Terremotos, vírus mortais, desastres naturais, defeitos genéticos, tempestades solares e outros eventos mortíferos e que causam todo tipo de desgraça é tudo culpa da humanidade pecadora...
Eu não acredito que ele seja o autor do mal até porque não acredito sequer que exista mas partindo da premissa que ele teria criado a Terra e o que conhecemos da história natural do planeta afirmar que ele não seria o autor do mal é forçar demais a barra.
POR QUE O MAL EXISTE?
FILOSOFIA
Por Dom Estevão
Última Atualização 25 Mar, 2020
Um dos focos mais frequentes de dificuldades neste setor é o errôneo conceito de mal.
Somos propensos a conceber o mal como um corpo ou uma entidade nociva a nós, assim como somos espontaneamente levados a crer que as trevas são um corpo compacto oposto à luz. Na verdade, as trevas não têm entidade, são mera ausência de luz; assim também o mal não é um ser, mas é justamente a ausência de ser onde este deveria existir. Assim a falta de olhos numa criatura humana é um mal. Outro exemplo: a febre ou o aumento de temperatura é um mal, não porque consiste em calor (entidade positiva), mas porque tal calor (entidade boa em si) está localizado num corpo humano e carece de proporção com as leis desse organismo; o mal da febre só ê mal porque tal grau de calor não está em harmonia com o conjunto de elementos do corpo humano; o mesmo calor posto num motor qualquer poderia ser ótimo elemento por estar dentro das proporções ou exigências desse motor.
Disto se deduz uma consequência importante: o mal não tem propriamente causa. Ele é ocasionado por um agente que produz o bem, mas o produz lacunosamente. Tal agente nunca pode ser Deus, O Qual por definição é infinitamente perfeito (um Deus capaz de imperfeição seria contradição, não seria Deus); só pode ser uma criatura.
— Na verdade, toda criatura, finita como é, é capaz de falhar na produção do bem; pode então dar origem ao mal (uma criatura por si mesma infalível seria um absurdo; deveria ser infinitamente perfeita ; ora não pode haver mais de um Ser infinitamente perfeito, Deus).
O Criador deixa que na realidade as criaturas deem origem ao mal.
— Como é isto possível, se Ele é todo-ciente, todo-poderoso e todo-bondoso ? Como conciliar entre si estes três atributos do Altíssimo?
— Deus é todo-ciente. Sabe o mal que os homens livremente estão para cometer. Sabe…, mas não obriga a cometê-lo; apenas permite.
— E por que permite, se é todo-poderoso e pode evitar?
— Deus não usa da sua onipotência para evitar o mal, porque fez livres as criaturas humanas (para que estas fossem mais dignas do que os autômatos) e não lhes retira o dom da liberdade que outorgou. Qualquer intervenção mutiladora seria indigna de Deus; o Senhor não quis fazer criaturas livres “teleguiadas”. Isto seria o mesmo que fabricar flores artificiais; sabemos que, para que a flor tenha a sua graça, o seu perfume e frescor, é preciso que seja natural… que nasça e morra.
— Mas então como se salva a bondade de Deus, se Ele prevê o mal das criaturas…, se Ele tem poder para o impedir e, não obstante, não o impede?
— A bondade de Deus se salva plenamente pelo fato de que Ele, embora deixe cada criatura enveredar pelo caminho que ela queira, faz que finalmente todas concorram para a vitória do bem. Nenhum ser criado, por mais que abuse dos dons do Senhor, escapa à finalidade suprema da criação, que é proclamar o Bem. “Deus escreve direito por linhas tortas”, diz a sabedoria popular… Este adágio encerra profunda verdade: as linhas são tortas não por causa do Senhor, mas porque as criaturas livres não recebem devidamente o impulso reto de Deus ; contudo a bondade e a onipotência do Altíssimo se manifestam no fato de que, sem violentar ou mutilar algum ser criado, o Senhor faz que tudo convirja para um único objetivo: servir finalmente à causa do Bem.
S. Agostinho e, depois dele, S. Tomás formularam famoso axioma : “Deus jamais permitiria que algum mal existisse em suas obras, se Ele não fosse bastante poderoso e bom para tirar do próprio mal o bem” (Enchiridion 11 ; S. Teol. I qu. 2. a. 3 ad 1).
O poeta Goethe, por sua vez, embora nada tivesse de católico, atribuía a Satanás o seguinte dístico:
“Sou o espírito que sempre nega… Pertenço a essa Força que sempre comete o mal, Mas que só consegue servir ao Bem.” (cf. pág. 18 deste volume)
Veremos plenamente o triunfo do Bem sobre o mal quando tiver terminado a história deste mundo; por enquanto, estando nós debaixo da tempestade, não podemos pretender. contemplar o céu azul que na realidade cerca as nuvens, antecedendo-as, acompanhando-as e sucedendo-lhes.
Outro foco de mal-entendidos é o conceito de castigo infligido por Deus.
Facilmente se pensa que o Todo-Poderoso inventa e cria punições para os homens (“como pôde Deus criar o inferno?”, pergunta-se). Em consequência, julga-se que Deus poderia ser mais brando ou condescendente ao “imaginar” os castigos das suas criaturas; poderia fazer um “abatimentozinho”…
Na verdade, Deus não imagina castigos especiais para as criaturas. Com efeito, não é preciso que Ele delibere sobre a sanção que merecem os infiéis: esta se desencadeia normalmente, como simples consequência da desordem acarretada pelo pecador na natureza. Sim; o homem, alheando-se a Deus, coloca-se, pelo seu ato mesmo de se alhear, na mais dolorosa situação possível. — Por que ? — Porque contradiz à lei fundamental do seu ser; feito para Deus, ele se constitui num estado de retorsão e dilaceração subsistentes. Ora o inferno consiste primariamente nesse tormento, o chamado “fogo do inferno” sobrevém; é pena infligida por um agente físico cuja natureza não se pode precisar exatamente. Assim o pecado traz em si a sua própria sanção; quem come demais, contradizendo às leis da sua natureza, sofre a represália da natureza, sem que haja necessidade da intervenção especial de Deus ou de algum juiz para determinar a pena.
A retorsão (repulsa) no inferno não tem fim, porque o réprobo se endurece na sua aversão a Deus, e em absoluto não quer reconciliação com o Senhor. Na verdade, a natureza humana é tal que ela só muda de disposições enquanto a alma está unida ao corpo e pode captar novas impressões por meio dos sentidos. Se o réprobo mostrasse no inferno o mais leve desejo de voltar a Deus, seria imediatamente recebido pelo Pai do Céu. Em última análise, estejamos certos de que, se nós, pobres homens, temos o senso da justiça, muito mais Deus o tem; o Senhor não comete injustiça para com criatura alguma.
Mais um ponto frequentemente focalizado é a aparente desordem na distribuição das sortes: as pessoas virtuosas são muitas vezes atribuladas, ao passo que os maus parecem prosperar tranquilamente
Em resposta, note-se que não se pode avaliar o grau de felicidade de alguém pelo afluxo de bens temporais que lhe ocorram. Mesmo os que parecem afagados pelo curso visível da vida, sofrem ou sofrerão. Ademais, no estado atual da humanidade, o padecimento vem a ser o verdadeiro valor: burila a personalidade, desprende o potencial de heroísmo e nobreza que cada um traz dentro de si e que fica sufocado quando os bens temporais acariciam; é o sofrimento que quebra a crosta de egoísmo de cada um. Por isto o Pai do céu não dispensa as suas criaturas de sofrer; ao contrário, tanto mais as visita com a cruz quanto mais as deseja elevar na escala da grandeza e da santidade.
Daí se compreende que o justo, longe de se inquietar por ter que sofrer, abraça a sua cruz com generosidade; ele, ao contrário, se perturbaria se tudo lhe corresse a gosto (pois então temeria ser sufocado pelo polvo do egoísmo).
Eis o que, em resumo, se pode dizer sobre os aspectos do problema do mal mais comumente visados.
Mais um textão e nenhuma evidência objetiva de que seu Deus existe, que seu livro dito "sagrado" é confiável e que sua particular interpretação desse livro é a correta.
De que adianta estudar a fundo teologia e doutrina católica sem antes confirmar que elas se baseiam em fatos? Equivale a debater o deus Iluvatar de "O Senhor dos Anéis" ou a mitologia grega.
Comece provando, sem usar a Bíblia, textões de teólogos ou afirmações de fé, que:
- O seu deus, em particular, existe.
- Que, em existindo, é possível saber como ele é e o que quer de nós.
- Que, se ele se dirigir pessoalmente a cada um de nós de forma clara, podemos confiar nele.
Lembre-se: você não está numa igreja falando a católicos ou protestantes.
4. Ciência Moral infusa: que tornava o homem apto a assumir suas responsabilidades diante de Deus sem dificuldades.
Que quando submetida ao primeiro teste, obviamente não funcionou.
"4) O dom da ciência infusa ou da Imunidade de ignorância.
Por «ignorância» entende-se aqui não qualquer falta de conhecimentos, mas a carência das noções que determinado homem, em determinadas circunstâncias da vida, deve possuir (vista a debilidade da natureza humana, verifica-se que é muito fácil ocorrer tal carência). Adão no paraíso, juntamente com a fé infusa (dom sobrenatural), possuía os conhecimentos necessários ao bom desempenho de sua missão de pai do gênero humano; em outros termos: conhecia as verdades de ordem religiosa e filosófica pressupostas para que orientasse a sua conduta e educasse devidamente os seus filhos (cf. Eclo 17,1-8). Isto não significa que fosse conhecedor também das ciências profanas e dos esmerados procederes da técnica. Não se creia tampouco que contemplasse a Deus face a face ou conhecesse acontecimentos futuros contingentes ou ainda as segredos dos corações. Os primeiros pais viviam estritamente do regime da fé.
S. Agostinho e S. Tomás julgaram que ao dom da ciência infusa de Adão estava associado o dom da imunidade de erro (cf. S. Tomás, S. Teol. 194,4; De verit. 18,6); e erro é, sim, o mal da inteligência. Quanto ao erro de Eva, que se deixou seduzir pelas palavras do tentador, dizem os teólogos que ele se explica muito bem na hipótese de que Eva, ao atender ao Maligno, já havia pecado interiormente por orgulho.
A ciência infusa de Adão é insinuada pelo texto bíblico quando refere que o primeiro homem viu desfilar em sua presença todos os animais do paraíso e a cada um impôs o respectivo nome (cf. Gên 2,19). Esta cena não há de ser necessàriamente tomada ao pé da letra; ela provàvelmente significa em termos figurados que Adão teve o conhecimento exato do valor ou do significado dos animais irracionais que o cercavam ou, mais amplamente, do mundo material em que estava colocado. «Impor o nome», na linguagem dos antigos, significa «exprimir a essência ou as notas características» da pessoa ou do objeto nomeado."
Não tem como falar sobre a Fé Católica se não a estuda e a pratica continuamente
O que exclui da fala quase todos os Católicos.
Que ainda continuam a rezar e ir a Igreja e buscam fazer o certo,como dito no decálogo; não disconsideremos estes fatores.
E por que o fazem?
Porque entendem perfeitamente a necessidade de fazê-lo ou porque foram mentalmente condicionados a isto pela família ou pela sociedade?
O que diferencia os praticantes das milhares de religiões se todos "continuam a rezar e ir a Igreja e buscam fazer o certo,como dito no decálogo", cada um relação a seus respectivos deuses?
Passei décadas rezando, indo à igreja e buscando seguir os mandamentos. Foi justamente quando ousei pensar a respeito, em vez de agir como um robô, que perdi a fé.
Por «ignorância» entende-se aqui não qualquer falta de conhecimentos, mas a carência das noções que determinado homem, em determinadas circunstâncias da vida, deve possuir (vista a debilidade da natureza humana, verifica-se que é muito fácil ocorrer tal carência). Adão no paraíso, juntamente com a fé infusa (dom sobrenatural), possuía os conhecimentos necessários ao bom desempenho de sua missão de pai do gênero humano; em outros termos: conhecia as verdades de ordem religiosa e filosófica pressupostas para que orientasse a sua conduta e educasse devidamente os seus filhos (cf. Eclo 17,1-8).
A Bíblia diz claramente que Adão e Eva só passaram a conhecer o bem e o mal depois de comer da tal da fruta.
Quem não sabe que aquilo que faz é errado não pode ser condenado por errar.
"Ah, mas Deus proibiu!"
Sim, mas inocentes que eram, julgaram ter entendido errado o que Deus tinha dito quando a serpente lhes explicou melhor.
A serpente que era uma das tantas criaturas de Deus e vivia com eles no paraíso.
Só a partir daí, depois de se lhes abrirem os olhos, tornou-se justificável condená-los por seus atos.
Não se creia tampouco que contemplasse a Deus face a face ou conhecesse acontecimentos futuros contingentes ou ainda as segredos dos corações. Os primeiros pais viviam estritamente do regime da fé.
Não é o que diz a Bíblia. O Gênesis deixa claro que Deus lhes falava diretamente, sem depender de fé.
Quanto ao erro de Eva, que se deixou seduzir pelas palavras do tentador, dizem os teólogos que ele se explica muito bem na hipótese de que Eva, ao atender ao Maligno, já havia pecado interiormente por orgulho.
Errado, como expliquei acima.
Dizem os teólogos?!
Bleaaargh ...
Percebe quantas palavras complicadas e vazias teve que usar para tentar justificar o injustificável?
Quantos filósofos e teólogos precisou citar? Como se eles fossem autoridades incontestáveis?
Durante milênios, filósofos discorreram sobre os mais variados deuses, homens santos dedicaram suas vidas a eles, construíram templos, escreveram hinos.
O deus Brahma já encarnou duas vezes em forma humana (Krishna e Rama). Seus discípulos relataram suas vidas e ensinamentos em livros que são considerados sagrados. Rios de tinta foram gastos por teólogos analisando sua religião e mais de um bilhão de pessoas a pratica.
Você acredita neles? Se não, por que acha que alguém deveria acreditar nos seus filósofos, nos seus santos, no seu livro sagrado?
Gosto de postar os textões pelo fato pessoal de achar ser melhor explicitado neles a Doutrina Católica.Mas posso postar parte por parte caso prefira uma leitura bem mais prática ou resumida.Talvez este seja a ultima explicação em formato de textão.
TODAS AS RELIGIÕES SÃO BOAS?
Por Dom Estevão
Última Atualização 7 Abr, 2020
Para responder à questão, devemos observar a seguinte distinção:
1) Qualquer religião é boa, se aquele que a segue está plenamente convicto de que é a verdadeira religião e cumpre os seus preceitos com toda a fidelidade, de acordo com a sua consciência. Assim quem de inteira boa fé e de maneira coerente adere ao Islamismo, ao budismo ou ao protestantismo, sem jamais conceber dúvida sobre a veracidade de sua crença, pode salvar-se e obter o céu. Contudo, para que isto se dê, repitamo-lo, é necessária uma absoluta boa fé por parte do indivíduo. Esta boa fé poderá ser um fato em regiões onde a educação e a mentalidade do povo estejam unanimemente imbuídas de certa religião (budismo, protestantismo…) sem que haja controvérsia a respeito. A boa fé, em geral, se pode pressupor mais facilmente em gente simples, pouco instruída, do que em pessoas de certa cultura e erudição, conhecedoras da história.
2) Desde, porém, que não haja no adepto de “tal” religião plena certeza de que está de posse da verdade; desde que, por meio de conversas, leituras ou coisa semelhante, lhe sobrevenham dúvidas sobre a autenticidade do credo que professa, é obrigado a indagar a verdade. Se, após as suas pesquisas, chegar à conclusão de que outra é a religião verdadeira, estará obrigado a aderir a esta outra. Se, porém, não obtiver resultado claro, deverá seguir o que a consciência lhe disser no momento (Deus, contudo, não se costuma se subtrair a quem o procura sinceramente).
A obrigação de não permanecer em dúvida religiosa é-nos imposta não somente por Deus, mas também pela dignidade humana. Com efeito, todo homem possui uma faculdade – a inteligência — ordenada a apreender a verdade; essa faculdade só se dá por satisfeita quando alcança a verdade. Não há quem não sinta a repulsa natural ao erro, à dúvida; se; não obstante, alguém permanece voluntariamente nestes, violenta ou mutila a sua razão, sua dignidade característica. A natureza humana vem a ser, portanto, a primeira a acusar o indivíduo que, por descuido consciente, pactue com a incerteza, a dúvida, arriscando-se a errar o seu caminho na vida – e perder o seu Fim último.
Embora todas as religiões em geral inculquem a prática da caridade e certos preceitos de Moral natural (desdobramentos do imperativo “Faze o bem, evita”o mal”), cada uma delas se norteia por certo Credo. Ora, para que a Religião seja perfeita, é preciso que ela aponte não só a Moral boa, mas também o Credo verídico. Deve-se mesmo dizer que a Verdade tem o primado sobre o Amor, a Moral e o Bem; ilumina-o, dirige-o. A Verdade, porém, é uma só (dois e dois só podem dar a soma “quatro”); por conseguinte, só pode haver uma Moral autêntica e só uma religião verdadeira. E a esta é que todos têm de procurar, desde que não possuam a certeza de a professar.
Em outros termos: o ideal do homem é agir não somente de boa fé (aderindo sinceramente a uma ideologia qualquer) mas também segundo a verdadeira fé (aderindo sinceramente a uma ideologia verídica ou à Verdade). Contentar-se com menos do que isto equivale a injuriar a nobreza humana e insultar o Autor dessa nobreza, o Criador.
Veja-se a respeito E. Bettencourt, “A vida que começa com a morte” Rio de Janeiro 1958, c. 8.
O QUE PRECISO PARA TER FÉ?
Quem sinceramente diz que deseja ter fé, já a tem, embora disto não seja consciente.
Em verdade, a fé não é o produto de um raciocínio que, bem arquitetado, mova inelutavelmente a inteligência a dizer “Sim”. As verdades que se podem provar racionalmente são verdades naturais, que não ultrapassam a exígua capacidade do intelecto humano. Ora as verdades da fé são estritamente sobrenaturais, transcendem (não contradizem, porém) nossa fraca compreensão; elas são por si evidentes a Deus, e somente a Deus, Por isto, ninguém de mente sã poderá negar que “dois e dois são quatro”; esta proposição por sua evidência se impõe ao intelecto, queira-o ou não o queira a vontade. Ao contrário, a proposição “Deus é uno em sua natureza e trino em suas pessoas” não é por si evidente de modo a forçar a inteligência à aceitação; o assentimento fica, no caso, dependente da vontade; é a esta que compete mover a razão a dizer “Sim” ou “Não”.
Donde se vê que, em última análise, o ato de fé depende do “querer”; não se espere que decorra de uma iluminação extraordinária da inteligência (um “estalo”) que dissipe as trevas, A fé também não se identifica com o deleite, a vibração sensível, o entusiasmo natural, que alguém possa experimentar quando lhe é enunciada uma verdade sobrenatural. É sempre a vontade que impele a fé; e este impulso é válido, é agradável a Deus independentemente das reações da nossa sensibilidade, mesmo na aridez, na noite dos sentidos. O que a inteligência pode fazer, é preparar o ato de fé, examinando as credenciais das proposições reveladas (a autoridade de quem revelou, de quem transmitiu, os frutos produzidos pelo Evangelho na história, etc.) ou ainda certificando-se, pela análise dos termos propostos, de que os artigos de fé não são absurdos nem contraditórios à razão, mas antes plausíveis.
Justamente porque o ato de fé depende da vontade é que o homem se pode enganar: muitos dos que dizem que desejariam ter fé, na verdade não querem (talvez sem ter plena consciência disto) assumir as consequências práticas de um ato de fé; deveriam dizer “adeus” a um prazer ilícito, e isto eles não o querem ou julgam não o poder (tenham confiança, porém, e deem o passo; Deus não lhes faltará com a sua graça!).
Por conseguinte, quem deseja ter fé saiba que, já por este simples desejo, encontrou a Deus ou recebeu de Deus o dom da fé (“Não me procurarias se já não me tivesses encontrado”, dizia muito bem Pascal, interpretando o próprio Senhor). Só resta a essa pessoa assegurar-se do conteúdo da Revelação, das suas credenciais (caso lhe seja necessário) e dizer o seu “Sim” ao credo, um “Sim” interior devidamente exteriorizado. Doravante tal pessoa procurará viver conforme a doutrina revelada e seus mandamentos; em princípio, isto talvez exija grande esforço; aos poucos, porém, Deus se vai manifestando a quem Lhe é fiel; Ele se dá a conhecer mais e mais pela experiência, pelo contato vivido. Assim, a fé se vai tornando cada vez mais profunda e influente na conduta do cristão.
Aliás é importante frisar que a fé tem sua certeza muito firme; esta certeza, porém, não se deriva da visão direta do- objeto de fé. Donde então provém? Ela decorre do fato de que “estou unido a Alguém que vê, ou seja, a Deus”. É pela doação generosa de toda a personalidade da criatura à infinita Personalidade do Criador que o homem mais e mais vê as coisas que Deus vê, como Deus as vê. Saindo de si e do seu egocentrismo para se entregar ao Senhor, o cristão se identifica com o modo de ver do Altíssimo; e é nesta identificação que consiste a fé. A minha crença será firme na medida em que eu estiver unido por todo o meu teor de vida. (não somente pela inteligência) Àquele que vê a plena verdade.
Para ilustrar o que é a falta de fé, vem muito a propósito o episódio de São Pedro a caminhar sobre as águas (Mt 14,23-33): certa noite, quando remavam sobre o mar da Galiléia, os Apóstolos viram ao longe um clarão pouco distinto que os deixou assustados; Jesus, porém, sem demora lhes disse que era Ele quem assim se manifestava. Então Pedro, crendo no Senhor, lançou-se às águas para Lhe ir ao encontro; e — coisa inesperada — o mar o sustentou, permitindo-lhe caminhar para Cristo. Pedro assumira o risco da fé, e tal risco era bem sucedido… Quando, porém, se achava a meio-caminho, pôs-se a considerar o perigo que corria, mais do que a voz do Mestre; em consequência, inspirado pela visão meramente natural das coisas, concebeu medo e logo… começou a afundar. Foi então que Jesus o tomou pela mão e disse: “Porque duvidaste, homem de pouca fé?”. A fé de Pedro conseguira o que o cálculo humano veio a perder.
Esta passagem do Evangelho contém profunda mensagem: quem quer abraçar a fé, saiba que Deus dá a todo homem a luz e os sinais suficientes para começar a praticar. Faça então um ato de fé consequente, movendo-se para o Senhor. Isto não poderá deixar de representar para a pobre razão humana um salto no “semiobscuro”; na verdade significa perder consistência no “eu” imperfeito para ganhar esteio em Deus Perfeito. Passo ante passo, o indivíduo percebe o valor do “arriscar-se” por Deus; a Personalidade do Primeiro Ser se lhe vai tornando cada vez mais manifesta, dando-lhe já aqui na terra um antegozo do Bem Infinito, que sacia os justos no céu.
Mais um textão e nenhuma evidência objetiva de que seu Deus existe, que seu livro dito "sagrado" é confiável e que sua particular interpretação desse livro é a correta.
De que adianta estudar a fundo teologia e doutrina católica sem antes confirmar que elas se baseiam em fatos? Equivale a debater o deus Iluvatar de "O Senhor dos Anéis" ou a mitologia grega.
Comece provando, sem usar a Bíblia, textões de teólogos ou afirmações de fé, que:
- O seu deus, em particular, existe.
- Que, em existindo, é possível saber como ele é e o que quer de nós.
- Que, se ele se dirigir pessoalmente a cada um de nós de forma clara, podemos confiar nele.
Lembre-se: você não está numa igreja falando a católicos ou protestantes.
Enquanto eu procuro e se eu achar respostas mais práticas e a altura das suas indagações,permita-me passar-lhe o link de dois canais;que tratam exatamente deste tema sobre as razões filosóficas para a existência de Deus.
1) Qualquer religião é boa, se aquele que a segue está plenamente convicto de que é a verdadeira religião e cumpre os seus preceitos com toda a fidelidade, de acordo com a sua consciência.
E como fica a afirmação de que fora da Igreja não há salvação?
A obrigação de não permanecer em dúvida religiosa é-nos imposta não somente por Deus, mas também pela dignidade humana. Com efeito, todo homem possui uma faculdade – a inteligência — ordenada a apreender a verdade; essa faculdade só se dá por satisfeita quando alcança a verdade.
Não temos como saber se uma religião é a verdadeira.
Pessoas sensatas e racionais duvidarão sempre.
O QUE PRECISO PARA TER FÉ?
Quem sinceramente diz que deseja ter fé, já a tem, embora disto não seja consciente.
Em verdade, a fé não é o produto de um raciocínio que, bem arquitetado, mova inelutavelmente a inteligência a dizer “Sim”. As verdades que se podem provar racionalmente são verdades naturais, que não ultrapassam a exígua capacidade do intelecto humano. Ora as verdades da fé são estritamente sobrenaturais, transcendem (não contradizem, porém) nossa fraca compreensão; elas são por si evidentes a Deus, e somente a Deus
Portanto temos todo o direito de duvidar. Inclusive quanto à existência e à natureza dos deuses.
Ao contrário, a proposição “Deus é uno em sua natureza e trino em suas pessoas” não é por si evidente de modo a forçar a inteligência à aceitação; o assentimento fica, no caso, dependente da vontade; é a esta que compete mover a razão a dizer “Sim” ou “Não”.
Ou seja, a pessoa se força a acreditar naquilo que a razão rejeita.
Por conseguinte, quem deseja ter fé saiba que, já por este simples desejo, encontrou a Deus ou recebeu de Deus o dom da fé (“Não me procurarias se já não me tivesses encontrado”, dizia muito bem Pascal, interpretando o próprio Senhor).
Ele apresentou provas do que dizia e de que falava em nome de Deus?
Enquanto eu procuro e se eu achar respostas mais práticas e a altura das suas indagações,permita-me passar-lhe o link de dois canais;que tratam exatamente deste tema sobre as razões filosóficas para a existência de Deus.
Filosofia não basta para provar nada.
As 5 provas de Tomás de Aquino não provam nada.
E assim por diante. Apenas especulação.
A Montfort é uma seita fundamentalista fundada por um fundamentalista chamado Orlando Fedeli.
Rejeitam tudo o que veio como resultado do Concílio Vaticano II.
Embora seus argumentos possam ser válidos dentro do contexto da fé católica, católicos fiéis à hierarquia da ICAR deveriam fugir dele.
Enquanto eu procuro e se eu achar respostas mais práticas e a altura das suas indagações,permita-me passar-lhe o link de dois canais;que tratam exatamente deste tema sobre as razões filosóficas para a existência de Deus.
Você está, talvez sem perceber, usando a técnica de despejar textos enormes, cheios de erudição estéril e apelos à autoridade, em vez de respostas simples e objetivas.
O crente assustado concluirá apenas que "Que alívio, a alegação do ateu malvado foi respondida satisfatoriamente". Mas não lerá aquilo tudo nem, muito menos, se preocupará em entender ou verificar se é válido. Basta-lhe saber que, afinal de contas, havia uma resposta.
Quanto ao cético, vai procurar em vão por um argumento consistente e acabará desistindo de debater com um enrolador.
Sobre Tomás de Aquino, segue abaixo um texto antigo do Acauan:
Sobre as Provas Metafísicas da Existência de Deus
Por Acauan - 26/03/2011
É recorrente em debates entre religiosos e ateus a citação por parte dos religiosos das chamadas provas metafísicas da existência de Deus, geralmente As Cinco Vias propostas por S.Tomás de Aquino, citação frequentemente acompanhada de um desafio à refutação ou alguma referência insultuosa à inteligência do interlocutor ateu por ousar não crer no que estaria tão definitivamente provado.
Também é recorrente em debates minimamente informados sobre a História das Idéias que o ateu cite as contestações à metafísica de Kant e Husserl, nominalmente ou não, recebendo as réplicas esperadas que por sua vez também podem ser postas em dúvida. Em seu status quaestionis o debate é inconclusivo e terminam as partes acreditando naquilo que optaram por acreditar.
Já nos debates de Internet, geralmente orientados pelo que responde a primeira página do Google sobre o tema em discussão, se nota que as citações disponíveis sobre as provas metafísicas são postas e rebatidas sem deixar claro se a lógica do debate é compreendida em seus princípios básicos.
O primeiro ponto que raramente vejo discutido nestes debates é o significado e abrangência do conceito de prova.
Provar uma afirmação é apresentar evidências e argumentos que demonstrem sua veracidade, com um grau de certeza suficiente para desacreditar os argumentos e evidências que propõem que a afirmação seja falsa.
Como uma prova é constituída de evidências e argumentos, a abrangência da prova é limitada à abrangência dos argumentos e evidências que a constituem.
Quanto mais abrangente é o que se intenciona provar, mais abrangentes devem ser as evidências e argumentos usados como prova, ou seja, a prova vale até onde sabemos válidos seus argumentos e evidências.
Assim, as únicas provas absolutas conhecidas são as matemáticas, uma realidade abstrata na qual a abrangência da prova contém o que se pretende provar sem incertezas ou possibilidades alternativas.
A metafísica por sua vez estuda a realidade concreta que percebemos visando uma compreensão de sua estrutura e funcionamento que nos permita tirar conclusões sobre aspectos desta realidade situados além de nossa percepção.
Obviamente, qualquer prova metafísica só é válida dentro da abrangência da metafísica, ou seja, até onde admitimos as premissas da metafísica como verdadeiras, sendo suas premissas essenciais tomadas da hipótese de que a realidade concreta é necessariamente coerente, isenta de absurdos e apreensível pela razão humana.
Na metafísica parte-se de um conhecimento e experiência finitos, tomando-se por verdadeiro que tal finito represente uma amostra significativa do total absoluto da realidade e, baseado em tal confiança, tira-se conclusões de abrangência infinita, como as provas da existência de Deus. Ou seja, a metafísica, tira conclusões sobre o todo a partir do que sabe sobre a parte.
Na matemática é perfeitamente correto tirar conclusões sobre o infinito a partir do finito. Não importa que a circunferência tenha infinitos pontos, bastam três pontos para definir exatamente todos os demais infinitos pontos constituintes.
A metafísica faz sentido para explicar uma realidade criada e mantida por uma racionalidade divina, o que torna esta realidade específica uma premissa metafísica e implica que conclusões metafísicas sobre a veracidade da ordem racional divina da realidade caem em petição de princípio.
É importante lembrar que nas Cinco Vias S.Tomás de Aquino não conclui diretamente pela existência de Deus e sim que a realidade observada necessita de certos elementos para sustentar sua coerência racional e associa estes elementos "ao que chamamos Deus", nas palavras do filósofo.
Pode-se dizer que as Cinco Vias não provam a existência de Deus e sim que apresentam a "hipótese Deus" como explicação racionalmente sustentável para a coerência do cosmo.
A "hipótese Deus" como apresentada pela metafísica não se configura como prova de existência por não eliminar outras hipóteses e por só ser válida dentro das premissas estritas de que a coerência cósmica tida como verdadeira pela metafísica seja um fato e não uma interpretação do observador humano.
Também não se sustenta como demonstração de veracidade da afirmação "Deus existe" e sim como solução teórica para o problema da racionalização da existência de Deus, pois demonstrar em tese que a existência de um suposto ser explicaria determinados fatos não implica que este ser de fato exista.
Esta questão não passou despercebida a S.Tomás de Aquino, que declarou explicitamente a superioridade do ontológico sobre o lógico ao criticar o argumento de Sto. Anselmo, que propunha provar a existência de Deus com um argumento que, em última instância, se revela apenas um jogo de palavras.
Provar entidades infinitas só é possível em uma realidade matemática ou similar à matemática, na qual as propriedades de uma fração finita são idênticas às propriedades do todo infinito.
Em qualquer outra realidade em que esta lei não seja válida, qualquer fração finita é insignificante diante do todo infinito e, portanto, nenhuma prova cujas evidências e argumentos estejam contidos nesta fração terão abrangência suficiente para demonstrar a veracidade do todo infinito que pretendem provar.
No mais, a razão mais elementar entende que o auto-evidente dispensa prova.
Com o justo reconhecimento à sabedoria de S.Tomás de Aquino, todo o mais para além do auto-evidente só encontra provas absolutas na Fé pessoal.
Um resumo:
Você está atribuindo características arbitrárias a uma entidade imaginária. Está criando um deus à imagem e semelhança do homem. Ou a partir do que conhecemos sobre nós mesmos.
Caso ficasse provado que ela existe e é um deus - algo que não sei como seria possível provar - ainda seriam arbitrárias, já que essa entidade nos mostraria o que ela achasse que deveríamos ver, não a realidade.
Sendo supostamente infinita - e nós infinitamente limitados - o que veríamos e compreenderíamos seria infinitamente limitado. E portanto enganoso.
De todos os debates que presenciei ou participei sobre o tema, dois pontos são indiscutíveis: 1. que é impossível provar materialmente a existência de Deus, afora isto, nem tente.
O que para o crente é auto evidente, certamente não o é para o ateu.
2. Os argumentos crentes, para a existência de Deus, quando não apresentados da forma lógica chegam a ser risíveis dado se apoiarem em falácias (criacionisno); daí afastarem, ainda mais, as mentes mais críticas, que talvez busquem na razão um estímulo à inteligência, e no sentimento um conforto para a alma.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência: Um universo complexo que atende às finalidades críticas para a existência da vida em suas múltiplas formas e MATEMATICAMENTE, ajustando rotação e massa, calcula as órbitas planetárias e estelares , juntamente com sua constante transformação favorecendo à evolução.
Neste ponto o ateu/cético mais bem informado vai alegar uma série de acontecimentos naturais e catastróficos para provar que a criação de tudo, por um deus, está repleta de erros, assim atribuindo ao feliz acaso a existência de nossa realidade.
Seu pessimismo é patente pois deixa de se maravilhar com milhões de fatos extraordinários para focar nalguns desacertos da natureza, ainda se adaptando á perfeição divina.
Então confrontam-se as duas hipóteses:
1. A criação resultante de um propósito inteligente.
2. A criação como resultado do acaso.
Imaginemos uma imensa criatura, do tamanho de uma cidade convidada por uma outra para um debate em sua casa.
Diante da desproporcional diferença, a criatura oferecerá seus argumentos de fora da residência do amigo, mas este, entendendo tratar-se de uma descortesia se recusa a sair de casa.
Numa metáfora simples, saindo de casa olharia mais longe veria o céu encontrando com a terra
Imaginemos Deus com as dimensões do Universo procurado por uma assembleia para um debate em um auditório, para provar sua existência.
Com toda a sua boa vontade, não podendo penetrar no recinto, e sendo impossível se fazer compreender às inteligências ali presentes deixa na magnificência do universo seus argumentos, como indício de sua existência.
Os homens os veem, admiram, discutem, mas, radicais na descrença, não atribuem tais maravilhas ao seu verdadeiro autor.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência: Um universo complexo que atende às finalidades críticas para a existência da vida em suas múltiplas formas e MATEMATICAMENTE, ajustando rotação e massa, calcula as órbitas planetárias e estelares , juntamente com sua constante transformação favorecendo à evolução.
ID é uma daquelas ideologias que de tão refutadas até os fundamentalistas cristãos, seus patrocinadores, se esqueceram dela.
Trata-se apenas de um conjunto de falácias lógicas e trivialidades científicas.
O parágrafo acima nada mais é que o surrado Argumento Teleológico usando óculos prá tentar se passar por inteligente.
Alegar que sistemas complexos que produzem determinados efeitos (como sustentar vida) se explicam como obra de uma inteligência criadora só seria válido se o objetivo final da complexidade estivesse pré-definido, o que obviamente não é o caso.
Para exemplificar, seria um feito extraordinário que evidenciaria habilidades ídem se um golfista anunciar que acertará uma determinada folha de grama a centenas de metros de distância e de fato o fizer, já que a probabilidade de isto acontecer é inversamente proporcional ao número de folhas de um campo de golfe, além da influência de variáveis aleatórias.
Já a probabilidade de o golfista acertar uma folha de grama indeterminada é de quase 100%, o que não exige habilidade especial nenhuma.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus
Não existe.
Por limitações humanas é impossível definir Deus, o que por sua vez torna impossível o reconhecer como tal e disso ainda existem dezenas de desdobramentos.
Temos o problema com não sermos oniscientes que é da categoria das limitações humanas.
E temos o problema lógico de que assumir que possa haver um Deus é também assumir que possam haver dois ou mais deles. Este último se liga com o nosso problema pra definir o que é um deus e também pra o reconhecer como tal.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência: Um universo complexo que atende às finalidades críticas para a existência da vida em suas múltiplas formas e MATEMATICAMENTE, ajustando rotação e massa, calcula as órbitas planetárias e estelares , juntamente com sua constante transformação favorecendo à evolução.
ID é uma daquelas ideologias que de tão refutadas até os fundamentalistas cristãos, seus patrocinadores, se esqueceram dela.
Trata-se apenas de um conjunto de falácias lógicas e trivialidades científicas.
O parágrafo acima nada mais é que o surrado Argumento Teleológico usando óculos prá tentar se passar por inteligente.
Alegar que sistemas complexos que produzem determinados efeitos (como sustentar vida) se explicam como obra de uma inteligência criadora só seria válido se o objetivo final da complexidade estivesse pré-definido, o que obviamente não é o caso.
Para exemplificar, seria um feito extraordinário que evidenciaria habilidades ídem se um golfista anunciar que acertará uma determinada folha de grama a centenas de metros de distância e de fato o fizer, já que a probabilidade de isto acontecer é inversamente proporcional ao número de folhas de um campo de golfe, além da influência de variáveis aleatórias.
Já a probabilidade de o golfista acertar uma folha de grama indeterminada é de quase 100%, o que não exige habilidade especial nenhuma.
Caríssimo, refutação não é contraprova. Aquela história de que " esse assunto, de longa data foi refutado aqui".
Você diz uma verdade e eu digo que é mentira... eu desmenti, refutei, e daí? Isso não muda uma verdade.
Não é possível "provar" que Deus existe, e menos ainda "provar" que não existe. É a isso que me refiro, pois as "evidências (não provas) a favor da hipótese de sua existência supera a ausência de evidências da hipótese contrária.
"Ah! Mas o ônus da prova cabe a quem afirma".
Tudo bem, e para onde vai o prazer da troca de ideias, a força da exposição dialética e, muito mais que tudo, a assintótica aproximação de uma verdade, aspiração suprema da humanidade desde priscas eras.
Eu digo que a crença em Deus é o último objetivo a ser alcançado, de uma série de outros, que conduziriam ao primeiro.
- Existe vida após a morte? Reencarnação e Carma? Vida inteligente no Universo além da nossa?
Esta última, por exemplo, que parece não ter muito a ver com o tema, se mostra o mais forte argumento a favor de um ID: A vida no Universo não teria surgido por acaso, pois revelaria uma intenção, um propósito, uma lei...
Num espaço infinito, em tempos eternais haveria infinitos Universos.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus
Não existe.
Por limitações humanas é impossível definir Deus, o que por sua vez torna impossível o reconhecer como tal e disso ainda existem dezenas de desdobramentos.
Temos o problema com não sermos oniscientes que é da categoria das limitações humanas. E temos o problema lógico de que assumir que possa haver um Deus é também assumir que possam haver dois ou mais deles. Este último se liga com o nosso problema pra definir o que é um deus e também pra o reconhecer como tal.
Esta questão depende exclusivamente do conceito que fazemos de Deus.
Antropomórfico, venal, cioso de si mesmo, apego aos sacrifícios e oblatas? Ou Pai, soberano criador de tudo.
Sempre se diz que, admitindo um Deus, por que não outros?
Eu diria que podemos abordar o assunto sob as seguintes perspectivas: se existissem outros deuses, qual seria o numero desses deuses, ou seja, quantos deuses existiria? Poderia ir de zero ao infinito.
Seriam iguais ou diferentes? Se iguais, por que existiriam tantos? Se diferentes, combateriam entre si, pois cada um desejaria perpetuar o seu poder e sua obra. Isso não parece lógico.
Em fim, seria mais fácil admitir que não existe qualquer deus, em vez de um número desconhecido deles.
Voltando ao argumento das limitações humanas, é verdade; não se pode definir Deus mas é necessário que tal entidade, sendo divina, detenha certos atributos, como: poder, sabedoria, eternidade, etc.
Caríssimo, refutação não é contraprova. Aquela história de que " esse assunto, de longa data foi refutado aqui".
Você diz uma verdade e eu digo que é mentira... eu desmenti, refutei, e daí? Isso não muda uma verdade.
Você faz a afirmação taxativa "DI é irrefutável" e depois vem com esta enrolação toda, sem acrescentar nenhum conteúdo que sustente sua afirmação ou que conteste o fato que DI é apenas teleologia requentada.
Você poderia pegar os conceitos e definições de teleologia e demonstrar como e porque DI seria alguma coisa mais que isto.
Mas não, fica neste papo furado de assintótica sei-lá-o-que sem dar nenhuma continuidade às ideias colocadas.
Só prá constar, refutação é o que fazemos no RéV há 21 anos, mas neste caso não precisamos nos dar ao trabalho porque Design Inteligente é a teoria mais refutada da modernidade, sendo que nos Estados Unidos foi diversas levada aos tribunais para julgamento de petições de grupos fundamentalistas que queriam que o DI fosse ensinado em escolas públicas como teoria científica e todos, absolutamente todos os julgamentos concluíram que DI é pregação religiosa e só.
Quem quiser saber o nível das argumentações basta revisar os currículos das testemunhas que provaram em juízo a fragilidade intelectual do troço.
Não é possível "provar" que Deus existe, e menos ainda "provar" que não existe. É a isso que me refiro, pois as "evidências (não provas) a favor da hipótese de sua existência supera a ausência de evidências da hipótese contrária.
E insistindo no "isso já foi refutado aqui", seria de bom grado nos poupar do Argumentum ad ignorantiam
Não é que tenha sido refutado aqui em 21 anos, é que essa falácia deve ter uns 3 mil anos ou mais.
Quanto a haver mais provas a favor do que contra, isso também não é verdade pois tudo passa pela definição do que é Deus pra início de conversa. Piora quando se atribui vontades, bondade infinita, conhecimento do tal Deus, sem saber se estes atributos são mesmo dele. Por quê precisariam ser?
Ignora o argumento do Deus como ato e Deus como potência apresentado aqui pelo Acauan.
Não há mais argumentos em favor de um ou de outro porque ambos estão muito além do que poderíamos reunir como "prova" em favor de qualquer um deles. E pra cada evidência apresentada pra um lado é possível apresentar uma apontando pra outra direção.
Há caos e ordem o suficiente no universo segundo o que sabemos sobre ele até aqui pra argumentar pra qualquer lado.
A única resposta possível pra questão é "não sabemos".
Quem quiser responder de outra forma terá problemas pra provar o que diz.
São 3 caminhos a se tomar.
Não sei, ignoro o assunto. A condição humana é uma barreira intransponível pra que se possa formular teorias sobre coisas infinitas ou mesmo que finitas têm seus limites tão distantes que na prática são infinitas do mesmo jeito.
Creio que há um deus, afinal a realidade existe e deve haver um responsável por ela, vou levar minha vida baseado nisso.
Creio que não há um deus, a realidade é o próprio deus, o universo existe mas é indiferente a mim, vou levar minha vida baseado nisso.
Não há nada de ilógico em nenhuma opção a princípio.
O que é discutível são aspectos civilizacionais derivados de cada escolha.
E o que é ainda mais discutível é quando a opção 2 é escolhida e refinada na forma de religiões que alegam um monte de coisas sobre o responsável pela realidade sem sequer saber quem ou o que ele seria.
Estamos conjecturando sobre Deus, moçada. Não dá para enfileirar argumentos com precisão matemática.
E não vi, tanto da parte de Acauan quanto de judas consistência nas negativas. Da mesma forma que disseram que não respondo, "apenas enrolo", eu digo que também não vi nada mais que uma proposição denotando, "a força da opinião em vez da força do argumento". Afinal, minha casa, minhas regras.
Eu apresentei argumentos racionais que aliam informações da ciência sobre a organização e finalidades do Universo - teleológicos portanto - e, se falamos na existência de Deus, não se pode desconsiderar a forma como um crente compreende este deus na intimidade.
É que, tanto as religiões quanto seus religiosos tecem conceitos próprios sobre seu deus e os céticos se servem daquela bizarrice generalizada para lançar em vala comum até mesmo reflexões sérias que poderiam despertar-lhes a atenção.
Como já disse aqui, acreditar que com os meus arrazoados um cético mudaria de opinião, seria um insulto à sua inteligência. Contudo, da minha parte, devo apresentar argumentos que mereçam alguma consideração, até como respeito ao interlocutor.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência: Um universo complexo que atende às finalidades críticas para a existência da vida em suas múltiplas formas e MATEMATICAMENTE, ajustando rotação e massa, calcula as órbitas planetárias e estelares , juntamente com sua constante transformação favorecendo à evolução.
Isto é uma variação do antropocentrismo: achar que o universo foi criado expressamente para que pudéssemos existir.
Nós não somos o motivo de o universo ser assim. Pelo contrário, nós somos uma consequência de ele ter tais e tais propriedade.
Somos o resultado acidental de uma longa série de acontecimentos aleatórios.
Bastaria que o universo fosse ligeiramente diferente para que não existíssemos ou fôssemos diferentes.
Neste ponto o ateu/cético mais bem informado vai alegar uma série de acontecimentos naturais e catastróficos para provar que a criação de tudo, por um deus, está repleta de erros, assim atribuindo ao feliz acaso a existência de nossa realidade.
Esta é a única conclusão racional possível até que se prove a existência de deuses criadores.
Seu pessimismo é patente pois deixa de se maravilhar com milhões de fatos extraordinários para focar nalguns desacertos da natureza, ainda se adaptando á perfeição divina.
Se, devido a alguma ínfima variação nos acontecimentos ao longo de bilhões de anos, não existíssemos, o universo ainda seria basicamente o mesmo.
A natureza não tem maravilhas, não tem acertos nem desacertos. Isto é um critério humano.
O que é maravilhoso para um humano será fatal ou aterrorizante para outras espécies.
A natureza apenas existe. Ponto final.
Imaginemos Deus com as dimensões do Universo procurado por uma assembleia para um debate em um auditório, para provar sua existência.
Com toda a sua boa vontade, não podendo penetrar no recinto, e sendo impossível se fazer compreender às inteligências ali presentes deixa na magnificência do universo seus argumentos, como indício de sua existência.
Ridículo. Um deus todo poderoso pode se fazer compreender sem limitação alguma, seja física ou mental.
Se ele até agora não se mostrou a nós de forma clara e irrefutável, é porque não quis. Ou porque não existe.
- Existe vida após a morte? Reencarnação e Carma? Vida inteligente no Universo além da nossa?
Esta última, por exemplo, que parece não ter muito a ver com o tema, se mostra o mais forte argumento a favor de um ID: A vida no Universo não teria surgido por acaso, pois revelaria uma intenção, um propósito, uma lei...
Por que a existência da vida revelaria um propósito?
E se houver vida após a morte? Isto significa que existe um criador e um propósito?
Não. Significa apenas que as coisas são deste jeito.
Voltando ao argumento das limitações humanas, é verdade; não se pode definir Deus mas é necessário que tal entidade, sendo divina, detenha certos atributos, como: poder, sabedoria, eternidade, etc.
Como já disse aqui, acreditar que com os meus arrazoados um cético mudaria de opinião, seria um insulto à sua inteligência. Contudo, da minha parte, devo apresentar argumentos que mereçam alguma consideração, até como respeito ao interlocutor.
Tente, pelo menos, ser coerente e não faça afirmações definitivas como "O DI é irrefutável", já que isto é o mesmo que dizer "A existência de Deus é irrefutável".
Ignora o argumento do Deus como ato e Deus como potência apresentado aqui pelo Acauan.
Uma das vaidades do Índio Velho é que eu adoro ser citado.
Mas legal lembrar disto, pois vale como teste.
Quantos Católicos sabem explicar prontamente os conceitos de Potência e Ato, sem correr pro Google e tentar copiar a Wiki, se esforçando prá não ficar igualzinho?
Nota, Católico que não conhece este conceito fundamental não entende patavinas de Teologia Católica.
Sobre o "fora da Igreja não há salvação" há de interpretar esta afirmação no sentido tanto material quanto espiritual.
O que é a Igreja?
Ela é no sentido de assembléia,ou seja;o povo que Deus reune no mundo todo.
A partir disto há o chamado três estados da Igreja:
a Igreja Militante reunida por aqueles que ainda caminham sobre a Terra
a Igreja Padecente reunida por aqueles que aguardam a graça da Santificação no Purgatório
a Igreja Triufante reunida por aqueles que já estão na vida eterna no Céu,ou seja;os Santos.
O que são os 10 Mandamentos?
São a síntese e a base da lei Moral ou Lei de Deus que ditam os deveres do homem para com o seu criador e consequentemente para com o próximo,tanto no sentido imanente quanto no sentido transcendente.
Por exemplo o 5°mandamento "Não Matarás" não se trata somente matar no sentido do que é físico mas também no sentido do que é intangível,ou seja;a morte como afastamento de Deus;por exemplo o Escândalo, que é a atitude de tentar o outro a fazer o mal;afastando o próximo do Sumo Bem que é Deus.
Lembre-se de que a Igreja conserva o título de Católica por que uma de suas características que fazem parte de sua narureza é ser universal para todos.
Logo quando se trata de interpretar o que a Igreja é,diz ou faz;tem que ser no sentido tanto material quanto espiritual;tendo como base o fato de que a finalidade da Igreja é a Evangelização para a salvação de todos os homens por vontade de Deus.
"Em primeiro lugar, é preciso que tenhamos claro uma coisa: Deus não é um legislador frio e inflexível. Ele sabe que há pessoas que não têm culpa de não crerem em Seu Filho e na Sua Igreja (ou que têm sua culpabilidade atenuada). E isso pode ocorrer por diversas razões:
porque ainda não ouviram as palavras do Evangelho;
porque tiveram uma experiência negativa com os católicos ou porque receberam uma catequese ruim, e assim formaram uma má impressão;
porque estão submetidos a fortes condicionamentos culturais.
“Ignorância invencível”: é assim que a Igreja nomeia essas condições extremamente desfavoráveis para o conhecimento e o acolhimento da verdadeira fé. É como um forte bloqueio, que impede a pessoa de dizer sim a Cristo e à Sua Igreja. Por isso, Deus não vê como culpados aqueles que ignoram a verdadeira religião, quando sua ignorância é invencível.
Então, sobre a salvação dos não-católicos, duas coisas devem ficar claras:
1. fora da Igreja não há salvação. Isso é dogma, ou seja, é uma verdade de fé que deve ser aceita por todo católico;
2. aqueles que, sem culpa, desconhecem Cristo e a Sua Igreja, mas buscam a Deus sinceramente e tentam cumprir a Sua vontade não estão fora da Igreja. Eles fazem parte da alma da Igreja e, assim, podem conseguir a salvação.
COMO SERÃO JULGADOS OS NÃO-CATÓLICOS?
São Paulo, em uma de suas cartas, fala que a noção básica do que é bom e do que é mau está inscrita nos corações das pessoas, inclusive daquelas que jamais ouviram falar de Jesus. Isso se chama “lei natural”.
“Os pagãos não têm a Lei. Mas, embora não a tenham, se fazem espontaneamente o que a Lei manda, eles próprios são Lei para si mesmos.
“Assim mostram que os preceitos da Lei estão escritos nos seus corações; a sua consciência também testemunha isso, assim como os julgamentos interiores, que ora os condenam, ora os aprovam.”- Rom 2, 14-15
Diante de Deus, então, os não-católicos serão julgados conforme a sua fidelidade àquilo que aprenderam que é certo ou errado. Certamente, seus conhecimentos sobre o bem e o mal são muito limitados, pois não puderam conhecer a plenitude da verdade na Igreja Católica. E Deus levará essa desvantagem em conta.
É justo que os menos favorecidos sejam menos cobrados. Afinal, Deus julga não somente as ações, mas as intenções e a condição que cada um tem para compreender se o que faz é bom ou mau. Na parábola do mau administrador, Cristo diz:
“Todavia aquele empregado que, mesmo conhecendo a vontade do seu senhor, não ficou preparado, nem agiu conforme a vontade dele, será chicoteado muitas vezes. “Mas o empregado que não sabia e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido...”- Lc 12, 47-48
Isso quer dizer que nós católicos seremos julgados com muito mais rigor do que aqueles que ignoram a palavra de Deus, ou aqueles que a conhecem de modo parcial. Somos privilegiados: tivemos a oportunidade de receber muito mais amor, muito mais graças, muito mais consolações e muito mais sabedoria do que os demais.
UM EXEMPLO:
Em muitas tribos indígenas brasileiras, são enterrados vivos bebês e crianças com deficiência, filhos de mães solteiras e gêmeos.
Notem que tal crueldade é feita com base nas crenças arraigadas da tribo, que julgam estar realizando algo bom para o grupo.
Agora, imaginem um casal católico, que recebeu a catequese de modo adequado, que frequenta as missas... A esposa, grávida, descobre que o bebê tem Síndrome de Down ou anencefalia e, então, o casal resolve fazer um aborto.
Será que no dia do Juízo a mão de Deus recairá sobre esses índios não-catequizados com o mesmo peso que sobre o casal católico? Lembremos que o princípio da ignorância invencível não se aplica a todos os casos de descrença na fé da Igreja. Por isso, não terão salvação aqueles que, voluntariamente, fazem-se cegos e surdos para o Evangelho. “Quem não crer, será condenado” (Marcos 16,16)."
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POR QUE O MAL EXISTE?
FILOSOFIA
Por Dom Estevão
Última Atualização 25 Mar, 2020
Um dos focos mais frequentes de dificuldades neste setor é o errôneo conceito de mal.
Somos propensos a conceber o mal como um corpo ou uma entidade nociva a nós, assim como somos espontaneamente levados a crer que as trevas são um corpo compacto oposto à luz. Na verdade, as trevas não têm entidade, são mera ausência de luz; assim também o mal não é um ser, mas é justamente a ausência de ser onde este deveria existir. Assim a falta de olhos numa criatura humana é um mal. Outro exemplo: a febre ou o aumento de temperatura é um mal, não porque consiste em calor (entidade positiva), mas porque tal calor (entidade boa em si) está localizado num corpo humano e carece de proporção com as leis desse organismo; o mal da febre só ê mal porque tal grau de calor não está em harmonia com o conjunto de elementos do corpo humano; o mesmo calor posto num motor qualquer poderia ser ótimo elemento por estar dentro das proporções ou exigências desse motor.
Disto se deduz uma consequência importante: o mal não tem propriamente causa. Ele é ocasionado por um agente que produz o bem, mas o produz lacunosamente. Tal agente nunca pode ser Deus, O Qual por definição é infinitamente perfeito (um Deus capaz de imperfeição seria contradição, não seria Deus); só pode ser uma criatura.
— Na verdade, toda criatura, finita como é, é capaz de falhar na produção do bem; pode então dar origem ao mal (uma criatura por si mesma infalível seria um absurdo; deveria ser infinitamente perfeita ; ora não pode haver mais de um Ser infinitamente perfeito, Deus).
O Criador deixa que na realidade as criaturas deem origem ao mal.
— Como é isto possível, se Ele é todo-ciente, todo-poderoso e todo-bondoso ? Como conciliar entre si estes três atributos do Altíssimo?
— Deus é todo-ciente. Sabe o mal que os homens livremente estão para cometer. Sabe…, mas não obriga a cometê-lo; apenas permite.
— E por que permite, se é todo-poderoso e pode evitar?
— Deus não usa da sua onipotência para evitar o mal, porque fez livres as criaturas humanas (para que estas fossem mais dignas do que os autômatos) e não lhes retira o dom da liberdade que outorgou. Qualquer intervenção mutiladora seria indigna de Deus; o Senhor não quis fazer criaturas livres “teleguiadas”. Isto seria o mesmo que fabricar flores artificiais; sabemos que, para que a flor tenha a sua graça, o seu perfume e frescor, é preciso que seja natural… que nasça e morra.
— Mas então como se salva a bondade de Deus, se Ele prevê o mal das criaturas…, se Ele tem poder para o impedir e, não obstante, não o impede?
— A bondade de Deus se salva plenamente pelo fato de que Ele, embora deixe cada criatura enveredar pelo caminho que ela queira, faz que finalmente todas concorram para a vitória do bem. Nenhum ser criado, por mais que abuse dos dons do Senhor, escapa à finalidade suprema da criação, que é proclamar o Bem. “Deus escreve direito por linhas tortas”, diz a sabedoria popular… Este adágio encerra profunda verdade: as linhas são tortas não por causa do Senhor, mas porque as criaturas livres não recebem devidamente o impulso reto de Deus ; contudo a bondade e a onipotência do Altíssimo se manifestam no fato de que, sem violentar ou mutilar algum ser criado, o Senhor faz que tudo convirja para um único objetivo: servir finalmente à causa do Bem.
S. Agostinho e, depois dele, S. Tomás formularam famoso axioma : “Deus jamais permitiria que algum mal existisse em suas obras, se Ele não fosse bastante poderoso e bom para tirar do próprio mal o bem” (Enchiridion 11 ; S. Teol. I qu. 2. a. 3 ad 1).
O poeta Goethe, por sua vez, embora nada tivesse de católico, atribuía a Satanás o seguinte dístico:
“Sou o espírito que sempre nega… Pertenço a essa Força que sempre comete o mal, Mas que só consegue servir ao Bem.” (cf. pág. 18 deste volume)
Veremos plenamente o triunfo do Bem sobre o mal quando tiver terminado a história deste mundo; por enquanto, estando nós debaixo da tempestade, não podemos pretender. contemplar o céu azul que na realidade cerca as nuvens, antecedendo-as, acompanhando-as e sucedendo-lhes.
Outro foco de mal-entendidos é o conceito de castigo infligido por Deus.
Facilmente se pensa que o Todo-Poderoso inventa e cria punições para os homens (“como pôde Deus criar o inferno?”, pergunta-se). Em consequência, julga-se que Deus poderia ser mais brando ou condescendente ao “imaginar” os castigos das suas criaturas; poderia fazer um “abatimentozinho”…
Na verdade, Deus não imagina castigos especiais para as criaturas. Com efeito, não é preciso que Ele delibere sobre a sanção que merecem os infiéis: esta se desencadeia normalmente, como simples consequência da desordem acarretada pelo pecador na natureza. Sim; o homem, alheando-se a Deus, coloca-se, pelo seu ato mesmo de se alhear, na mais dolorosa situação possível. — Por que ? — Porque contradiz à lei fundamental do seu ser; feito para Deus, ele se constitui num estado de retorsão e dilaceração subsistentes. Ora o inferno consiste primariamente nesse tormento, o chamado “fogo do inferno” sobrevém; é pena infligida por um agente físico cuja natureza não se pode precisar exatamente. Assim o pecado traz em si a sua própria sanção; quem come demais, contradizendo às leis da sua natureza, sofre a represália da natureza, sem que haja necessidade da intervenção especial de Deus ou de algum juiz para determinar a pena.
A retorsão (repulsa) no inferno não tem fim, porque o réprobo se endurece na sua aversão a Deus, e em absoluto não quer reconciliação com o Senhor. Na verdade, a natureza humana é tal que ela só muda de disposições enquanto a alma está unida ao corpo e pode captar novas impressões por meio dos sentidos. Se o réprobo mostrasse no inferno o mais leve desejo de voltar a Deus, seria imediatamente recebido pelo Pai do Céu. Em última análise, estejamos certos de que, se nós, pobres homens, temos o senso da justiça, muito mais Deus o tem; o Senhor não comete injustiça para com criatura alguma.
Mais um ponto frequentemente focalizado é a aparente desordem na distribuição das sortes: as pessoas virtuosas são muitas vezes atribuladas, ao passo que os maus parecem prosperar tranquilamente
Em resposta, note-se que não se pode avaliar o grau de felicidade de alguém pelo afluxo de bens temporais que lhe ocorram. Mesmo os que parecem afagados pelo curso visível da vida, sofrem ou sofrerão. Ademais, no estado atual da humanidade, o padecimento vem a ser o verdadeiro valor: burila a personalidade, desprende o potencial de heroísmo e nobreza que cada um traz dentro de si e que fica sufocado quando os bens temporais acariciam; é o sofrimento que quebra a crosta de egoísmo de cada um. Por isto o Pai do céu não dispensa as suas criaturas de sofrer; ao contrário, tanto mais as visita com a cruz quanto mais as deseja elevar na escala da grandeza e da santidade.
Daí se compreende que o justo, longe de se inquietar por ter que sofrer, abraça a sua cruz com generosidade; ele, ao contrário, se perturbaria se tudo lhe corresse a gosto (pois então temeria ser sufocado pelo polvo do egoísmo).
Eis o que, em resumo, se pode dizer sobre os aspectos do problema do mal mais comumente visados.
Que ainda continuam a rezar e ir a Igreja e buscam fazer o certo,como dito no decálogo; não disconsideremos estes fatores.
De que adianta estudar a fundo teologia e doutrina católica sem antes confirmar que elas se baseiam em fatos? Equivale a debater o deus Iluvatar de "O Senhor dos Anéis" ou a mitologia grega.
Comece provando, sem usar a Bíblia, textões de teólogos ou afirmações de fé, que:
- O seu deus, em particular, existe.
- Que, em existindo, é possível saber como ele é e o que quer de nós.
- Que, se ele se dirigir pessoalmente a cada um de nós de forma clara, podemos confiar nele.
Lembre-se: você não está numa igreja falando a católicos ou protestantes.
Já que você gosta de textão, seguem-se minhas considerações "filosóficas" a respeito da existência de deuses:
https://fernandosilvamultiply.blogspot.com/2021/09/consideracoes-respeito-da-existencia-de.html
"4) O dom da ciência infusa ou da Imunidade de ignorância.
Por «ignorância» entende-se aqui não qualquer falta de conhecimentos, mas a carência das noções que determinado homem, em determinadas circunstâncias da vida, deve possuir (vista a debilidade da natureza humana, verifica-se que é muito fácil ocorrer tal carência). Adão no paraíso, juntamente com a fé infusa (dom sobrenatural), possuía os conhecimentos necessários ao bom desempenho de sua missão de pai do gênero humano; em outros termos: conhecia as verdades de ordem religiosa e filosófica pressupostas para que orientasse a sua conduta e educasse devidamente os seus filhos (cf. Eclo 17,1-8). Isto não significa que fosse conhecedor também das ciências profanas e dos esmerados procederes da técnica. Não se creia tampouco que contemplasse a Deus face a face ou conhecesse acontecimentos futuros contingentes ou ainda as segredos dos corações. Os primeiros pais viviam estritamente do regime da fé.
S. Agostinho e S. Tomás julgaram que ao dom da ciência infusa de Adão estava associado o dom da imunidade de erro (cf. S. Tomás, S. Teol. 194,4; De verit. 18,6); e erro é, sim, o mal da inteligência. Quanto ao erro de Eva, que se deixou seduzir pelas palavras do tentador, dizem os teólogos que ele se explica muito bem na hipótese de que Eva, ao atender ao Maligno, já havia pecado interiormente por orgulho.
A ciência infusa de Adão é insinuada pelo texto bíblico quando refere que o primeiro homem viu desfilar em sua presença todos os animais do paraíso e a cada um impôs o respectivo nome (cf. Gên 2,19). Esta cena não há de ser necessàriamente tomada ao pé da letra; ela provàvelmente significa em termos figurados que Adão teve o conhecimento exato do valor ou do significado dos animais irracionais que o cercavam ou, mais amplamente, do mundo material em que estava colocado. «Impor o nome», na linguagem dos antigos, significa «exprimir a essência ou as notas características» da pessoa ou do objeto nomeado."
Porque entendem perfeitamente a necessidade de fazê-lo ou porque foram mentalmente condicionados a isto pela família ou pela sociedade?
O que diferencia os praticantes das milhares de religiões se todos "continuam a rezar e ir a Igreja e buscam fazer o certo,como dito no decálogo", cada um relação a seus respectivos deuses?
Passei décadas rezando, indo à igreja e buscando seguir os mandamentos. Foi justamente quando ousei pensar a respeito, em vez de agir como um robô, que perdi a fé.
Quem não sabe que aquilo que faz é errado não pode ser condenado por errar.
"Ah, mas Deus proibiu!"
Sim, mas inocentes que eram, julgaram ter entendido errado o que Deus tinha dito quando a serpente lhes explicou melhor.
A serpente que era uma das tantas criaturas de Deus e vivia com eles no paraíso.
Só a partir daí, depois de se lhes abrirem os olhos, tornou-se justificável condená-los por seus atos. Não é o que diz a Bíblia. O Gênesis deixa claro que Deus lhes falava diretamente, sem depender de fé. Errado, como expliquei acima.
Dizem os teólogos?!
Bleaaargh ...
Percebe quantas palavras complicadas e vazias teve que usar para tentar justificar o injustificável?
Quantos filósofos e teólogos precisou citar? Como se eles fossem autoridades incontestáveis?
Durante milênios, filósofos discorreram sobre os mais variados deuses, homens santos dedicaram suas vidas a eles, construíram templos, escreveram hinos.
O deus Brahma já encarnou duas vezes em forma humana (Krishna e Rama). Seus discípulos relataram suas vidas e ensinamentos em livros que são considerados sagrados. Rios de tinta foram gastos por teólogos analisando sua religião e mais de um bilhão de pessoas a pratica.
Você acredita neles? Se não, por que acha que alguém deveria acreditar nos seus filósofos, nos seus santos, no seu livro sagrado?
TODAS AS RELIGIÕES SÃO BOAS?
Por Dom Estevão
Última Atualização 7 Abr, 2020
Para responder à questão, devemos observar a seguinte distinção:
1) Qualquer religião é boa, se aquele que a segue está plenamente convicto de que é a verdadeira religião e cumpre os seus preceitos com toda a fidelidade, de acordo com a sua consciência. Assim quem de inteira boa fé e de maneira coerente adere ao Islamismo, ao budismo ou ao protestantismo, sem jamais conceber dúvida sobre a veracidade de sua crença, pode salvar-se e obter o céu. Contudo, para que isto se dê, repitamo-lo, é necessária uma absoluta boa fé por parte do indivíduo. Esta boa fé poderá ser um fato em regiões onde a educação e a mentalidade do povo estejam unanimemente imbuídas de certa religião (budismo, protestantismo…) sem que haja controvérsia a respeito. A boa fé, em geral, se pode pressupor mais facilmente em gente simples, pouco instruída, do que em pessoas de certa cultura e erudição, conhecedoras da história.
2) Desde, porém, que não haja no adepto de “tal” religião plena certeza de que está de posse da verdade; desde que, por meio de conversas, leituras ou coisa semelhante, lhe sobrevenham dúvidas sobre a autenticidade do credo que professa, é obrigado a indagar a verdade. Se, após as suas pesquisas, chegar à conclusão de que outra é a religião verdadeira, estará obrigado a aderir a esta outra. Se, porém, não obtiver resultado claro, deverá seguir o que a consciência lhe disser no momento (Deus, contudo, não se costuma se subtrair a quem o procura sinceramente).
A obrigação de não permanecer em dúvida religiosa é-nos imposta não somente por Deus, mas também pela dignidade humana. Com efeito, todo homem possui uma faculdade – a inteligência — ordenada a apreender a verdade; essa faculdade só se dá por satisfeita quando alcança a verdade. Não há quem não sinta a repulsa natural ao erro, à dúvida; se; não obstante, alguém permanece voluntariamente nestes, violenta ou mutila a sua razão, sua dignidade característica. A natureza humana vem a ser, portanto, a primeira a acusar o indivíduo que, por descuido consciente, pactue com a incerteza, a dúvida, arriscando-se a errar o seu caminho na vida – e perder o seu Fim último.
Embora todas as religiões em geral inculquem a prática da caridade e certos preceitos de Moral natural (desdobramentos do imperativo “Faze o bem, evita”o mal”), cada uma delas se norteia por certo Credo. Ora, para que a Religião seja perfeita, é preciso que ela aponte não só a Moral boa, mas também o Credo verídico. Deve-se mesmo dizer que a Verdade tem o primado sobre o Amor, a Moral e o Bem; ilumina-o, dirige-o. A Verdade, porém, é uma só (dois e dois só podem dar a soma “quatro”); por conseguinte, só pode haver uma Moral autêntica e só uma religião verdadeira. E a esta é que todos têm de procurar, desde que não possuam a certeza de a professar.
Em outros termos: o ideal do homem é agir não somente de boa fé (aderindo sinceramente a uma ideologia qualquer) mas também segundo a verdadeira fé (aderindo sinceramente a uma ideologia verídica ou à Verdade). Contentar-se com menos do que isto equivale a injuriar a nobreza humana e insultar o Autor dessa nobreza, o Criador.
Veja-se a respeito E. Bettencourt, “A vida que começa com a morte” Rio de Janeiro 1958, c. 8.
O QUE PRECISO PARA TER FÉ?
Quem sinceramente diz que deseja ter fé, já a tem, embora disto não seja consciente.
Em verdade, a fé não é o produto de um raciocínio que, bem arquitetado, mova inelutavelmente a inteligência a dizer “Sim”. As verdades que se podem provar racionalmente são verdades naturais, que não ultrapassam a exígua capacidade do intelecto humano. Ora as verdades da fé são estritamente sobrenaturais, transcendem (não contradizem, porém) nossa fraca compreensão; elas são por si evidentes a Deus, e somente a Deus, Por isto, ninguém de mente sã poderá negar que “dois e dois são quatro”; esta proposição por sua evidência se impõe ao intelecto, queira-o ou não o queira a vontade. Ao contrário, a proposição “Deus é uno em sua natureza e trino em suas pessoas” não é por si evidente de modo a forçar a inteligência à aceitação; o assentimento fica, no caso, dependente da vontade; é a esta que compete mover a razão a dizer “Sim” ou “Não”.
Donde se vê que, em última análise, o ato de fé depende do “querer”; não se espere que decorra de uma iluminação extraordinária da inteligência (um “estalo”) que dissipe as trevas, A fé também não se identifica com o deleite, a vibração sensível, o entusiasmo natural, que alguém possa experimentar quando lhe é enunciada uma verdade sobrenatural. É sempre a vontade que impele a fé; e este impulso é válido, é agradável a Deus independentemente das reações da nossa sensibilidade, mesmo na aridez, na noite dos sentidos. O que a inteligência pode fazer, é preparar o ato de fé, examinando as credenciais das proposições reveladas (a autoridade de quem revelou, de quem transmitiu, os frutos produzidos pelo Evangelho na história, etc.) ou ainda certificando-se, pela análise dos termos propostos, de que os artigos de fé não são absurdos nem contraditórios à razão, mas antes plausíveis.
Justamente porque o ato de fé depende da vontade é que o homem se pode enganar: muitos dos que dizem que desejariam ter fé, na verdade não querem (talvez sem ter plena consciência disto) assumir as consequências práticas de um ato de fé; deveriam dizer “adeus” a um prazer ilícito, e isto eles não o querem ou julgam não o poder (tenham confiança, porém, e deem o passo; Deus não lhes faltará com a sua graça!).
Por conseguinte, quem deseja ter fé saiba que, já por este simples desejo, encontrou a Deus ou recebeu de Deus o dom da fé (“Não me procurarias se já não me tivesses encontrado”, dizia muito bem Pascal, interpretando o próprio Senhor). Só resta a essa pessoa assegurar-se do conteúdo da Revelação, das suas credenciais (caso lhe seja necessário) e dizer o seu “Sim” ao credo, um “Sim” interior devidamente exteriorizado. Doravante tal pessoa procurará viver conforme a doutrina revelada e seus mandamentos; em princípio, isto talvez exija grande esforço; aos poucos, porém, Deus se vai manifestando a quem Lhe é fiel; Ele se dá a conhecer mais e mais pela experiência, pelo contato vivido. Assim, a fé se vai tornando cada vez mais profunda e influente na conduta do cristão.
Aliás é importante frisar que a fé tem sua certeza muito firme; esta certeza, porém, não se deriva da visão direta do- objeto de fé. Donde então provém? Ela decorre do fato de que “estou unido a Alguém que vê, ou seja, a Deus”. É pela doação generosa de toda a personalidade da criatura à infinita Personalidade do Criador que o homem mais e mais vê as coisas que Deus vê, como Deus as vê. Saindo de si e do seu egocentrismo para se entregar ao Senhor, o cristão se identifica com o modo de ver do Altíssimo; e é nesta identificação que consiste a fé. A minha crença será firme na medida em que eu estiver unido por todo o meu teor de vida. (não somente pela inteligência) Àquele que vê a plena verdade.
Para ilustrar o que é a falta de fé, vem muito a propósito o episódio de São Pedro a caminhar sobre as águas (Mt 14,23-33): certa noite, quando remavam sobre o mar da Galiléia, os Apóstolos viram ao longe um clarão pouco distinto que os deixou assustados; Jesus, porém, sem demora lhes disse que era Ele quem assim se manifestava. Então Pedro, crendo no Senhor, lançou-se às águas para Lhe ir ao encontro; e — coisa inesperada — o mar o sustentou, permitindo-lhe caminhar para Cristo. Pedro assumira o risco da fé, e tal risco era bem sucedido… Quando, porém, se achava a meio-caminho, pôs-se a considerar o perigo que corria, mais do que a voz do Mestre; em consequência, inspirado pela visão meramente natural das coisas, concebeu medo e logo… começou a afundar. Foi então que Jesus o tomou pela mão e disse: “Porque duvidaste, homem de pouca fé?”. A fé de Pedro conseguira o que o cálculo humano veio a perder.
Esta passagem do Evangelho contém profunda mensagem: quem quer abraçar a fé, saiba que Deus dá a todo homem a luz e os sinais suficientes para começar a praticar. Faça então um ato de fé consequente, movendo-se para o Senhor. Isto não poderá deixar de representar para a pobre razão humana um salto no “semiobscuro”; na verdade significa perder consistência no “eu” imperfeito para ganhar esteio em Deus Perfeito. Passo ante passo, o indivíduo percebe o valor do “arriscar-se” por Deus; a Personalidade do Primeiro Ser se lhe vai tornando cada vez mais manifesta, dando-lhe já aqui na terra um antegozo do Bem Infinito, que sacia os justos no céu.
Enquanto eu procuro e se eu achar respostas mais práticas e a altura das suas indagações,permita-me passar-lhe o link de dois canais;que tratam exatamente deste tema sobre as razões filosóficas para a existência de Deus.
Canal Montfort
Canal Padre Françoá Costa
Pessoas sensatas e racionais duvidarão sempre. Portanto temos todo o direito de duvidar. Inclusive quanto à existência e à natureza dos deuses. Ou seja, a pessoa se força a acreditar naquilo que a razão rejeita. Ele apresentou provas do que dizia e de que falava em nome de Deus?
As 5 provas de Tomás de Aquino não provam nada.
E assim por diante. Apenas especulação. A Montfort é uma seita fundamentalista fundada por um fundamentalista chamado Orlando Fedeli.
Rejeitam tudo o que veio como resultado do Concílio Vaticano II.
Embora seus argumentos possam ser válidos dentro do contexto da fé católica, católicos fiéis à hierarquia da ICAR deveriam fugir dele.
O crente assustado concluirá apenas que "Que alívio, a alegação do ateu malvado foi respondida satisfatoriamente". Mas não lerá aquilo tudo nem, muito menos, se preocupará em entender ou verificar se é válido. Basta-lhe saber que, afinal de contas, havia uma resposta.
Quanto ao cético, vai procurar em vão por um argumento consistente e acabará desistindo de debater com um enrolador.
Sobre Tomás de Aquino, segue abaixo um texto antigo do Acauan: https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?f=1&t=22471&p=441741
Você está atribuindo características arbitrárias a uma entidade imaginária. Está criando um deus à imagem e semelhança do homem. Ou a partir do que conhecemos sobre nós mesmos.
Caso ficasse provado que ela existe e é um deus - algo que não sei como seria possível provar - ainda seriam arbitrárias, já que essa entidade nos mostraria o que ela achasse que deveríamos ver, não a realidade.
Sendo supostamente infinita - e nós infinitamente limitados - o que veríamos e compreenderíamos seria infinitamente limitado. E portanto enganoso.
O que para o crente é auto evidente, certamente não o é para o ateu.
2. Os argumentos crentes, para a existência de Deus, quando não apresentados da forma lógica chegam a ser risíveis dado se apoiarem em falácias (criacionisno); daí afastarem, ainda mais, as mentes mais críticas, que talvez busquem na razão um estímulo à inteligência, e no sentimento um conforto para a alma.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência: Um universo complexo que atende às finalidades críticas para a existência da vida em suas múltiplas formas e MATEMATICAMENTE, ajustando rotação e massa, calcula as órbitas planetárias e estelares , juntamente com sua constante transformação favorecendo à evolução.
Neste ponto o ateu/cético mais bem informado vai alegar uma série de acontecimentos naturais e catastróficos para provar que a criação de tudo, por um deus, está repleta de erros, assim atribuindo ao feliz acaso a existência de nossa realidade.
Seu pessimismo é patente pois deixa de se maravilhar com milhões de fatos extraordinários para focar nalguns desacertos da natureza, ainda se adaptando á perfeição divina.
Então confrontam-se as duas hipóteses:
1. A criação resultante de um propósito inteligente.
2. A criação como resultado do acaso.
Imaginemos uma imensa criatura, do tamanho de uma cidade convidada por uma outra para um debate em sua casa.
Diante da desproporcional diferença, a criatura oferecerá seus argumentos de fora da residência do amigo, mas este, entendendo tratar-se de uma descortesia se recusa a sair de casa.
Numa metáfora simples, saindo de casa olharia mais longe veria o céu encontrando com a terra
Imaginemos Deus com as dimensões do Universo procurado por uma assembleia para um debate em um auditório, para provar sua existência.
Com toda a sua boa vontade, não podendo penetrar no recinto, e sendo impossível se fazer compreender às inteligências ali presentes deixa na magnificência do universo seus argumentos, como indício de sua existência.
Os homens os veem, admiram, discutem, mas, radicais na descrença, não atribuem tais maravilhas ao seu verdadeiro autor.
Trata-se apenas de um conjunto de falácias lógicas e trivialidades científicas.
O parágrafo acima nada mais é que o surrado Argumento Teleológico usando óculos prá tentar se passar por inteligente.
Alegar que sistemas complexos que produzem determinados efeitos (como sustentar vida) se explicam como obra de uma inteligência criadora só seria válido se o objetivo final da complexidade estivesse pré-definido, o que obviamente não é o caso.
Para exemplificar, seria um feito extraordinário que evidenciaria habilidades ídem se um golfista anunciar que acertará uma determinada folha de grama a centenas de metros de distância e de fato o fizer, já que a probabilidade de isto acontecer é inversamente proporcional ao número de folhas de um campo de golfe, além da influência de variáveis aleatórias.
Já a probabilidade de o golfista acertar uma folha de grama indeterminada é de quase 100%, o que não exige habilidade especial nenhuma.
Não existe.
Por limitações humanas é impossível definir Deus, o que por sua vez torna impossível o reconhecer como tal e disso ainda existem dezenas de desdobramentos.
Temos o problema com não sermos oniscientes que é da categoria das limitações humanas.
E temos o problema lógico de que assumir que possa haver um Deus é também assumir que possam haver dois ou mais deles. Este último se liga com o nosso problema pra definir o que é um deus e também pra o reconhecer como tal.
Você diz uma verdade e eu digo que é mentira... eu desmenti, refutei, e daí? Isso não muda uma verdade.
Não é possível "provar" que Deus existe, e menos ainda "provar" que não existe. É a isso que me refiro, pois as "evidências (não provas) a favor da hipótese de sua existência supera a ausência de evidências da hipótese contrária.
"Ah! Mas o ônus da prova cabe a quem afirma".
Tudo bem, e para onde vai o prazer da troca de ideias, a força da exposição dialética e, muito mais que tudo, a assintótica aproximação de uma verdade, aspiração suprema da humanidade desde priscas eras.
Eu digo que a crença em Deus é o último objetivo a ser alcançado, de uma série de outros, que conduziriam ao primeiro.
- Existe vida após a morte? Reencarnação e Carma? Vida inteligente no Universo além da nossa?
Esta última, por exemplo, que parece não ter muito a ver com o tema, se mostra o mais forte argumento a favor de um ID: A vida no Universo não teria surgido por acaso, pois revelaria uma intenção, um propósito, uma lei...
Num espaço infinito, em tempos eternais haveria infinitos Universos.
Antropomórfico, venal, cioso de si mesmo, apego aos sacrifícios e oblatas? Ou Pai, soberano criador de tudo.
Sempre se diz que, admitindo um Deus, por que não outros?
Eu diria que podemos abordar o assunto sob as seguintes perspectivas: se existissem outros deuses, qual seria o numero desses deuses, ou seja, quantos deuses existiria? Poderia ir de zero ao infinito.
Seriam iguais ou diferentes? Se iguais, por que existiriam tantos? Se diferentes, combateriam entre si, pois cada um desejaria perpetuar o seu poder e sua obra. Isso não parece lógico.
Em fim, seria mais fácil admitir que não existe qualquer deus, em vez de um número desconhecido deles.
Voltando ao argumento das limitações humanas, é verdade; não se pode definir Deus mas é necessário que tal entidade, sendo divina, detenha certos atributos, como: poder, sabedoria, eternidade, etc.
Você faz a afirmação taxativa "DI é irrefutável" e depois vem com esta enrolação toda, sem acrescentar nenhum conteúdo que sustente sua afirmação ou que conteste o fato que DI é apenas teleologia requentada.
Você poderia pegar os conceitos e definições de teleologia e demonstrar como e porque DI seria alguma coisa mais que isto.
Mas não, fica neste papo furado de assintótica sei-lá-o-que sem dar nenhuma continuidade às ideias colocadas.
Só prá constar, refutação é o que fazemos no RéV há 21 anos, mas neste caso não precisamos nos dar ao trabalho porque Design Inteligente é a teoria mais refutada da modernidade, sendo que nos Estados Unidos foi diversas levada aos tribunais para julgamento de petições de grupos fundamentalistas que queriam que o DI fosse ensinado em escolas públicas como teoria científica e todos, absolutamente todos os julgamentos concluíram que DI é pregação religiosa e só.
Quem quiser saber o nível das argumentações basta revisar os currículos das testemunhas que provaram em juízo a fragilidade intelectual do troço.
E insistindo no "isso já foi refutado aqui", seria de bom grado nos poupar do Argumentum ad ignorantiam
Não é que tenha sido refutado aqui em 21 anos, é que essa falácia deve ter uns 3 mil anos ou mais.
Quanto a haver mais provas a favor do que contra, isso também não é verdade pois tudo passa pela definição do que é Deus pra início de conversa. Piora quando se atribui vontades, bondade infinita, conhecimento do tal Deus, sem saber se estes atributos são mesmo dele. Por quê precisariam ser?
Ignora o argumento do Deus como ato e Deus como potência apresentado aqui pelo Acauan.
Não há mais argumentos em favor de um ou de outro porque ambos estão muito além do que poderíamos reunir como "prova" em favor de qualquer um deles. E pra cada evidência apresentada pra um lado é possível apresentar uma apontando pra outra direção.
Há caos e ordem o suficiente no universo segundo o que sabemos sobre ele até aqui pra argumentar pra qualquer lado.
A única resposta possível pra questão é "não sabemos".
Quem quiser responder de outra forma terá problemas pra provar o que diz.
São 3 caminhos a se tomar.
Não sei, ignoro o assunto. A condição humana é uma barreira intransponível pra que se possa formular teorias sobre coisas infinitas ou mesmo que finitas têm seus limites tão distantes que na prática são infinitas do mesmo jeito.
Creio que há um deus, afinal a realidade existe e deve haver um responsável por ela, vou levar minha vida baseado nisso.
Creio que não há um deus, a realidade é o próprio deus, o universo existe mas é indiferente a mim, vou levar minha vida baseado nisso.
Não há nada de ilógico em nenhuma opção a princípio.
O que é discutível são aspectos civilizacionais derivados de cada escolha.
E o que é ainda mais discutível é quando a opção 2 é escolhida e refinada na forma de religiões que alegam um monte de coisas sobre o responsável pela realidade sem sequer saber quem ou o que ele seria.
E não vi, tanto da parte de Acauan quanto de judas consistência nas negativas. Da mesma forma que disseram que não respondo, "apenas enrolo", eu digo que também não vi nada mais que uma proposição denotando, "a força da opinião em vez da força do argumento". Afinal, minha casa, minhas regras.
Eu apresentei argumentos racionais que aliam informações da ciência sobre a organização e finalidades do Universo - teleológicos portanto - e, se falamos na existência de Deus, não se pode desconsiderar a forma como um crente compreende este deus na intimidade.
É que, tanto as religiões quanto seus religiosos tecem conceitos próprios sobre seu deus e os céticos se servem daquela bizarrice generalizada para lançar em vala comum até mesmo reflexões sérias que poderiam despertar-lhes a atenção.
Como já disse aqui, acreditar que com os meus arrazoados um cético mudaria de opinião, seria um insulto à sua inteligência. Contudo, da minha parte, devo apresentar argumentos que mereçam alguma consideração, até como respeito ao interlocutor.
Nós não somos o motivo de o universo ser assim. Pelo contrário, nós somos uma consequência de ele ter tais e tais propriedade.
Somos o resultado acidental de uma longa série de acontecimentos aleatórios.
Bastaria que o universo fosse ligeiramente diferente para que não existíssemos ou fôssemos diferentes. Esta é a única conclusão racional possível até que se prove a existência de deuses criadores. Se, devido a alguma ínfima variação nos acontecimentos ao longo de bilhões de anos, não existíssemos, o universo ainda seria basicamente o mesmo.
A natureza não tem maravilhas, não tem acertos nem desacertos. Isto é um critério humano.
O que é maravilhoso para um humano será fatal ou aterrorizante para outras espécies.
A natureza apenas existe. Ponto final. Ridículo. Um deus todo poderoso pode se fazer compreender sem limitação alguma, seja física ou mental.
Se ele até agora não se mostrou a nós de forma clara e irrefutável, é porque não quis. Ou porque não existe.
E se houver vida após a morte? Isto significa que existe um criador e um propósito?
Não. Significa apenas que as coisas são deste jeito.
Uma das vaidades do Índio Velho é que eu adoro ser citado.
Mas legal lembrar disto, pois vale como teste.
Quantos Católicos sabem explicar prontamente os conceitos de Potência e Ato, sem correr pro Google e tentar copiar a Wiki, se esforçando prá não ficar igualzinho?
Nota, Católico que não conhece este conceito fundamental não entende patavinas de Teologia Católica.
O que é a Igreja?
Ela é no sentido de assembléia,ou seja;o povo que Deus reune no mundo todo.
A partir disto há o chamado três estados da Igreja:
a Igreja Militante reunida por aqueles que ainda caminham sobre a Terra
a Igreja Padecente reunida por aqueles que aguardam a graça da Santificação no Purgatório
a Igreja Triufante reunida por aqueles que já estão na vida eterna no Céu,ou seja;os Santos.
O que são os 10 Mandamentos?
São a síntese e a base da lei Moral ou Lei de Deus que ditam os deveres do homem para com o seu criador e consequentemente para com o próximo,tanto no sentido imanente quanto no sentido transcendente.
Por exemplo o 5°mandamento "Não Matarás" não se trata somente matar no sentido do que é físico mas também no sentido do que é intangível,ou seja;a morte como afastamento de Deus;por exemplo o Escândalo, que é a atitude de tentar o outro a fazer o mal;afastando o próximo do Sumo Bem que é Deus.
Lembre-se de que a Igreja conserva o título de Católica por que uma de suas características que fazem parte de sua narureza é ser universal para todos.
Logo quando se trata de interpretar o que a Igreja é,diz ou faz;tem que ser no sentido tanto material quanto espiritual;tendo como base o fato de que a finalidade da Igreja é a Evangelização para a salvação de todos os homens por vontade de Deus.
porque ainda não ouviram as palavras do Evangelho;
porque tiveram uma experiência negativa com os católicos ou porque receberam uma catequese ruim, e assim formaram uma má impressão;
porque estão submetidos a fortes condicionamentos culturais.
“Ignorância invencível”: é assim que a Igreja nomeia essas condições extremamente desfavoráveis para o conhecimento e o acolhimento da verdadeira fé. É como um forte bloqueio, que impede a pessoa de dizer sim a Cristo e à Sua Igreja. Por isso, Deus não vê como culpados aqueles que ignoram a verdadeira religião, quando sua ignorância é invencível.
Então, sobre a salvação dos não-católicos, duas coisas devem ficar claras:
1. fora da Igreja não há salvação. Isso é dogma, ou seja, é uma verdade de fé que deve ser aceita por todo católico;
2. aqueles que, sem culpa, desconhecem Cristo e a Sua Igreja, mas buscam a Deus sinceramente e tentam cumprir a Sua vontade não estão fora da Igreja. Eles fazem parte da alma da Igreja e, assim, podem conseguir a salvação.
COMO SERÃO JULGADOS OS NÃO-CATÓLICOS?
São Paulo, em uma de suas cartas, fala que a noção básica do que é bom e do que é mau está inscrita nos corações das pessoas, inclusive daquelas que jamais ouviram falar de Jesus. Isso se chama “lei natural”.
“Os pagãos não têm a Lei. Mas, embora não a tenham, se fazem espontaneamente o que a Lei manda, eles próprios são Lei para si mesmos.
“Assim mostram que os preceitos da Lei estão escritos nos seus corações; a sua consciência também testemunha isso, assim como os julgamentos interiores, que ora os condenam, ora os aprovam.”- Rom 2, 14-15
Diante de Deus, então, os não-católicos serão julgados conforme a sua fidelidade àquilo que aprenderam que é certo ou errado. Certamente, seus conhecimentos sobre o bem e o mal são muito limitados, pois não puderam conhecer a plenitude da verdade na Igreja Católica. E Deus levará essa desvantagem em conta.
É justo que os menos favorecidos sejam menos cobrados. Afinal, Deus julga não somente as ações, mas as intenções e a condição que cada um tem para compreender se o que faz é bom ou mau. Na parábola do mau administrador, Cristo diz:
“Todavia aquele empregado que, mesmo conhecendo a vontade do seu senhor, não ficou preparado, nem agiu conforme a vontade dele, será chicoteado muitas vezes. “Mas o empregado que não sabia e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido...”- Lc 12, 47-48
Isso quer dizer que nós católicos seremos julgados com muito mais rigor do que aqueles que ignoram a palavra de Deus, ou aqueles que a conhecem de modo parcial. Somos privilegiados: tivemos a oportunidade de receber muito mais amor, muito mais graças, muito mais consolações e muito mais sabedoria do que os demais.
UM EXEMPLO:
Em muitas tribos indígenas brasileiras, são enterrados vivos bebês e crianças com deficiência, filhos de mães solteiras e gêmeos.
Notem que tal crueldade é feita com base nas crenças arraigadas da tribo, que julgam estar realizando algo bom para o grupo.
Agora, imaginem um casal católico, que recebeu a catequese de modo adequado, que frequenta as missas... A esposa, grávida, descobre que o bebê tem Síndrome de Down ou anencefalia e, então, o casal resolve fazer um aborto.
Será que no dia do Juízo a mão de Deus recairá sobre esses índios não-catequizados com o mesmo peso que sobre o casal católico? Lembremos que o princípio da ignorância invencível não se aplica a todos os casos de descrença na fé da Igreja. Por isso, não terão salvação aqueles que, voluntariamente, fazem-se cegos e surdos para o Evangelho. “Quem não crer, será condenado” (Marcos 16,16)."