A Igreja Católica
Quer saber,já que sou católico e tenho uma vasta gama de sites que se propõem a defender ou abordar o catolicismo;penso em fazer um tópico que envolva variados temas aleatórios baseados na perspectiva da Igreja Católica,como a comunhão de todos que compartilham da mesma crença;devo ressaltar que como um péssimo apologeta e comentarista que sou;utilizarei-me do conteúdo que tenho arquivado para ampliar a discussão sobre o assunto,tendo dito isto;teçam suas análises e espero realmente que a temática seja frutífera para todos.
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.
Comentários
Eu gosto demais dele apesar de eu mesmo não ser católico.
Acho que ele faz um bom trabalho em defender a igreja e a própria fé. Principalmente dos protestantes.
Confesso que alguns debates me parece gente falando sobre quem é mais poderoso o Superman ou o Batman.
Mas assumidas certas premissas concordo com ele e não com os protestantes.
Já externei por aqui que minha religião é ateu-católico e minha fé religiosa consiste na crença de que o país era melhor quando todo mundo era católico não praticante. Não tinha culto ao dinheiro dos evangélicos, os altares não eram picadeiros, não haviam tantos pastores na política e não havia a renovação carismática com shows de padres pra tudo o que é lado.
Religião era mais pro bem do que pro mal e não enchia meu saco.
Eu tenho certeza,no caso do Conde;que ele faz um bom trabalho como apologeta da fé,disponho de muito conteúdo apologético contra o protestantismo que em breve postarei aqui ou em qualquer outro tópico;caso se encaixe na discussão.
Há Católicos que também pensam dessa forma,mesmo aqueles que não são da linha Radicais Tradicionalistas;exceto a parte do não-praticante,já que um dos motivos dessa falta;é pelo fato de que os católicos necessariamente eram em sua maioria praticantes.
Quando começou a divisão entre novidadeiros e tradicionalistas, por volta de 1966, minha fé sofreu um golpe, mas eu fechei os olhos e segui em frente, fingindo que nada estava acontecendo.
Quando começou essa babaquice de imitar os pentecostais e neopentecostais, não deu mais para ignorar.
Eu fiquei tão puto com as palhaçadas dos padrecos artistas que comecei a prestar atenção na missa e analisar o que estava sendo dito.
Danou-se: perdi a fé.
Difícil ouvir um sermão pratico direto objetivo e útil
Você está se esquecendo da merdologia da merdolação. Os carismático e os pentecostais e neo-pentecostais me parecem extremamente positivos em comparação com ela, com a lixologia da lixozacão, e sem essa bostologia da bostolização, os carismáticos e pentecostais e neo-pentecostais nunca teriam o crescimento que tiveram.
O que seriam exatamente essas bostologias,merdologias e lixologias?
Aliás,postei um vídeo para começar a discussão;sem que ninguem necessariamente o assistisse.Será que eu deveria ter começado o tópico com um tema mais polêmico?
Eu fui obrigado a usar muletas por décadas. Um dia, descobri que não precisava delas. Joguei fora e segui em frente.
Já outros não acreditam quando a gente diz que é possível andar sem muletas. Ou acreditam, mas não conseguem.
Tipo o cara que sabe que cigarro faz mal, mas continua fumando.
O que acontece à maioria dos católicos decepcionados não é o abandono da fé e sim dos sinais exteriores, tipo ir à igreja. Eles continuam acreditando em Deus, mas se afastam da baboseira dos rituais vazios.
Muitos outros largam o catolicismo e se tornam crentes. Afinal, os cultos crentes são muito mais afirmativos:
"Você está ficando curado agora!!" ou "Sua vida começou a melhorar agora!!".
E tem a gritaria, a emoção, a histeria e tudo o mais. Tem a acolhida, o sentimento de pertencer a uma comunidade.
Comparado aos crentes, o catolicismo é muito chato, diz que é preciso aceitar a pobreza e o sofrimento e promete a felicidade apenas depois da morte.
Não é à toa que os padrecos novidadeiros agora imitam a gritaria dos crentes.
Eles defendem que os católicos devem lutar pela riqueza, pela justiça social e pela felicidade aqui neste mundo, não no próximo.
Tem alguma semelhança com a Teologia da Prosperidade" dos crentes, que pregam que, se você pagar o dízimo, trízimo e sei lá mais o quê, Deus é obrigado a lhe conceder milagres.
As igrejas viram lojas onde o crente compra esperança, cura ou prosperidade.
dai a cezar o que é de cesar e a deus o que é de deus
ninguem poderá amar dois deuses o da riqueza e o do céu, pois logo abandonara a um e seguirá apenas o outro
Sim,a famosa Teologia da Libertação;não sei se conheçe mas creio ter uma playlist do Padre Paulo Ricardo,bem conhecido no meio católico;que inspirado provavelmente nos discursos de Olavo(que Deus o tenha),fala sobre o famoso marxismo cultural que se entrelaçou na Igreja;alguns católicos discordam parcialmente desta tese.
No que se refere a RCC tenho até alguns vídeos sobre o assunto.
Ora é a "teologia" da "libertação".
Muito bem lembrado.
Como é longo irei dividi-lo em partes e cada uma centrada em uma área correlacionada.
E antes que se doem,sim;está no tópico intitulado Ateísmo e aqui estão as fontes.
http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/ateismo/1010-respostas-curtas-para-refutar-os-argumentos-abortistas
AUTOR: GABRIEL KLAUTAU
[1] Patrick Lee & Robert George, “The Wrong of Abortion”, p. 14.
[2] Mário da Silva Ribeiro & Victor Sales Pinheiro, “A Dignidade da Pessoa humana e o direito à vida do nascituro: Fundamentos biológicos, filosóficos e jurídicos”, p. 149-150.
[3] John Finnis, "The Philosophical Case against Euthanasia", in "Euthanasia Examined: Ethical, Legal and Clinical Perspectives", ed. John Keown (New York: Cambridge University Press, 1995), p. 68-70.
[4] João Luiz Mauad, “Qual a posição dos liberais em relação ao aborto?”.
[5] FONTE: file:///C:/Users/Mileo/Downloads/rEsposta%20ao%20RIC%202500-2016%20-%20AUTOR%20DEP.%20%20Diego%20Garcia.pdf
[6]
[7]
[8]
[9]
[10] https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/06/19/seis-anos-apos-legalizar-aborto-uruguai-ve-procedimento-crescer-37.htm
[11]
“NÃO SE SABE QUANDO A VIDA COMEÇA”
Errado. Podemos constatar empiricamente que a vida humana começa na concepção observando que é neste momento que surge uma nova individualidade orgânica da nossa espécie: O zigoto é – assim como todos nós – uma entidade biológica autônoma, que, além de compartilhar do nosso patrimônio genético e epigenético, apresenta unidade orgânica e disposição ativa para se desenvolver coordenadamente. É um ser-humano completamente formado mas extremamente imaturo. Sua individualidade é marcada por seu desenvolvimento ser único, irrepetível e acontecer “em sua própria direção”[1]. Basta que lhe sejam condições básicas de sobrevivência (isto é, nutrição e ambiente adequado) para que ele, assim como um bebê, chegue a fase adulta.
Deste fato nem mesmo o filósofo autríaco Peter Singer (que é o maior defensor do aborto no mundo acadêmico) ousou discordar: “Não há dúvidas de que desde o primeiro momento da sua existência, um embrião concebido de um espermatozóide e um óvulo é um ser humano” (Peter Singer, Practical Ethics, 2nd ed., p. 85-86).
“O ZIGOTO É SÓ MAIS UMA CÉLULA IGUAL AO ESPERMATOZÓIDE”
Errado. Este tipo de argumentação não considera que tanto o óvulo quanto o espermatozóide são desprovidos de unidade orgânica, característica que os torna partes de um organismo e não um organismo completo (como é o caso do zigoto humano).
“O EMBRIÃO É APENAS UM CONJUNTO DE CÉLULAS”
A menos que você seja um vírus, todo ser-humano é “um conjunto de células”. Sob uma perspectiva morfológica, a única coisa que diferencia um embrião e o leitor desse texto são fatores acidentais como o número de células.
“MAS O ZIGOTO NEM SEMPRE CHEGA A IDADE ADULTA, PODENDO FORMAR TAMBÉM OVOS CEGOS E MOLAS HIDATIFORMES”
A afirmação de que nem sempre um zigoto chegará a fase adulta é tão irrelevante quanto a afirmação de que nem sempre uma criança chegará a adolescência. Ovos cegos são um exemplo disso já que o pré-embrião (que é um ser-humano imaturo) não consegue progredir para o estágio embrionário, formando apenas a sua placenta. Tal erro acaba acarretando a morte do organismo que até então existia, já que, por si só, a placenta carece de unidade orgânica (que é uma característica necessária para configurar um organismo), e pode, portanto, ser comparada aos pedaços de unhas e cabelos que continuam a crescer mesmo depois da morte de um ser-humano adulto. O mesmo poderia ser dito das chamadas “molas hidatiformes” que, embora no início de suas vidas aparentemente gozem de certa autonomia, posteriormente perdem sua unidade orgânica e passam a passam a integrar o organismo materno como nos casos de mosaicismo (onde claramente as células ali presentes não configuram um organismo distinto). Tratar-se-iam, portanto, de tipos de aborto espontâneo, onde, analogamente à morte de um organismo adulto, mesmo após a perda da unidade orgânica, algumas de suas partes subsistem somaticamente vivas por determinado tempo.
OBSERVAÇÃO: Há uma discussão entre os filósofos pró-vida (Finnis, George e Lee) se uma mola hidatiforme pode ser considerada – mesmo antes da perda da unidade orgânica – um ser-humano vivo. Sendo produtos de uma fertilização falida (já que seus zigotos são formados por dois núcleos paternos ao invés de um), as molas hidatiformes carecem do chamado patrimônio epigenético, responsável por coordenar o desenvolvimento humano para sua maturação. Tal característica priva estas entidades da chamada “disposição ativa para um desenvolvimento coordenado”, presente nos zigotos normais e coloca em dúvida a sua própria humanidade.
“MAS O ZIGOTO TAMBÉM PODE FORMAR GÊMEOS”
O fato de que um indivíduo pode gerar outro indivíduo não é um argumento contra a individualidade do pré-embrião, mas antes, um argumento a favor dela já que mostra que desde a concepção somos capazes de nos reproduzir (ainda que, neste caso, de forma assexuada). De acordo com Angelo Serra e Roberto Colombo (o primeiro, geneticista e filósofo italiano, e o último, professor de biologia e bioética na Universidade de Milão), todos os dados apontam para a ideia de que um dos gêmeos se origina na concepção e o outro se origina a partir dele, sendo suas respectivas individualidades evidenciadas não apenas por seus processos de desenvolvimento serem distintos, mas também na possibilidade de diferença no cariótipo. Em síntese, os eruditos deixam claro que nestes casos, “o primeiro indivíduo continua o seu próprio curso de desenvolvimento, enquanto o segundo começa o seu próprio ciclo vital assim que o novo plano se torna independente do primeiro”” (SERRA; COLOMBO, 2007, p. 199).
“A VIDA COMEÇA QUANDO SE INICIA A ATIVIDADE ELÉTRICA NO CÉREBRO (12 SEMANAS)”
Errado. O início da atividade cerebral não confere ao embrião a sua unidade orgânica. Tal unidade já está presente nele desde o momento em que foi concebido, motivo pelo qual ele continua a se desenvolver coordenadamente. Ademais, vale ressaltar que o mero início da atividade elétrica no cérebro não significa um córtex cerebral maturo a ponto de permitir o exercício das atividades intelectivas superiores que nos distinguem dos animais (tais como auto-consciência, racionalidade e juízo moral). Se o que nos torna humanos é a atividade elétrica do cérebro, deveremos também reconhecer a “humanidade” de todos os outros animais que também possuem um cérebro com atividade elétrica (isto é, ratos, macacos, vacas, etc). Criminalizaríamos dessa forma as churrascarias para poder legalizar o aborto.
“SE PELO CRITÉRIO DE MORTE, SERES-HUMANOS SEM ENCÉFALO NÃO ESTÃO VIVOS, O MESMO DEVE SER APLICADO AO EMBRIÃO ANTES DA FORMAÇÃO DO ENCÉFALO”
Errado. Seres-humanos deixam de viver quando perdem a sua unidade orgânica. Para os DEFENSORES DA MORTE ENCEFÁLICA, tal perda ocorre de maneira diferente antes e depois de formarmos um tronco encefálico. Nas primeiras fases do nosso desenvolvimento, o embrião humano consegue conectar todas as partes que o compõem para agir complementarmente com o intuito de perpetuar o seu desenvolvimento (e consequentemente a sua vida), sem a necessidade – devido ao seu nível de maturação – de que tal propriedade seja controlada por um centro numa parte específica do corpo. Em termos acadêmicos, mesmo antes de o embrião formar seu encéfalo, “seus componentes já participam de uma dialética de implicação-polaridade, tensão que assegura sua organização e integridade” [2]. Já há, portanto, unidade orgânica. Já para os DEFENSORES DA MORTE ENCEFÁLICA, quando o embrião humano matura-se a tal ponto de reunir em si os mais diferentes tipos de tecidos específicos e diferenciados, no entanto, o cérebro adquiriria um papel fundamental para manutenção da integridade e autonomia do organismo (principalmente através do tronco encefálico, responsável, entre outras funções, pela respiração). Devido a essa função relacionada à integridade corporal, muitas vezes, quando um organismo maduro perde a atividade encefálica já não lhe seria mais possível, segundo eles, continuar seu desenvolvimento, o que nos levaria a concluir sua morte. Como mostrado, no entanto, por o embrião humano possuir – diferentemente dos mortos encefálicos – unidade e integridade orgânica, as situações tornam-se completamente distintas.
É bom ainda ressaltar que crianças anencéfalas possuem tronco encefálico funcionante. Eles carecem não do centro de unidade orgânica (tronco encefálico), mas sim das partes superiores do encéfalo – isto é, do córtex cerebral. Por isso podem viver de horas e até mesmo anos fora do útero e não podem de forma alguma serem considerados “natimortos”.
“BIOLOGICAMENTE, O FETO É HUMANO, MAS FILOSOFICAMENTE, NÃO É UMA PESSOA”
Errado. De acordo com o conceito filosófico clássico proposto por Boécio e posteriormente desenvolvido pelos filósofos medievais como São Tomás de Aquino, uma pessoa é um “individuo subsistens in rationali natura”, isto é, “uma substância individual de natureza racional”. Ora, certamente o zigoto humano é uma “substância individual” no sentido em que apresenta – diferentemente das células somáticas e sexuais – individualidade orgânica. Também apresenta uma “natureza racional” no sentido que todo indivíduo da nossa espécie goza de uma natureza teleologicamente ordenada ao exercício da racionalidade (isto é, a natureza humana). Fatores acidentais como idade ou deficiência podem impedir a manifestação das habilidades para as quais o homem é ordenado mas não podem alterar a sua essência racional. Este é o motivo pelo qual consideramos recém-nascidos enquanto “pessoas” ainda que eles não sejam capazes –devido ao seu nível de maturação cerebral (fator acidental) – de exercer as atividades intelectivas superiores para as quais são ordenados. O mesmo se aplica ao feto, que, por sua humanidade, também é ontologicamente um tipo de entidade racional.
“O FETO SÓ VIRA PESSOA QUANDO PASSA A SENTIR DOR (SENCIÊNCIA)”
Errado. Se este critério fosse admitido, teríamos que incluir todos os animais capazes de sentir dor no conceito de personalidade. Isso os atribuiria uma Dignidade Inviolável, e os equipararia juridicamente à um ser-humano. Em nome da legalização do aborto, zoológicos, churrascarias e fazendas teriam que ser criminalizadas por violar a “Dignidade das Pessoas não-humanas”. Uma idosa que comeu feijoada com charque poderia ser presa já que os animais passariam a ser – como ela – sujeitos de direitos e iguais em Dignidade. Ao mesmo tempo, tal conceito excluiria vários membros da nossa espécie que por motivos acidentais como idade (no caso dos fetos) ou deficiência (no caso de portadores da Síndrome de Riley-Day – uma síndrome que faz com que as pessoas não sintam dor), não conseguem manifestar tais atributos que são próprios de sua espécie. Ora, uma vez que nenhum de nós considera que matar uma ratazana – animal que também sente dor – deva ser criminalizado, somos obrigados a concluir que o critério da dor não pode definir personalidade.
“O FETO SÓ VIRA PESSOA QUANDO PASSA A EXERCER AS FUNÇÕES INTELECTIVAS SUPERIORES QUE NOS DIFERENCIAM DOS ANIMAIS COMO AUTO-CONSCIÊNCIA, JUÍZO MORAL E RACIOCÍNIO LÓGICO”
Errado. A adoção de um critério tão arbitrário como esse nos levaria a excluir também do conceito de personalidade não só os nascituros, mas também os dementes e os recém-nascidos. Todos esses grupos de seres-humanos não são capazes de raciocinar, julgar ou ter consciência de sua própria existência: o primeiro por causa de uma enfermidade e o segundo por causa de uma questão de maturação (já que seu cérebro só desenvolverá tais habilidades com alguns meses a até anos após o nascimento). Na primeira situação, idosos com Alzheimer ou doença de Huntington em estado avançado, por exemplo, simplesmente não seriam mais considerados sujeitos de direito mas sim coisas ou objetos de outras pessoas (o que é, certamente, um absurdo). Para legalizar o aborto, permitiríamos também o infanticídio e a eugenia.
De acordo com o filósofo britânico John Finnis, todo organismo humano vivo, em virtude do tipo de entidade que é, já possui radicalmente todas as capacidades próprias da sua espécie e irá exercê-las a menos que fatores acidentais o impeçam (sejam eles tamanho, idade ou deficiência)[3]. Todos nós - o que também inclui crianças anencéfalas, dementes, fetos saudáveis e recém nascidos – somos organismos únicos, teleologicamente ordenados ao exercício das atividades intelectivas próprias da nossa espécie. Esta característica é mais do que suficiente para que sejamos considerados seres racionais, e, portanto, pessoas de inviolável dignidade.
“SE O FETO ESTÁ NO CORPO DELA, LOGO, ELA PODE DECIDIR TIRAR”
Errado. Assim como uma mulher que deseja entregar seu filho para adoção tem a obrigação moral de entrega-lo a uma autoridade competente, a mulher que já está grávida e mesmo assim não quer criar seu filho, tem a obrigação moral de esperar até que possa entrega-lo a uma autoridade competente. Admitir que os interesses egoístas do mais forte se sobreponham aos direitos dos mais fracos, é uma prática desumana que não deve ter espaço numa sociedade sadia.
“O ABORTO, LEGAL OU CLANDESTINO, SEMPRE VAI EXISTIR, LOGO DEVEMOS LEGALIZAR”
Um crime constatado não o torna legalizável. Estupros, latrocínios, assaltos comuns, etc, sempre irão existir independentemente de haver ou não uma lei para criminaliza-los. Isso não significa, no entanto, que tais crimes possam ser legalizados ou pior, ser considerados como “direitos”.
“MUITAS MULHERES MORREM ABORTANDO CLANDESTINAMENTE, LOGO DEVEMOS LEGALIZAR”
Diante de tamanha falácia, até mesmo um escritor liberal reconhece: “O argumento de que um crime deva deixar de sê-lo pelo fato de ser praticado em grandes quantidades e de forma escamoteada é absurdo. Equivale a dizer que, se um crime é praticado rotineiramente, com risco para o criminoso, ele deve simplesmente deixar de ser considerado crime. Se a norma legal vem sendo descumprida e causando prejuízo aos criminosos, deveríamos simplesmente acabar com ela? Nesse caso, convenhamos, sobrariam no Brasil muito poucas leis. Trata-se de argumento legal, moral e filosoficamente inconsistente. É um contrassenso pretender legalizar uma prática com base nos índices de incidência ou no risco para os respectivos praticantes. Fosse isto razoável, deveríamos então pedir a descriminação do roubo ou do homicídio, crimes que também envolvem sérios riscos para os agentes e cuja ocorrência em nosso país é superior a do aborto”[4].
“200 MIL MULHERES MORREM EM CLÍNICAS CLANDESTINAS DE ABORTO TODOS OS ANOS”
Errado. De acordo com o DATASUS, desde 1998 o número de mortes maternas relacionadas a aborto – o que inclui tanto o aborto clandestino quanto o aborto legal e o aborto espontâneo – não supera 100 mortes por ano[5]. O resto é especulação e manipulação de dados para sensibilizar a opinião pública.
“NO BRASIL OCORREM 250 MIL INTERNAÇÕES POR ABORTO CLANDESTINO”
Errado. De acordo com o DATASUS, o número de 250 mil internações por aborto é verdadeiro. No entanto, este número inclui também internações por aborto espontâneo (fenômeno muito comum no primeiro trimestre de gravidez). O número estimado de internações por aborto provado é muito menor, como nos mostra a Dra. Isabela Montovani, em uma de suas Audiências Públicas no Senado[6].
“NO BRASIL JÁ OCORREM 1 MILHÃO E MEIO DE ABORTOS CLANDESTINOS”
Errado. Os dados apontam para o fato que no Brasil ocorre cerca de 100 mil abortos por ano[7]. Por se tratar de uma prática clandestina, no entanto, os ativistas do aborto se esforçam a inflar estes números com o intuito de sensibilizar a opinião pública. Tais “estatísticas” – que se disfarçam sob um viés cientifico – já foram denunciadas inúmeras vezes por estudiosos respeitadíssimos tais como a Dra. Isabela Montovani (cuja palestra no Senado está disponível no Youtube[8]) e o Prof. Felipe Neri[9].
“SE LEGALIZAR O ABORTO, VAI DIMINUIR O NÚMERO DE ABORTOS”
Errado novamente. A lógica simples evidencia que quando se facilita o acesso à determinado produto ou serviço, sua procura tende a aumentar. Vide por exemplo nosso vizinho Uruguai: país onde o aborto foi legalizado em 2012, e, desde então, a prática só tem crescido[10]. O mesmo nos mostra a análise de Isabela Montovani sobre vários outros países como Espanha, Estados Unidos, Suécia, etc[11].
“O ABORTO LEGAL É SEGURO PARA A VIDA DA MULHER”
Errado. Ao ceifar a vida do próprio filho, o aborto pode, a curto prazo, parecer seguro à vida da mulher. No entanto, quando suas consequências são observadas a longo prazo, percebemos facilmente que o aborto não apenas tira a vida de um ser-humano inocente, como também acarreta uma série de prejuízos à saúde da mãe.
De acordo com o Instituto de Prevenção ao Câncer de Mama dos Estados Unidos (Breast Cancer Prevention Institute), das 73 pesquisas realizadas pelo National Cancer Institute sobre a existência de uma possível correlação entre o aborto provocado e o câncer de mama, 57 afirmaram positivamente. Em Abril de 2009, um estudo conduzido pela pesquisadora Jessica Dolle na prestigiosa revista epidemiológica de câncer intitulada “Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention” reafirmou tais dados. Por fim, em 2014, um estudo coordenado por pesquisadores chineses ratificou que mulheres que já fizeram um aborto têm 44% mais chances de desenvolver câncer de mama do que aquelas que nunca passaram pelo procedimento. O risco cresce conforme o número de abortos realizados. Mulheres que fizeram dois abortos têm 76% mais chances de desenvolver a doença, e aquelas que já haviam realizado três abortos estavam 89% mais vulneráveis. Os dados foram coletados em 14 províncias do país. Chama a atenção o fato da pesquisa ter sido produzida na China, um país onde 8,2 milhões de mulheres abortam todos os anos, e onde a prática é usada para controle de natalidade. Esta última pesquisa pode ser encontrada no link: http://link.springer.com/article/10.1007/s10552-013-0325-7.
Outro estudo coordenado pela pesquisadora americana Priscilla K. Coleman publicado em 2009 no jornal British Journal of Psychiatry,, acompanhou o perfil psicológico de 500 mulheres que realizaram aborto. Sua conclusão foi estarrecedora: “Os resultados indicam bastante consistente que o aborto está associado de moderada a altamente o aumento dos riscos de problemas psicológicos posteriores ao procedimento” (Cf. Priscilla K. Coleman, Abortion and mental health: quantitative synthesis and analysis of research published 1995 -2009; BJP 2011, 199:180-186). De acordo com ela, após o aborto, 34% das mulheres ficam mais suscetíveis a ansiedade, 37% a depressão, 110% ao alcoolismo, 220% ao uso de maconha, 81% a adquirir doenças mentais e 155% mais suscetível ao suicídio.
Definitivamente, o aborto não empodera a mulher, mas antes, como dizia a famosa sufragista americana Alice Paul, o aborto provocado (seja ele legal ou ilegal) “é a exploração máxima da mulher”.
“RICAS JÁ ABORTAM COM SEGURANÇA, LOGO DEVEMOS LEGALIZAR O ABORTO”
Errado. Não é porque os ricos conseguem abortar clandestinamente seus filhos que o aborto torna-se um ato lícito e merece ser reconhecido como um “direito”. Afinal, se assim fosse, deveríamos lutar não só pela descriminalização do aborto, mas também dos demais crimes que os ricos já fazem e não são punidos como assassinato, corrupção, etc. Devemos lutar é para que os ricos que abortam vão para a cadeia junto de todos os outros que cometem esse tipo de violência.
“SEM ÚTERO SEM OPINIÃO”
Errado. O debate do aborto diz respeito tanto aos homens quanto as mulheres pois ambos serão igualmente desmembrados por uma máquina de sucção e terão seus restos mortais misturados ao lixo hospitalar, caso a prática venha a ser legalizada. Ora, uma vez que as crianças em estágio fetal não podem opinar, nós somos a voz delas. E este “nós” inclui tanto homens quanto mulheres. Dessa forma, o argumento feminista de “sem útero sem opinião” carece totalmente de sentido.
“DEVEMOS LEGALIZAR O ABORTO PARA DIMINUIR A POBREZA”
Errado. Não se diminui a pobreza matando o pobre. Tal visão higienista também permitiria que crianças, jovens e adultos tivessem suas vidas ceifadas arbitrariamente sob a justificativa de que o Governo estaria “diminuindo a pobreza”.
“QUEM É CONTRA O ABORTO NÃO SE IMPORTA COM A CRIANÇA QUE PASSA FOME NA RUA”
Inconsistente. A instituição que mais influencia o mundo contra a legalização do aborto é também a maior instituição de caridade do mundo: Trata-se da Igreja Católica. A Igreja mantém na Ásia: 1.076 hospitais; 3.400 dispensários; 330 leprosários; 1.685 asilos; 3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância. Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos; 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância. Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos; 2.500 orfanatos; 4.200 jardins de infância. Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1 leprosário; 360 asilos;60 orfanatos; 90 jardins de infância. Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos; 2.370 jardins de infância. E o movimento feminista? O que ele faz pela mulher além de incentivá-la a abortar o próprio filho?
“SER A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO É DEFENDER OS DIREITOS DAS MULHERES”
Errado. Defender a inviolabilidade do direito à vida desde a concepção é proteger os direitos de TODAS as mulheres sem excluir arbitrariamente aquelas que ainda não podem falar por si. Quem defende o suposto “direito ao aborto legal” não só inferioriza a figura da mulher que ainda não nasceu mas também chega ao absurdo de permitir que esta mesma mulher seja desmembrada numa máquina de sucção e tenha seus restos mortais misturados ao lixo hospitalar. Ademais, uma vez que o aborto traz consequências físicas e psicológicas devastadoras para a mãe, não é de se espantar a gigantesca oposição que as feministas que integravam no século XIX o movimento sufragista – tais como Susan B. Anthony, Elizabeth Cady Stanton, Matilda Joslyn Gage, Victoria Woodhull, Elizabeth Blackwell, e Alice Paul – faziam da ideia da legalização do aborto. Qualquer um que se atenha aos fatos, conclui facilmente que a verdadeira posição pró-mulher é a posição contrária a legalização do aborto, não a favorável. Pelo direito das mulheres, principalmente o de nascer, aborto NÃO!
“SE HOMEM PODE ABANDONAR FILHO, MULHER PODE ABORTAR”
Infanticídio não é comparável a abandono parental. Desmembrar uma criança em uma máquina de sucção e depois jogar seus restos mortais no meio do lixo hospitalar é uma atitude muito mais grave do que simplesmente abandonar uma criança ou entrega-la para adoção. Por fim, pode-se ainda dizer que a Constituição de 1988 já garante através do seu artigo 227 que todo o pai tem o dever de sustentar, cuidar e zelar por seu filho, sendo o abandono financeiro tipificado como crime com detenção de 1 a 4 anos pelo artigo 244 do Código Penal. Dessa forma, enterra-se mais uma das falácias feministas.
“ESTUPRO JUSTIFICA ABORTO”
Errado. Independentemente da forma como foi concebido, todo ser-humano tem direito à vida. Aplicar a pena capital à um inocente que sequer está envolvido no crime de estupro é violar de maneira claríssima o princípio de que “A pena não pode passar da pessoa do delinqüente.” (Convenção Americana de Direitos Humanos, art. V, I). Ademais, uma cirurgia física como o aborto não resolverá os problemas psicológicos decorrentes do estupro, mas antes, pode agravá-los. Embora a mãe não seja obrigada a ficar com a criança, ela tem a obrigação moral de não desmembrá-la através de uma máquina de sucção e misturar os seus restos mortais ao lixo hospitalar. É função do Governo prover à gestante uma Assistência Social de qualidade, e, caso necessário, também um orfanato decente para a criança.
“ANENCEFALIA JUSTIFICA ABORTO”
Errado. Nada justifica tirar arbitrariamente a vida de um ser-humano inocente. Uma deficiência grave não torna o anencéfalo menos humano do que nós. Desmembrar pessoas sob a justificativa de serem defeituosas é a mais grotesca forma de eugenia.
“PELA LEI, ANENCÉFALOS SÃO ‘NATIMORTOS CEREBRAIS’”
Errado. A Lei nº 9434/1997 define que o Brasil utiliza o critério de morte encefálica para definir a cessação da vida de um indivíduo, não o de morte cortical. Uma vez que o anencéfalo possui tronco encefálico funcionante, ele não pode ser enquadrado no conceito de natimorto. Mesmo sem ajuda de nenhuma máquina, o bebê anencéfalo respira, se mexe, mama, grita, e responde à estímulos auditivos, vestibulares e dolorosos. Trata-se de um indivíduo vivo da nossa espécie que merece ser respeitado. Todos esses dados levaram inclusive o próprio Conselho Federal de Medicina a revogar a resolução de nº 1752/2004 que permitia a retirada de órgãos desses bebês ainda em vida (o chamado “infanticídio eugênico”), substituindo-a pela Resolução de nº 1949/2010. Infelizmente, ainda assim, 5 dos 8 ministros do Judiciário se basearam nesta resolução ultrapassada quando proferiram seus votos na desastrosa votação da ADPF 54.
“ABORTO EM CASO DE ANENCEFALIA É UMA FORMA DE ABORTO TERAPÊUTICO”
Errado. A legislação brasileira só considera aborto terapêutico, o aborto que ocorre “se não há outro meio de salvar a vida da gestante” (cf. Código Penal, art. 128, I). Ora, todas as possíveis complicações oriundas da gravidez de um anencéfalo (polidrâmnio, diabetes e pressão alta) tem tratamento e estão presentes também em gravidezes comuns. Dessa forma não se pode enquadrar o aborto dos anencéfalos enquanto “aborto terapêutico”, e as bases teóricas propostas pela ADPF 54 mostram-se frágeis e insustentáveis.
“ANENCÉFALOS NÃO SÃO PESSOAS”
Errado. De acordo com o conceito filosófico clássico proposto por Boécio e posteriormente desenvolvido pelos filósofos medievais como São Tomás de Aquino, uma pessoa é uma “substância individual de natureza racional”. Ora, sem dúvidas, o anencéfalo é uma “substância individual”, no sentido de que ele é um indivíduo vivo da nossa espécie. Ele também possui “natureza racional” pois possui uma natureza teleologicamente ordenada à racionalidade (isto é, a natureza humana). Fatores acidentais como idade ou deficiência, embora possam impedir o exercício das atividades para as quais o homem é ordenado, não desqualificam a personalidade do indivíduo já que ele essencialmente continua pertencendo à um tipo de coisa que é racional. Este é o motivo pelo qual, por exemplo, todo recém-nascido é considerado “pessoa” embora a sua idade (fator acidental) não o permita exercer a racionalidade.
“MAS O BEBÊ VAI MORRER ASSIM QUE NASCER”
Nenhuma vida é curta demais para ser insignificante. Crianças em estágio terminal ainda tem direito à vida. O Estado não pode permitir que terceiros decidam arbitrariamente até onde vai a vida de outro ser-humano. Se assim o fosse, nada impediria que ele legalizasse também o assassinato involuntário de pessoas adultas em estágio terminal. Aos anencéfalo e sua família cabem cuidados paliativos, aborto não.
“O SOFRIMENTO PSICOLÓGICO DA MÃE JUSTIFICA O ABORTO DO FILHO”
Errado. Em virtude do seu status pessoal, o nascituro goza assim como a mãe de dignidade inviolável. Afirmar que nestes casos, a vontade do mais forte (isto é, a vontade do já nascido) pode suprimir os direitos do mais fraco (isto é, os direitos do não-nascido), significa aderir à uma tese filosoficamente insustentável. Sob a perspectiva ontológica, não há qualquer diferença entre uma mulher adulta e seu zigoto de apenas um dia que legitime essa sobreposição de direitos. Ambos devem ser tratados enquanto pessoas de igual valor e dignidade e não enquanto coisas ou objetos uns dos outros. Ademais, se admitíssemos que o sofrimento psicológico dos pais por si só justifica o filicídio, não haveria motivos para que limitássemos tal ato ao momento do nascimento da criança. Dessa forma não apenas o aborto, mas também o infanticídio – em nome do “sofrimento psíquico da mãe” – estaria legalizado. É dever do Estado promover às gestantes uma Assistência Social de qualidade que lhe garanta todo o acompanhamento psicológico necessário para levar a gravidez a termo. Tal Assistência vale especialmente para aquelas gravidezes onde traumas psicológicos usualmente estão envolvidos tais como quando a criança é fruto de estupro ou quando o bebê é portador de uma doença fatal.
É dilema moral. Não há decisão onde o mal menor pode ser calculado por terceiros. Não é porque a mãe não vai morrer no processo que seja possível a terceiros usar uma régua que meça se e mulher ser obrigada a gerar um filho de estupro é melhor ou pior que a morte. Só a pessoa que passa por isso tem condições de medir a qual sofrimento ela é humanamente capaz suportar. O de matar um inocente ou o de seguir a gestação pra o salvar.
Você não pode obrigar ninguém a assumir consequências de atos que não praticou, ainda mais quando estes atos foram de violência extrema e humilhante contra a pessoa.
A lei brasileira está (na verdade estava*) perfeita neste sentido.
Falta a lei brasileira punir com prisão perpétua o estuprador caso a mãe siga com a gestação ou com a morte caso a mãe faça a opção pelo assassinato o filho.
O aborto em caso de risco de vida para a mãe é dilema moral porém de mais fácil solução.
Se a mãe disser que não quer arriscar a própria vida pela vida do filho é ponto final.
Nos dois casos há porque admitir matar um inocente embora não é o que se deseje. Estas coisas são inerentes a estarmos vivendo em uma realidade imperfeita segundo nossos critérios.
O que deve ser discutido para os dois casos é como não usar a lei que os admite de forma a servir de salvaguarda pra assassinato de inocentes que não se enquadram nessas situações especiais.
O ditador que se diz juiz Luis Roberto Barroso estuprou o estado de direito e legislou pra mudar uma lei, o que estaria fora de seu escopo se este não fosse como já dito, um ditador. Este porco incluiu o assassinato de anencéfalos.
É curioso porque segundo a lei que ele inventou ele mesmo poderia ter sido abortado.
No entanto não basta pra ser aplicado em situações onde a lógica não pode ser respeitada porque quem será obrigado a arcar com as consequências tem mais do que lógica pra se preocupar.
Você consegue expor este argumento a uma mulher estuprada e ela, mesmo depois de concordar com ele, dizer:
"Ótimo, mas eu não consigo suportar este sofrimento, se for forçada darei fim a minha vida e a criança vai junto, infelizmente."
É disso que a lei brasileira trata. Não há paralelos ou analogias a serem aplicadas aqui. É por isso que o argumento lógico não basta. Estamos lidando com humanos que tem que lidar com as próprias emoções e não simplesmente com a lógica.
Uma solução a qual se poderia obrigar a mulher a passar seria a de transferir o feto pra outra mulher que se oferecesse pra gerar o filho caso isso fosse possível. Acredito não ser.
Ben Shapiro, um antiaborto declarado diz só admitir aborto em caso de estupro em casos assim, onde a mãe se torna suicida.
Não vejo porque esperar por isso ao invés de apenas expor a situação pra mãe e, sem pressões, a deixar decidir.
Há que se considerar que forçar mulheres estupradas a gerarem filhos de estupradores seja também algo detestável e que é contraproducente na causa antiaborto.
Sim,vendo por este lado sou obrigado a concordar;até porque o ato de força-la,parece-me ser uma clara contradição ao livre-arbítrio;mas,porque ela não poderia aceitar um acompanhamento durante o seu período de gestação para depois mandar o recém- nascido aos cuidados de um orfanato,não poderia ser uma alternativa viável?
Ela pode aceitar acompanhamento, ela pode ter o bebê e colocar pra adoção, ela pode inclusive não querer nada disso e matar o bebê.
Se quiser pegar o dinheiro do meu imposto pra pagar os psiquiatras (psiquiatras, psicólogos não, já pagamos até por acupuntura...) pra acompanhar a gestação dela, caso ela queira, eu estou de acordo.
É louvável o esforço de salvar a vida do inocente mas temos que reconhecer que esta é uma limitação única para a qual não há solução melhor por hora do que deixar a pessoa envolvida calcular se pode ou não lidar com tamanho sofrimento.
E temos que principalmente calcular o tamanho do poder que estamos dando ao estado não de acordo com como nós usaríamos este poder mas de acordo com como Hitler poderia fazer uso dele.
Estaríamos com a melhor das intenções dando ao estado o poder de obrigar pessoas a assumir consequências de atos dos quais elas não têm responsabilidade nenhuma.
Não é sobre o que você ou eu faríamos com este poder, é sobre o que faria José Dirceu por exemplo.
A gente era feliz e não sabia.
Hoje vou na padaria cedo e já está tocando música gospel nas alturas!
No trabalho é um "paz do Senhor, irmão" que não acaba nunca! Enfia-se Deus/Jesus em tudo quanto é assunto!
Não dá pra conversar sobre filme/música que não seja gospel pois tem sexo, violência, bruxaria, blá, blá blá!
Ah, povo chato!
Só não é pior porque (ainda) não tem esquerdista fazendo proselitismo.
Eu quis dizer "esquerdista fazendo proselitismo político onde eu trabalho".
SOLIMEO, Gustavo (Modificado). Condenações papais ao comunismo. Disponível em <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/ateismo/818-condenacoes-papais-ao-comunismo> Desde:08/09/2015
CONDENAÇÕES PAPAIS CONTRA O COMUNISMO
SUPER USER 08 SETEMBRO 2015
INTRODUÇÃO
Aqui será feito um pequeno apanhado sobre o que os Papas realmente disseram sobre as ideologias socialista e comunista. O leitor poderá notar a perspicácia que os Papas tiveram ao comentá-los, desde seus primórdios, de forma quase que profética, alertando dos perigos e erros destas ideologias perversas, (infelizmente) constatando que os alertas tinham toda razão, ao ver que no tempo presente e no tempo que se passou até agora, muitos daqueles erros condenados se concretizaram, e ainda continuam a serem difundidos em nosso tempo, também dentro da Igreja. Aquele que dizer que os ideais socialistas e comunistas já foram extirpados de nossa sociedade, estará ciente de que continua se enganando, após esta leitura dos Papas.
PIO IX (1846-1878)
A subversão da ordem
“(...) Mas não desconheceis, veneráveis irmãos, que os principais arquitetos dessa maldosa trama desejam empurrar os povos, agitados por qualquer doutrina perversa que aparecer, à subversão de toda a ordem das coisas humanas e a arrastá-los aos execráveis sistemas do novo socialismo e comunismo. (...)” (Encíclica Nostis et Nobiscum, 8 de Dezembro de 1849).
Antes de dizer que o socialismo e comunismo são uma “maldosa trama”, o bem-aventurado Papa Pio IX disse que “não podiam conter as lágrimas” quando constatavam que naquele momento existiam “alguns italianos tão desonestos e miseravelmente iludidos” que “aplaudiam doutrinas malvadas de homens ímpios” que levariam a Itália “à uma grande ruína”. Eis o retrato do comunismo e socialismo comentado já nos seus primórdios, por um Papa.
Laicidade
"(...) E, apoiando-se nos funestíssimos erros do comunismo e do socialismo, asseguram que a ‘sociedade doméstica, ou seja, a família justifica-se somente pelo direito civil, e que, por isso, somente da lei civil derivam e dependem os direitos dos pais sobre os filhos, e em particular o direito de procurar a instrução e a educação’ (...)” (Encíclica Quanta Cura, 8 de Dezembro de 1864, 4).
O bem-aventurado Papa não precisou experienciar alguns anos de socialismo para perceber que os adeptos desse sistema queriam afastar a todo custo a formação religiosa da juventude, para pervertê-la com suas doutrinas anti-católicas. Isso é o que exatamente vemos em nosso tempo: kit-gay, ideologia de gênero, Igreja como inimiga da ciência e do progresso, mordaça quando alguém quer professar sua religião num Estado laico, etc. O Papa, muito sabiamente, já previu o que queriam, como ele prossegue na Encíclica:
“(...) Com essas ímpias opiniões e maquinações esses homens enganadores objetivam principalmente fazer com que a saudável doutrina da Igreja católica seja totalmente afastada da instrução e educação da juventude, e os tenros e flexíveis ânimos dos jovens sejam miseravelmente contagiados e depravados por perniciosos erros e vícios de toda sorte. (...)”
LEÃO XIII (1878-1903)
Golpes deliberadamente planejados
“(...) Pois, sendo retirados o temor a Deus e a reverência pelas leis divinas, sendo desprezada a autoridade dos governantes, a sedição permitida e aprovada, e as paixões populares exacerbadas até o desprezo pela lei, sem qualquer freio a não ser o castigo, uma mudança e derrubada de todas as coisas necessariamente seguirá. Sim, esta mudança e derrubada é deliberadamente planejada e colocada em curso por várias associações de comunistas e socialistas. (...)” (Encíclica Humanum Genus, 20 de Abril de 1884, n. 27)
Podemos verificar presentes em nosso tempo o objeto do alerta que um Papa do século XIX fez: o caos promovido pelas filosofias marxistas, subversão da ordem e golpes. É o caso de países China, Cuba, Rússia, Venezuela, Bolívia, Coreia do Norte... E não está muito longe o caso de um país que conhecemos muito bem. Você vive nele, prezado leitor.
Rebaixando a união natural entre homem e mulher
“(...) Eles [os socialistas, comunistas e niilistas] desonram a união natural do homem e da mulher, que até mesmo os povos bárbaros respeitaram. Enfraquecem e até mesmo entregam à leviandade este vínculo, com o qual se mantém principalmente o círculo doméstico. (...)” (Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de Dezembro de 1878, n. 1).
Como bem alertou seu predecessor, o Papa Pio IX, Leão XIII constatou o mesmo: a subversão dos valores básicos do homem, sendo um deles exatamente a família. Hoje vemos o resultado disso: grande número de divórcios e até mesmo leis que facilitam o mesmo, subversão dos valores familiares com promoção de diferentes tipos de casamento com o intuito de desfigurar a imagem da família como a sociedade sempre concebeu.
Direito à propriedade
“(...) Porque enquanto os socialistas, apresentando o direito de propriedade como invenção humana contrária a igualdade natural entre os homens; enquanto, proclamando a comunidade de bens, declaram que não pode tratar-se com paciência a pobreza e que impunemente se pode violar a propriedade e os direitos dos ricos, a Igreja reconhece muito mais sabia e utilmente que a desigualdade existe entre os homens, naturalmente dissemelhantes pelas forças do corpo e do espírito, e que essa desigualdade existe até na posse dos bens. Ordena, ademais, que o direito de propriedade e de domínio, procedente da própria natureza, se mantenha intacto e inviolado nas mãos de quem o possui, porque sabe que o roubo e a rapina foram condenados pela lei natural de Deus. (...)” (Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de Dezembro de 1878, n. 28-29).
“(...) Importa, por conseqüência que nada lhe seja à democracia cristã mais sagrado do que a justiça que prescreve a manutenção integral do direito de propriedade e de posse; que defenda a distinção de classes que sem contradição são próprias de um Estado bem constituído. (...)”(Encíclica Graves de Communi Re, 18 de Janeiro de 1901, 4)
O direito à propriedade é defendido pelo Papa, ressaltando que a Igreja reconhece que a desigualdade existe até na posse de bens, condenando o roubo e o ódio invejoso instigado pelos socialistas contra os que possuem. Na Rerum Novarum, é ressaltado que a “propriedade particular e pessoal é, para o homem, de direito natural”, relembrando o mandamento divino: «Não desejarás a mulher do teu próximo, nem a sua casa, nem o seu campo, nem o seu boi, nem a sua serva, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença».
A colheita de miséria
“(...) Há necessidade de uma união de mentes corajosas com todos os recursos que podem dispor. A colheita de miséria está diante dos nossos olhos, e os projetos terríveis dos mais desastrosos levantes nacionais estão nos ameaçando a partir do poder crescente do movimento socialista. (...)” (Encíclica Graves de Communi Re, 18 de Janeiro de 1901, 21)
Este é um outro aspecto que fora observado nos regimes socialistas. Miséria, falta de recursos, fome... As exortações dos Papas ao comentar estes regimes foram sagazes e certeiros. Não podemos também fechar os olhos perante os demais aspectos levantados por este e outros Papas, sob a ilusão de que governos e ideologia socialista/comunista não existem mais.
(SÃO) PIO X (1903-1914)
O sonho de remodelar a sociedade irá trazer o socialismo
“(...) Porém, mais estranhas ainda, ao mesmo tempo inquietantes e acabrunhadoras, são a audácia e a ligeireza de espírito de homens que se dizem católicos, e que sonham refundir a sociedade em tais condições, e estabelecer sobre a terra, por cima da Igreja Católica, "o reino da justiça e do amor", com operários vindos de toda parte, de todas as religiões ou sem religião, com ou sem crenças, contando que se esqueçam do que os divide: suas convicções religiosas e filosóficas, e ponham em comum aquilo que os une: um generoso idealismo e forças morais adquiridas "onde possam", Quando se pensa em tudo que foi preciso de forças, de ciência, de virtudes sobrenaturais para estabelecer a cidade cristã, e nos sofrimentos de milhões de mártires, e nas luzes dos Padres e Doutores da Igreja, e no devotamento de todos os heróis da caridade, e numa poderosa Hierarquia nascida no céu, e nas torrentes da graça divina, e tudo isto edificado, travado, compenetrado pela Vida e pelo Espírito de Jesus Cristo, a Sabedoria de Deus, o Verbo feito homem; quando se pensa, dizíamos, em tudo isto edificado, fica-se atemorizado ao ver novos apóstolos se encarniçarem por fazer melhor, através da atuação dum vago idealismo e de virtudes cívicas. Que é que sairá desta colaboração? Uma construção puramente verbal e quimérica, em que se verão coruscar promiscuamente, e numa confusão sedutora, as palavras liberdade, justiça, fraternidade e amor, igualdade e exaltação humana, e tudo baseado numa dignidade humana mal compreendida. Será uma agitação tumultuosa, estéril para o fim proposto, e que aproveitará aos agitadores de massas, menos utopistas. Sim, na realidade, pode-se dizer que o Sillon escolta o socialismo, o olhar fixo numa quimera.(...)” (Carta Apostólica Notre Charge Apostoliqueaos bispos da França, 15 de Agosto de 1910, condenando o movimento Le Sillon)
Esta condenação que São Pio X proferiu serve também para os tempos de hoje, quando paramos para observar teólogos da libertação como Leonardo Boff, ou demais católicos simpatizantes do socialismo. Reparamos que estas pessoas acabam sendo relativistas religiosas, nunca se importando com as diferenças, proclamando apenas vazios discursos de igualdade, sem nenhum conteúdo de fé católica.
BENTO XV (1914-1922)
Nunca esquecer a condenação do socialismo
“(...) Não é nossa intenção aqui repetir os argumentos que expõe claramente os erros do socialismo e de doutrinas semelhantes. O nosso predecessor, Leão XIII, muito sabiamente o fez em memoráveis Encíclicas; e vós, veneráveis irmãos, terão o maior zelo para que esses graves preceitos nunca sejam esquecidos, mas que sempre que as circunstâncias os exigirem, eles devem ser claramente expostos e inculcados em associações e congressos católicos, em sermões e na imprensa católica. (...)” (Encíclica Ad Beatissimi Apostolorum, 1º de Novembro de 1914, 13)
Bento XV não se esquece da marcante oposição que Leão XIII manifestou às ideologias socialista e comunista, ratificando que as condenações sempre devem ser claramente expostas em quaisquer meios católicos, até mesmo em sermões. Infelizmente vemos isso acontecer muito pouco em nossas paróquias.
PIO XI (1922-1939)
O Socialismo não pode ser conciliado com a doutrina católica
“(...) O socialismo quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como « acção », se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. O socialismo quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como « acção », se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. (...)” (Encíclica Quadragesimo Anno, 15 de Maio de 1931, III, 2)
Socialismo católico é uma contradição
“(...) E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa própria concepção da sociedade humana, diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios : ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista. (...)” (Ibid.)
Mais uma vez um Papa ratifica seus antecessores, e rechaça a atitude de pessoas que se dizem católicas e ainda tenham a audácia de aderirem às ideologias socialista e comunista, dizendo serem inconciliáveis com a fé católica. É lamentável quando vemos por aí, por exemplo, membros de pastorais da Igreja com bandeiras vermelhas e estampados com personagens como Che Guevara realizando a promoção das doutrinas vermelhas.
PIO XII (1939-1958)
A Igreja irá combater o socialismo até o fim
“(…) [A Igreja comprometeu-se] com a proteção do indivíduo e da família contra uma corrente que ameaça provocar uma socialização total que, no final fará um espectro do ‘Leviatã’ se tornar uma realidade chocante. A Igreja irá travar esta batalha até o fim, pois é uma questão de valores supremos: a dignidade do homem e a salvação das almas. (…)” (Radio-mensagem para o Katholikentag de Viena, 14 de Setembro de 1952, em Discursos e Radio-mensagens, vol. XIV, p. 314)
Pio XII declara guerra contra as ideologias em questão. Hoje sabemos que os campos de batalha permeiam o campo cultural. Isso começou a ser notado quando Pio XI já na Quadragesimo Anno falou de um “Socialismo educador”. Querem implantar ideologias e posições contrárias às prescrições divinas através de leis e em nossas escolas. O bom católico deve armar-se intelectualmente para esta batalha, que deve ser travada silenciosa, na vida quotidiana.
Estado Controlador
“(...) Considerar o Estado como fim a que tudo deve ser dirigido e subordinado, seria o mesmo que prejudicar a verdadeira e duradoura prosperidade das nações. E dá-se isso quando tal domínio ilimitado seja atribuído ao Estado, como mandatário da nação, do povo ou até de uma classe, ou quando o Estado o pretende, como senhor absoluto, independentemente de qualquer mandato.(...)” (Encíclica Summi Pontificatus, 20 de Outubro de 1939, 60)
Um excessivo poder atribuído ao Estado pode ser prejudicial à liberdade do cidadão, não somente no campo econômico. É o caso de países onde são colocados limites à liberdade religiosa, e o católico não tem mais o direito de professar publicamente sua fé.
(SÃO) JOÃO XXIII (1958-1963)
Nenhum católico pode subscrever nem mesmo o socialismo moderado
“(...) Entre comunismo e cristianismo, o pontífice [Papa Pio XI] declara novamente que a oposição é radical, e acrescenta não se poder admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado: quer porque ele foi construído sobre uma concepção da vida fechada no temporal, com o bem-estar como objetivo supremo da sociedade; quer porque fomenta uma organização social da vida comum tendo a produção como fim único, não sem grave prejuízo da liberdade humana; quer ainda porque lhe falta todo o princípio de verdadeira autoridade social. (...)” (Encíclica Mater et Magistra, 15 de Maio de 1961, 34)
Fica, portanto proibido ao católico subscrever qualquer tipo de socialismo. Isso porque, segundo o Papa, já na sua gênese o socialismo diverge de maneira definitiva do cristianismo. Frisando novamente, infelizmente ainda há católicos que pensam haver conciliação entre ideais socialistas e doutrina católica, com ouvidos moucos para as exortações papais.
PAULO VI (1963-1978)
Cristãos tendem a idealizar o socialismo
“(...) Muito freqüentemente, os cristãos atraídos pelo socialismo têm tendência para o idealizar, em termos muito genéricos, aliás: desejo de justiça, de solidariedade e de igualdade. Eles recusam-se a reconhecer as pressões dos movimentos históricos socialistas, que permanecem condicionados pelas suas ideologias de origem. (...)” (Carta Apostólica Octogesima Adveniens, 14 de Maio de 1971, 31)
O beato Paulo VI, em outras palavras, afirma que permanecem alienados, na ilusão, aqueles católicos que pensam que há algum tipo de conciliação entre socialismo e cristianismo.
(SÃO) JOÃO PAULO II (1978-2005)
Socialismo: o perigo de uma “solução simples e radical”
“(...) Alguém podeia admirar-se do facto de que o Papa começasse pelo «socialismo», a crítica das soluções que se davam à «questão operária», quando ele ainda não se apresentava — como depois aconteceu — sob a forma de um Estado forte e poderoso, com todos os recursos à disposição. Todavia Leão XIII mediu bem o perigo que representava, para as massas, a apresentação atraente de uma solução tão simples quão radical da «questão operária». (...)” (Encíclica Centesimus Annus – Sobre centenário da Rerum Novarum, 1º de Maio de 1991, 12)
São João Paulo II, trazendo à tona a memória de Leão XIII, ensina-nos a desconfiar das soluções atraentes propostas pelos socialismo. Ele denuncia que outros caíram neste engodo, que resultou num Estado forte e poderoso em detrimento dos próprios pobres, aos quais se propunha ajudar.
BENTO XVI (2005-2013)
Condenação do pensamento marxista na Igreja
“(...) Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo.(...)” (Discurso do Papa Bento XVI. Aos prelados da Conferencia Episcopal dos Bispos do Brasil dos Regionais Sul 3 e Sul 4 em visita Ad Limina Apostolorum. 5 de Dezembro de 2009).
A instrução:
“(...)É verdade que desde as origens, mais acentuadamente, porém, nestes últimos anos, o pensamento marxista se diversificou, dando origem a diversas correntes que divergem consideravelmente entre si. Na medida, porém, em que se mantêm verdadeiramente marxistas, estas correntes continuam a estar vinculadas a certo número de teses fundamentais que não são compatíveis com a concepção cristã do homem e da sociedade. (...) Lembremos que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus direitos encontram-se no centro da concepção marxista. Esta contém de fato erros que ameaçam diretamente as verdades de fé sobre o destino eterno das pessoas (...)”. (Libertatis Nuntius; Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação. Congregação para a Doutrina da Fé. 6 de agosto de 1984. Cap. VII nº 9-10; Cardeal Joseph Ratzinger e Arc. Alberto Bovone).
Verifica-se que Bento XVI chama atenção, há tempos, da disparidade entre o que é professado pelas doutrinas socialistas, chamando-as de ameaça para as verdades de fé, quando estas doutrinas infiltram-se na Igreja.
Falsa promessa do comunismo:
“(...) Tanto o capitalismo como o marxismo prometeram encontrar o caminho para a criação de estruturas justas e afirmaram que estas, uma vez estabelecidas, funcionariam por si mesmas. Afirmaram que não só não havia tido a necessidade de uma moralidade individual prévia, mas que também elas fomentariam uma moralidade comum. E estas promessas ideológicas se mostraram falsas.(...)” (Bento XVI, discurso de abertura da 5ª Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida. 2007).
A doutrina comunista se demonstrou fraudulenta e enganadora, com o decorrer dos tempos, como atestou Bento XVI. Este foi só mais uma de várias admoestações contra este sistema político (e cultural) feita por mais um de vários Papas que condenaram o engano socialista.
PAPA FRANCISCO (2013 - ?)
“(...) Para mim, o âmago do Evangelho pertence aos pobres. Há dois meses ouvi uma pessoa dizer que por isso ele fala dos pobres, por isso tem esta preferência: «Este Papa é comunista». Não! Esta é uma bandeira do Evangelho, não do comunismo: do Evangelho! Mas a pobreza sem ideologia, a pobreza... E por isso creio que os pobres estão no centro do anúncio de Jesus. É suficiente lê-lo! O problema é que depois esta atitude em relação aos pobres às vezes, na história, foi ideologizada. Não, não é assim: a ideologia é algo diferente. (...)” (Diálogo do Papa Francisco a um grupo de jovens da Bélgica, segunda feira, 31 de março de 2014)
O Papa reinante repudia, assim como Bento XVI, a ideologização do anúncio de Cristo. Repudia, de igual modo, a própria ideologia comunista. Um Papa não poderia estar em dissonância com todos os demais Papas, desde que estes começaram a se pronunciar decididamente contra as ideologias socialistas e comunistas já no parturejar das mesmas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Depois de tão solenes advertências dadas pelos pontífices da Igreja ao longo de mais de uma centena de anos, não pode haver mais alegação de inocência, ignorância ou desconhecimento para quem apoia o comunismo ou lhe presta favores.