O fim do emprego

editado December 2016 em Religião é veneno
Com o advento e o avanço da informática, robótica e inteligência artificial, o céu é o limite em termos de capacidade de substituição do homem pela máquina. Os empregos do século XXI que sobreviverão bem serão aqueles que as máquinas ainda não poderão fazer, principalmente no que diz respeito ao de “reconhecimento de padrões” e “bom senso”. Os grandes vencedores serão aqueles que têm empregos ligados à criatividade, ciência, inovação, liderança, análise e arte-final. Mas uma vez que o cenário de maior avanço se concretize, a inteligência artificial e a robótica conseguindo replicar o cérebro e o resto do corpo humano, as fábricas produzirão para quem? Não adianta vir com aquela conversinha de que tecnologia cria novos segmentos de mercado e empregos, pois, num futuro indefinido em que não seríamos extintos, humanos não melhorados (não cyborgs) seriam completamente inúteis para as firmas bem adaptadas, e, assim duas raças humanas completamente distintas e absurdamente desiguais biologicamente e economicamente poderiam surgir. Haverá mercado consumidor suficiente com tanto desemprego tecnológico? Todos terão que ser empreendedores ou cyborgs para não morrerem de fome? O que se poderia fazer nesta situação?

Vou dar aqui uma sugestão de esperança. Espera-se que, num futuro indefinido, a fabricação digital desktop (impressoras 3 D e afins) reduza drasticamente o preço dos bens de capital, o que poderia democratizar o acesso ao capital e manter/ampliar o mercado consumidor humano. Há a possibilidade de o baixo custo dessas tecnologias levarem a empreendimentos de "código aberto", o que levaria a tecnologia de fabricação a algo mais voltado a questões de preocupação de compartilhamento de acesso, tal como já acontece atualmente com os softwares. A autossuficiência seria algo a sonhar num futuro em que tecnologia diminuiria drasticamente a escassez. Vejam o projeto da Global Village Construction Set como precursor dessa ideia de autossuficiência. Vejam: http://opensourceecology.org/gvcs.php Além disso, o que pode surgir como esperança?

Comentários

  • editado December 2016
    Vou dar aqui uma sugestão de esperança. Espera-se que, num futuro indefinido, a fabricação digital desktop (impressoras 3 D e afins) reduza drasticamente o preço dos bens de capital, o que poderia democratizar o acesso ao capital e manter/ampliar o mercado consumidor humano. Há a possibilidade de o baixo custo dessas tecnologias levarem a empreendimentos de "código aberto", o que levaria a tecnologia de fabricação a algo mais voltado a questões de preocupação de compartilhamento de acesso, tal como já acontece atualmente com os softwares. A autossuficiência seria algo a sonhar num futuro em que tecnologia diminuiria drasticamente a escassez. Vejam o projeto da Global Village Construction Set como precursor dessa ideia de autossuficiência. Vejam: http://opensourceecology.org/gvcs.php Além disso, o que pode surgir como esperança?

    Acho que o caminho é bem esse.
    Num cenário onde robôs, impressoras 3D e outras maquinas passem a dispensar a mão de obra humana nesse nível, isso significa capacidade de produzir em abundancia todos esses itens sem a necessidade de trabalho humano. O resultado seria que deixaríamos as maquinas ligadas trabalhando pra nós e sairíamos de férias.

    Não é uma situação de desemprego e sim de superação da necessidade de trabalho como conhecemos hoje. Sem gente para trabalhar as industrias também não teriam consumidores, pois estariam todos desempregados. Seriamos forçados de fato e deixar as maquinas trabalhando e compartilhar o que elas produzem segundo os critérios dos donos das maquinas.

    É de se pensar também que sempre vai existir algum tipo de trabalho intelectual que as maquinas não possam fazer e que os humanos dispostos a trabalhar com isso serão os novos milionários.

    É de se pensar também que possa existir problemas em algum ponto na transição entre o cenário atual e o novo, um ponto onde se produza muito, o suficiente para dispensar, digamos, metade da mão de obra, mas não o suficiente para produzir para todos. Ai sim é difícil saber o tipo de conflito e soluções que podem surgir.
  • Saudações Huxley e Nada Sei

    Nada Sei disse: 
    É de se pensar também que sempre vai existir algum tipo de trabalho intelectual que as maquinas não possam fazer e que os humanos dispostos a trabalhar com isso serão os novos milionários.

    É de se pensar também que possa existir problemas em algum ponto na transição entre o cenário atual e o novo, um ponto onde se produza muito, o suficiente para dispensar, digamos, metade da mão de obra, mas não o suficiente para produzir para todos. Ai sim é difícil saber o tipo de conflito e soluções que podem surgir.

    Que com a era tecnológica os seres humanos evoluíram em consciência coletiva, isso é visível... Alcançamos patamares  científicos jamais imaginados.
    Mas, é bem como vc falou e Huxley tbm.

    Fica a pergunta:
    - Onde essa tecnologia toda irá nos levar ?


    [fraternos]
     
  • Onde essa tecnologia toda irá nos levar ?
    Aliada à superpopulação, a
    Mad-Max-Storm.png

     
  • editado December 2016
    Saudações Gorducho

    Essa cena do filme do Mad Max me lembra a:

    "Lei de Dollo"   Voltada a sociedade pós-apocalipse.



    [fraternos]
  • editado December 2016
    Saudações Gorducho  



    frente.jpg


    Gorducho, o comunista (o Adm. de lá) ia ficar meio revoltado com essa imagem...rsrsrs


    [fraternos]
  • Dou muita risada quando vejo falarem - e nos espiritismos kardecista + chiquista que foram minha origem religiosa isso é talvez o  dogma mais fundamental de todos! - em "progresso" (Loi du progrès) "moral" e "perfectibilidade" dos humanos...
    Vamos ver como vão ser os "valores morais" pós-apocalipse visto que esses seres superpopularam e destruiram o planeta 
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  • Gorducho disse:
    Dou muita risada quando vejo falarem - e nos espiritismos kardecista + chiquista que foram minha origem religiosa isso é talvez o  dogma mais fundamental de todos! - em "progresso" (Loi du progrès) "moral" e "perfectibilidade" dos humanos...
    Vamos ver como vão ser os "valores morais" pós-apocalipse visto que esses seres superpopularam e destruiram o planeta 
    Serão adaptados à nova situação, onde a sobrevivência será o problema imediato, tipo onde conseguir comida e água, como se defender dos vizinhos. 
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