Embora eu não tenha conhecimento pra negar ou concordar com a afirmação de que o cristianismo tentava forçar o pacote completo.
Isso provavelmente é contestado de alguma forma. Acho que o cristianismo assimila culturas também, talvez não porque quer mas porque é inevitável. É a "vista grossa" diante das mudanças sociais.
O Museu Anchieta, no Páteo do Colégio, marco da fundação de São Paulo é até hoje território Jesuíta.
Conversei com alguns deles, quando andei por lá.
Nada como ouvir a História contatada por seus protagonistas e os Jesuítas protagonizaram muita coisa por aqui.
Numa visita fizeram uma citação do Pe. Manoel da Nóbrega, que eu nunca tinha lido em nenhuma fonte:
"O único jeito de catequizar os Índios é pela espada".
Chocante, mas considerando quem contou, deve ser vero.
Aqueles caras, os Jesuítas, eram terríveis.
Movidos por um senso de missão inabalável eram capazes de suportar todo tipo de infortúnio para atingir seus objetivos.
E capazes de inflingir infortúnios pelo mesmo motivo.
Esta história de Jesuíta ensinando Índio a cantar musiquinha, fazer flautinha e encenar pecinha é verdadeira, mas este lado romantiquinho esconde um lado B brutal dos colegas do Padre Anchieta.
A Companhia de Jesus era uma espécie de Ordem Militar desarmada, formada por padres intelectuais forjados numa disciplina e determinação férreas.
Os Índios não tinham a menor chance de esboçar resistência cultural contra esta força civilizatória (é... civilizatória, gostem ou não).
Interessante.
Embora eu não tenha conhecimento pra negar ou concordar com a afirmação de que o cristianismo tentava forçar o pacote completo.
Isso provavelmente é contestado de alguma forma. Acho que o cristianismo assimila culturas também, talvez não porque quer mas porque é inevitável. É a "vista grossa" diante das mudanças sociais.
O Cristianismo e particularmente o Catolicismo Romano é um sincretismo filosófico religioso, que absorveu e adaptou o monoteísmo Judaico à cultura greco-romano. Não escaparam as pitadas de paganismo aqui e ali.
Por isto o Cristianismo Católico é muito mais permeável à aculturação do que o Judaísmo e o Islã e mesmo que os segmentos linha dura do Protestantismo.
Ninguém porque faz tanto sentido quanto tentar defender a quadratura do círculo, a ideia não aguenta duas perguntas objetivas sem apelar para a surrada desculpa "mistérios do Espírito que estão além da compreensão humana" ou algo semelhante.
O Museu Anchieta, no Páteo do Colégio, marco da fundação de São Paulo é até hoje território Jesuíta.
Conversei com alguns deles, quando andei por lá.
Nada como ouvir a História contatada por seus protagonistas e os Jesuítas protagonizaram muita coisa por aqui.
Numa visita fizeram uma citação do Pe. Manoel da Nóbrega, que eu nunca tinha lido em nenhuma fonte:
"O único jeito de catequizar os Índios é pela espada".
Chocante, mas considerando quem contou, deve ser vero.
Aqueles caras, os Jesuítas, eram terríveis.
Movidos por um senso de missão inabalável eram capazes de suportar todo tipo de infortúnio para atingir seus objetivos.
E capazes de inflingir infortúnios pelo mesmo motivo.
Esta história de Jesuíta ensinando Índio a cantar musiquinha, fazer flautinha e encenar pecinha é verdadeira, mas este lado romantiquinho esconde um lado B brutal dos colegas do Padre Anchieta.
A Companhia de Jesus era uma espécie de Ordem Militar desarmada, formada por padres intelectuais forjados numa disciplina e determinação férreas.
Os Índios não tinham a menor chance de esboçar resistência cultural contra esta força civilizatória (é... civilizatória, gostem ou não).
Eram ( são) intelectualmente bem preparados. Hoje, os opositores da civilização europeia são um bando de trogloditas, porém encontram zero resistência devido à desconstrução da civilização europeia.
Francisco no Vaticano terá a mesma força de defender a civilização cristã?
Ninguém porque faz tanto sentido quanto tentar defender a quadratura do círculo, a ideia não aguenta duas perguntas objetivas sem apelar para a surrada desculpa "mistérios do Espírito que estão além da compreensão humana" ou algo semelhante.
E acontece que as pessoas adoram um "mistério". Parece coisa séria.
Aquilo que todo mundo entende não merece respeito.
É por isso também que as religiões adoram usar linguagem empolada. Basta ver a Bíblia e os textos do espiritismo.
Se usassem linguagem coloquial, as pessoas não perderiam tempo decorando para depois se exibir por aí citando trechos incompreensíveis, mas impressionantes.
Embora eu não tenha conhecimento pra negar ou concordar com a afirmação de que o cristianismo tentava forçar o pacote completo.
Isso provavelmente é contestado de alguma forma. Acho que o cristianismo assimila culturas também, talvez não porque quer mas porque é inevitável. É a "vista grossa" diante das mudanças sociais.
Dizem que São Patrício converteu a Irlanda da noite para o dia.
O que realmente aconteceu foi que os irlandeses adotaram mais um deus.
Um deus que lhes parecia mais poderoso que os seus porque era o deus do Império Romano.
A Trindade lhes pareceu natural porque eles também tinham trindades de deuses (Éire/Bamba/Fotla ou Dannan/Iuchar/Briuchar).
Mas continuaram adorando os antigos deuses e levou séculos até que, de geração em geração, sua religião antiga fosse se tornando superstição, bruxaria ou coisa do diabo e só restassem vestígios folclóricos, como o Halloween.
Tudo o que as ideologias querem, religiosas, politicas ou morais, é uma narrativa. Não precisa ter lógica, (ainda que se a tiver, seja bem vinda), mas antes, que essa narrativa não seja defenestrada. São os famosos dogmas.
Dizem que São Patrício converteu a Irlanda da noite para o dia.
O que realmente aconteceu foi que os irlandeses adotaram mais um deus.
Há que se dar um crédito a Patrick e aos colegas dele.
O Cristianismo vingou entre as tribos bárbaras da Europa (que já não eram tão bárbaras assim, na época) dentre outras coisas porque seus pregadores sistematicamente se mostravam dispostos a morrer por suas crenças e, mais inexplicável ainda para eles, se mostravam dispostos a morrer tentando fazer com que eles, bárbaros, aceitassem estas crenças.
Era um apelo fortíssimo.
Basta comparar com as multidões que hoje se aglutinam em torno de qualquer vigarista que diz fazer paralítico andar e o banco esquecer suas dívidas desde que pague o dízimo.
Os Jesuítas eram intelectuais formados na disciplina militar e focados no objetivo de catequizar.
Imagine o carisma de um sujeito que sozinho se embrenhasse em terras estranhas entre gente idem para fazer a mesma coisa que o Patrício, sob risco da própria vida.
São estas diferenças entre a expansão do Cristianismo - pregação baseada no converta-se mesmo que eu morra - e a expansão do Islã - na base do converta-se ou eu te mato (não tá no Corão, tá sei, o Profeta disse isto e aquilo, mas resumindo era isto mesmo) e temos as diferenças síntese entre a Civilização Ocidental e a sei lá, aquilo que praticam nos países muçulmanos.
Há que se dar um crédito a Patrick e aos colegas dele.
O Cristianismo vingou entre as tribos bárbaras da Europa (que já não eram tão bárbaras assim, na época) dentre outras coisas porque seus pregadores sistematicamente se mostravam dispostos a morrer por suas crenças e, mais inexplicável ainda para eles, se mostravam dispostos a morrer tentando fazer com que eles, bárbaros, aceitassem estas crenças.
Era um apelo fortíssimo.
Por outro lado, acho que o fato de o missionário pregar o deus de um império, como o romano, ou de uma civilização visivelmente mais avançada, como no caso dos jesuítas no Brasil, tem algum efeito psicológico.
Imagino que o zevangélicos, ao catequizarem o zíndios, vão determinar o fim das tabas (cada família tem de ter a sua e com divisórias para que as crianças não vejam seus pais fazendo coisas feias... A zíndias terão de usar saião ou vestidão e o zíndios terão de usar terno e gravata... Moral cristã só se restringe ao sexo. Roubo, matanças, dízimos e trízimos são permitidos pela fé cristã evangélica.
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Embora eu não tenha conhecimento pra negar ou concordar com a afirmação de que o cristianismo tentava forçar o pacote completo.
Isso provavelmente é contestado de alguma forma. Acho que o cristianismo assimila culturas também, talvez não porque quer mas porque é inevitável. É a "vista grossa" diante das mudanças sociais.
Conversei com alguns deles, quando andei por lá.
Nada como ouvir a História contatada por seus protagonistas e os Jesuítas protagonizaram muita coisa por aqui.
Numa visita fizeram uma citação do Pe. Manoel da Nóbrega, que eu nunca tinha lido em nenhuma fonte:
"O único jeito de catequizar os Índios é pela espada".
Chocante, mas considerando quem contou, deve ser vero.
Aqueles caras, os Jesuítas, eram terríveis.
Movidos por um senso de missão inabalável eram capazes de suportar todo tipo de infortúnio para atingir seus objetivos.
E capazes de inflingir infortúnios pelo mesmo motivo.
Esta história de Jesuíta ensinando Índio a cantar musiquinha, fazer flautinha e encenar pecinha é verdadeira, mas este lado romantiquinho esconde um lado B brutal dos colegas do Padre Anchieta.
A Companhia de Jesus era uma espécie de Ordem Militar desarmada, formada por padres intelectuais forjados numa disciplina e determinação férreas.
Os Índios não tinham a menor chance de esboçar resistência cultural contra esta força civilizatória (é... civilizatória, gostem ou não).
O Cristianismo e particularmente o Catolicismo Romano é um sincretismo filosófico religioso, que absorveu e adaptou o monoteísmo Judaico à cultura greco-romano. Não escaparam as pitadas de paganismo aqui e ali.
Por isto o Cristianismo Católico é muito mais permeável à aculturação do que o Judaísmo e o Islã e mesmo que os segmentos linha dura do Protestantismo.
E quem entende?
Eram ( são) intelectualmente bem preparados. Hoje, os opositores da civilização europeia são um bando de trogloditas, porém encontram zero resistência devido à desconstrução da civilização europeia.
Francisco no Vaticano terá a mesma força de defender a civilização cristã?
Aquilo que todo mundo entende não merece respeito.
É por isso também que as religiões adoram usar linguagem empolada. Basta ver a Bíblia e os textos do espiritismo.
Se usassem linguagem coloquial, as pessoas não perderiam tempo decorando para depois se exibir por aí citando trechos incompreensíveis, mas impressionantes.
O que realmente aconteceu foi que os irlandeses adotaram mais um deus.
Um deus que lhes parecia mais poderoso que os seus porque era o deus do Império Romano.
A Trindade lhes pareceu natural porque eles também tinham trindades de deuses (Éire/Bamba/Fotla ou Dannan/Iuchar/Briuchar).
Mas continuaram adorando os antigos deuses e levou séculos até que, de geração em geração, sua religião antiga fosse se tornando superstição, bruxaria ou coisa do diabo e só restassem vestígios folclóricos, como o Halloween.
Com Francisco defendendo Roma, os Hunos não terão muito trabalho...
Há que se dar um crédito a Patrick e aos colegas dele.
O Cristianismo vingou entre as tribos bárbaras da Europa (que já não eram tão bárbaras assim, na época) dentre outras coisas porque seus pregadores sistematicamente se mostravam dispostos a morrer por suas crenças e, mais inexplicável ainda para eles, se mostravam dispostos a morrer tentando fazer com que eles, bárbaros, aceitassem estas crenças.
Era um apelo fortíssimo.
Basta comparar com as multidões que hoje se aglutinam em torno de qualquer vigarista que diz fazer paralítico andar e o banco esquecer suas dívidas desde que pague o dízimo.
Os Jesuítas eram intelectuais formados na disciplina militar e focados no objetivo de catequizar.
Imagine o carisma de um sujeito que sozinho se embrenhasse em terras estranhas entre gente idem para fazer a mesma coisa que o Patrício, sob risco da própria vida.
São estas diferenças entre a expansão do Cristianismo - pregação baseada no converta-se mesmo que eu morra - e a expansão do Islã - na base do converta-se ou eu te mato (não tá no Corão, tá sei, o Profeta disse isto e aquilo, mas resumindo era isto mesmo) e temos as diferenças síntese entre a Civilização Ocidental e a sei lá, aquilo que praticam nos países muçulmanos.
É o que penso. Li a nova encíclica, que tem um lado bom. Todavia, é composta de um pedido por uma atitude ingénua na relação com os hunos.