Os apoiadores do Bolsonaro andam dizendo que ele tinha razão desde o início ao defender o uso da cloroquina.
Ora, se ele apenas deu palpite sem entender do assunto, acertou por acaso. Não é mérito dele.
O foda de politizarem a pandemina é isso. Do outro lado também tem um monte de gente que transformou um medicamento que existe desde 1938 e era vendido sem receita médica até ontem, jurando de pé junto que a cloroquina é ultra, super, mega, master, blaster perigosa e experimental.
Eu adoraria que o Bolsonaro tivesse ficado do lado errado dessa historia toda, dai quem sabem não estivessem todos tão empenhados em destruir a economia em troca de nada, nem interessados em barrar um medicamento que segundo muitos medidos vem apresentando bons resultados.
Se o isolamento fosse feito no inicio isso só empurraria o problema pra frente porque as pessoas NÃO TERIAM IMUNIDADE e com isso outro surto ocorreria na sequencia.
Se o que a China fez funcionou, então veremos um novo surto ocorrer em breve.
Entretanto se o Isolamento na China só ocorreu com a epidemia já fora de controle, como parece ser o caso, e, com o vírus já alastrados entre a metade da população, nesse caso com ou sem isolamento as pessoas infectadas se curam em 14 dias e a epidemia termina.
Se nenhum surto novo atingir a China e isso é que a curva deles parece indicar, então o que temos é simplesmente uma epidemia que ocorreu fora de controle a despeito de todos os esforços do governo.
Como mostra o gráfico do tweet citado anteriormente, todas as subidas de número de novos casos diários de infectados foram revertidas na China. E há 1 dia atrás foi noticiado o primeiro dia em que ocorreu zero mortes por COVID-19 na China desde o começo da pandemia. E olhe que o transporte público e as principais indústrias de Wuhan já voltaram a funcionar há duas semanas.
E essa hipótese de que a China experimenta efeito de imunidade de rebanho só poderia talvez ser verdade se a porcentagem de assintomáticos do COVID-19 fosse próxima de 100%. Osmar Terra disse que era 99%. O problema é que o estudo que fundamenta isso foi publicado no "Jornal de Medicina do Apenas Acredite no Dado que o Osmar Terra Informou" ou então deve estar na deep web. Vi nada a respeito disso.
Ou seja, a epidemia não foi contida, atingiu o pico e agora está chegando NATURALMENTE ao fim como era de se esperar e em breve a população vai atingir a imunização de rebanho. E olha que na China o lockdown foi real e não fajuto como o nosso.
Do contrario com mais da metade da população ainda veraneável ao vírus o problema só voltaria a ocorrer mais tarde.
Onde estão as centenas de milhões de infectados por COVID-19 na China? Cadê a evidência disso? Não há qualquer coisa que suporte a hipótese de que o novo coronavírus é assintomático em 99% dos casos. Se for o caso contrário, então cadê o estudo publicado em periódico peer review que atesta isso?
O tempo pode me provar errado, mas por hora a evidencia mais plausível analisando a curva de contagio chinesa é essa.
Se não for isso o que aconteceu saberemos em breve com o surgimento de uma NOVA CURVA de contagio, já que sem a imunização da maioria da população o problema não se resolve e tudo o que se consegue é empurrar ele pra frente.
No estamos estamos vemos que NENHUMA nação conseguiu conter o vírus, mais improvável ainda seria a China conseguir isso sendo que já tinha sido tomada por ele.
Agora é aguardar e ver.
A curva de contágio da China não tem nada de estranha, ela está do jeito que esperaríamos se um lockdown forte e efetivo foi feito e praticamente nenhuma nação do mundo tem um sistema repressivo tão eficaz quanto o da China. Resultado de lockdown criando algo parecido com o que ocorreu na China só é visível em pelo menos 7 semanas depois do início de sua operação: 5 semanas por causa do resultado do lockdown em si e mais 2 semanas por causa da defasagem envolvida no período de incubação do vírus. Nenhum país começou um lockdown forte há pelo menos 7 semanas atrás, com exceção da China. Então, nada tem de estranho o sucesso da China não ter sido replicado. Apesar disso, já existem nações que estão reduzindo a taxa de crescimento de novos casos diários de infectados de forma notável e persistente, basta ver o gráfico da Áustria e da Austrália na JHU CSSE.
Brasil registra 1.774 mortes por H1N1, 737 no Estado de SP.
Ainda estamos em abril e não alcançamos o inverno, período crítico sazonal.
Aproveitem a atual campanha de vacinação... é mais sério que pensam.
Comentários
Fala @Huley
A curva de contágio da China não tem nada de estranha, ela está do jeito que esperaríamos se um lockdown forte e efetivo foi feito e praticamente nenhuma nação do mundo tem um sistema repressivo tão eficaz quanto o da China. Resultado de lockdown criando algo parecido com o que ocorreu na China só é visível em pelo menos 7 semanas depois do início de sua operação: 5 semanas por causa do resultado do lockdown em si e mais 2 semanas por causa da defasagem envolvida no período de incubação do vírus. Nenhum país começou um lockdown forte há pelo menos 7 semanas atrás, com exceção da China. Então, nada tem de estranho o sucesso da China não ter sido replicado. Apesar disso, já existem nações que estão reduzindo a taxa de crescimento de novos casos diários de infectados de forma notável e persistente, basta ver o gráfico da Áustria e da Austrália na JHU CSSE.
https://www.camara.leg.br/radio/programas/485295-preocupacao-com-o-surto-da-gripe-h1n1-chega-a-camara-dos-deputados/
Isso acaba justificando que as medidas de confinamento aceleram mais o contágio consequente as mortes dos chamados grupos de risco.
Agora encerro minha participação aqui, vou pegar a chaves da nave e partir.
EDIT: lembrando que ele foi gestor da saude no Rio Grande do Sul na época do H1N1 ele fala com experiências em casos de lá.
Ainda estamos em abril e não alcançamos o inverno, período crítico sazonal.
Aproveitem a atual campanha de vacinação... é mais sério que pensam.
http://www.crfsp.org.br/noticias/7569-mortes.html