Depois de Lula, agora é Lulinha que vai se livrar da Justiça – Entenda

Como publica a colunista Mônica Bergamo, na Folha, o MPF em São Paulo pediu nesta semana o arquivamento do inquérito que investiga Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, por supostos repasses ilegais da Oi às empresas do grupo Gamecorp.

No parecer, o MPF afirma que as apurações carecem de elementos indiciários de prática criminosa e cita o reconhecimento, pelo STF da suspeição de Sergio Moro na Lava-Jato.

Com o pedido do MPF, caberá ao juiz o ato formal de arquivamento do caso. Para entender a novela, leia a nota do Radar de dezembro de 2019.

Comentários

  • No quesito judiciário o Brasil já é uma Venezuela.
    Resta saber se vão voltar ao poder pra cumprir o resto do que está escrito no documento de análise de conjuntura de 2015 hospedado neste exato momento no site do PT. Grifos meus.
    http://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2016/05/Resolu----es-sobre-conjuntura-Maio-2016.pdf

    "A despeito dos extraordinários avanços verificados na redução das desigualdades,
    na abertura de novas oportunidades, na criação de direitos, na erradicação da
    fome, na ampla inclusão promovida pelo governo, incorremos em um equívoco
    político. Logo ao assumirmos, relegamos tarefas fundamentais como a reforma
    política, a reforma tributária progressiva e a democratização dos meios de
    comunicação
    . Embora sem maioria parlamentar de esquerda, o imenso prestígio do
    presidente Lula e a desorganização estratégica das elites abriam espaço para
    poderosa mobilização nacional que debatesse, claramente, a urgência da
    democratização do Estado e a remoção dos entulhos autoritários herdados da
    transição conservadora pós-ditadura.
    Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que
    implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia
    Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias
    militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer
    a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de
    5
    verbas publicitárias para os monopólios da informação.

    Confiamos na governabilidade institucional, a partir de alianças ao centro, como
    coluna vertebral para a sustentação de nosso projeto. Ao contrário do que havia se
    passado em países vizinhos, o sistema eleitoral do país, tal como existe, não
    possibilitou que o triunfo na eleição presidencial fosse acompanhado por maioria no
    Congresso Nacional. Obviamente, estávamos obrigados a composições fora do
    campo popular, sob o risco de inviabilizarmos nossos sucessivos governos. Mas fomos
    acanhados ao impulsionar a luta social como vetor fundamental de pressão sobre as
    instituições. Em consequência, rebaixamos a disputa pública de nosso programa e o
    debate com as forças conservadoras, incluindo os segmentos que eventualmente
    integravam a base de apoio.
    Tampouco nos dedicamos, com a devida atenção e perseverança, à costurar uma
    aliança estratégica entre os partidos populares e os movimentos sociais, que pudesse
    ampliar o peso institucional da esquerda. Acabamos reféns de acordos táticos,
    imperiosos para o manejo do Estado, mas que resultaram num baixo e pouco
    enraizamento das forças progressistas, ao mesmo tempo em que ampliaram, no arco
    de alianças, o poder de fogo de setores mais à direita.
    A manutenção do sistema político e a preponderância excessiva da ação
    institucional acabaram por afetar fortemente o funcionamento do PT
    , confinado à
    função quase exclusiva de braço parlamentar dos governos petistas e reordenado
    como agremiação fundamentalmente eleitoral.
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