O assustador e misterioso fenômeno dos vagalhões
Imagine uma onda gigantesca surgindo do nada, em meio a um mar calmo. Essas ondas são os vagalhões, e assolam marinheiros desde sempre.
O que são vagalhões? Imagine que está um lindo dia de luz, festa de Sol, você está no mar com seu barquinho a deslizar no macio azul do mar. Oceano, um tapete. Então, do nada, uma onda gigantesca, muito maior do que a média de ondas do local surge no horizonte. Você tenta fugir, mas ela te alcança e só com muita sorte seu barco não é afundado.
Historicamente vagalhões são reportados de tempos em tempos, mas não freqüentemente. Eles acontecem em alto mar e a Humanidade na maior parte de sua História, se manteve próxima às costas.
Com o surgimento da marinha mercante de águas azuis, começaram a aparecer mais relatos, mas cientistas (corretamente) detestam relatos testemunhais, testemunhas adoram inventar, incrementar, apimentar seus relatos, vide o pessoal que “viu” o avião do Eduardo Campos em chamas dando piruetas.
Incrivelmente, os vagalhões continuaram apenas como sinônimo de “onda grande” até 1984, quando os instrumentos na plataforma de petróleo Gorm, no Mar do Norte registraram um vagalhão de 11 metros de altura, em um mar relativamente calmo, relativamente, afinal é o Mar do Norte.
Em 1995 uma plataforma chamada Draupner mediu com lasers uma onda de 25.6 metros de altura. O fenômeno passou a ser oficialmente reconhecido, o que foi ajudado pela proliferação de câmeras digitais, o mesmo avanço tecnológico que demonstrou a inexistência de OVNIs, fantasmas, Pé-Grandes e Nessie.
Reconstituição da Onda de Draupner
Um importante diferencial a ser feito é que vagalhões não são tsunamis. Tsunamis são elevações no nível do mar causados por deslocamentos do solo marítimo. Em alto-mar um tsunami é totalmente inofensivo. Vários navios encontraram o Tsunami de 2011 em alto-mar e quase nem sentiram:
Já os vagalhões são causados por... err... pois é, ninguém sabe. As hipóteses variam de correntes marítimas a expansões térmicas. Nenhuma delas explica todos os casos, e os cientistas estão tentados a achar que os vagalhões podem ter mais de uma origem. De vez em quando surge alguma tentativa de unificar e explicar as ondas, mas nada convincente.
Para os navios, não há muito o que fazer. Os relatos de naufrágios que se encaixam nos vagalhões só aumentam, enquanto isso os cientistas aprenderam a identificar vagalhões em fotos de satélites e imagens de radar. Não há como detectar vagalhões em tempo real, e mesmo que um vigia consiga identificar, bem...
Em 2004 um sensor de pressão em um quebra-mar em uma das ilhas britânicas no Canal da Mancha foi atingido por uma onda que superou todos os limites de resistência padronizados na Construção Naval. Se aquela onda atingisse um navio, qualquer navio, ele seria afundado.
Um vagalhão atingindo um navio na Baía de Biscaia.
Para resumir, navios são projetados para suportar uma pressão no casco de até 15t/m2. Um vagalhão pode chegar a exercer 100t/m2 de pressão.
https://tecnoblog.net/meiobit/455869/o-assustador-e-misterioso-fenomeno-dos-vagalhoes/
O que são vagalhões? Imagine que está um lindo dia de luz, festa de Sol, você está no mar com seu barquinho a deslizar no macio azul do mar. Oceano, um tapete. Então, do nada, uma onda gigantesca, muito maior do que a média de ondas do local surge no horizonte. Você tenta fugir, mas ela te alcança e só com muita sorte seu barco não é afundado.
Historicamente vagalhões são reportados de tempos em tempos, mas não freqüentemente. Eles acontecem em alto mar e a Humanidade na maior parte de sua História, se manteve próxima às costas.
Com o surgimento da marinha mercante de águas azuis, começaram a aparecer mais relatos, mas cientistas (corretamente) detestam relatos testemunhais, testemunhas adoram inventar, incrementar, apimentar seus relatos, vide o pessoal que “viu” o avião do Eduardo Campos em chamas dando piruetas.
Incrivelmente, os vagalhões continuaram apenas como sinônimo de “onda grande” até 1984, quando os instrumentos na plataforma de petróleo Gorm, no Mar do Norte registraram um vagalhão de 11 metros de altura, em um mar relativamente calmo, relativamente, afinal é o Mar do Norte.
Em 1995 uma plataforma chamada Draupner mediu com lasers uma onda de 25.6 metros de altura. O fenômeno passou a ser oficialmente reconhecido, o que foi ajudado pela proliferação de câmeras digitais, o mesmo avanço tecnológico que demonstrou a inexistência de OVNIs, fantasmas, Pé-Grandes e Nessie.
Reconstituição da Onda de Draupner
Um importante diferencial a ser feito é que vagalhões não são tsunamis. Tsunamis são elevações no nível do mar causados por deslocamentos do solo marítimo. Em alto-mar um tsunami é totalmente inofensivo. Vários navios encontraram o Tsunami de 2011 em alto-mar e quase nem sentiram:
Já os vagalhões são causados por... err... pois é, ninguém sabe. As hipóteses variam de correntes marítimas a expansões térmicas. Nenhuma delas explica todos os casos, e os cientistas estão tentados a achar que os vagalhões podem ter mais de uma origem. De vez em quando surge alguma tentativa de unificar e explicar as ondas, mas nada convincente.
Para os navios, não há muito o que fazer. Os relatos de naufrágios que se encaixam nos vagalhões só aumentam, enquanto isso os cientistas aprenderam a identificar vagalhões em fotos de satélites e imagens de radar. Não há como detectar vagalhões em tempo real, e mesmo que um vigia consiga identificar, bem...
Em 2004 um sensor de pressão em um quebra-mar em uma das ilhas britânicas no Canal da Mancha foi atingido por uma onda que superou todos os limites de resistência padronizados na Construção Naval. Se aquela onda atingisse um navio, qualquer navio, ele seria afundado.
Um vagalhão atingindo um navio na Baía de Biscaia.
Para resumir, navios são projetados para suportar uma pressão no casco de até 15t/m2. Um vagalhão pode chegar a exercer 100t/m2 de pressão.
https://tecnoblog.net/meiobit/455869/o-assustador-e-misterioso-fenomeno-dos-vagalhoes/
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