Precisamos falar sobre o controle de facas

"Quietão, não se abria", diz delegado sobre autor de ataque em SC
https://www.sbtnews.com.br/noticia/brasil/167197-quietao-nao-se-abria-diz-delegado-sobre-autor-de-ataque-em-sc
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Responsável pela investigação do ataque à escola infantil em Saudades, no oeste de Santa Catarina, o delegado Jerônimo Marçal Ferreira falou sobre o comportamento de Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, autor do crime, em entrevista coletiva na tarde desta 3ª feira (4.mai). Segundo o delegado, a Polícia Civil, a Policia Militar e o Instituto Geral de Perícia (IGP) estiveram na casa que Fabiano mora com a família. No local, foram encontrados R$ 11 mil em espécie.

De acordo com a família, o autor do crime era introspectivo, possuía poucos amigos, com os quais havia brigado nos últimos dias. Fabiano comprou as duas armas usadas no ataque recentemente e afirmou, em "tom de brincadeira" para a família, que iria utilizar para maltratar o animal de estimação da irmã. "Jovem problemático, mas, de acordo com família, dentro da normalidade. Ninguém esperava isso", definiu o delegado.

O jovem passa por procedimentos no Centro Cirúrgico, segundo informações do Hospital Regional do Oeste (HRO). Ainda conforme a unidade, o estado de saúde de Fabiano inspira maiores cuidados.


+ Adolescente invade escola com facão e mata crianças em Santa Catarina
Ataque

Fabiano entrou com um facão em uma escola municipal de educação infantil na manhã desta 3ª feira (4.mai) e matou cinco pessoas, sendo três crianças e dois adultos.

A Polícia Militar em Chapecó recebeu várias ligações sobre um agressor que atacava alunos e professores com um facão. Segundo a Prefeitura de Saudades, um jovem entrou com a arma branca na creche Pró Infância Aquarela, e matou cinco pessoas, sendo três crianças com menos de 2 anos.

Segundo o jornal A Sua Voz, o autor do crime teria chegado de bicicleta e atacado algumas pessoas com uma suposta 'espada ninja'. Quando tentaram conter o jovem, ele usou a arma para se golpear, cortando o próprio pescoço com gravidade.

Com informações do Sistema Catarinense de Comunicações

Comentários

  • Travesseiros também. Muita gente morre sufocada por travesseiros.
  • editado May 2021
    Fernando_Silva escreveu: »
    Travesseiros também. Muita gente morre sufocada por travesseiros.

    que pena
  • SAUDADES (SC) — Há um sofá bloqueando a entrada de uma das casas do subúrbio de Saudades, no oeste catarinense. A cena destoa. Numa cidade de 10 mil habitantes despreocupada com segurança, as residências não têm muro, cerca ou portão. Foi o jeito encontrado pela família do jovem de 18 anos que invadiu uma creche e matou cinco pessoas na terça-feira para proteger o imóvel e deixar a cidade.

    Naquele dia, Fabiano Kipper Mai fez a última refeição em casa por volta das 9h30m, minutos antes de cometer o atentado. Estava em seu horário de descanso na empresa em que trabalhava, uma fabricante de material esportivo. Segundo colegas, ele costumava chegar pontualmente às 5h no trabalho.

    Quem estudou com ele na Escola Estadual Rodrigues Alves conta que o rapaz não tinha o mesmo empenho nos estudos. Havia repetido de ano e abandonado o último período letivo durante a pandemia, quando as aulas passaram a ser on-line.

    — Ele não tinha problemas disciplinares, mas os professores comentavam que ele não tinha atitude alguma em sala de aula. A escola não era o mundo dele. Então recomendamos um psicólogo, mas não sentimos muita firmeza (de que eles aceitariam) — diz Rosilene Mohr, diretora na época em que o garoto estava no Ensino Fundamental.

    No colégio, o jovem era conhecido por frequentemente se sentar sozinho em um dos bancos, embaixo de um mural. Tinha, segundo a diretora, “sempre um olhar fixo no chão”.

    Conhecidos dizem que era comum ver Fabiano andando olhando para o chão e com as mãos nos bolsos. O jovem se afastou dos amigos nos últimos dois ou três anos. Antes, costumava acompanhar os meninos do bairro nos passeios de bicicleta pela cidade. Quando participava de encontros na casa de algum deles, pouco falava, e as interações se limitavam a risadas de piadas dos outros. Isso quando não era ele o alvo das brincadeiras.

    — O pessoal “zoava”ele porque ele era alto, estranho — afirma um ex-companheiro de escola.

    Antes de invadir a creche, o agressor deixava sua casa somente para o trabalho. Diferente de outros garotos de 18 anos, ele não tem Facebook, Twitter, Instagram nem celular. Passava o dia no computador. Era talentoso, segundo os amigos, no Free Fire, um jogo de ação em que vários jogadores interagem ao mesmo tempo.
  • Dúvidas sobre motivação

    A introspecção do jovem levou vizinhos e conhecidos a se perguntarem nos últimos dias qual teria sido sua motivação. A resposta pode vir do notebook e do pendrive apreendidos pela polícia e que estão sendo analisados por peritos. Os investigadores querem saber o que motivou o crime e se o jovem tinha cúmplices ou foi incentivado por outras pessoas.

    Sob custódia do Estado e com prisão preventiva decretada pela Justiça, ele não recebeu a visita dos pais no hospital, onde está internado após ter tentado se matar com um corte no pescoço no local do crime. Seu quadro clínico teve boa evolução, e ele não está mais sedado, segundo o boletim médico divulgado na noite de anteontem. Um bebê de 1 ano e 8 meses, que teve o pulmão perfurado, também segue internado.

    Lucas Goulart, doutor em psicologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisador de comportamento extremista em fóruns anônimos da internet, faz um alerta para o caso de Saudades.

    Ele diz que, embora ainda não seja possível afirmar que o agressor tenha tido contato com esse tipo de espaço virtual, o crime tem o padrão de “terrorismo incel” — abreviação para “celibatários involuntários”, em inglês. Incels são definidos como homens ressentidos que fomentam ódio contra mulheres em fóruns na internet. Eles culpam as mulheres por não conseguirem encontrar uma parceira romântica e sexual. Diversos atentados em escolas pelo mundo nos últimos anos tiveram indícios desse tipo de comportamento.

    — O choque é um aspecto central para esses fóruns anônimos, porque funciona sob uma lógica da internet. Em meio a tantas histórias chocantes, só coisas muito extremas acabam se sobressaindo, e é nisso que eles têm interesse — diz Goulart.

  • “Fantasia de dominação"
    O pesquisador, no entanto, afirma ser preciso focar nos meios de prevenção e tratamento para esse tipo de comportamento, que, segundo ele, nada tem a ver com videogames.

    — Existe, sim, um subgrupo que provém desse mundo, que usa dessa fantasia masculina de dominação e violência — afirma.

    Para o pesquisador, a melhor forma de diminuir esse tipo de atentado é ampliando a rede pública de saúde mental coletiva e assistência social. Os pais e educadores, diz ele, precisam ter mais acesso e informação sobre esse tipo de serviço para que possam identificar padrões e recorrer a um tratamento.

    https://oglobo.globo.com/brasil/autor-de-massacre-em-creche-em-sc-demonstrava-apatia-na-escola-25009602?utm_source=globo.com&utm_medium=oglobo
  • Lucas Goulart, doutor em psicologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisador de comportamento extremista em fóruns anônimos da internet. Olha o estudo do cara: Jogos vivos para pessoas vivas : composições queer-contrapúblicas nas culturas de jogo digital.

    https://lume.ufrgs.br/handle/10183/165868

  • Percival escreveu: »
    Dúvidas sobre motivação

    A introspecção do jovem levou vizinhos e conhecidos a se perguntarem nos últimos dias qual teria sido sua motivação. A resposta pode vir do notebook e do pendrive apreendidos pela polícia e que estão sendo analisados por peritos. Os investigadores querem saber o que motivou o crime e se o jovem tinha cúmplices ou foi incentivado por outras pessoas.

    Sob custódia do Estado e com prisão preventiva decretada pela Justiça, ele não recebeu a visita dos pais no hospital, onde está internado após ter tentado se matar com um corte no pescoço no local do crime. Seu quadro clínico teve boa evolução, e ele não está mais sedado, segundo o boletim médico divulgado na noite de anteontem. Um bebê de 1 ano e 8 meses, que teve o pulmão perfurado, também segue internado.

    Lucas Goulart, doutor em psicologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisador de comportamento extremista em fóruns anônimos da internet, faz um alerta para o caso de Saudades.

    Ele diz que, embora ainda não seja possível afirmar que o agressor tenha tido contato com esse tipo de espaço virtual, o crime tem o padrão de “terrorismo incel” — abreviação para “celibatários involuntários”, em inglês. Incels são definidos como homens ressentidos que fomentam ódio contra mulheres em fóruns na internet. Eles culpam as mulheres por não conseguirem encontrar uma parceira romântica e sexual. Diversos atentados em escolas pelo mundo nos últimos anos tiveram indícios desse tipo de comportamento.

    — O choque é um aspecto central para esses fóruns anônimos, porque funciona sob uma lógica da internet. Em meio a tantas histórias chocantes, só coisas muito extremas acabam se sobressaindo, e é nisso que eles têm interesse — diz Goulart.

    Será que ele frequentou o Rv ou o Realidade?
  • editado May 2021


    Na deep web, membros do Dogolachan (fórum anônimo da extrema direita) reivindicaram o atentado à creche em Saudades (SC) que deixou cinco mortos e uma criança na UTI em estado grave.





    Três crianças e duas funcionárias foram assassinadas a golpes de facão na manhã desta terça (4).


    “Cada um de nós morreremos como martíres, assim esperamos, este não foi o último atentado, isto nada mais é do que chamamos de ‘Seleção Natural’” (sic), escreveu um anônimo no fórum.

    Ele ainda diz que Fabiano Kipper Mai (18), o autor do atentado, é um “herói nacional”:


    “Kipper nosso mais novo herói nacional espero que alcance o paraíso. Death seu mentor lhe instruiu o caminho correto, Kipper um garoto inocente, introvertido e com tendências suicídas que acabou encontrando o caminho e conhecendo a verdade, hoje pode se intitular como um homem sancto e puro” (sic).




    Divergências sobre “actvm sanctvm”


    Apesar de o texto dizer que o objetivo da “legião de soldados dispostos a matar e morrer” é assassinar membros da comunidade LGBT, feministas, negros e pessoas de esquerda, o assassinato de crianças gerou divergências entre os lunáticos.


    “Crianças? Elas nem puderam se defender”, diz um anônimo.

    Outro afirma que crianças devem ser, também, alvos:

    “Matar crianças é sempre correto. Não se deve esperar para que cresçam aprendendo com nossos inimigos, para depois se tornarem futuros inimigos”.

    No mesmo fórum, discute-se se o massacre foi um “actvm sanctvm” (ou ato santo: massacre ou assassinato considerado por eles um ato honroso).

    “Você não sabe nem fodendo o que é um ACTVM SACTVM. E não, isso não foi um actvm sancvm, paneleiro underage de bosta” (sic), critica outro anônimo.

    Post do mês passado sugere que o assassino pediu orientações no fórum

    Em 08 de abril, um anônimo foi ao fórum pedir orientação de como cometer um atentado.

    Num post feito à noite, ele diz que quer se matar, mas antes “levar cada depósito [eles se referem a mulheres como ‘depósitos de porra’], degenerada e feminista que veja”.

    “Eu não conseguir nenhum contato seguro para a compra da arma de fogo, pois dinheiro eu tenho, porém, decidir realizar o ato com arma branca que será um pouco mais complicado, o que os senhores podem me sugerir? Quais armas brancas especificamente obter? Onde realizar o ato em local que não tenha muitas pessoas? E em qual horário? E qual o local mais vital?” (sic).

    Após os assassinatos, o autor do atentado tentou se matar com uma facada no próprio pescoço, mas naõ teve sucesso e acabou intubado em estado grave num hospital.

    Na publicação supostamente feita por Kipper, o autor afirmou:

    “Na parte do meu suicídio, irei golpear-me no pescoço”.

    O post publicado em abril e foi recuperado por membros do Dogolachan, que avaliam que “tudo indica” que foi o autor do massacre quem o escreveu e comemoram que ele “levou duas depósitos no ato sancto” (sic).

    O que se sabe do caso até agora


    Na terça-feira (4), o autor do massacre entrou na escola e atacou primeiramente a professora Keli Adriane Aniecevski, que sobreviveu e correu para uma sala.

    O autor a seguiu e atacou as quatro crianças que estavam no local, além de Mirla Renner, agente educativa, que foi socorrida mas não resistiu.

    Todas as vítimas foram atingidas por pelo menos cinco facadas.

    O assassino foi internado e a polícia ainda não conseguiu colher seu depoimento, mas já apreendeu seu computador.

    Segundo o delegado do caso, Kipper é “um rapaz problemático” e “introspectivo”, “sofria bullying na escola” e “maltratava animais”.

    O autor foi autuado em flagrante por cinco homicídios triplamente qualificados, além de uma tentativa de homicídio contra a criança que está hospitalizada.
    A Justiça de Santa Catarina já determinou sua prisão preventiva.



    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/exclusivo-forum-da-deep-web-reivindica-massacre-em-creche-de-sc-e-ameaca-nao-foi-o-ultimo-atentado/

    https://oparana.com.br/noticia/forum-da-deep-web-reivindica-massacre-em-creche-de-sc-e-ameaca-nao-foi-o-ultimo-atentado/


    Dongolachan de extrema direita? De onde eles tiram isso?
  • editado May 2021
    Percival escreveu: »
    Ele diz que, embora ainda não seja possível afirmar que o agressor tenha tido contato com esse tipo de espaço virtual, o crime tem o padrão de “terrorismo incel” — abreviação para “celibatários involuntários”, em inglês. Incels são definidos como homens ressentidos que fomentam ódio contra mulheres em fóruns na internet. Eles culpam as mulheres por não conseguirem encontrar uma parceira romântica e sexual. Diversos atentados em escolas pelo mundo nos últimos anos tiveram indícios desse tipo de comportamento.

    Difícil conquistar mulheres com aquela cara de maluco.
  • Acauan escreveu: »
    Percival escreveu: »
    Ele diz que, embora ainda não seja possível afirmar que o agressor tenha tido contato com esse tipo de espaço virtual, o crime tem o padrão de “terrorismo incel” — abreviação para “celibatários involuntários”, em inglês. Incels são definidos como homens ressentidos que fomentam ódio contra mulheres em fóruns na internet. Eles culpam as mulheres por não conseguirem encontrar uma parceira romântica e sexual. Diversos atentados em escolas pelo mundo nos últimos anos tiveram indícios desse tipo de comportamento.

    Difícil conquistar mulheres com aquela cara de maluco.

    O cara tem mais traços de psicopatia do que de um virjão misantropo.
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