PUG - Dicas de Leitura - O Nazismo Portugues

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Sinopse
Pelas ruas da cidade, inúmeros portugueses lutam em prol do III Reich. Dão o rosto à causa nazi e às ideias de Hitler, espiam, polemizam e difundem defendem a Nova Alemanha fazendo suas as vitórias do Eixo e sofrendo bastante com as suas derrotas. Serão fiéis até ao fim...

Este livro leva-nos numa viagem por esses anos de chumbo e de combate, conduzindo-nos aos mesmos locais que eles frequentavam e que hoje ainda subsistem. Este livro expõe-nos também os jornais, folhetos e revistas que eles redigiam e vendiam, nos quais, com grande frontalidade, usam os mais fortes entusiásticos argumentos nazis. Desta forma, através destes homens, da sua ação e percurso, uma nova Lisboa surge aos nossos olhos. Uma Lisboa que se sumiu discretamente após a rendição alemã, mas que, todavia, ainda pode ser encontrada se soubermos para onde olhar. Uma Lisboa que ainda está lá.

Mas porque o passado persiste sob a patine do tempo, o leitor verá também o que desse tempo e desses homens resistiu até hoje. E decerto haverá muitas surpresas...

Autor
SÉRGIO LUÍS DE CARVALHO
Nascido em Lisboa, em 1959 Sérgio Luís de Carvalho tem vários livros editados em Portugal e no estrangeiro, muitos deles distinguidos com importantes prémios literários.

Comentários

  • https://www.amazon.com.br/Portugal-Nazis-Histórias-Segredos-Aliança/dp/9896268487

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    A partir de 1933, Portugal e a Alemanha desenvolveram um relacionamento muito próximo que não foi interrompido nem pela distância geográfica, nem pela neutralidade portuguesa durante a II Guerra Mundial. Este foi um período repleto de intercâmbios e de encontros, que beneficiaram do facto de os dois regimes partilharem características ideológicas comuns. A diplomacia nazi em Portugal apostou na cultura enquanto instrumento para difundir a mensagem do Partido Nacional-Socialista e das suas políticas. Berlim deu a conhecer aos Portugueses os seus cientistas, laboratórios e institutos, a sua arte, as suas revistas e até o seu idioma. Foram anos de uma intensa e visível
    propaganda, que passou pela visita de centenas de elementos da Juventude Hitleriana a Portugal e da entrada festiva, no estuário do Tejo, de navios da Kraft Durch Freude – a célebre Força pela Alegria. Passou ainda pela organização de excursões ao Reich, conferências, exposições, receções oficiais, intercâmbios juvenis e académicos, que visaram promover a imagem do regime nazi junto das elites portuguesas e, por intermédio delas, influenciar a própria orientação diplomática do governo de Salazar, tentando afastá-lo da Grã-Bretanha. Este livro fala-nos dos diplomatas e dos jornalistas, dos académicos e dos ministros, das instituições públicas e das organizações do Estado Novo que se deixaram deslumbrar pela imagem poderosa do III Reich. A partir de documentação alemã inédita, revela-nos o papel de instituições nazis portuguesas no relacionamento entre os dois regimes e as tensões que se verificaram entre elas, em especial entre a Legação Alemã e o Grupo Local do Partido Nazi em Lisboa.
  • Tolinhos ...
    Será que acreditavam mesmo que seriam tratados como iguais caso os branquelos de olho azul vencessem a guerra?
  • editado June 2021
    Durante a Segunda Guerra, Portugal ainda tinha seu Império de colônias na África, com Angola, Moçambique e Guiné Bissau.
    Somadas as três, não davam uma, mas muitos lusos ainda se iludiam na cantilena de Salazar de que eram uma das grandes potências européias por conta dos territórios d'além mar (nem sei se o termo se aplica à África, mas é poético).

    Só que de poético o colonialismo Português não tinha nada e os africanos dançaram miudinho nas mãos deles.
    O Nazismo surgiu com o discurso da potência decadente destinada a se reerguer e conquistar.
    Este discurso devia ser muito atrativo aos Salazaristas, como foi para os Franquistas da Espanha.
    Felizmente para eles, os ibéricos tiveram o bom senso histórico de permanecer neutros, apesar das pressões dos "amigos" fascistas.

    Não impediu que muitos portugueses e espanhóis se alistassem por conta própria naquelas tropas de estrangeiros que os alemães arregimentavam pela Europa.
    Estes tiveram exatamente o que mereciam.
  • O regime de Salazar era diferente de todos os regimes fascistas na Europa, só a custo equilibrou-se numa posição que "agradava" a todos (democracias e não democracias, excepto comunismo). Aliás, o regime nem fascista era.

    A inexistência de império ficou muito bem patente com a invasão indiana.

    Salazar pensou poder conservar os territórios, mas não contou com a "vitória" comunista em África.



  • PugII escreveu: »
    O regime de Salazar era diferente de todos os regimes fascistas na Europa, só a custo equilibrou-se numa posição que "agradava" a todos (democracias e não democracias, excepto comunismo). Aliás, o regime nem fascista era.

    A inexistência de império ficou muito bem patente com a invasão indiana.

    Salazar pensou poder conservar os territórios, mas não contou com a "vitória" comunista em África.



    Salazar não se enquadrava em nenhuma característica fundamental do fascismo:
    - Ele não apoiava o uso da Hidroxicloroquina para tratar covid 19
    - Ele não privatizava estatais
  • PugII escreveu: »
    O regime de Salazar era diferente de todos os regimes fascistas na Europa, só a custo equilibrou-se numa posição que "agradava" a todos (democracias e não democracias, excepto comunismo). Aliás, o regime nem fascista era.

    Muito correto, num grau que hoje se pode chamar surpreendente.
    Mesmo antes da época atual quando o termo Fascista pode ser aplicado a qualquer posicionamento à Direita da Rosa Luxemburgo, sempre existiu o erro conceitual de chamar as ditaduras de Franco e Salazar de Fascistas.
    Os dois ditadores, cada um deles brutal ao seu modo, mas Fascistas não eram, pois lhes faltava a característica definidora do Fascismo que é ser um movimento revolucionário, enquanto os caudilhos ibéricos eram ultra-conservadores, muito prontos a usar a violência para manter o status quo, não destruí-lo e remodelá-lo na tentativa de retorno a uma Era de Ouro mítica da nação ou da raça, como era o caso de Mussolini e Hitler.
  • Minha vó dizia que o Salazar tinha prometido aos Portugueses livrá-los da Segunda Guerra.
  • Percival escreveu: »
    Minha vó dizia que o Salazar tinha prometido aos Portugueses livrá-los da Segunda Guerra.
    E cumpriu.
    Uma base de submarinos alemães na costa portuguesa teria tornada a Batalha do Atlântico ainda mais terrível para os aliados.
    E, claro, tornaria a costa portuguesa alvo de bombadeios aéreos.
  • Acauan escreveu: »
    Percival escreveu: »
    Minha vó dizia que o Salazar tinha prometido aos Portugueses livrá-los da Segunda Guerra.
    E cumpriu.
    Uma base de submarinos alemães na costa portuguesa teria tornada a Batalha do Atlântico ainda mais terrível para os aliados.
    E, claro, tornaria a costa portuguesa alvo de bombadeios aéreos.

    Seria dizimada.
  • Acauan escreveu: »
    PugII escreveu: »
    O regime de Salazar era diferente de todos os regimes fascistas na Europa, só a custo equilibrou-se numa posição que "agradava" a todos (democracias e não democracias, excepto comunismo). Aliás, o regime nem fascista era.

    Muito correto, num grau que hoje se pode chamar surpreendente.
    Mesmo antes da época atual quando o termo Fascista pode ser aplicado a qualquer posicionamento à Direita da Rosa Luxemburgo, sempre existiu o erro conceitual de chamar as ditaduras de Franco e Salazar de Fascistas.
    Os dois ditadores, cada um deles brutal ao seu modo, mas Fascistas não eram, pois lhes faltava a característica definidora do Fascismo que é ser um movimento revolucionário, enquanto os caudilhos ibéricos eram ultra-conservadores, muito prontos a usar a violência para manter o status quo, não destruí-lo e remodelá-lo na tentativa de retorno a uma Era de Ouro mítica da nação ou da raça, como era o caso de Mussolini e Hitler.

    Faltou citar o Bolsonaro.
  • editado June 2021
    Não sabemos como Franco e Salazar iriam atuar se as suas forças armadas tivessem o minimo de condições para atuar numa guerra como aquela.
  • ENCOSTO escreveu: »
    Não sabemos como Franco e Salazar iriam atuar se as suas forças armadas tivessem o minimo de condições para atuar numa guerra como aquela.

    Provavelmente, seria uma repetição da participação da Itália.
    Uma sucessão de derrotas humilhantes.
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