Votar nos liberais
Pela primeira vez na vida votei num partido da direita, Iniciativa Liberal, embora o partido não se considere de esquerda nem direita. No entanto, a sua proposta política no campo económico é plenamente liberal, o que equivale a ser colocado na direita.
Sempre considerei estar no campo liberal, conservador em termos morais. Mas, tendo uma forte consciência social, coloquei-me no centro-esquerda. Na actualidade, a esquerda foi tomada pelo movimento woke - inaceitável, não há como apoiar essa insanidade.
Os liberais em Portugal são minoria, não creio que haja espaço para o seu crescimento isolado dos outros partidos. No nosso país, protesta-se contra o estado por este cobrar imensos impostos e ser burocrático. Mas, em simultâneo exigem apoios estatais para tudo, quer sejam financeiros ou entraves burocráticos aos concorrentes. Ou seja, não há uma tradição de liberdade e responsabilidade própria. Muitos portugueses lutam por criar riqueza, conseguindo, mesmo num ambiente adverso ao empreendedorismo.
Entretanto, abriu-se uma crise política em Portugal, a coligação à esquerda acabou - aguardam-se cenas dos próximos episódios.
Sempre considerei estar no campo liberal, conservador em termos morais. Mas, tendo uma forte consciência social, coloquei-me no centro-esquerda. Na actualidade, a esquerda foi tomada pelo movimento woke - inaceitável, não há como apoiar essa insanidade.
Os liberais em Portugal são minoria, não creio que haja espaço para o seu crescimento isolado dos outros partidos. No nosso país, protesta-se contra o estado por este cobrar imensos impostos e ser burocrático. Mas, em simultâneo exigem apoios estatais para tudo, quer sejam financeiros ou entraves burocráticos aos concorrentes. Ou seja, não há uma tradição de liberdade e responsabilidade própria. Muitos portugueses lutam por criar riqueza, conseguindo, mesmo num ambiente adverso ao empreendedorismo.
Entretanto, abriu-se uma crise política em Portugal, a coligação à esquerda acabou - aguardam-se cenas dos próximos episódios.
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Sinônimo de improviso, a Geringonça em Portugal foi um êxito das esquerdas na Europa por cinco anos. Ao enguiçar, deixa o país hoje à beira de uma crise econômica e política se os antigos aliados decidirem votar contra no Parlamento o Orçamento do Estado (OE) para 2022. Um veto comprometeria o pacote bilionário de recuperação da pandemia de Covid-19 aprovado pela União Europeia (UE) e poderia até dissolver a Assembleia da República.
Ao optar por implodir a Geringonça em 2019, o primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, rasgou o antigo acordo por escrito por confiar na negociação projeto a projeto com os principais ex-aliados, Bloco de Esquerda (BE) e Partido Comunista Português (PCP), que anunciaram voto contra o OE, iniciando uma crise política inesperada.
Crise: Perfil dos pedidos de cidadania portuguesa muda e vira saída para incerteza econômica no Brasil
Depois de uma primeira legislatura vinculada às demandas da esquerda, Costa queria liberdade para negociar sem amarras com os ex-parceiros e até mesmo com a direita. Agora, paga o preço de um governo minoritário no Parlamento, sem sustentação política assegurada pela assinatura de um acordo com os líderes do BE e PCP, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa.
Assim como fez no último ano, Martins fez nove exigências, disse que todas foram recusadas e, por isso, anunciou voto contra do BE, caso o PS não mude de posição, já na próxima quarta-feira, quando o OE irá ao plenário.
É a primeira votação geral e, caso seja vetado, Costa teria que governar com 1/12 do Orçamento de 2020, atrasando execução de projetos, investimentos e atrapalhando o alcance de metas acordadas com a UE. A criação de obstáculos para a liberação de parcelas ligadas à aplicação dos € 16 bilhões do Plano de Recuperação e Resilência da UE, criado para recompor a economia devastada pela Covid-19.
A esperança de Costa residia no PCP, que se absteve na votação do último OE, garantiu a aprovação no Parlamento e salvou o governo socialista. A expectativa era se faria o mesmo na quarta-feira. Se fizesse, o Orçamento seria aprovado com 108 votos a favor do PS, 17 abstenções do PCP, partidos menores e deputados sem sigla e 105 votos contra da direita e do BE.
Desta vez, Jerónimo de Sousa aumentou a lista de exigências. Surpreendido e acuado depois de semanas de negociações com os partidos, o governo sinalizou ao PCP com um aumento progressivo do salário mínimo, que seria de € 705 no próximo ano e chegaria a € 850 em 2025. Também elevou o valor das aposentadorias, definiu o mínimo de existência em € 200, definiu gratuidade progressiva das creches, ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, entre outros.
Porém, o líder comunista anunciou nesta segunda-feira, por volta do meio-dia em Portugal, que votará contra.
— Foram longas as horas de negociação, na procura de soluções, mas o governo não quis nos acompanhar — disse Sousa.
Confirmado este cenário de veto, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, mesmo confiante na aprovação de última hora, admitiu a alternativa de dissolver o Parlamento e convocar novas eleições legislativas em 60 dias. Porém, com a impossibilidade de isto acontecer durante as festas de fim do ano, um novo pleito seria somente em janeiro, com a posse de um novo governo entre final de janeiro e início de fevereiro. Pior: novo Orçamento, somente em abril.
— Tenho dito dia após dia o mesmo e vou repetir hoje. Primeiro, continuo a acreditar que o Orçamento vai passar. Não só porque é desejável, mas porque é aquilo que eu espero olhando para a alternativa. A alternativa é a dissolução (do Parlamento) — disse Rebelo no domingo.
Se for aprovado, segue para discussão em comissões e poderá ser alterado até a votação final em 25 de novembro.
Veja o que muda: Parlamento aprova o fim do órgão de imigração de Portugal
https://outline.com/qSGpgZ
Não são os portugueses; não é em Portugal.
Os homens são sempre os mesmos em qualquer lugar. Diferentes são as leis e o quanto elas se impõem
Desejamos o fim do partido comunista e do bloco de esquerda. Ambos mostraram intransigência, sendo incapazes de governar por consenso.
PSD forte coligado com Iniciativa Liberal forte, eis o cenário desejado.