que existe um estado e um grupo ideológico que impõe uma crença limitante nas pessoas desestimulando a busca do sucesso e a autosuficiência.
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.