Repetindo algumas lições básicas de economia - que, inexplicavelmente, seguem sendo ignoradas

* Quando dizem que o governo deve estimular o crédito para salvar a economia, estão na realidade dizendo que a maneira de salvar a economia é aumentando o endividamento das pessoas. Crédito e dívida são nomes distintos para a mesma coisa.

* Quando dizem que os salários — principalmente o salário mínimo — devem ser aumentados por decreto, estão na realidade dizendo que o segredo para a prosperidade é aumentar os custos de produção.

* Quando dizem que as exportações devem ser aumentadas e as importações devem ser restringidas, estão na realidade dizendo que a quantidade de produtos à disposição da população nacional deve ser duplamente reduzida — gerando, no mínimo, mais carestia.

* Quando dizem que o governo deve estimular a indústria nacional por meio de subsídios ou empréstimos subsidiados, estão na realidade dizendo que o grande empresariado deve receber dinheiro de impostos do povo e, com isso, levar vantagem sobre os concorrentes menores.

* Quando dizem que as empresas devem ser controladas por agências reguladoras, estão na realidade dizendo que essas empresas devem operar dentro de um cartel protegido pelo estado, com preços garantidos e sem liberdade de entrada para potenciais concorrentes.

* Quando dizem que um pouco mais de inflação gera mais crescimento, estão na realidade dizendo que uma perda mais acentuada do poder de compra da moeda e uma maior incerteza quanto aos custos futuros estimulam mais empreendedores a fazerem investimentos produtivos de longo prazo.

* Quando dizem que mais gastos do governo estimulam o empreendedorismo, estão na realidade dizendo que a contratação de mais burocratas e a criação de mais burocracia e regulamentações incentivam a produção e criam mais riqueza.

* Quando dizem que todos têm direito a saúde, educação e transporte, estão na realidade dizendo que toda a população deve dar mais dinheiro para burocratas, os quais irão repassar esse dinheiro (retendo para si uma fatia) para outras pessoas, as quais irão então prover esses serviços de acordo com critérios especificados políticos, e não pelos consumidores.

Confira mais.

https://www.mises.org.br/article/2491/repetindo-algumas-licoes-basicas-de-economia--que-inexplicavelmente-seguem-sendo-ignoradas

Comentários

  • editado September 2020
    Teve um papinho assim:

    "Ah é contra Bolsonaro mas está lá na fila pra pegar os 600 reais".

    Cuja defesa foi:

    "Mas o dinheiro é meu, eu pago impostos como todo mundo logo tenho direito, Bolsonaro não me fez nenhum favor".

    Ótimo mas, a situação de quem usou o argumento de imposto pra justificar pegar ops 600 reais deve ser colocada de forma mais correta.

    Que pegou os 600 já estava devendo 19 mil reais de dívida pública per capta (dados ainda de 2017) então agora estaria devendo 19,600 reais. Sim, você tem o direito de sacar dinheiro na boca do caixa mesmo que isso signifique aumentar ainda mais o endividamento que é SEU também.

    Agora vá ao site da receita, seja um bom cidadão e EXIJA pagar sua parte da dívida, ela é SUA por direito também. Imprima uma DARF e pague em uma lotérica. Caso a dívida aumente cada vez mais volte ao site regularmente e pague aquilo que foi gasto além do que foi arrecadado pós seu pagamento inicial de 19,600 reais.

    Caso fique de saco cheio de ter que ir toda hora pagar dívida que você não fez e só cresce, tente votar em pessoas que proporem que o estado gaste menos do que arrecada e pague a dívida corrente.

    E não se esqueça da dívida externa que o Lula jura que pagou mas tem gente cobrando que jura que não recebeu, é SEU DIREITO pagar isso também, o país também é seu.
  • ENCOSTO escreveu: »
    * Quando dizem que um pouco mais de inflação gera mais crescimento, estão na realidade dizendo que uma perda mais acentuada do poder de compra da moeda e uma maior incerteza quanto aos custos futuros estimulam mais empreendedores a fazerem investimentos produtivos de longo prazo.
    É o contrário: uma economia funcionando bem num país próspero tende a gerar alguma inflação de demanda.

    Essa inflação tem que ser a consequência, não a causa, e não pode disparar.
  • Judas escreveu: »
    Que pegou os 600 já estava devendo 19 mil reais de dívida pública per capta (dados ainda de 2017) então agora estaria devendo 19,600 reais. Sim, você tem o direito de sacar dinheiro na boca do caixa mesmo que isso signifique aumentar ainda mais o endividamento que é SEU também.

    Agora vá ao site da receita, seja um bom cidadão e EXIJA pagar sua parte da dívida, ela é SUA por direito também. Imprima uma DARF e pague em uma lotérica. Caso a dívida aumente cada vez mais volte ao site regularmente e pague aquilo que foi gasto além do que foi arrecadado pós seu pagamento inicial de 19,600 reais.
    Acho que dívida pública se refere ao que o Estado deve aos contribuintes e não o contrário.

    Por exemplo, se deposito 200 reais na caderneta de poupança, o Estado passa a me dever 200 reais.
    Se eu compro um título público (CDB, LCI etc.), eu me torno um credor do Estado.

    Qualquer governante que fale em "negociar a dívida pública" (já na casa dos trilhões desde o tempo do Condenado) vai ter que negociar com a Dona Maria e o Seu João que têm suas mixarias na poupança.
  • Fernando_Silva escreveu: »
    Judas escreveu: »
    Que pegou os 600 já estava devendo 19 mil reais de dívida pública per capta (dados ainda de 2017) então agora estaria devendo 19,600 reais. Sim, você tem o direito de sacar dinheiro na boca do caixa mesmo que isso signifique aumentar ainda mais o endividamento que é SEU também.

    Agora vá ao site da receita, seja um bom cidadão e EXIJA pagar sua parte da dívida, ela é SUA por direito também. Imprima uma DARF e pague em uma lotérica. Caso a dívida aumente cada vez mais volte ao site regularmente e pague aquilo que foi gasto além do que foi arrecadado pós seu pagamento inicial de 19,600 reais.
    Acho que dívida pública se refere ao que o Estado deve aos contribuintes e não o contrário.

    Por exemplo, se deposito 200 reais na caderneta de poupança, o Estado passa a me dever 200 reais.
    Se eu compro um título público (CDB, LCI etc.), eu me torno um credor do Estado.

    Qualquer governante que fale em "negociar a dívida pública" (já na casa dos trilhões desde o tempo do Condenado) vai ter que negociar com a Dona Maria e o Seu João que têm suas mixarias na poupança.

    Eu tirei o número de uma matéria sobre o assunto. A coisa pode ser vista da forma com que você colocou ou da forma contrária a depender do que se quer observar. Se no fim das contas o estado disser que não tem dinheiro pra pagar quem fica sem receber é o povo/contribuinte. O que se avaliava eu acho era a confiança de que o estado poderia saldar essa dívida.

    A discussão é mais complexa que isso é claro, mas o que é bem claro é que o estado fecha o ano gastando mais que recebeu e ainda distribui mais essa grana por causa da COVID, a noção de que este dinheiro "é do contribuinte" então seria justo receber é que é errada uma vez que o estado já esta com as contas no vermelho, dinheiro não brota do chão. A conta vai chegar.

    Depois vou procurar mais sobre e postar aqui.

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