Faz antes sentido quando escutamos nosso intimo... Mas, isso, se soubermos onde procurar.
Então... divindades são criações do intimo de cada um a menos que embutidas na cabeça desde cedo. E como em geral são embutidas, perde-se a referência pra captar o que seria produto da criatividade e dos medos individuais, e o que foi administrado por osmose forçada.
São sempre embutidas, mesmo no caso dos que não receberam uma doutrinação formal, apenas por viverem cercados de pessoas com uma ou mais crenças. Por mais que a pessoa se diga não-religiosa, sua mente foi formatada pela cultura da sociedade em que nasceu.
Precisaríamos de um ou mais Kaspar Hauser para estudar o que se passa numa mente virgem de influências religiosas.
Mais ainda: precisaríamos de alguns Kaspar Hauser para estudar outros Kaspar Hauser.
Gorducho disse: Então... divindades são criações do intimo de cada um a menos que embutidas na cabeça desde cedo. E comoem geral são embutidas, perde-se a referência pra captar o que seria produto da criatividade e dos medos individuais, e o que foi administradopor osmose forçada.
Por isso respeito os Ateus... Por eles não acreditarem no que lhes disseram...
Repare que de um jeito ou de outro mesmo que a pessoa se autointitule ateu, ela sempre dará espaço para se graduar nessa escala de ateísmo...
O problema nesse exercício de desprendimento do divino é que, se a mente for desperta em idade mais avançada, talvez a pessoa não saiba realmente se o que ela assumiu é uma verdade por simples contestação ou se não quer mais procurar... E assim como os teístas, passam a se acomodar repetindo como um mantra sua nova condição de fé....
- É que o Edson era Adventista, para estes a criação é um ponto crucial do cristianismo, tanto é que eles são os crentes mais ativos na luta contra a teoria da evolução.
Spider disse:
- É que o Edson era Adventista, para estes a criação é um ponto crucial do cristianismo, tanto é que eles são os crentes mais ativos na luta contra a teoria da evolução.
Abraços,
É verdade. O ateísmo do Emmedrado é um tanto estranho na verdade, ele não tem exatamente a mentalidade de um cético. Ele percebeu que a fé que abraçava não condiz com os fatos, algo raro de se ver, mas ele ainda não questionou outras possibilidades.
O caso dele parece algo muito especifico.
Silvana disse:
O problema nesse exercício de desprendimento do divino é que, se a mente for desperta em idade mais avançada, talvez a pessoa não saiba realmente se o que ela assumiu é uma verdade por simples contestação ou se não quer mais procurar... E assim como os teístas, passam a se acomodar repetindo como um mantra sua nova condição de fé....
Procurar no escuro por um gato preto que você nem sabe se existe ou se está lá?
Há dois motivos para ter abandonado minha fé:
- Absurdos, atrocidades e contradições
- Falta absoluta de evidências
Jamais encontrei evidências a favor de algum deus.
Jamais encontrei uma religião que não passasse do desejo de explicar o absurdo e a indiferença do Universo, o sofrimento e as injustiças desta vida ou que não servisse apenas como uma esperança numa vida após a morte.
Talvez exista um deus. É impossível provar que não haja nenhum.
Se existir, é de uma incrível pretensão achar que podemos entender seus desígnios.
Talvez ele tenha nos criado, cansou-se da brincadeira e nos esqueceu.
Talvez sejamos apenas um detalhe decorativo ou sem importância.
Talvez o que nos espera na outra vida seja algo horrível.
Todas as qualidades que atribuímos aos deuses são antropomórficas.
O mais provável é que eles sejam infinitamente incompreensíveis.
Que seus conceitos de bondade e justiça sejam incompreensíveis.
E nos pareçam malignos e injustos se um dia descobrirmos a parte da verdade que cabe em nossa infinitamente limitada inteligência.
Depõe contra a definição escolástica de D•us, usada pelas bandeiras abraâmicas.
Depóe contra quaquei tipo de deus inteligente .
Se existe um Deus ele segundo meus conceitos é burro e fez um monte de merda . As para olímpiadas são um bom exemplo das merdas .
Putz, que m3rda de apresentação. Bom...venho lá do Clube Cético.
Cordiais saudações a todas estas almas perdidas.
kkkkkk
Membros antigos dispensam apresentações, mas os novatos e mesmo os veteranos vão querer saber mais sobre o que você faz.
É uma boa hora pra fazer propaganda do seu blog e coisas do tipo.
Emmedrado disse:
Se existe um Deus ele segundo meus conceitos é burro e fez um monte de merda . As para olímpiadas são um bom exemplo das merdas .
Se existe uma ótima explicação para as merdas que vemos ao nosso redor, mas está além de nossa compreensão, então não existe uma ótima explicação e temos o direito de continuar achando que um possível deus só faz merda.
Se existe uma ótima explicação para as merdas que vemos ao nosso redor, mas está além de nossa compreensão, então não existe uma ótima explicação e temos o direito de continuar achando que um possível deus só faz merda.
Mas esse argumento pode ser usado para praticamente tudo na vida. Um iletrado (mero exemplo), por esse prisma, poderia chamar de merda qualquer projeto científico que escapasse à sua compreensão.
Aliás, a própria natureza deste fórum nos expõe isso frequentemente, quando crentes aparecem por aqui ridicularizando conceitos científicos que desconhecem.
Depõe contra a definição escolástica de D•us, usada pelas bandeiras abraâmicas.
Depóe contra quaquei tipo de deus inteligente .
Se existe um Deus ele segundo meus conceitos é burro e fez um monte de merda . As para olímpiadas são um bom exemplo das merdas .
Esse é um problema análogo ao problema do mal, evidencia a impossibilidade de um Deus com uma moral humana, mas não a impossibilidade de um Deus.
Fernando_Silva disse:
Se existe uma ótima explicação para as merdas que vemos ao nosso redor, mas está além de nossa compreensão, então não existe uma ótima explicação e temos o direito de continuar achando que um possível deus só faz merda.
Mas esse argumento pode ser usado para praticamente tudo na vida. Um iletrado (mero exemplo), por esse prisma, poderia chamar de merda qualquer projeto científico que escapasse à sua compreensão.
Aliás, a própria natureza deste fórum nos expõe isso frequentemente, quando crentes aparecem por aqui ridicularizando conceitos científicos que desconhecem.
Você pode ridicularizar os conceitos científicos por trás dos celulares, das sondas que rodam por Marte ou da medicina moderna, mas o fato é que funcionam - e de maneira previsível. Sendo que, com algum esforço, você pode chegar a saber tanto quantos os cientistas.
O que há de previsível nos supostos atos dos supostos deuses?
O que os diferencia da ação do acaso?
O que podemos estudar para entendê-los?
Há algum modo de se provar que há um propósito bom e justo por trás de toda a violência, injustiça e indiferença do Universo?
Ou nós apenas preferimos achar que há porque a outra opção é aterrorizante?
Por exemplo: se Deus faz algo que me agrada, "Deus é muito bom para mim".
Se Deus faz algo que me prejudica, "Deus sabe o que é melhor para mim".
Por que pressupomos que ele nos ajudou porque é bom, no primeiro caso, e admitimos não saber suas razões no segundo?
Ora, nós não sabemos por que ele fez algo que nos agradou assim como não sabemos por que fez algo que nos parece ruim.
Estamos apenas tentando adivinhar as intenções de uma entidade infinitamente incompreensível.
Nossa inteligência é limitadíssima, mas é ela que temos que usar para julgar as coisas.
Os conceitos de "bom" e "justo" têm que se adaptar à nossa compreensão, e isto mesmo que fique provado que algum deus exista, caso contrário podemos desligar o cérebro e agir como robôs, seguindo instruções que nos parecem aleatórias.
NadaSei disse: Esse é um problema análogo ao problema do mal, evidencia a impossibilidade de um Deus com uma moral humana, mas não a impossibilidade de um Deus.
Se os propósitos de Deus não nos convêm, então, para todos os efeitos práticos, Deus é mau.
Se descobrirmos que Deus pretende nos torturar por toda a eternidade, ainda teremos que aceitar que ele é bom e justo?
Teremos que ficar felizes porque foi feita sua vontade?
Fernando_Silva disse: Você pode ridicularizar os conceitos científicos por trás dos celulares, das sondas que rodam por Marte ou da medicina moderna, mas o fato é que funcionam - e de maneira previsível.
Mas você está exemplificando objetivamente. Nem tudo, em ciência, é assim tão palpável e perceptível. Você consegue provar a existência do átomo para um leigo, fazendo uso apenas da palavra? E o que dizer da física quântica? Existe muito espaço para a descrença e tudo dependeria de trazer ou não o descrente para um ambiente onde a teoria pudesse ser demonstrada e comprovada. No terreno religioso isso é um pouco mais difícil, embora não impossível.
Quando você diz que não vale a pena "procurar no escuro por um gato preto que você nem sabe se existe ou se está lá", elimina-se o ambiente (vamos chamar assim) onde a teoria poderia transformar-se em prática. Essa é a grande diferença. Seria o equivalente a tentar demonstrar a veracidade de um princípio científico a alguém que se recusa a deixar sua lavoura lá no interior do sertão, para perder tempo em um laboratório onde, tão somente, os alegados princípios poderiam ser comprovados.
Os demais argumentos de sua resposta já foram exaustivamente discutidos por nós e não tenho muito a acrescentar. Até concordo com a maioria deles...
Ayyavazhi disse: Mas você está exemplificando objetivamente. Nem tudo, em ciência, é assim tão palpável e perceptível. Você consegue provar a existência do átomo para um leigo, fazendo uso apenas da palavra?
Há uma ciência palpável e perceptível nos efeitos e na tecnologia resultante.
Pode ser impossível explicar física quântica a um leigo, mas, ainda assim, é algo dentro da escala humana.
Algo que podemos transformar em aplicações práticas muito antes de entender por que funciona.
Sim, há uma fronteira da ciência onde as hipóteses mais loucas são formuladas, mas, até que sejam comprovadas e incorporadas ao universo das coisas aceitas, é só isto que elas serão: especulações.
Ayyavazhi disse: Mas você está exemplificando objetivamente. Nem tudo, em ciência, é assim tão palpável e perceptível. Você consegue provar a existência do átomo para um leigo, fazendo uso apenas da palavra?
Há uma ciência palpável e perceptível nos efeitos e na tecnologia resultante.
Pode ser impossível explicar física quântica a um leigo, mas, ainda assim, é algo dentro da escala humana.
Algo que podemos transformar em aplicações práticas muito antes de entender por que funciona.
Sim, há uma fronteira da ciência onde as hipóteses mais loucas são formuladas, mas, até que sejam comprovadas e incorporadas ao universo das coisas aceitas, é só isto que elas serão: especulações.
Podemos dizer o mesmo das religiões?
Ai depende. Pra ficar no exemplo do gato no escuro, pode ser uma questão de que, existindo um gato preto no escuro, alguém pode ter pisado no rabo dele sem querer e sem procurar. A descoberta de algo desconhecido e que vira alvo de controversia.
Na religião existe sim um manual sobre o que fazer para descobrir certas realidades. Esse manual é de difícil uso e é muito trabalhoso chegar a tais realidades que ali são apontadas, mas algumas pessoas os seguem e comprovam pessoalmente aquilo que pra ciência ainda é em parte desconhecido, mas que longe de negar o que diz a ciência está de acordo com ela.
O mais problemático na questão é que estamos falando sobre os limites do conhecimento cientifico enquanto um fazer coletivo e sobre a capacidade de pessoalmente se comprovar algo que não é exatamente "objetivo" ao ser humano em seu estado atual.
Será que se 10 pessoas testemunham um raio vermelho atingindo o chão durante um dia de Sol, essas pessoas embora tenham testemunhado um evento desconhecido ao qual não podem provar, estariam somente especulando?
O que chamamos de religião é um saco de coisas misturadas, ali existem leis morais, leis politicas, misticismos e superstições mas também 1% de verdades "desconhecidas"... aquele 1%...
Depõe contra a definição escolástica de D•us, usada pelas bandeiras abraâmicas.
Depóe contra quaquei tipo de deus inteligente .
Se existe um Deus ele segundo meus conceitos é burro e fez um monte de merda . As para olímpiadas são um bom exemplo das merdas .
Esse é um problema análogo ao problema do mal, evidencia a impossibilidade de um Deus com uma moral humana, mas não a impossibilidade de um Deus.
E o que seria uma moral não humana? Só posso compreender uma moral de modo antropocêntrico, e também só posso conceber que atributos que caracterizem uma entidade como um deus sejam de natureza antropocêntrica.
Senhor disse:
E o que seria uma moral não humana? Só posso compreender uma moral de modo antropocêntrico, e também só posso conceber que atributos que caracterizem uma entidade como um deus sejam de natureza antropocêntrica.
Seria um Deus que tenha uma moral própria e que do ponto de vista dele considere a nossa moral falha e um tanto "imoral". Ou talvez seja um Deus amoral ou mesmo imoral.
O fato é que um Deus não pode mesmo possuir uma moral humana, pois não é um humano. Esperar que o mundo necessariamente satisfaça as exigências morais humanas para que exista um Deus e achar que ele não pode existir por não satisfazer nosso padrão moral, é sem duvida um erro de raciocínio.
Essa é justamente a questão. Deficientes físicos não provam que Deus não existe porque nosso parâmetro moral humano não é capaz de dizer nada sobre a existencia ou inexistência de Deus.
Depóe contra quaquei tipo de deus inteligente .
Se existe um Deus ele segundo meus conceitos é burro e fez um monte de merda . As para olímpiadas são um bom exemplo das merdas .
¿E daí? Já viu como são os deuses gregos?
Ou o Huitzilopochtli...
É que aparentemente seus conceitos estão bitolados à divindade dos escolásticos, que foi o que eu disse.
Senhor disse:
E o que seria uma moral não humana? Só posso compreender uma moral de modo antropocêntrico, e também só posso conceber que atributos que caracterizem uma entidade como um deus sejam de natureza antropocêntrica.
Seria um Deus que tenha uma moral própria e que do ponto de vista dele considere a nossa moral falha e um tanto "imoral". Ou talvez seja um Deus amoral ou mesmo imoral.
O fato é que um Deus não pode mesmo possuir uma moral humana, pois não é um humano. Esperar que o mundo necessariamente satisfaça as exigências morais humanas para que exista um Deus e achar que ele não pode existir por não satisfazer nosso padrão moral, é sem duvida um erro de raciocínio.
Essa é justamente a questão. Deficientes físicos não provam que Deus não existe porque nosso parâmetro moral humano não é capaz de dizer nada sobre a existencia ou inexistência de Deus.
Deus será sempre a ideia de algo a ser adorado, ou temido, ou no mínimo, para explicar coisas. Ou se experiencia a Realidade por si mesmo.
NadaSei disse:
Será que se 10 pessoas testemunham um raio vermelho atingindo o chão durante um dia de Sol, essas pessoas embora tenham testemunhado um evento desconhecido ao qual não podem provar, estariam somente especulando?
Não estariam especulando, mas, se o fenômeno não puder ser testemunhado por um número de pessoas suficientemente grande para ser considerado como fato, não será incorporado ao conjunto de conhecimentos que formam a Ciência.
Mas seria obrigação dos pesquisadores ir até o local, entrevistar as testemunhas, procurar por marcas deixadas etc. para só então arquivar os relatos até que surjam novas evidências.
Dizem que milhares de pessoas, nas aparições de Fátima, viram o Sol girar, se precipitar sobre a Terra até quase tocá-la, mudar de cor várias vezes etc. O resto do mundo não viu nada. Os repórteres no local não tiraram nenhuma foto que não fosse um bando de gente esperando num descampado. Qual a confiabilidade desses relatos?
O que chamamos de religião é um saco de coisas misturadas, ali existem leis morais, leis politicas, misticismos e superstições mas também 1% de verdades "desconhecidas"... aquele 1%...
É como dizer: "Todo mito tem um fundo de verdade!" Um fato verdadeiro que, com o passar dos anos, tornou-se um mito. Resta descobrir que fato verdadeiro foi esse para crescer e se tornar uma lenda.
Isso faz lembrar daquela brincadeira...o telefone sem fio, onde começa um assunto e ela vai aumentando quando passa de pessoa para pessoa.
The_Doctor disse:Isso faz lembrar daquela brincadeira...o telefone sem fio, onde começa um assunto e ela vai aumentando quando passa de pessoa para pessoa.
A mensagem original se corrompe totalmente. Isso acontece com qualquer relato, com qualquer experiência que precise ser descrita. Em maior ou menor grau.
Claro que pode haver um Deus que não tenhamos capacidade cognitiva pra entender .
Ele pode ter outros valores , etc...
Dentro da minha capacidade de percepção não tenho motivos para crer .
Dentro de meus padrões morais etc... ele fez muita merda .
Acho absurdo um ser que coloque pessoas no mundo para elas passarem fome como na África .
Crianças que nascem deformadas ou com doenças que as fazem sofrer .
Se este ser existe ele está mais pra ser um demônio .
Emmedrado disse: Claro que pode haver um Deus que não tenhamos capacidade cognitiva pra entender .
Ele pode ter outros valores , etc...
Dentro da minha capacidade de percepção não tenho motivos para crer .
Dentro de meus padrões morais etc... ele fez muita merda .
Acho absurdo um ser que coloque pessoas no mundo para elas passarem fome como na África .
Crianças que nascem deformadas ou com doenças que as fazem sofrer .
Se este ser existe ele está mais pra ser um demônio .
Ora, "deus que não tenhamos capacidade cognitiva para compreender" ou que tenha uma moral só dele(que na verdade é a moral que você define)ainda é uma entidade criada a partir de atributos humanos, e ainda serve pra venerar ou temer ou para explicar coisas(ou tudo junto e misturado).
Comentários
Precisaríamos de um ou mais Kaspar Hauser para estudar o que se passa numa mente virgem de influências religiosas.
Mais ainda: precisaríamos de alguns Kaspar Hauser para estudar outros Kaspar Hauser.
Por isso respeito os Ateus... Por eles não acreditarem no que lhes disseram...
Repare que de um jeito ou de outro mesmo que a pessoa se autointitule ateu, ela sempre dará espaço para se graduar nessa escala de ateísmo...
O problema nesse exercício de desprendimento do divino é que, se a mente for desperta em idade mais avançada, talvez a pessoa não saiba realmente se o que ela assumiu é uma verdade por simples contestação ou se não quer mais procurar... E assim como os teístas, passam a se acomodar repetindo como um mantra sua nova condição de fé....
[fraternos]
- É que o Edson era Adventista, para estes a criação é um ponto crucial do cristianismo, tanto é que eles são os crentes mais ativos na luta contra a teoria da evolução.
Abraços,
hahahahaha Muito bom.
[fraternos]
É verdade. O ateísmo do Emmedrado é um tanto estranho na verdade, ele não tem exatamente a mentalidade de um cético. Ele percebeu que a fé que abraçava não condiz com os fatos, algo raro de se ver, mas ele ainda não questionou outras possibilidades.
O caso dele parece algo muito especifico.
Há dois motivos para ter abandonado minha fé:
- Absurdos, atrocidades e contradições
- Falta absoluta de evidências
Jamais encontrei evidências a favor de algum deus.
Jamais encontrei uma religião que não passasse do desejo de explicar o absurdo e a indiferença do Universo, o sofrimento e as injustiças desta vida ou que não servisse apenas como uma esperança numa vida após a morte.
Talvez exista um deus. É impossível provar que não haja nenhum.
Se existir, é de uma incrível pretensão achar que podemos entender seus desígnios.
Talvez ele tenha nos criado, cansou-se da brincadeira e nos esqueceu.
Talvez sejamos apenas um detalhe decorativo ou sem importância.
Talvez o que nos espera na outra vida seja algo horrível.
Todas as qualidades que atribuímos aos deuses são antropomórficas.
O mais provável é que eles sejam infinitamente incompreensíveis.
Que seus conceitos de bondade e justiça sejam incompreensíveis.
E nos pareçam malignos e injustos se um dia descobrirmos a parte da verdade que cabe em nossa infinitamente limitada inteligência.
Depóe contra quaquei tipo de deus inteligente .
Se existe um Deus ele segundo meus conceitos é burro e fez um monte de merda . As para olímpiadas são um bom exemplo das merdas .
Putz, que m3rda de apresentação. Bom...venho lá do Clube Cético.
Cordiais saudações a todas estas almas perdidas.
kkkkkk
Membros antigos dispensam apresentações, mas os novatos e mesmo os veteranos vão querer saber mais sobre o que você faz.
É uma boa hora pra fazer propaganda do seu blog e coisas do tipo.
Aliás, a própria natureza deste fórum nos expõe isso frequentemente, quando crentes aparecem por aqui ridicularizando conceitos científicos que desconhecem.
Homem de pouca fé...
Esse é um problema análogo ao problema do mal, evidencia a impossibilidade de um Deus com uma moral humana, mas não a impossibilidade de um Deus.
O que há de previsível nos supostos atos dos supostos deuses?
O que os diferencia da ação do acaso?
O que podemos estudar para entendê-los?
Há algum modo de se provar que há um propósito bom e justo por trás de toda a violência, injustiça e indiferença do Universo?
Ou nós apenas preferimos achar que há porque a outra opção é aterrorizante?
Por exemplo: se Deus faz algo que me agrada, "Deus é muito bom para mim".
Se Deus faz algo que me prejudica, "Deus sabe o que é melhor para mim".
Por que pressupomos que ele nos ajudou porque é bom, no primeiro caso, e admitimos não saber suas razões no segundo?
Ora, nós não sabemos por que ele fez algo que nos agradou assim como não sabemos por que fez algo que nos parece ruim.
Estamos apenas tentando adivinhar as intenções de uma entidade infinitamente incompreensível.
Nossa inteligência é limitadíssima, mas é ela que temos que usar para julgar as coisas.
Os conceitos de "bom" e "justo" têm que se adaptar à nossa compreensão, e isto mesmo que fique provado que algum deus exista, caso contrário podemos desligar o cérebro e agir como robôs, seguindo instruções que nos parecem aleatórias.
Se descobrirmos que Deus pretende nos torturar por toda a eternidade, ainda teremos que aceitar que ele é bom e justo?
Teremos que ficar felizes porque foi feita sua vontade?
Mas você está exemplificando objetivamente. Nem tudo, em ciência, é assim tão palpável e perceptível. Você consegue provar a existência do átomo para um leigo, fazendo uso apenas da palavra? E o que dizer da física quântica? Existe muito espaço para a descrença e tudo dependeria de trazer ou não o descrente para um ambiente onde a teoria pudesse ser demonstrada e comprovada. No terreno religioso isso é um pouco mais difícil, embora não impossível.
Quando você diz que não vale a pena "procurar no escuro por um gato preto que você nem sabe se existe ou se está lá", elimina-se o ambiente (vamos chamar assim) onde a teoria poderia transformar-se em prática. Essa é a grande diferença. Seria o equivalente a tentar demonstrar a veracidade de um princípio científico a alguém que se recusa a deixar sua lavoura lá no interior do sertão, para perder tempo em um laboratório onde, tão somente, os alegados princípios poderiam ser comprovados.
Os demais argumentos de sua resposta já foram exaustivamente discutidos por nós e não tenho muito a acrescentar. Até concordo com a maioria deles...
Pode ser impossível explicar física quântica a um leigo, mas, ainda assim, é algo dentro da escala humana.
Algo que podemos transformar em aplicações práticas muito antes de entender por que funciona.
Sim, há uma fronteira da ciência onde as hipóteses mais loucas são formuladas, mas, até que sejam comprovadas e incorporadas ao universo das coisas aceitas, é só isto que elas serão: especulações.
Podemos dizer o mesmo das religiões?
Na religião existe sim um manual sobre o que fazer para descobrir certas realidades. Esse manual é de difícil uso e é muito trabalhoso chegar a tais realidades que ali são apontadas, mas algumas pessoas os seguem e comprovam pessoalmente aquilo que pra ciência ainda é em parte desconhecido, mas que longe de negar o que diz a ciência está de acordo com ela.
O mais problemático na questão é que estamos falando sobre os limites do conhecimento cientifico enquanto um fazer coletivo e sobre a capacidade de pessoalmente se comprovar algo que não é exatamente "objetivo" ao ser humano em seu estado atual.
Será que se 10 pessoas testemunham um raio vermelho atingindo o chão durante um dia de Sol, essas pessoas embora tenham testemunhado um evento desconhecido ao qual não podem provar, estariam somente especulando?
O que chamamos de religião é um saco de coisas misturadas, ali existem leis morais, leis politicas, misticismos e superstições mas também 1% de verdades "desconhecidas"... aquele 1%...
E o que seria uma moral não humana? Só posso compreender uma moral de modo antropocêntrico, e também só posso conceber que atributos que caracterizem uma entidade como um deus sejam de natureza antropocêntrica.
O fato é que um Deus não pode mesmo possuir uma moral humana, pois não é um humano. Esperar que o mundo necessariamente satisfaça as exigências morais humanas para que exista um Deus e achar que ele não pode existir por não satisfazer nosso padrão moral, é sem duvida um erro de raciocínio.
Essa é justamente a questão. Deficientes físicos não provam que Deus não existe porque nosso parâmetro moral humano não é capaz de dizer nada sobre a existencia ou inexistência de Deus.
¿E daí? Já viu como são os deuses gregos?
Ou o Huitzilopochtli...
É que aparentemente seus conceitos estão bitolados à divindade dos escolásticos, que foi o que eu disse.
Deus será sempre a ideia de algo a ser adorado, ou temido, ou no mínimo, para explicar coisas. Ou se experiencia a Realidade por si mesmo.
Mas seria obrigação dos pesquisadores ir até o local, entrevistar as testemunhas, procurar por marcas deixadas etc. para só então arquivar os relatos até que surjam novas evidências.
Dizem que milhares de pessoas, nas aparições de Fátima, viram o Sol girar, se precipitar sobre a Terra até quase tocá-la, mudar de cor várias vezes etc. O resto do mundo não viu nada. Os repórteres no local não tiraram nenhuma foto que não fosse um bando de gente esperando num descampado. Qual a confiabilidade desses relatos?
É como dizer: "Todo mito tem um fundo de verdade!" Um fato verdadeiro que, com o passar dos anos, tornou-se um mito. Resta descobrir que fato verdadeiro foi esse para crescer e se tornar uma lenda.
Isso faz lembrar daquela brincadeira...o telefone sem fio, onde começa um assunto e ela vai aumentando quando passa de pessoa para pessoa.
Ele pode ter outros valores , etc...
Dentro da minha capacidade de percepção não tenho motivos para crer .
Dentro de meus padrões morais etc... ele fez muita merda .
Acho absurdo um ser que coloque pessoas no mundo para elas passarem fome como na África .
Crianças que nascem deformadas ou com doenças que as fazem sofrer .
Se este ser existe ele está mais pra ser um demônio .
Ora, "deus que não tenhamos capacidade cognitiva para compreender" ou que tenha uma moral só dele(que na verdade é a moral que você define)ainda é uma entidade criada a partir de atributos humanos, e ainda serve pra venerar ou temer ou para explicar coisas(ou tudo junto e misturado).
¿O que seria um deus?