Os trechos mais constrangedores da obra de Paulo Freire
Paulo Freire morreu há 20 anos, mas ainda é um dos autores mais lidos e citados nas aulas de pedagogia do Brasil. Eis um bom momento para lembrar alguns trechos não exatamente louváveis de seus livros.
"Pedagogia do Oprimido" foi publicado em 1968. É um livro datado, escrito no calor da militância comunista contra a ditadura militar. Tudo ali gira em torno de "elites opressoras" e "povo oprimido" —um marxismo grosseiro que mesmo naquela época já estava obsoleto.
Alguns trechos de "Pedagogia do Oprimido" dão a impressão de que Paulo Freire foi professor de Dilma Rousseff. São tão incompreensíveis quanto os discursos da ex-presidente:
Na verdade, não há eu que se constitua sem um não-eu. Por sua vez, o não-eu constituinte do eu se constitui na constituição do eu constituído. Desta forma, o mundo constituinte da consciência se torna mundo da consciência, um percebido objetivo seu, ao qual se intenciona. Daí a afirmação de Sartre, anteriormente citada: "consciência e mundo se dão ao mesmo tempo".
Paulo Freire tinha um gosto especial por transformar ditadores e assassinos em mestres da educação. Fidel Castro, Che Guevara, Lênin e Mao Tsé-Tung são referências frequentes em "Pedagogia do Oprimido". Fidel aparece como exemplo da liderança baseada "num diálogo com as massas que dificilmente se rompe" e numa "empatia quase imediata entre as massas e a liderança revolucionária".
Che Guevara, guerrilheiro e carrasco de dissidentes no presídio de La Cabaña, ganha algumas páginas de pura adulação, como neste trecho:
Foi assim, no seu diálogo com as massas camponesas, que sua práxis revolucionária tomou um sentido definitivo. Mas, o que não expressou Guevara, talvez por sua humildade, é que foram exatamente esta humildade e a sua capacidade de amar, que possibilitaram a sua "comunhão" com o povo. E esta comunhão, indubitavelmente dialógica, se fez co-laboração (sic).
Paulo Freire faz um certo contorcionismo verbal para defender a violência revolucionária. Cita um médico cubano para quem "a revolução implica em três 'P' —Palavra, Povo e Pólvora". E abusa da poesia para concluir que a violência dos guerrilheiros na verdade não é violência, mas amor:
Inauguram a violência os que oprimem, os que exploram, os que não se reconhecem nos outros; não os oprimidos, os explorados, os que não são reconhecidos pelos que os oprimem como outro. (...)
Na verdade, porém, por paradoxal que possa parecer, na resposta dos oprimidos à violência dos opressores é que vamos encontrar o gesto de amor. Consciente ou inconscientemente, o ato de rebelião dos oprimidos, que é sempre tão ou quase tão violento quanto a violência que os cria, este ato dos oprimidos, sim, pode inaugurar o amor.
Um ano antes de sua morte, em 1996, Paulo Freire publicou "Pedagogia da Autonomia". O livro tem menos citações a líderes comunistas, mas reproduz as mesmas teses de "Pedagogia do Oprimido". Como é comum hoje em dia, especialmente entre professores de história, Freire não vê diferença entre doutrinação e educação. Diz com todas as letras que seu objetivo é criar um exército de revolucionários:
Uma das questões centrais com que temos de lidar é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo. A rebeldia é ponto de partida indispensável, é deflagração da justa ira, mas não é suficiente. A rebeldia enquanto denúncia precisa se alongar até uma posição mais radical e crítica, a revolucionária, fundamentalmente anunciadora.
Em resumo, o que o pedagogo recomendava era muita doutrinação e pouquíssimo conteúdo. De fato, Paulo Freire tem todo o mérito em ser considerado o patrono da atual situação da educação brasileira.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2017/05/1880644-os-trechos-mais-constrangedores-da-obra-de-paulo-freire.shtml
"Pedagogia do Oprimido" foi publicado em 1968. É um livro datado, escrito no calor da militância comunista contra a ditadura militar. Tudo ali gira em torno de "elites opressoras" e "povo oprimido" —um marxismo grosseiro que mesmo naquela época já estava obsoleto.
Alguns trechos de "Pedagogia do Oprimido" dão a impressão de que Paulo Freire foi professor de Dilma Rousseff. São tão incompreensíveis quanto os discursos da ex-presidente:
Na verdade, não há eu que se constitua sem um não-eu. Por sua vez, o não-eu constituinte do eu se constitui na constituição do eu constituído. Desta forma, o mundo constituinte da consciência se torna mundo da consciência, um percebido objetivo seu, ao qual se intenciona. Daí a afirmação de Sartre, anteriormente citada: "consciência e mundo se dão ao mesmo tempo".
Paulo Freire tinha um gosto especial por transformar ditadores e assassinos em mestres da educação. Fidel Castro, Che Guevara, Lênin e Mao Tsé-Tung são referências frequentes em "Pedagogia do Oprimido". Fidel aparece como exemplo da liderança baseada "num diálogo com as massas que dificilmente se rompe" e numa "empatia quase imediata entre as massas e a liderança revolucionária".
Che Guevara, guerrilheiro e carrasco de dissidentes no presídio de La Cabaña, ganha algumas páginas de pura adulação, como neste trecho:
Foi assim, no seu diálogo com as massas camponesas, que sua práxis revolucionária tomou um sentido definitivo. Mas, o que não expressou Guevara, talvez por sua humildade, é que foram exatamente esta humildade e a sua capacidade de amar, que possibilitaram a sua "comunhão" com o povo. E esta comunhão, indubitavelmente dialógica, se fez co-laboração (sic).
Paulo Freire faz um certo contorcionismo verbal para defender a violência revolucionária. Cita um médico cubano para quem "a revolução implica em três 'P' —Palavra, Povo e Pólvora". E abusa da poesia para concluir que a violência dos guerrilheiros na verdade não é violência, mas amor:
Inauguram a violência os que oprimem, os que exploram, os que não se reconhecem nos outros; não os oprimidos, os explorados, os que não são reconhecidos pelos que os oprimem como outro. (...)
Na verdade, porém, por paradoxal que possa parecer, na resposta dos oprimidos à violência dos opressores é que vamos encontrar o gesto de amor. Consciente ou inconscientemente, o ato de rebelião dos oprimidos, que é sempre tão ou quase tão violento quanto a violência que os cria, este ato dos oprimidos, sim, pode inaugurar o amor.
Um ano antes de sua morte, em 1996, Paulo Freire publicou "Pedagogia da Autonomia". O livro tem menos citações a líderes comunistas, mas reproduz as mesmas teses de "Pedagogia do Oprimido". Como é comum hoje em dia, especialmente entre professores de história, Freire não vê diferença entre doutrinação e educação. Diz com todas as letras que seu objetivo é criar um exército de revolucionários:
Uma das questões centrais com que temos de lidar é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo. A rebeldia é ponto de partida indispensável, é deflagração da justa ira, mas não é suficiente. A rebeldia enquanto denúncia precisa se alongar até uma posição mais radical e crítica, a revolucionária, fundamentalmente anunciadora.
Em resumo, o que o pedagogo recomendava era muita doutrinação e pouquíssimo conteúdo. De fato, Paulo Freire tem todo o mérito em ser considerado o patrono da atual situação da educação brasileira.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2017/05/1880644-os-trechos-mais-constrangedores-da-obra-de-paulo-freire.shtml
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Comentários
https://www.facebook.com/DireitaPolitica/photos/a.319898058092296.73906.307492775999491/792336144181816/?type=1
https://www.jenifercastilho.com/2017/08/tente-nao-rir-frases-de-paulo-freire.html?m=0
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Resenha Opressora: Paulo Freire e a Pedagogia da Autonomia
https://www.jenifercastilho.com/2017/10/resenha-opressora-paulo-freire-e.html?m=0
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Frases de Paulo Freire que provam que seus livros são cartilhas marxistas
https://www.jenifercastilho.com/2017/08/frases-de-paulo-freire-que-provam-que.html?m=0
E os resultados da educação pública brasileira são um lixo.
E ninguém associa uma coisa à outra.
Como o padeiro que faz pães horríveis, mas a culpa não é dele.
Tem defensor de Freire que diz que as ideias dele nunca foram aplicadas, neste caso cabe perguntar por que acreditam que elas funcionam.
Se foram aplicadas, o resultado é conhecido.
Claro, devem ter deturpado Freire, como deturparam Marx.
Não esquecendo a turma do "Freire é muito citado em trabalhos acadêmicos, ganhou prêmio e tem estátua não sei onde".
Pouco importa se o padeiro é muito citado, ganhou prêmios e tem uma estátua se o pãozinho que ele faz não presta.
http://www.grupoinconfidencia.org.br/sistema/index.php?option=com_content&view=article&id=2507:um-engodo-chamado-metodo-paulo-freire&catid=329:felix-maier&Itemid=468
Já havia citado sobre ele num tópico sobre isso.