Qual é o maior valor da humanidade?
Qual é o maior valor da humanidade? Qual é o que guia, que dá sentido para a existência? O que te faria viver mais um segundo para ter.
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Comentários
Já entrei neste tópico umas duas vezes, retornei após pensar.
Destaco que sua pergunta é muito boa...
Vou tentar desenvolver primeiro no coletivo...
A humanidade enquanto sociedade forma um conjunto de pessoas diferentes mais basicamente homogênea, tanto nos meios de produção quanto nos meios inter-pessoais de relacionamentos.
O que tenho notado com o avanço dos meios de vida e o uso da tecnologia, e me corrijam se acaso eu viajar nesse quesito...rs
É que o ser humano está cada vez mais dependente dos bens tecnológicos, está se tornando muito aprisionado desses recursos, dado a funcionalidade que os mesmos oferecem aos seus usuários.
Quanto ao poder exercido por esses meios de convivência, percebemos um fluxo ordenado, um meio de controle do comportamento social... Acho que nem Durkheim imaginaria até onde poderia chegar o consciente coletivo dentro das redes sociais... rs
A questão, porém, que o Senhor abordou foi quanto o Real Valor do ser humano enquanto indivíduo. (Creio que seja isso que abordou ?)
Bem, creio que a questão é bem complexa...
Se pensarmos que com a industrialização (reprodução de bens e valores de consumo), o ser humano passou a ter acesso mais facilmente aos produtos produzidos, isso transformou a sociedade que era produtora de manufatura artesanal e não tão dependente de produtos industrializados, e que com esse novo meio de produção a coisa se inverteu... A sociedade passou a consumir mais e mais, e o valor do que antes era produzido artesanalmente e um pouco mais valorizado, passou a ser um pouco menos valorizado, digamos assim, devido ao acesso fácil a esses meios de produção.
Um exemplo... Outro dia conversávamos (um grupo de mulheres), e discutíamos o que comprar para levarmos ao nosso encontro, todas falaram imediatamente em comprar bolos e pães e os demais quitutes, eu não vi nenhuma das mulheres falando:
- Farei um bolo de cenoura (Dá certo trabalho ralar ou triturar as cenouras) e trarei salgados assados tbm todos fritos no meu fogão (enfim, feitos por elas)...rs
Hj a maioria das pessoas e mulheres acha mais prático comprar pronto, pois o artesanal requer dedicação, tempo, e principalmente conhecimento para fazer...rs
Não estou dizendo com isso que nenhuma mulher não faça quitutes em casa, mas que já temos essa cultura do pronto, rápido e mais fácil.... Esse conceito é proveniente da cultura industrial...
Óbvio que, a partir desse conceito, podemos criar certo valor paralelo, não ao valor moral das coisas, mas ao processo da praticidade na aquisição das mesmas...
Fiquei pensando após essa reunião feminina, o que diriam um grupo de mulheres das décadas passadas, onde tudo na cozinha era artesanal, se as mesmas nos vissem falando sobre em como se perde tempo na cozinha para fazer um simples bolo de cenoura...rs
Então, o que percebo em maior causa atual se, quisermos estabelecer um paralelo de valor às coisas (digamos assim), é a questão do custo < > beneficio e sua relação com o tempo...
Pois se pensarmos em meios de produção, é o tempo que ganha valor estimado para estabelecermos dedicação as coisas...
A chamada hora-homem do chão de fábrica e das regras da CLT.
O ser humano ganhou muitas coisas com esse meio de produção, mas, creio que também perdemos. Formou-se a ideia de coisificação das coisas (permitam-me).
Se posso comprar um bolo pronto, para que irei para cozinha fazê-lo ?
Ganhamos tempo para outras coisas, nem que sejam com futilidades, mais ganhamos...rs
E com isso percebo que as "coisas" antes tão mais dedicadas, foram ganhando um status menor, uma minimização da importância...
Serei sincera neste momento... Não estou encontrando o recurso textual para fechar minha ideia... Pois seria nesse espaço que eu teria de falar sobre...
- Será que com esse tempo dedicado ao ganho de dinheiro na venda de nosso tempo, ganhamos mais nos recursos dos bens de consumo que podemos adquirir ?
- E para que os queremos ? - Qual a real importância dessas aquisições ?
Muitas perguntas... rs
Notou, Senhor... Que eu falei, falei e não me atrevi a falar sobre o fio condutor de sua proposição.
- O real valor humano dessa sociedade hj tecnológica ? Ou melhor...
- Onde o homem consegue atualmente se individualizar a partir desse contexto de sociedade tecnológica, sociedade coletiva ?
E a questão maior dentro de sua proposta...
- O que realmente valemos nesse contexto ?
Estaremos nós os seres humanos nos tornando "coisas-coisificadas" ?
[fraternos]
Sim, Silvana, realmente a questão é bem ampla, principalmente se o maior vaslor para o ser humano se resumir a uma ideia.
E que tal se fosse um ideia imutável através dos tempos? Assim fica mais consistente e forte a resposta.
Individualismo.
Acha que "individualismo" responde a pergunta do tópico, então? Isso te faria viver mais um segundo para obter?
Não precisa mais catar lenha e buscar água para cozinhar. Não precisa mais fiar linho, lã ou algodão para, só então, fazer o tecido e depois a roupa. E assim vai.
Antes, os intelectuais, os cientistas, os sábios, os músicos, os escritores etc. precisavam de escravos ou servos para fazer essas coisas por eles. Escravos ou servos que permaneciam analfabetos por falta de tempo e recursos para estudar.
Hoje compramos pronto, feito por máquinas, operadas por trabalhadores que não precisam fazer a mesma força que antes e ainda têm tempo, teoricamente, para estudar e progredir.
O que não impede que você continue fazendo seu bolo de cenoura.
A diferença é que agora você tem escolha: comprar pronto e ter mais tempo para o que gosta ou fazer por prazer.
Ter opções é um progresso, não um retrocesso.
Mas se fosse assim as pessoas não se associariam.
Aí vem a troca: me associo a você por uma coisa X e você se associa a mim por uma coisa Y.
Mais ou menos como as relações harmônicas em biologia.
Eu diria que cada um procura algo para si, mas precisa dar algo em troca para outros afim de poder obter.
Associar-se parece ser um imperativo da natureza desde ligações molecurares.
Essa imagem pode inspirar a resposta...
É, eu acho que meu discurso ficou meio determinista pendendo para o saudosismo masoquista, dos tempos onde eu tinha prazer em assar meu bolo de cenoura, após passar uns bons minutos ralando as cenouras no ralador e cuidando para não machucar meus dedos no aço do mesmo... rs
Meu filho quando criança amava esse bolo que eu fazia... Era o momento de prazer entre a gente... Ele ficava esperando o resto da sobra da massa batida para lamber a mistura do pote.
Hj em dia ele se limita a comer cenoura crua que eu corto em tiras para ele... Coisas de mãe que de alguma forma ainda tenta mimar o filho adulto...rs
Quando tu falastes no prazer de escolher as coisas... Esse é um dos momentos que gosto de lembrar... Eu, minha mãe me ajudando, e ele criança pequena sentado à mesa esperando o pote da massa que sobrava.. E depois no café da tarde a gente saboreando o bolo que saia quentinho do forno...
Pois é... Mas, o tempo passou, a diabetes chegou... E mamãe já não está mais aqui...
E hj estou com outras atribuições e ainda os estudos.
Querendo ou não Fernando, a gente acaba sempre tentando manter um pouco do mundo antigo (como no caso das lascas de cenoura que ainda corto para meu filho adulto), e adaptando ao momento de vida que podemos ter...
O que sobra... A padaria que podemos ir e comprar um pedaço (fração) do prazer que perdemos...
Mas, acho que a abordagem que o Senhor estava falando não era bem esse rumo que dei a este texto saudosista.
Mais sabe que eu gostei de ler quando vc escreveu que eu podia fazer escolha de tornar a assar meu bolo novamente...
Pena que nem sempre é só questão de escolha para que tudo fosse exatamente como era antes...
[fraternos]
Euro
Dolar
Arvore
Agua
aháááá! todos se enganam sou eu criaturo o bacana!
"Transar" é com "s". Esclarecimento! hahahahah
kkkkkk valeu
Sim, mas você não se associa para obter individualismo, na verdade você abre mão dele.
É valor... vaslor não existe , só se for alguma torcida organizada do Vasco que não conheço kkkkk
Sim, concordo assim.
Estou pensando o que responder .
Não se meta na tranza dos outros!
Mas nesse abrir mão é que você consegue construir seu individualismo quando você se coletiviza.
Como um projeto pessoal.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Um valor só é subjetivo quando ele justifica-se por si, como beleza, ou coragem, no caso aqui proposto, a pergunta propõe ao valor atributos ou um contexto, o que o torna objetivo.
Até depender de outro valor, pode ser. Mas quando se abre mão de sua individualidade acho que acabamos se sacrificando a busca da felicidade.