Estamos conjecturando sobre Deus, moçada. Não dá para enfileirar argumentos com precisão matemática.
Dá sim, você que não consegue.
E não vi, tanto da parte de Acauan quanto de judas consistência nas negativas. Da mesma forma que disseram que não respondo, "apenas enrolo", eu digo que também não vi nada mais que uma proposição denotando, "a força da opinião em vez da força do argumento". Afinal, minha casa, minhas regras.
Repetindo, como repetidamente necessário fazer aqui, você comete a imprudência de dizer que "Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência", desconhecendo totalmente, o que é ruim, ou fingindo desconhecer, o que é pior, todo cabedal de demonstrações lógicas e científicas que qualificam ID como argumento religioso e pseudocientífico. Note que é qualificado como religioso, sequer atinge a classificação de teológico, estando disponíveis os artigos de especialistas que apresentam as conclusões das melhores universidades e centros de pesquisa do mundo sobre o tema, conclusões unânimes. Quem quiser que vá pro Google Scholar e procure, não vamos ficar aqui fazendo a lição de casa dos outros.
Como lembrado antes, a coisa toda do DI foi pros tribunais que concluíram como provadas juridicamente as inconsistências da tese como argumento científico.
Aí você chama aquela gororoba intelectual de argumento incontestável e diz que não vê consistências nas negativas, que são assinadas pelas pessoas mais competentes do mundo para avaliar a tese.
Pois é...
Eu apresentei argumentos racionais que aliam informações da ciência sobre a organização e finalidades do Universo - teleológicos portanto - e, se falamos na existência de Deus, não se pode desconsiderar a forma como um crente compreende este deus na intimidade.
Vamos lá... Você falou em consistência de argumentos.
Me cite, por favor, uma escola de Filosofia da Ciência respeitada que apresenta como escopo do método científico a determinação dos propósitos do Universo.
Lembrando que quem disse que a DI era um argumento cientítifico foi você.
Como já disse aqui, acreditar que com os meus arrazoados um cético mudaria de opinião, seria um insulto à sua inteligência. Contudo, da minha parte, devo apresentar argumentos que mereçam alguma consideração, até como respeito ao interlocutor.
Você tá sendo dramático.
O fato de você estar recebendo toda esta atenção é prova de que aqui você é respeitado como interlocutor.
Quem não merece nosso respeito aqui é simplesmente ignorado e deixado falando sozinho.
Sim,concordo plenamente no que afirma referente à Montfort;mas achei a explicação de Fedeli sobre as 5 vias de Santo Tomás muito boa para não ser postada aqui.
Como lembrado antes, a coisa toda do DI foi pros tribunais que concluíram como provadas juridicamente as inconsistências da tese como argumento científico.
Depois daquela derrota acachapante do Behe defensores da previsão do futuro por cartas de Tarô teriam melhores chances de serem aceitos como científicos que o D.I.
Como lembrado antes, a coisa toda do DI foi pros tribunais que concluíram como provadas juridicamente as inconsistências da tese como argumento científico.
Depois daquela derrota acachapante do Behe defensores da previsão do futuro por cartas de Tarô teriam melhores chances de serem aceitos como científicos que o D.I.
Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência: Um universo complexo que atende às finalidades críticas para a existência da vida em suas múltiplas formas e MATEMATICAMENTE, ajustando rotação e massa, calcula as órbitas planetárias e estelares , juntamente com sua constante transformação favorecendo à evolução.
Isto é uma variação do antropocentrismo: achar que o universo foi criado expressamente para que pudéssemos existir.
Nós não somos o motivo de o universo ser assim. Pelo contrário, nós somos uma consequência de ele ter tais e tais propriedade.
Somos o resultado acidental de uma longa série de acontecimentos aleatórios.
Bastaria que o universo fosse ligeiramente diferente para que não existíssemos ou fôssemos diferentes.
Eu faço afirmativas, ou suposições, digamos assim, baseado em fatos que você não desconhece pois são simples fatos da ciência, mas nega as conclusões que eu chego por estarem em desacordo com sua descrença, sem apresentar qualquer fato que a corrobore.
Por exemplo, você afirma, ou supõe que, "bastaria que o universo fosse ligeiramente diferente para que não existíssemos ou fôssemos diferentes."
Apenas confirma a minha tese:
o Universo é precisamente assim para que nós sejamos como somos. Então haverá, como acredito, um propósito inteligente.
Neste ponto o ateu/cético mais bem informado vai alegar uma série de acontecimentos naturais e catastróficos para provar que a criação de tudo, por um deus, está repleta de erros, assim atribuindo ao feliz acaso a existência de nossa realidade.
Seu pessimismo é patente pois deixa de se maravilhar com milhões de fatos extraordinários para focar nalguns desacertos da natureza, ainda se adaptando á perfeição divina.
Se, devido a alguma ínfima variação nos acontecimentos ao longo de bilhões de anos, não existíssemos, o universo ainda seria basicamente o mesmo.
A natureza não tem maravilhas, não tem acertos nem desacertos. Isto é um critério humano.
O que é maravilhoso para um humano será fatal ou aterrorizante para outras espécies.
A natureza apenas existe. Ponto final.
Você, meu caro Fernando, nega o que seus olhos veem por causa de uma visão condicionada ao ceticismo.
Mas, ainda assim eu concordo com você quando menciona as catástrofes que dizimam dezenas, centenas e até milhares de vidas. As explicações do Espiritismo para tais fatos envolve complexidades que, ao expô-las para você, causaria certa descrença.
Um dos postulados doutrinários trata da transmigração das almas entre os mundos.
É uma forma de propiciar o progresso moral e intelectual de mundos relativamente atrasados, encarnando neles espíritos mais evoluídos que a isto se oferecem.
Mas, recrutados nas diversas paragens espirituais, espíritos malévolos e reincidentes no mal, encarnam em comunidades que serão açoitadas pelos dramas que mencionamos; guerras inclusive. - Então, horrorizados se atemorizarão e, reconduzidos ao plano espiritual ali repensarão suas ações.
Imaginemos Deus com as dimensões do Universo procurado por uma assembleia para um debate em um auditório, para provar sua existência.
Com toda a sua boa vontade, não podendo penetrar no recinto, e sendo impossível se fazer compreender às inteligências ali presentes deixa na magnificência do universo seus argumentos, como indício de sua existência.
Ridículo. Um deus todo poderoso pode se fazer compreender sem limitação alguma, seja física ou mental.
Se ele até agora não se mostrou a nós de forma clara e irrefutável, é porque não quis. Ou porque não existe.
No princípio de nossa história os homens acreditavam supersticiosamente em um deus, eram os rudimentos da Fé.
Hoje temos a tecnologia que nos permite a leitura e o entendimento do macro cosmo que abrange os corpos celestes; e do micro cosmo, que abrange as sub partículas do átomo, tudo a indicar a existência de uma inteligência que supera o inimaginável.
Por isso encontramos no ambiente do mundo homens que reverenciam a ciência, e por ela refletem sobre a criação.
Mas também aqueles que envaidecidos e orgulhosos pelo grande conhecimento, negam a possibilidade de existir uma inteligência, a eles superior, que tudo criou.
Temos os materialistas que só cogitam sobre o que veem e podem pegar, e ao seu lado, os criminosos cuja consciência arrependida busca negar um posterior julgamento de suas ações.
Entendo que seja muito difícil para o homem compreender a essência de um criador de Universos e daí negar sua existência. Mas como todo bom Pai, não negará a seus filhos a oportunidade da lição.
Nossa jornada, que vai da barbárie à angelitude, é rica de experiências e conhecimentos, que visa agregar valores morais à inteligência.
Assim, a humildade, o trabalho e a bondade estão sempre nos convidando à paz da consciência
Não sei se alguém já assistiu mas há um vídeo que foi a primeira postagem que fiz neste tópico que explica um pouco sobre o assunto que Acauan abordou.
Ignora o argumento do Deus como ato e Deus como potência apresentado aqui pelo Acauan.
Uma das vaidades do Índio Velho é que eu adoro ser citado.
Mas legal lembrar disto, pois vale como teste.
Quantos Católicos sabem explicar prontamente os conceitos de Potência e Ato, sem correr pro Google e tentar copiar a Wiki, se esforçando prá não ficar igualzinho?
Nota, Católico que não conhece este conceito fundamental não entende patavinas de Teologia Católica.
Curioso é que os próprios apóstolos eram provavelmente na sua maioria analfabetos ou no máximo um ou outro (exceto aquele que era cobrador de impostos) sabiam escrever palavras separadas (ainda mais com a ausência de vogais no aramaico e no hebraico, em que naquela época não havia nem sequer os "acentinhos" para isso e de qualquer modo mesmo quando surgiram os acentinhos nas línguas semíticas eram (e são) só para serem usados para crianças sendo alfabetizadas ou como um registro de garantia de textos sagrados. Lembrando que Paulo não era propriamente apostolo e de que em todo caso, não houve influencias intelectuais conhecidas na sua conversão. E além disso eles tinham passado a vida inteira antes de serem apóstolos e pedir dinheiro ("esmolas") para isso, antes eles trabalhavam muito e também não tinham tempo para ouvir muitas conversas orais. Dado tudo isso: Será que tem mesmo sentido e motivo para as pedanterias "teológicas"?
Ignora o argumento do Deus como ato e Deus como potência apresentado aqui pelo Acauan.
Uma das vaidades do Índio Velho é que eu adoro ser citado.
Mas legal lembrar disto, pois vale como teste.
Quantos Católicos sabem explicar prontamente os conceitos de Potência e Ato, sem correr pro Google e tentar copiar a Wiki, se esforçando prá não ficar igualzinho?
Nota, Católico que não conhece este conceito fundamental não entende patavinas de Teologia Católica.
Curioso é que os próprios apóstolos eram provavelmente na sua maioria analfabetos ou no máximo um ou outro (exceto aquele que era cobrador de impostos) sabiam escrever palavras separadas (ainda mais com a ausência de vogais no aramaico e no hebraico, em que naquela época não havia nem sequer os "acentinhos" para isso e de qualquer modo mesmo quando surgiram os acentinhos nas línguas semíticas eram (e são) só para serem usados para crianças sendo alfabetizadas ou como um registro de garantia de textos sagrados. Lembrando que Paulo não era propriamente apostolo e de que em todo caso, não houve influencias intelectuais conhecidas na sua conversão. E além disso eles tinham passado a vida inteira antes de serem apóstolos e pedir dinheiro ("esmolas") para isso, antes eles trabalhavam muito e também não tinham tempo para ouvir muitas conversas orais. Dado tudo isso: Será que tem mesmo sentido e motivo para as pedanterias "teológicas"?
Ignora o argumento do Deus como ato e Deus como potência apresentado aqui pelo Acauan.
Uma das vaidades do Índio Velho é que eu adoro ser citado.
Mas legal lembrar disto, pois vale como teste.
Quantos Católicos sabem explicar prontamente os conceitos de Potência e Ato, sem correr pro Google e tentar copiar a Wiki, se esforçando prá não ficar igualzinho?
Nota, Católico que não conhece este conceito fundamental não entende patavinas de Teologia Católica.
Curioso é que os próprios apóstolos eram provavelmente na sua maioria analfabetos ou no máximo um ou outro (exceto aquele que era cobrador de impostos) sabiam escrever palavras separadas (ainda mais com a ausência de vogais no aramaico e no hebraico, em que naquela época não havia nem sequer os "acentinhos" para isso e de qualquer modo mesmo quando surgiram os acentinhos nas línguas semíticas eram (e são) só para serem usados para crianças sendo alfabetizadas ou como um registro de garantia de textos sagrados. Lembrando que Paulo não era propriamente apostolo e de que em todo caso, não houve influencias intelectuais conhecidas na sua conversão. E além disso eles tinham passado a vida inteira antes de serem apóstolos e pedir dinheiro ("esmolas") para isso, antes eles trabalhavam muito e também não tinham tempo para ouvir muitas conversas orais. Dado tudo isso: Será que tem mesmo sentido e motivo para as pedanterias "teológicas"?
Como assim,pedanterias "teológicas" ?
Tudo que vá além da Bíblia, do catecismo e no máximo dos máximos as encíclicas papais. Agora Agostinho, Thomás de Aquino. e etc e tal...me parece lero lero, Bla bla bla.
Lembrando que Paulo não era propriamente apostolo e de que em todo caso, não houve influencias intelectuais conhecidas na sua conversão.
Paulo deixa explícita sua motivação em 1 Coríntios 1:22-24:
22 Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;
23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.
24 Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
Paulo tinha educação grega e hebraica clássicas, mas deixa claro que sua conversão se dá por questões absolutamente místicas, sem que nenhuma reflexão racional tenha pesado na decisão.
Há quem defenda, com argumentos bem fundamentados nas Cartas, que Paulo seria epiléptico e sua revelação a caminho de Damasco estivesse correlacionada com esta condição.
Crentes negam e ridicularizam a possibilidade, mas é uma hipótese a ser considerada.
Não sei se alguém já assistiu mas há um vídeo que foi a primeira postagem que fiz neste tópico que explica um pouco sobre o assunto que Acauan abordou.
É aquele "Formas distintas de apologética e afins"?
Não sei se alguém já assistiu mas há um vídeo que foi a primeira postagem que fiz neste tópico que explica um pouco sobre o assunto que Acauan abordou.
É aquele "Formas distintas de apologética e afins"?
É esse mesmo,é um canal que trata tambem de vários outros temas relacionados a economia,filosofia,sociologia,política;e que penso traze-los aqui.
Ignora o argumento do Deus como ato e Deus como potência apresentado aqui pelo Acauan.
Uma das vaidades do Índio Velho é que eu adoro ser citado.
Mas legal lembrar disto, pois vale como teste.
Quantos Católicos sabem explicar prontamente os conceitos de Potência e Ato, sem correr pro Google e tentar copiar a Wiki, se esforçando prá não ficar igualzinho?
Nota, Católico que não conhece este conceito fundamental não entende patavinas de Teologia Católica.
Curioso é que os próprios apóstolos eram provavelmente na sua maioria analfabetos ou no máximo um ou outro (exceto aquele que era cobrador de impostos) sabiam escrever palavras separadas (ainda mais com a ausência de vogais no aramaico e no hebraico, em que naquela época não havia nem sequer os "acentinhos" para isso e de qualquer modo mesmo quando surgiram os acentinhos nas línguas semíticas eram (e são) só para serem usados para crianças sendo alfabetizadas ou como um registro de garantia de textos sagrados. Lembrando que Paulo não era propriamente apostolo e de que em todo caso, não houve influencias intelectuais conhecidas na sua conversão. E além disso eles tinham passado a vida inteira antes de serem apóstolos e pedir dinheiro ("esmolas") para isso, antes eles trabalhavam muito e também não tinham tempo para ouvir muitas conversas orais. Dado tudo isso: Será que tem mesmo sentido e motivo para as pedanterias "teológicas"?
Como assim,pedanterias "teológicas" ?
Tudo que vá além da Bíblia, do catecismo e no máximo dos máximos as encíclicas papais. Agora Agostinho, Thomás de Aquino. e etc e tal...me parece lero lero, Bla bla bla.
Vejo neles um desejo sincero de contemplar e defender a Fé pelos estudos no qual viam como vocação e que ajudaram bastante a desenvolver nosso entendimento e carinho pela Fé Católica.
Lembremos que o princípio da ignorância invencível não se aplica a todos os casos de descrença na fé da Igreja. Por isso, não terão salvação aqueles que, voluntariamente, fazem-se cegos e surdos para o Evangelho. “Quem não crer, será condenado” (Marcos 16,16)."
Você está afirmando que uma pessoa que conheça o Evangelho e, ainda assim, não o aceite, irá para o inferno?
Está afirmando que pessoas que rejeitam aquela baboseira só podem estar mal intencionadas?
Mesmo que essas pessoas, após analisar a questão a fundo, não encontrem evidências de que aquilo é verdade?
Um dos postulados doutrinários trata da transmigração das almas entre os mundos.
É uma forma de propiciar o progresso moral e intelectual de mundos relativamente atrasados, encarnando neles espíritos mais evoluídos que a isto se oferecem.
Apenas uma ficção. Uma tentativa de se iludir diante da indiferença cruel do Universo.
Entendo que seja muito difícil para o homem compreender a essência de um criador de Universos e daí negar sua existência. Mas como todo bom Pai, não negará a seus filhos a oportunidade da lição.
Quando algum deus se apresentar a todos, de forma incontestável, então poderemos discutir o assunto.
Tudo que vá além da Bíblia, do catecismo e no máximo dos máximos as encíclicas papais. Agora Agostinho, Thomás de Aquino. e etc e tal...me parece lero lero, Bla bla bla.
Vejo neles um desejo sincero de contemplar e defender a Fé pelos estudos no qual viam como vocação e que ajudaram bastante a desenvolver nosso entendimento e carinho pela Fé Católica.
Vejo neles uma perda de tempo com elucubrações bizantinas a respeito de assuntos tão importantes quanto "Quantos anjos dançam na cabeça de um alfinete?" ou "Qual a espessura das esferas de cristal que envolvem a Terra?"
Já tentou ler a "Summa Theologica"?
Aquilo é um saco. Um monte de discussões estéreis sobre assuntos sem a menor importância.
Por exemplo, ele gasta páginas e páginas discutindo se Jesus, ao descer aos infernos, realmente entrou neles ou só ficou na porta. E, se entrou, se isto o afetou de alguma maneira.
Além de idiotices incríveis tipo afirmar que a mulher é um homem com defeito devido a algum problema no momento da concepção, uma falha no princípio vital ou "por influência do vento sul, que é muito úmido".
Tudo que vá além da Bíblia, do catecismo e no máximo dos máximos as encíclicas papais. Agora Agostinho, Thomás de Aquino. e etc e tal...me parece lero lero, Bla bla bla.
Vejo neles um desejo sincero de contemplar e defender a Fé pelos estudos no qual viam como vocação e que ajudaram bastante a desenvolver nosso entendimento e carinho pela Fé Católica.
Vejo neles uma perda de tempo com elucubrações bizantinas a respeito de assuntos tão importantes quanto "Quantos anjos dançam na cabeça de um alfinete?" ou "Qual a espessura das esferas de cristal que envolvem a Terra?"
Já tentou ler a "Summa Theologica"?
Aquilo é um saco. Um monte de discussões estéreis sobre assuntos sem a menor importância.
Por exemplo, ele gasta páginas e páginas discutindo se Jesus, ao descer aos infernos, realmente entrou neles ou só ficou na porta. E, se entrou, se isto o afetou de alguma maneira.
Além de idiotices incríveis tipo afirmar que a mulher é um homem com defeito devido a algum problema no momento da concepção, uma falha no princípio vital ou "por influência do vento sul, que é muito úmido".
Bolsonaro deve ter lido este trecho.
Santo Tomás seguia a vocação de Doutor da Igreja,ou seja;uma autoridade de uma instituição que aborda assuntos que podem ser importantes para a sociedade daquela epoca e lugar e consequentemente serem fruto de discussões controversas como também quanto a assuntos que não convém a salvação dos fiéis naquele momento e se restringem a meras discussões teológicas mas que nem por isso não possam futuramente vir fazer parte de discussões importantes e controversas que podem estar ligados a algum dos assuntos básicos e importantes à Igreja que podem afetar decisões importantes em futuros concílios para a salvaguarda da doutrina no fim de proteger os seus fiéis;porém, isto só Deus pela sua Igreja responderá.
"Que pensadores medievais discutiam sobre quantos anjos podiam dançar na cabeça de um alfinete:Nos tempos mais modernos, os estudiosos que ridicularizaram a teologia medieval diriam que discutiam sobre noções tolas, como "Quantos anjos podem dançar na cabeça de um alfinete?" No entanto, não há exemplo de um estudioso medieval realmente escrevendo sobre esse assunto.
Fonte - Equívocos sobre a Idade Média. Stephen Harris e Bryon L. Grigsby
Routledge, 2008"
"Circulam na Internet (e em várias publicações feministas) algumas acusações de misoginia à obra de Santo Tomás de Aquino, o qual teria ensinado que "a mulher é como um macho incompleto". A frase constituiria prova irrefutável do machismo da fé cristã e do ódio da Igreja Católica ao sexo feminino.
Se é verdade que Tomás escreveu essa frase em suas obras [1], copiando (atenção!) uma colocação de Aristóteles [2], todas as vezes que a citou, porém, deixou bem claro o que Aristóteles queria dizer e qual era a sua posição a respeito disso.
A mais famosa referência a essa sentença está na conhecida Suma Teológica.
Para quem não está acostumado com o estilo das obras escolásticas, talvez caiba algumas breves considerações.
A Suma Teológica é um tratado intelectual e procede por meio de "questões", "artigos", "objeções" e "respostas". Cada questão (De...) é um tema específico, que possui um número determinado de artigos a ela relacionados. Cada artigo (Utrum...) é uma pergunta, que contém uma resposta aparentemente certa (Videtur...), com a qual Tomás parece concordar, apresentando para tanto várias razões, baseadas muitas vezes na autoridade de outros filósofos e escritores cristãos. Depois de enumerá-las, ele indica algo em desabono dos objetores (Sed contra...), oferece uma resposta definitiva à pergunta (Respondeo dicendum quod...) e rebate a todas as objeções (Ad primum, ad secundum, ad tertium...).
Feitas essas observações, partamos ao texto em que Tomás supostamente defende a "imperfeição" da natureza feminina. Trata-se da primeira parte da Suma ( Prima Pars), questão 92, na qual o santo lida justamente com "a criação da mulher". No artigo 1º, ele pergunta "se a mulher deveria ser produzida na primeira produção das coisas" (isto é, na Criação) e, como primeira objeção à resposta afirmativa, Tomás copia a frase de Aristóteles, segundo a qual "femina est mas occasionatus – a fêmea é um macho incompleto". Mais adiante, porém, o Aquinate rebate a sentença do filósofo grego da seguinte forma:
"Deve-se dizer que considerando a natureza em particular, a mulher é deficiente e falha, pois a potência ativa que se encontra no sêmen do macho visa produzir alguma coisa que lhe seja semelhante em perfeição segundo o sexo masculino; mas, se for gerada uma mulher, isso resulta de uma fraqueza da potência ativa ou de alguma má disposição da matéria, ou ainda de alguma mudança proveniente de fora, por exemplo, dos ventos do sul, que são úmidos, como está escrito no livro sobre a geração dos animais (De Generatione Animalium). Entretanto, se consideramos a natureza universal, a mulher não é falha, mas pela intenção da natureza está ordenada à geração. A intenção da natureza universal depende de Deus, que é o autor universal da natureza. Por isso, quando instituiu a natureza, produziu ele não só o homem, mas também a mulher." [3]
À resposta do Aquinate cabe uma explicação. O que, afinal, ele quer dizer com a distinção entre "a natureza particular" ( natura particularis) e "a natureza universal" (natura universalis)?
Michael Nolan, professor emérito do Centro de Pesquisa Maurice Kennedy, na University College de Dublin (UCD), já escreveu vários artigos sobre esse tema, e explica que o termo "natureza particular" diz respeito à natureza do sêmen masculino. O próprio Aquinate afirma em outro lugar que a natureza particular é a "força que está em determinado sêmen" (virtutis quae est in hoc semine) [4]. Aqui, o que o santo católico faz é reproduzir uma tese biológica de Aristóteles. A teoria de reprodução do filósofo grego "identifica corretamente o sêmen como a substância reprodutiva masculina, mas desconhece a existência do óvulo", a qual foi descoberta apenas no século XVII, por William Harvey. "Aristóteles acha que a substância reprodutiva feminina é uma fração pura do sangue menstrual. Ambas as substâncias, ele diz, são produzidas pelo corpo em um processo de 'concentração' que requer calor. A substância masculina, o sêmen, é mais concentrado que a substância feminina. Disso, Aristóteles conclui que o elemento masculino possui mais calor que o feminino." – E é nesse sentido (e tão somente nesse sentido) que Aristóteles chama a mulher de um "macho incompleto". "Trata-se, como se pode ver, de uma afirmação bem limitada, equivalente a dizer que às mulheres falta o poder muscular dos homens" [5].
O esclarecimento de Santo Tomás é que a afirmação de Aristóteles diz respeito somente à natureza particular do sêmen – pressuposta a validade de sua biologia –, e não à natureza universal, isto é, à ordem da Criação. Portanto, tanto homem quanto mulher foram igualmente queridos por Deus, como atesta o próprio livro do Gênesis: "Homem e mulher ele os criou" (Gn 1, 27).
Com o advento das novas descobertas no campo da biologia, as teses de Aristóteles sobre a geração dos animais caíram por terra, mas uma coisa é indiscutível: Santo Tomás de Aquino nunca escreveu que a mulher fosse um ser humano imperfeito ou tivesse uma dignidade menor que a do homem.
Agora, o que Tomás quer dizer quando escreve que "a mulher não é falha, mas pela intenção da natureza está ordenada à geração"? Estaria o Doutor Angélico dizendo que as mulheres foram feitas apenas para a reprodução, e nada mais?
A resposta é não, absolutamente. No próprio corpo da resposta (Respondeo...) ao art. 1º da questão 92, o Aquinate escreve que "o homem (homo) é ordenado à mais nobre atividade vital, o conhecimento intelectual" — e isso vale tanto para os indivíduos do sexo masculino, quanto para os do sexo feminino.
Para quem quiser aprofundar-se nessa matéria, recomenda-se a leitura do artigo científico do mesmo Michael Nolan, intitulado The Aristotelian Background to Aquinas's Denial that "Woman is a Defective Male" (o link para o texto se encontra abaixo). O estudo explica com profundidade o que Aristóteles queria dizer com a sua frase controversa, a teoria da reprodução do filósofo grego, bem como a opinião de Tomás e São Boaventura sobre toda essa querela. Nunca é demais ir atrás das verdadeiras informações, ao invés de sair falando do que não se sabe.
Assim, quem quiser acusar a Igreja de machismo com as obras de Santo Tomás precisará explicar como podem ter saído de sua pena linhas tão belas sobre a dignidade da mulher, como as que seguem: "Era conveniente — dizia ele — que a mulher fosse formada da costela do homem, para significar que entre o homem e a mulher deve haver uma união de sociedade, pois nem a mulher deve dominar o homem, e por isso não foi formada da cabeça; nem deve ser desprezada pelo homem, como se lhe fosse servilmente submetida, e por isso não foi formada dos pés" [6].
Referências
Cf. II Sent., d. 20, q. 2, a. 1, ad 1; IV Sent., d. 44, q. 1, a. 3c, ad 3; Summa Theologiae I, q. 92, a. 1, ad 1; Summa Theologiae I, q. 99, a. 2, ad 1; De Veritate, q. 5, a. 9, ad 9; Summa contra Gentiles III, c. 94.
De Generatione Animalium, II, 3: 737.
Summa Theologiae, I, q. 92, a. 1, ad 1.
Summa contra Gentiles, III, 94, 6.
NOLAN, Michael. What Aquinas never said about women. First Things, Nov. 1998.
Summa Theologiae, I, q. 92, a. 3.
RECOMENDAÇÕES
NOLAN, Michael. The Aristotelian Background to Aquinas's Denial that "Woman is a Defective Male". The Tomist 64 (2000): 21-69.
AV. 45: A dignidade da mulher
RC. 237: A mulher deve ser submissa ao seu marido?"
Do fato de estarmos acostumados passivamente aos ataques à Igreja,todas vez que Ela entra como tema em alguma discussão;quase sempre temos a tendência de interpretar tudo que Nela se faz parte,de forma parcialmente maliciosa;por exemplo,se em um tema abordando as relações sociais entre os sexos,escutamos o tempo todo sem averiguar,que a Igreja Católica exerce princípios opressores e sexistas referentes à essas relações;toda vez que lermos ou escutarmos algo associado a Igreja sobre as relações entre os sexos,interpretaremos este "algo" de forma maliciosa sempre com a finalidade de acusar e criticar negativamente as supostas afirmações da Igreja Católica
referentes a este tema.Tudo o que elaborei aqui vale também para qualquer outro tema controverso que a Igreja aborde ou resolva abordar pela Bíblia,pelos Papas,pelos Concílios e etc.
"21 Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.
22 As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,
23 pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.
24 Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.
25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
26 para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,
27 para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja –
30 porque somos membros de seu corpo.
31 Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24).
32 Esse mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja.
33 Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido."
Bolsonaro amaria esses versículos se caso ele interpretasse de forma descuidada e particular e sem fontes legitimas que o corroborem baseado em seus próprios achismos de sua fraca,opaca e corrompida,logo defeituosa;consciência,assim como a de todo pecador.Portanto tenhamos cuidado para não cairmos na falsa presunção ardilosa de que, somente nós individualmente;podemos interpretar corretamente a Biblia e assim não corremos maiores riscos de tirarmos conclusões precipitadas.
{– 2Pedro 3,15-16: “Como também nosso amado irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, vos escreveu em quase todas as suas epístolas, falando nelas sobre estas coisas, entre as quais há algumas difíceis de se entender e que os ignorantes distorcem,como fazem com as outras Escrituras, para sua própria perdição”.
– 2Pedro 1,20: “Porém, antes de mais nada, entendei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular”}.
Desde Martinho Lutero se tem defendido fortemente esta doutrina, que consiste em dizer que o homem é iluminado pelo Espírito Santo no momento em que abre a Bíblia, de modo que cada um pode entender e receber a Mensagem com a clareza de Deus.
Isto é um passo atrás na evangelização, pois todo dia, graças a esta doutrina, surgem novas seitas que afirmam ter encontrado, cada uma delas, a verdade e a vontade de Deus; fundam sua congregação para o que chamam “cumprir com a Bíblia”; vão e tentam evangelizar com suas ideias aqueles que já conhecem a Cristo, edificando sobre o que a Igreja Católica começou.
Se fosse certo que nada senão o Espírito Santo ilumina cada um a entender a Bíblia e interpretá-la, e não a Igreja, eu gostaria de perguntar: do lado de qual congregação cristã está o Espírito Santo? Isto porque todas, hoje, pretendem ensinar a verdade. Se alguém supõe que nada, senão o Espírito Santo, nos ilumina a ler uma obra Dele mesmo, então todos os cristãos tenderiam a afirmar uma mesma coisa, uma só doutrina, não é verdade? Já que o Espírito Santo não é Espírito de confusão, mas de verdade (cf. 1Coríntios 14,33), a quem deveremos ouvir? Já que sabemos que não pode existir mais do que uma só verdade, nem tampouco pode haver muitos espíritos santos, a confusão não pode vir de Deus, mas apenas de outro lado.
A própria Bíblia proíbe a posição protestante da livre interpretação:
– 2Pedro 3,15-16: “Como também nosso amado irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, vos escreveu em quase todas as suas epístolas, falando nelas sobre estas coisas, entre as quais há algumas difíceis de se entender e que os ignorantes distorcem, como fazem com as outras Escrituras, para sua própria perdição”.
Fica claro aqui que as Escrituras não podem ser tomadas e interpretadas de qualquer jeito, com alguém afirmando “que o Espírito Santo me ilumine” e passando logo a pregar o que entendeu. Isto é falso, tão falso que hoje existem milhares de denominações afirmando possuir a verdade. A livre interpretação da Bíblia veio a ser a quebra da unidade do Cristianismo, rompendo com os desejos de Jesus:
– João 17,21: “Que todos sejam um, com tu, Pai, em Mim e eu em Ti. Que eles também sejam um em nós, pois assim o mundo crerá que Tu me enviaste”.
– João 10,16: “Haverá um só rebanho e um só Pastor”.
A ideia de Martinho Lutero e John Wycliff passou a ser cada vez mais um retrocesso à evangelização: bastaram passar alguns anos do surgimento do Protestantismo e já existiam mais de 200 novos grupos com doutrinas diferentes, fazendo renascer entre eles a heresia do Arianismo. A livre interpretação da Bíblia faz com que cada vez mais nos afastemos uns dos outros; os frutos da livre interpretação, entre outras coisas, é a divisão, que segue contrária à vontade de Deus. É para nos questionarmos: Deus queria que interpretássemos as Escrituras por nós mesmos? Claro que não, pois as consequências são estas:
– Os luteranos se dividiram, até agora, em 22 grupos com doutrinas diferentes;
– Os presbiterianos históricos, em 10 grupos com doutrinas diferentes;
– Nas igrejas batistas há fundamentalistas e outros não-fundamentalistas, em 24 grupos com doutrinas diferentes umas das outras, algumas com características sectárias;
– Os metodistas possuem 19 ramos doutrinários: livres, autônomos, radicais etc.;
– Os adventistas têm 5 denominações diferentre, sendo a do “Sétimo Dia” a maior delas;
– Os pentecostais e evangélicos constituem milhares de congregações ou seitas, com doutrinas diferentes; adotam o simples nome de “cristãos” apenas para dissimular a divisão doutrinária que reina entre eles; também entre eles surgiram ideias bem ingênuas, como por exemplo o caso do “apóstolo” José Luis de Jesús Miranda, que se autoproclama Deus na Terra, Jesus Cristo homem. A livre interpretação nos grupos evangélicos e pentecostais faz com que tendam ao fanatismo e criem doutrinas ingênuas, além da grande maioria se tornarem anticatólicos.
– Saídos do Adventismo, os Testemunhas de Jeová resolveram deixar de lado a livre interpretação da Bíblia, de modo que quem interpretar algo de maneira diferente corre o risco de ser expulso da congregação;
– A “Luz do Mundo” saiu da igreja pentecostal “Apostólica da Fé em Cristo”, formando sua própria denominação com base na livre interpretação; e dela já se separaram diversos ramos.
É incrível ver a divisão em que se encontra o Protestantismo e, mesmo assim, a livre intepretação da Bíblia vai se difundindo e é defendida. Querer ser cristão primitivo apenas com a Bíblia, como pretende ser a “Luz do Mundo” entre outras denominações, não é outra coisa senão ignorar a História e a própria Bíblia; é o mesmo que dizer que amamos o Senhor mas não nos interessa o que Ele diz, nem a doutrina que Ele nos entregou há 20 séculos:
– João 7,17-18: “Quem quiser fazer a vontade de Deus, verificará se a doutrina é de Deus ou se eu falo por Mim mesmo. Quem inventa sua própria doutrina, busca sua própria glória”.
– João 14,23-24: “Quem me ama, guarda as minhas palavras; meu Pai o amará e viremos até ele; e faremos morada com ele”.
É interesante notar como o Antigo Pacto de Deus preservava tanto a ordem de interpretação das Escrituras (cf. Neemias 8,5-8; 2Crônicas 19,11; Malaquias 2,7): as Escrituras eram interpretadas apenas pelos sacerdotes; ninguém que não recebesse autoridade da parte de Deus podia interpretar as Escrituras para o povo. É absurdo crer que Deus, aperfeiçoando as obras de seu antigo povo no Novo Pacto, nos deixasse em desordem. Mas vemos que Deus não quis assim (cf. Lucas 10,16; Mateus 10,40), pois continuou gostando de ordem. Como vemos, os irmãos separados pretendem fazer a vontade de Deus apenas com a Bíblia; mas, como vimos, somente a Bíblia não basta para averiguar toda a verdade. Ao formarem um novo grupo cristão, estão formando uma nítida divisão, de modo que não guardam as palavras de Cristo, pois a Bíblia é contrária à divisão e à livre interpretação dela mesma.
– 1Coríntios 1,10-13: “Eu vos rogo, irmãos, em nome de Jesus Cristo, que faleis todos uma mesma coisa e que não haja entre vós divisões, para que estejais perfeitamente unidos em uma mesma mente e em um mesmo parecer, porque fui informado que (…) há contendas entre vós; quero dizer que cada um proclama: ‘eu sou de Paulo’; ‘eu, de Apolo’; ‘eu, de Cefas’; ou ‘eu, de Cristo’. Por acaso Cristo está dividido?”;
– Efésios 4,3-5: “Procurando manter a unidade no Espírito, no veículo da paz, um só corpo, um só espírito; como fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação, um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo; um só Deus e Pai de todos”;
– Filipenses 1,27: “Estejais firmes em um só espírito e lutai com um só coração pela fé do Evangelho”;
– Filipenses 2,2: “Cumulem minha alegria colocando-se de acordo entre vós, estando unidos no amor, em um mesmo projeto”;
– 2Pedro 1,20: “Porém, antes de mais nada, entendei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular”.
Você procura manter a unidade? Há irmãos que creem que a Igreja de Cristo está unida, porém espiritualmente. Mas Paulo nos fala para não estarmos divididos nem na forma de pensar. Alguns irmãos que interpretam bem 2Pedro 1,20 afirmam que a Bíblia não deve ser interpretada particularmente, dando conta de que na prática existe um magistério da Igreja desde o início da mesma.
Vemos que com a livre interpretação da Bíblia, cada vez mais se divide o corpo místico de Cristo (cf. 1Coríntios 1,13). Inclusive, o próprio Paulo não foi por conta própria pegando as Escrituras, mas foi pedir autorização para pregar, de modo que percebemos que a livre interpretação da Bíblia existe apenas desde o Protestantismo. O que teria custado para Paulo ter ido pregar por conta própria? Ele conhecia muito bem as antigas Escrituras; disto não temos qualquer dúvida:
– Gálatas 2,2-5: “Expus em privado aos que tinham certa reputação (os Apóstolos, cf. versículo 9) o Evangelho que prego entre os gentios, para que eu não estivesse correndo em vão”
E, mesmo assim, nos ensinou a guardar a doutrina da única Igreja para evitar divisões:
– 1Timóteo 4,16: “Cuida de ti mesmo e da doutrina; persiste nisto, pois fazendo isto te salvarás a ti mesmo e também os que te escutam”;
– Romanos 16,17: “Eu vos rogo, irmãos, que vos fixeis nos que causam divisões e levantam tropeços contra a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles”.
Outra coisa que se deve saber é que os irmãos [protestantes] defendem a livre interpretação com o mesmo versículo de 2Pedro 3,15; porém, dizem que Pedro não é contrário à livre interpretação, mas sim que os ignorantes não podem interpretar (isto é, aqueles que nunca estudaram). Contudo, irmão, continuam defendendo o indefensável:
– As testemunhas de Jeová estudam a Bíblia 5 horas por semana;
– Os mórmons, lendo tanto a Bíblia, interpretam que podemos ser deuses.
Ora, nossos sacerdotes católicos, antes de serem ordenados, estudam a Bíblia por muito tempo.
– Também José Luis Miranda, pastor da igreja “Crescendo em Graça”, estudou teologia e Bíblia como pentecostal, e interpreta que ele próprio é Deus e que somente São Paulo era cristão, enquanto que os demais Apóstolos eram judaizantes e apostataram.
– O mesmo se dá entre outras denominações que leem e estudam a Bíblia muito tempo.
E então? Permanecemos no erro com a livre interpretação, já que todos estudam a Bíblia e continuam separados?
A Igreja, ao proclamar algo como dogma, não inventa ou faz uma descoberta ou nova interpretação bíblica como muitos dizem. Os novos dogmas não são revelações do Espírito Santo; define-se um dogma através do uso de três ciências importantíssimas para a interpretação bíblia: a Exegese, a História e a Antropologia – mas, sobretudo, pela Tradição Apostólica que recebemos. Toda a doutrina da Igreja é dogma de fé, mas os dogmas proclamados anteriormente não são revelações do Espírito Santo, mas algo que já havia sido depositado na Tradição Oral e Escrita e que [agora] apenas se define.
É inimaginável que para palavras tão simples do Senhor como: “Isto é meu Corpo” e “Isto é meu Sangue”, existam mais de 20 interpretações e apenas uma delas possui 20 séculos, tal como os Apóstolos e Padres Apostólicos: a que afirma que “a fração do pão” é o próprio corpo de Cristo. A estas palavras tão simples do Senhor:
– Os anglicanos afirmam que Cristo está presente em comunhão, mas a partir do céu;
– Os presbiterianos, que Cristo está espiritualmente presente;
– Os testemunhas de Jeová afirmam que “isto” quer dizer “significa” o corpo de Cristo;
– Muitos “cristãos” evangélicos, batistas e pentecostais simplesmente dizem: “Oras! Isso não é teu corpo, Senhor; nada mais é do que um símbolo”.
Com efeito, se fôssemos [diretamente] iluminados pelo Espírito Santo para ler a Bíblia, porque teríamos crenças diferentes, já que todos nos entregamos ao Espírito Santo? E por que deveríamos seguir a interpretação do pastor? Devemos crer em tudo o que ele nos diz? E se descobrirmos coisas novas na Bíblia, o pastor aceitará?
Sabemos que Deus não quer que a sua Palavra seja interpretada individualmente e, para isto, estabeleceu uma Igreja neste mundo, assim como o eunuco etíope, quando lia as Escrituras no deserto, recebeu Felipe da parte de Deus para que as interpretasse; e quando Felipe perguntou a ele se as entendia, o eunuco respondeu:
– Atos 8,32: “Como entenderei se ninguém me explicar?”
Observemos que Felipe não diz a ele como os irmãos separados nos dizem hoje: “Pede a iluminação do Espírito Santo, pois é o único que pode interpretá-las para ti”. E podemos observar outra coisa: ao interpretar para o eunuco, Felipe não entregou a ele nenhum evangelho escrito, mas apenas *pregou* o evangelho de Jesus (cf. Atos 8,35).
A livre interpretação da Bíblia foi um desastre desde o começo da Reforma Protestante, de modo que Martinho Lutero acabou percebendo o erro em que caiu: os crentes iniciaram uma divisão de crenças; todos criavam uma religião segundo os seus desejos; ressurgiram heresias antigas que já tinham desaparecido; vários se autoproclamaram profetas… Em suma: é o desastre que vemos hoje; todo dia surgem novos grupinhos; há, inclusive, livros de OVNIs[1], numerologia[2] e ocultismo[3] contendo referências bíblicas!
Você continua acreditando que é certo cada um interpretar a Bíblia a seu modo? Você pode achar que o que vimos é uma profanação da Palavra de Deus; precisamente, irmão, a Palavra de Deus não pode ser tomada à furtiva; Deus estabeleceu uma ordem em sua Igreja, pois se cada um pudesse interpretá-la [individualmente] nos levaria à profanação.
O que um irmão que sustenta a livre interpretação da Bíblia poderia reclamar contra autores de livros esotéricos e de ficção científica que emprega citações bíblicas? E se proclamam a livre interpretação da Bíblia, porque ficam discutindo e insultando as interpretações da Igreja Católica? É por isso que ninguém pode interpretá-la a seu modo, nem sequer pretendendo ou levantando o pretexto de que é [pessoalmente] iluminado pelo Espírito Santo, pois milhares e milhares de denominações dizem o mesmo e nenhuma concorda na doutrina. – O Espírito Santo não estaria fazendo bem o seu trabalho?
Ao perceber o que estava ocorrendo em seu tempo, Martinho Lutero disse o seguinte:
– “Há tantas congregações e crenças quanto cabeças (…) Aquele membro não quer ter nada a ver com o batismo; outro nega o Sacramento (Eucaristia); um terceiro crê que existe outro mundo entre este e o último dia; alguns andam dizendo que Jesus não é Deus. Uns dizem isto, outros aquilo. Se alguém sonha ou imagina algo, logo crê que o Espírito Santo falou com ele e acredita que já é profeta” (Martinho Lutero, cf. Grisar 4).
Eis aí, senhor Lutero, o que você semeou! E continua ainda dando frutos vários séculos depois!
—–
NOTAS
[1] Maussán, Jaime. “As Profecias da Biblia”.
[2] Drosnim, Michael. “Os Códigos Secretos na Bíblia”; Coleção “Muito Interessante”.
[3] Strachan, Gordon. “A Cosmologia Oculta da Bíblia”.
"Circulam na Internet (e em várias publicações feministas) algumas acusações de misoginia à obra de Santo Tomás de Aquino, o qual teria ensinado que "a mulher é como um macho incompleto". A frase constituiria prova irrefutável do machismo da fé cristã e do ódio da Igreja Católica ao sexo feminino.
Se é verdade que Tomás escreveu essa frase em suas obras [1], copiando (atenção!) uma colocação de Aristóteles [2], todas as vezes que a citou, porém, deixou bem claro o que Aristóteles queria dizer e qual era a sua posição a respeito disso.
Já conheço todas essas desculpas esfarrapadas.
Tomás de Aquino falou do que não entendia, já que ainda não se sabia da existência do óvulo feminino.
Ou seja, proclamou como verdade algo que não passava de um chute.
Quer dizer que nascem mulheres "devido à influência do vento sul, que é muito úmido" ?!!
Não há necessariamente ódio às mulheres quando a Igreja proclama sua inferioridade.
Se alguém diz "Não maltrate os animais", está afirmando seu amor por eles sem, no entanto, negar que são inferiores.
Da mesma forma, dizer que "Deus fez assim porque era necessário" não muda o fato de que este "assim" é inaceitável.
Fica claro aqui que as Escrituras não podem ser tomadas e interpretadas de qualquer jeito, com alguém afirmando “que o Espírito Santo me ilumine” e passando logo a pregar o que entendeu. Isto é falso, tão falso que hoje existem milhares de denominações afirmando possuir a verdade. A livre interpretação da Bíblia veio a ser a quebra da unidade do Cristianismo, rompendo com os desejos de Jesus.
É correto deixar que auto-nomeados sábios interpretem a Bíblia por nós e nos digam em que acreditar?
É correto aceitar que apenas um grupinho se diga iluminado pelo Espírito Santo e capacitado a interpretar as Escrituras?
Aliás, por que seria necessário interpretar a Bíblia?
Se ela é a palavra de Deus e dela depende nossa salvação, deveria ser claríssima em todo o tempo e lugar, sem enigmas e "dificuldades" (como dizem os crentes) a se decifrar ou justificar.
Na verdade, Deus deveria se dirigir pessoalmente a cada um de nós e nos dizer o que quer em vez de espalhar boatos contraditórios ao longo dos milênios.
Não vejo por que acreditar em nenhum desses "sábios", "profetas", "teólogos", "homens santos" ou sei lá o quê. Não vejo por que acreditar num livro cheio de absurdos, atrocidades e contradições escrito sei lá por quem, editado e reescrito mil vezes sei lá por quem.
E, mais uma vez, você não conseguiu ser sucinto nem apresentar sua opinião.
Apenas despejou enormes citações de supostas autoridades, naturalmente selecionadas por afirmarem o que você quer.
E, mais uma vez, você não conseguiu ser sucinto nem apresentar sua opinião.
Apenas despejou enormes citações de supostas autoridades, naturalmente selecionadas por afirmarem o que você quer.
Minha opinião é a opinião da Igreja sustentada por aqueles que crêem Nela.
Ser sucinto em algo que depende de uma extensa explicação para ser entendida perfeitamente,se não;sera interpretada de maneira maliciosa contrária a informação que se queria passar.
Discussão Teológica não é dogma adotado pela Igreja.
Como é que uma instituição que tem Maria como a criatura por excelência Santissima Rainha de todo Universo,alem de Santas venereadas por séculos em todo mundo;pode inferiorizar as mulheres;não seria contraditório?
Ama-las no sentido de servi-las assim como qualquer outro Ser Humano virtuoso deve servir e amar o seu próximo não como se ama um animal mas como um irmão que sofre dos mesmos problemas que aflingem toda a humanidade fruto do pecado e assim como os Pais amam e servem aos seus filhos os guiando e protegendo,o Papa faz o mesmo aos seus fiéis;não é por nada que um dos titulos oficiais do Papa é "Servus Servorum Dei" ou Servo dos Servos de Deus.
Desconsiderou a Tradição a Biblia e o Magistério novamente,teve como base a certeza cega e maliciosa de que a Igreja é opressora e interpretou tudo o que Ela faz ou afirma a partir desta base como já comentei anteriormente;não houve nem ao menos uma honesta suspensão de juízo.
POR QUE A IGREJA DIZ QUE AS MULHERES DEVEM SER SUBMISSAS?
Um dos trechos da Bíblia que mais gera dúvidas e controvérsias nos católicos de hoje em dia é aquele em que São Paulo diz, na Carta aos Efésios, que a esposa deve ser submissa a seu marido.
Como devemos entender esse texto? O que diz a Igreja?
Para esclarecer a questão, nós nos basearemos nos escritos oficiais de três papas: Leão XIII, Pio XI e João Paulo II. Antes de prosseguirmos, é preciso deixar claro que o termo “submissão” na Carta aos Efésios não possui o sentido negativo ao qual o termo remete atualmente. Não tem nada a ver com obediência irrestrita, servidão, inferioridade, opressão, desrespeito, abuso ou qualquer coisa do tipo.
Vamos lá… Essa submissão é literal? Sim, o marido é o chefe da família, não a esposa. “Pois o marido é a cabeça da mulher, assim como Cristo é a cabeça da Igreja”, lembra Leão XIII.[1] Mas isso quer dizer que a esposa tem a obrigação de obedecer a ele em absolutamente tudo? Não, não mesmo!
O marido tem a missão de ser um CHEFE-SERVIDOR, assim como Jesus, que veio para servir, não para ser servido. Essa postura humilde em nada diminuiu Sua autoridade e Sua liderança. Assim, o marido deve tratar bem a sua esposa, que é carne de sua carne, e, se preciso for, se sacrificar e dar a vida por ela e pelos filhos. Obviamente, isso nada tem a ver com o perfil de patrão da mulher.
Segundo Pio XI, a submissão da esposa não a obriga a satisfazer todas as vontades de seu marido, especialmente quando contrariam sua razão e sua dignidade, nem se trata de uma submissão comparável àquela dos filhos (que são menores de idade e não têm maturidade para tomar certas decisões) em relação aos pais.
Do que se trata, então, essa submissão? É simples: do reconhecimento de que o amor possui uma ordem. No céu, os anjos têm uma hierarquia; na Terra, Jesus colocou Pedro à frente dos demais apóstolos; na família, Deus colocou o homem como a cabeça e a mulher como o coração. Homem e mulher são iguais em dignidade, mas diferentes em sua constituição biológica e psicológica e, portanto, exercem papéis diferentes na família.
Mas, atenção, se é verdade que a mulher deve reconhecer e respeitar a chefia do marido sobre a família, também é verdade que o homem deve exercer essa liderança com amor, respeito e espírito de serviço. O Papa Leão XIII enfatiza: “Seja a caridade a reguladora constante do dever”. Sem a CARIDADE CRISTÃ, o homem não é a cabeça da família, mas sim um tirano. O marido deve ser para a família aquilo que Cristo é para a Igreja: chefe amoroso e humilde, mas também firme e viril.
Por exemplo, o fato de que São Pedro era o chefe visível da Igreja não impediu São Paulo, que era subordinado a ele, de acusá-lo certa vez de hipocrisia. Paulo não estava, de modo algum, rebelando-se contra a autoridade máxima de Pedro, mas cumpriu a sua obrigação de realizar a correção fraterna. Da mesma forma, a esposa pode — e deve — contestar as atitudes e decisões que julgar insensatas.
Como ensinou São João Paulo II, tal submissão, no fim das contas, não é unilateral, mas sim bilateral, pois o marido também tem seus deveres sagrados em relação à mulher. Por seu dever de chefiar a família dentro do princípio da caridade cristã, o homem é impedido de desrespeitar a esposa e de fazê-la objeto de seus caprichos.[2] Certo… E se o marido é bebum e vagabundo? Nesse caso, é óbvio que ele não tem condições mínimas para governar sua família, e quem deve chefiá-la é a esposa (esse é apenas um exemplo, entre tantos outros, em que o homem pode perder a sua capacidade de exercer o papel de “cabeça” da esposa). O Papa Pio XI esclareceu a questão:
O âmbito e as modalidades de tal submissão da mulher ao marido podem variar de acordo com as diferentes condições das pessoas, lugares e tempos. Além disso, se o marido está faltando com seus deveres, as mulheres devem tomar o seu lugar na direção da família.[3] Como Pio XI bem disse, a Igreja não delimita a forma como essa submissão da mulher ao marido deve se dar, pois isso varia conforme cada situação, cada tempo, cada cultura. Em algumas famílias contemporâneas, essa submissão se cumpre muito bem e de modo sutil, com marido e mulher dialogando e buscando compartilhar as decisões sempre que possível. Seja como for, a lei fundamental da estrutura familiar, estabelecida e confirmada por Deus, jamais deve ser esquecida: o marido é o chefe da família, assim como Cristo é o chefe da Igreja.
Lembremos que o Rei do Universo, feito Menino, aceitou ser submisso a José e Maria, pois é assim que um filho deve ser em relação a seus pais. Mesmo sendo Deus, o Cristo não se rebelou contra essa lei da estrutura familiar. Porém, para a nossa mentalidade contemporânea, em que domina a ideia de que homem e mulher são iguais em tudo, esse ensinamento pode soar estranho.
Também foi difícil para os apóstolos aceitar certas coisas que Jesus dizia e que contrariavam a sua cultura e o seu modo de pensar. Porém, Cristo nos pede: “Credes em Deus, credes também em mim” (Jo 14, 1).
A IGREJA NÃO VALORIZA AS MULHERES?
Nas assembleias urbanas ou nas comunas rurais, as mulheres têm o mesmo direito de voto dado aos homens. As lideranças políticas e religiosas femininas são tão prestigiadas quanto as masculinas. As mulheres abrem e comandam estabelecimentos comerciais sem precisar da autorização de seu marido. Além de mães de família, religiosas e empregadas domésticas, as mulheres exercem diversas profissões.[5] De que época estamos falando? Acredite: estamos falando da Idade Média!
Para quem deu uma risadinha descrente, adianto logo que nossa fonte é Régine Pernoud, historiadora premiada pela Academia Francesa pelo conjunto de sua obra.
Então, você precisa decidir a quem dar ouvidos: a uma medievalista top ou ao seu “fessô da facul”. Escolha difícil… Nos registros de pagamentos de impostos da cidade de Paris, no período referente ao fim do século XIII, pode-se verificar uma multidão de mulheres exercendo as mais variadas funções:
professoras, médicas, boticárias (atual farmacêutica), tintureiras, copistas, miniaturistas, encadernadoras etc. Na Itália, em especial, há um número considerável de registros da contribuição de mulheres para a medicina. Poderíamos citar diversos nomes, mas, só para ilustrar, lembramos Dorotea Bucca. Ela ocupou uma cadeira de Filosofia e Medicina na Universidade de Bolonha por mais de quarenta anos, tendo começado em 1390.
Quem diz que os medievais só se preocupavam com a instrução intelectual masculina está simplesmente falando asneira! “Assim, em Soissons, em 1403, o bispo Simão de Buey insiste junto a seus capelães e curas para que zelem por que os pais enviem as crianças dos dois sexos às escolas da cidade”,[6] afirmou Pernoud em uma das suas obras. Assim, a contribuição da mulher medieval no campo intelectual também era relevante; uma evidência nesse sentido é que a mais conhecida enciclopédia do século XII é de autoria de uma mulher, a abadessa Herrade de Landsberg.
Do século XII, muitos conhecem o enrosco de Abelardo e Heloísa. Ele, filósofo popular e ilustre, dava aulas para a moça na escola feminina da Abadia de Argenteuil (depois de nove meses, eis que veio o resultado… Segura o tchan! Amarra o tchan!). De fato, a quantidade de escolas femininas não era tão numerosa quanto as instituições dedicadas aos rapazes, mas note que a educação das jovens de Argenteuil foi valorizada a ponto de terem um mestre famoso a seu serviço.
Nos tempos feudais, as coroações de rainhas e reis também tinham o mesmo prestígio. Já no campo religioso, certas abadessas (madres superioras) eram tão influentes que administravam vastos territórios, incluindo diversas aldeias e paróquias. Muitas abadessas, inclusive, usavam báculo, tal como um bispo. Afinal, eram consideradas pela Igreja como pastoras supremas do território sobre o qual governavam.
No século XII, o célebre pregador Robert d’Arbrissel fundou um mosteiro feminino e um masculino em Fontevrault. Esse monge “opressor” e “machista” (como todo católico medieval devia ser, segundo a opinião mais difundida) colocou o duplo mosteiro sob a autoridade de uma abadessa, a nobre viúva Pétronille de Chemillé, que tinha apenas 22 anos.[7] O caso de Fontevrault não foi único. Diversos conventos duplos, de monges e monjas, foram colocados sob a gestão de uma abadessa. Tal função foi exercida, por exemplo, por Santa Brígida da Irlanda, no século V, em Kildare. Repito: religiosas lideravam comunidades monásticas masculinas e usavam uma insígnia típica de um bispo!
A veneração à Virgem Maria, Mãe de Deus, permitiu que o homem medieval projetasse tamanho respeito à figura feminina. Isso acontecia não somente no Ocidente, mas também na cristandade do Oriente. É bem verdade que, em muitos casos, os pais escolhiam os noivos para suas filhas, mas note que os rapazes também estavam sujeitos ao mesmo destino. Portanto, ambos os sexos estavam igualmente lascados (olha a igualdade aí, gente!). A Igreja se opôs a essa cultura, declarando em seus documentos que o consentimento para o matrimônio deveria ser pleno.[8] Tudo isso só confirma a tese de Jacques Le Goff, historiador francês que afirmou que devemos a emancipação da mulher à Idade Média,[9] emancipação essa, aliás, inexistente na Antiguidade clássica e da qual, até hoje, muitas mulheres em países não cristãos não gozam. Portanto, pense duas vezes antes de dizer, por exemplo, que o tratamento dado às mulheres em países de maioria muçulmana é “medieval”.
O termo Idade Média continua a ser estupidamente proferido em tom de desprezo, como uma forma eficaz de depreciar a Igreja Católica, que foi mentora daquela sociedade, mas deixando o preconceito de lado e afundando o nariz nos livros — nos bons livros — os que amam a verdade e possuem a mente aberta saberão reconhecer o legado precioso dessa época e o acesso da mulher às liberdades essenciais.
Minha opinião é a opinião da Igreja sustentada por aqueles que crêem Nela.
Se não discorda de nada e aceita passivamente tudo então nos dá todos os motivos para acreditar que você não tem uma opinião a respeito, apenas devoção religiosa.
Fica claro aqui que as Escrituras não podem ser tomadas e interpretadas de qualquer jeito, com alguém afirmando “que o Espírito Santo me ilumine” e passando logo a pregar o que entendeu. Isto é falso, tão falso que hoje existem milhares de denominações afirmando possuir a verdade. A livre interpretação da Bíblia veio a ser a quebra da unidade do Cristianismo, rompendo com os desejos de Jesus.
É correto deixar que auto-nomeados sábios interpretem a Bíblia por nós e nos digam em que acreditar?
É correto aceitar que apenas um grupinho se diga iluminado pelo Espírito Santo e capacitado a interpretar as Escrituras?
Aliás, por que seria necessário interpretar a Bíblia?
Se ela é a palavra de Deus e dela depende nossa salvação, deveria ser claríssima em todo o tempo e lugar, sem enigmas e "dificuldades" (como dizem os crentes) a se decifrar ou justificar.
Na verdade, Deus deveria se dirigir pessoalmente a cada um de nós e nos dizer o que quer em vez de espalhar boatos contraditórios ao longo dos milênios.
Não vejo por que acreditar em nenhum desses "sábios", "profetas", "teólogos", "homens santos" ou sei lá o quê. Não vejo por que acreditar num livro cheio de absurdos, atrocidades e contradições escrito sei lá por quem, editado e reescrito mil vezes sei lá por quem.
Absurdos,de acordo com o parco entendimento que teve sobre as escrituras tendo como base já a conclusão preciptada de que a Bíblia não passa de fantasia;enquanto as autoridades legitimas como o são,estudaram as escrituras, a Tradição e o Magistério com extrema seriedade e em conjunto como uma comunidade e não como um grupinho de iluminados pois lembre-se que uma das definições da Igreja é ser uma comunidade universal de fiéis,o fato de haver grupinhos iluminados que a negam;não contraria a sua legitima autoridade de confirmar qual interpretação publicamente é a correta,se Ela por exemplo não tem uma confirmação de qual interpretação do livro do Apocalipse é a correta,simplesmente tem-se o juízo dispenso desta questão;não significa que os fiéis não possam ler e interpeta-la livremente,porém;ninguém pode sair gritando aos quantro ventos que a sua interpretação é a oficialmente correta aos seus irmãos de fé sem a legitimidade da Igreja,ou seja;é Ela que dá a palavra final em ddiscussões de algum tema de Fé sem desconsiderar todas as matérias que envolvem eese respectivo tema,pelo fato de ter a responsabilidade de resguardar a verdade e por isso mesmo Ela suspende o juízo no que concerne a vários assuntos que ainda estão sendo discutidos e que ainda não tomaram o seu parecer final;a isto damos o nome de prudência,por que ela não somente convoca a sua autoridade como a mostra; basta apenas estuda-la honestamente.
A BÍBLIA É CONFIÁVEL?
Todos nós já ouvimos alguém dizer que a Bíblia não é confiável, pois teria sido adulterada ao longo dos séculos. À primeira vista, apresenta-se diante de nós um cenário altamente desfavorável à confiabilidade dos textos bíblicos, pois os manuscritos originais foram perdidos e é provável que nem existam mais. Os livros do Antigo Testamento começaram a ser escritos há cerca de 3.400 anos, e os livros do Novo Testamento foram escritos há quase dois mil anos. Ao longo de todos esses séculos, os livros que compõem a Bíblia foram repetidamente copiados, e nem sempre os copistas fizeram um bom trabalho.
Diante disso, você pode estar pensando que não dá pra pedir que um cristão confie na Bíblia… mas acalme-se e não seja apressado em seu julgamento! O texto bíblico é altamente confiável.
Saindo um pouco do campo das discussões-clichê e estudando a questão mais a fundo, qualquer ateu de mente aberta verá que as evidências arqueológicas e históricas e críticas textuais tendem a confirmar a autenticidade dos textos bíblicos.
Vamos analisar primeiro o Antigo Testamento e, depois, o Novo Testamento.
Evidências sobre a autenticidade do Antigo Testamento Em 1947, um grupo de pastores de cabras encontrou por acaso, em uma caverna em Qumram, na Cisjordânia, às margens do Mar Morto, centenas de manuscritos. Foi uma descoberta bombástica!
Esse conjunto é simplesmente a versão mais antiga que conhecemos do Antigo Testamento, escrito entre os séculos III a.C. e 70 d.C.
Entre os manuscritos, havia pergaminhos e fragmentos de textos de diversos livros do Antigo Testamento, porém a peça mais impressionante foi o rolo do profeta Isaías, que contém o livro completo em aramaico. Quando os especialistas compararam os manuscritos do Mar Morto com os textos atuais da Bíblia, puderam verificar que, por mais de mil anos (!!!), os copistas reproduziram esses textos fielmente, sem qualquer alteração de sentido.
O texto do Antigo Testamento que temos em mãos atualmente é, portanto, praticamente igual ao conteúdo desses pergaminhos. É claro que a descoberta, considerada por muitos como a mais importante do século XX, deixou muitos críticos ferrenhos da Bíblia — que diziam que seu texto estava bastante corrompido — com cara de pastel. Fué-fué-fué-fué-fuéeeeeee… Evidências sobre a autenticidade do Novo Testamento Os milhares de variantes entre os manuscritos Há mais de cinco mil cópias antigas do Novo Testamento, escritas em grego, em museus e monastérios na Europa e na América do Norte. Detalhe: nenhuma delas é idêntica a outra, pois sempre muda uma palavrinha aqui, outra ali.
Por cerca de 1.500 anos, a Bíblia foi reproduzida manualmente, em especial por meio do trabalho de monges copistas. Eram necessários muitos anos para se produzir um exemplar e quase sempre havia alterações (variantes), intencionais ou não, realizadas pelo copista.
Alguns estudiosos do Novo Testamento afirmam que, comparando essas cópias manuscritas, podem-se encontrar entre 200 e 400 mil variantes (uooooou!). O número impressiona, mas a sua interpretação pode ser enganosa. O fato é que quase todas as variantes entre uma cópia do Novo Testamento e outra são irrelevantes. Em sua grande maioria, são ligeiras falhas de ortografia ou palavras dispostas em ordem diferente em uma frase.
Tais variantes não afetam em nada a doutrina cristã, mas isso os detratores da Bíblia não dizem, é claro! Imagine o número enorme de variantes gerado pelas simples trocas de “Jesus Cristo” para “Cristo Jesus” ou para “Senhor” no Novo Testamento… Acaso isso produz qualquer impacto no sentido do texto?
O parecer dos estudiosos Neste livro, a gente mata a cobra e mostra a espada Jedi!
Quando dizemos que as variantes encontradas em cópias antigas da Bíblia não têm qualquer impacto na doutrina, nós nos baseamos no parecer de especialistas em crítica textual mundialmente reconhecidos. Uma explicação rápida:
crítica textual é o estudo e a comparação entre antigos manuscritos com a finalidade de resgatar a versão original de um texto.
Daniel B. Wallace, estudioso do Novo Testamento, observou que, embora existam cerca de 300 mil variações de texto entre essas cópias do Novo Testamento, a grande maioria das diferenças é completamente sem importância, como erros de ortografia, frases invertidas ou coisas similares.[1] A opinião desse sujeito tem peso: ele é diretor-executivo do Centro para o Estudo de Manuscritos do Novo Testamento, organização que está digitalizando todos os manuscritos conhecidos da Bíblia com a finalidade de garantir a preservação de seu conteúdo.
Vejamos agora o que disse Frederic G. Kenyon, ex-diretor do Museu Britânico e ex-presidente da Academia Britânica e da Escola Britânica de Arqueologia (em Jerusalém). Tendo pesquisado papiros antigos por muitos anos, ele garantiu que “… em nenhum outro caso o intervalo de tempo entre a composição do livro e a data dos manuscritos mais antigos é tão próximo como no caso do Novo Testamento”.[2] Ainda segundo ele, “não resta nenhuma dúvida de que as Escrituras chegaram até nós praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais”.[3] Bruce M. Metzger é um dos estudiosos mais influentes do Novo Testamento. Foi a ele que Bart D. Ehrman dedicou o seu best-seller O que Jesus disse? O que Jesus não disse? (falaremos sobre esse livro mais adiante), chamando-o de “meu mentor e Pai-Doutor”. Em uma entrevista, perguntaram a Metzger quantas doutrinas da Igreja estão em risco por causa das variações entre os manuscritos do Novo Testamento. Eis a sua resposta:
Não sei de nenhuma doutrina que esteja em risco. […] As variações mais significativas não solapam nenhuma doutrina da Igreja. Qualquer Bíblia que se preza vem com notas que indicam as variações de texto mais importantes. Mas, como eu já disse, esses casos são raros.[4] Outra grande autoridade nesse assunto é F. F. Bruce, teólogo formado pelas universidades de Aberdeen, Cambridge e Viena. Foi professor de grego nas universidades de Edimburgo e de Leeds e depois assumiu o Departamento de História e Literatura Bíblica na Universidade de Sheffield.
Aposentou-se em 1978 como professor de crítica e exegese bíblica na Universidade de Manchester.
Ele, que é autor do clássico Merece confiança o Novo Testamento?, afirmou que “no mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual”.[5] É importante notar que os pesquisadores da Bíblia têm à sua disposição fontes muito privilegiadas. Afinal, eles podem comparar os textos atuais com papiros produzidos em datas muito próximas às dos manuscritos originais. Muitos desses papiros são, provavelmente, cópias diretas dos originais, ou estão distantes, no máximo, duas gerações. Além disso, os milhares de cópias do Novo Testamento, em diversas línguas, tornam muito fácil identificar qualquer alteração relevante feita por um copista descuidado ou mal-intencionado.
Porém, não é preciso ser nenhum especialista para notar a autenticidade do texto do Novo Testamento, pois há muitas evidências que podem ser verificadas por qualquer cristão por meio de um simples estudo bíblico.
Porém, não é preciso ser nenhum especialista para notar a autenticidade do texto do Novo Testamento, pois há muitas evidências que podem ser verificadas por qualquer cristão por meio de um simples estudo bíblico.
E ninguém precisa ser especialista para notar a autenticidade do texto dos gibis do Homem-Aranha, pois há muitas evidências que podem ser verificadas por qualquer fã por meio de um simples estudo dos próprios quadrinhos... 🙄
Porém, não é preciso ser nenhum especialista para notar a autenticidade do texto do Novo Testamento, pois há muitas evidências que podem ser verificadas por qualquer cristão por meio de um simples estudo bíblico.
E ninguém precisa ser especialista para notar a autenticidade do texto dos gibis do Homem-Aranha, pois há muitas evidências que podem ser verificadas por qualquer fã por meio de um simples estudo dos próprios quadrinhos... 🙄
Você não está comparando um estudo sério,referente as escrituras de milênios com um simples gibi de algumas décadas atrás;né?
OS CATÓLICOS ADULTERARAM O CONTEÚDO DO NOVO TESTAMENTO?
Com impacto comparável ao de O código Da Vinci, o livro O que Jesus disse? O que Jesus não disse? Quem mudou a Bíblia e por quê? causou alvoroço e virou best-seller nos Estados Unidos. O autor, Bart D. Ehrman, alcançou o status de celebridade no mercado editorial americano. No livro, ele defende que os escribas fizeram alterações graves na Bíblia ao longo dos séculos, especialmente com a intenção de dar suporte aos dogmas católicos. Por isso, o acesso às palavras originais do Novo Testamento seria impossível ao homem contemporâneo.
Ehrman foi apresentado no Brasil como “a maior autoridade em Bíblia em todo o mundo”. É mesmo? Quem disse? A editora e a equipe de marketing dele, ora bolas! Bem, um currículo de peso o cara tem: é PhD em teologia pela Universidade de Princeton e diretor do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte. Mas está bem longe de ser “o maioral”.
Enfim… Vamos analisar algumas das afirmações equivocadas desse livro.
Ehrman disse que a Bíblia não é infalível, pois contém muitos erros e contradições. Como exemplo, cita a passagem em que Jesus diz que Davi comeu os pães da proposição (Mar 2, 25-26) no tempo do sumo sacerdote Abiatar. Porém, em I Sam 21, 1-6 está escrito que o sumo sacerdote naquela ocasião era Aquimelec, pai de Abiatar. Essa diferença oferece algum problema para os cristãos? Não! Por duas razões:
1) Um fato narrado de forma diferente em dois livros da Bíblia não está necessariamente errado. A maioria esmagadora dessas aparentes contradições já foi exaustivamente esclarecida pelos estudiosos, mas se — ainda — não se alcançou uma solução satisfatória para uma ou outra, isso não significa que a questão é inexplicável. Durante séculos, os cientistas não compreenderam certos fenômenos facilmente explicáveis nos dias de hoje, mas nem por isso desistiram de pesquisar e alcançar a verdade.
Sobre isso, Santo Agostinho explica:
Se estamos perplexos por causa de qualquer aparente contradição nas
Escrituras, não nos é permitido dizer que o autor desse livro tenha errado; mas ou o manuscrito utilizado tinha falhas, ou a tradução está errada, ou nós não entendemos o que está escrito.[6] 2) Quase cem por cento das discrepâncias detectadas na Bíblia não envolvem nenhum ponto da doutrina, como é o caso dessa mudança do nome do sumo sacerdote. Em geral, são contradições relativas a nomes de cidades, datas de acontecimentos etc. Enfim, detalhes sem importância. Nenhum ensinamento necessário à salvação é afetado por esses pontos de dificuldade.
Críticos da Bíblia querem levar os desavisados a crerem que as aparentes divergências entre as narrativas dos evangelistas são erros, quando não passam de formas diferentes de dizer a mesma coisa. As palavras empregadas variam, mas a essência não muda. Em certa passagem, Mateus (28, 2-5) diz que havia um anjo no túmulo de Jesus enquanto João afirma que havia dois anjos (Jo 20, 11-12).
Há contradição aí? Não! Mateus citou a presença de um anjo, mas em momento algum disse que havia apenas um anjo. Os relatos não divergem, afinal, onde quer que haja dois, sempre há um.
Então… não há erro!
A superficialidade das críticas de Bart Ehrman é gritante. Por exemplo, em Marcos (4, 30-32), Jesus compara o Reino dos Céus a um grão de mostarda, “a menor de todas as sementes da Terra, mas, quando é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças”. Aí, o senhor Ehrman vem e diz que isso é um erro, pois o grão de mostarda, não é, de fato, o menor entre todos os grãos da Terra (Sério? É esse o cara que querem vender como “a maió otôridadi em briba do múndio”??!!).
Ora, Jesus usava uma linguagem próxima à cultura do povo, citando em suas parábolas elementos que faziam parte do cotidiano, como videiras, ovelhas, bois, pardais, lírios-do-campo, grãos de mostarda etc. Acaso o Senhor estava pretendendo dar uma aula de botânica? A crítica sobre a passagem do grão de mostarda é tão estúpida e sem lógica que chega a ser patética. Usando esse mesmo raciocínio chapado, alguém poderia afirmar: “Jesus cometeu um erro grosseiro quando disse que os lírios-do-campo se vestiam melhor do que o rei Salomão. Afinal, alguém aí já viu flor usando roupa?” Os pontos de dificuldade do Novo Testamento evidenciam a sua autenticidade Na Bíblia, há algumas dificuldades e passagens obscuras, não erros. Ela é a Palavra de Deus, é infalível.
Em vez de desacreditarem o texto bíblico, os pontos de dificuldade evidenciam a sua autenticidade. Afinal, se os copistas e as autoridades da Igreja Católica tivessem mesmo corrompido os textos bíblicos, tendo a faca e o queijo na mão, por que… … deixaram de uniformizar as narrativas dos quatro Evangelhos, eliminando as aparentes contradições (como é o caso do número de anjos no túmulo de Jesus)?
… não alteraram nem “deletaram” as passagens mais complicadas, que a Igreja tem trabalho para explicar, como a que cita os “irmãos de Jesus” ou a que mostra Jesus em aparente crise de fé (“Pai, por que me abandonaste?”)?
… perderam a oportunidade de apresentar os apóstolos como homens sempre sublimes? Por que mantiveram as passagens em que eles falam mal um do outro (como Paulo sobre Pedro) e agem de forma descrente, egoísta, interesseira ou tola?
… deixaram de inserir textos que dessem apoio explícito a certos dogmas, como a
Assunção de Nossa Senhora aos Céus e a infalibilidade papal?
Que cada um tire as suas conclusões. Quem tem olhos, veja!
E pensar que um dos mais belos elogios à integridade e à autenticidade dos textos dos Evangelhos veio de um sujeito anticlerical chamado Jean-Jacques Rousseau. Ele, um dos mais importantes filósofos do Iluminismo (eca!), afirmou (grifos nossos):
Diremos que a história do Evangelho foi inventada por prazer? Meu amigo, não é assim que se inventa; e os fatos de Sócrates, de que ninguém duvida, são menos atestados que os de Jesus Cristo. No fundo, é afastar a dificuldade sem a destruir. Seria mais inconcebível que vários homens de comum acordo tivessem fabricado esse livro que o fato de um só ter fornecido o assunto. Nunca os autores judeus teriam encontrado nem esse tom nem essa moral; e o Evangelho tem traços de verdade tão grandes, tão impressionantes, tão perfeitamente inimitáveis, que seu inventor seria mais espantoso do que o herói. Com tudo isso, esse mesmo Evangelho está cheio de coisas incríveis que ferem a razão e que um homem sensato não pode conceber nem admitir. Que fazer em meio a todas essas contradições? Ser sempre modestos e circunspetos, meu filho; respeita em silêncio o que não se pode rejeitar, nem compreender, e humilhar-se diante do grande Ser, o único que sabe a verdade.
Você não está comparando um estudo sério,referente as escrituras de milênios com um simples gibi de algumas décadas atrás;né?
Não, estou dando um exemplo do quão ridícula é a ideia de que a autenticidade de algo pode ser confirmada por amadores com acesso apenas aos objetos cuja autenticidade está em questão.
Comentários
Repetindo, como repetidamente necessário fazer aqui, você comete a imprudência de dizer que "Existe um argumento irrefutável para a existência de Deus: o ID, pois que baseia-se na própria ciência", desconhecendo totalmente, o que é ruim, ou fingindo desconhecer, o que é pior, todo cabedal de demonstrações lógicas e científicas que qualificam ID como argumento religioso e pseudocientífico. Note que é qualificado como religioso, sequer atinge a classificação de teológico, estando disponíveis os artigos de especialistas que apresentam as conclusões das melhores universidades e centros de pesquisa do mundo sobre o tema, conclusões unânimes. Quem quiser que vá pro Google Scholar e procure, não vamos ficar aqui fazendo a lição de casa dos outros.
Como lembrado antes, a coisa toda do DI foi pros tribunais que concluíram como provadas juridicamente as inconsistências da tese como argumento científico.
Aí você chama aquela gororoba intelectual de argumento incontestável e diz que não vê consistências nas negativas, que são assinadas pelas pessoas mais competentes do mundo para avaliar a tese.
Pois é...
Vamos lá... Você falou em consistência de argumentos.
Me cite, por favor, uma escola de Filosofia da Ciência respeitada que apresenta como escopo do método científico a determinação dos propósitos do Universo.
Lembrando que quem disse que a DI era um argumento cientítifico foi você.
Você tá sendo dramático.
O fato de você estar recebendo toda esta atenção é prova de que aqui você é respeitado como interlocutor.
Quem não merece nosso respeito aqui é simplesmente ignorado e deixado falando sozinho.
He, he...
Por exemplo, você afirma, ou supõe que, "bastaria que o universo fosse ligeiramente diferente para que não existíssemos ou fôssemos diferentes."
Apenas confirma a minha tese:
o Universo é precisamente assim para que nós sejamos como somos. Então haverá, como acredito, um propósito inteligente.
Não é a única conclusão racional pois se baseia nas exceções de uma ocorrência e não na regra. Você, meu caro Fernando, nega o que seus olhos veem por causa de uma visão condicionada ao ceticismo.
Mas, ainda assim eu concordo com você quando menciona as catástrofes que dizimam dezenas, centenas e até milhares de vidas. As explicações do Espiritismo para tais fatos envolve complexidades que, ao expô-las para você, causaria certa descrença.
Um dos postulados doutrinários trata da transmigração das almas entre os mundos.
É uma forma de propiciar o progresso moral e intelectual de mundos relativamente atrasados, encarnando neles espíritos mais evoluídos que a isto se oferecem.
Mas, recrutados nas diversas paragens espirituais, espíritos malévolos e reincidentes no mal, encarnam em comunidades que serão açoitadas pelos dramas que mencionamos; guerras inclusive. - Então, horrorizados se atemorizarão e, reconduzidos ao plano espiritual ali repensarão suas ações.
No princípio de nossa história os homens acreditavam supersticiosamente em um deus, eram os rudimentos da Fé.
Hoje temos a tecnologia que nos permite a leitura e o entendimento do macro cosmo que abrange os corpos celestes; e do micro cosmo, que abrange as sub partículas do átomo, tudo a indicar a existência de uma inteligência que supera o inimaginável.
Por isso encontramos no ambiente do mundo homens que reverenciam a ciência, e por ela refletem sobre a criação.
Mas também aqueles que envaidecidos e orgulhosos pelo grande conhecimento, negam a possibilidade de existir uma inteligência, a eles superior, que tudo criou.
Temos os materialistas que só cogitam sobre o que veem e podem pegar, e ao seu lado, os criminosos cuja consciência arrependida busca negar um posterior julgamento de suas ações.
Entendo que seja muito difícil para o homem compreender a essência de um criador de Universos e daí negar sua existência. Mas como todo bom Pai, não negará a seus filhos a oportunidade da lição.
Nossa jornada, que vai da barbárie à angelitude, é rica de experiências e conhecimentos, que visa agregar valores morais à inteligência.
Assim, a humildade, o trabalho e a bondade estão sempre nos convidando à paz da consciência
Curioso é que os próprios apóstolos eram provavelmente na sua maioria analfabetos ou no máximo um ou outro (exceto aquele que era cobrador de impostos) sabiam escrever palavras separadas (ainda mais com a ausência de vogais no aramaico e no hebraico, em que naquela época não havia nem sequer os "acentinhos" para isso e de qualquer modo mesmo quando surgiram os acentinhos nas línguas semíticas eram (e são) só para serem usados para crianças sendo alfabetizadas ou como um registro de garantia de textos sagrados. Lembrando que Paulo não era propriamente apostolo e de que em todo caso, não houve influencias intelectuais conhecidas na sua conversão. E além disso eles tinham passado a vida inteira antes de serem apóstolos e pedir dinheiro ("esmolas") para isso, antes eles trabalhavam muito e também não tinham tempo para ouvir muitas conversas orais. Dado tudo isso: Será que tem mesmo sentido e motivo para as pedanterias "teológicas"?
Como assim,pedanterias "teológicas" ?
Tudo que vá além da Bíblia, do catecismo e no máximo dos máximos as encíclicas papais. Agora Agostinho, Thomás de Aquino. e etc e tal...me parece lero lero, Bla bla bla.
Há quem defenda, com argumentos bem fundamentados nas Cartas, que Paulo seria epiléptico e sua revelação a caminho de Damasco estivesse correlacionada com esta condição.
Crentes negam e ridicularizam a possibilidade, mas é uma hipótese a ser considerada.
É esse mesmo,é um canal que trata tambem de vários outros temas relacionados a economia,filosofia,sociologia,política;e que penso traze-los aqui.
Vejo neles um desejo sincero de contemplar e defender a Fé pelos estudos no qual viam como vocação e que ajudaram bastante a desenvolver nosso entendimento e carinho pela Fé Católica.
Está afirmando que pessoas que rejeitam aquela baboseira só podem estar mal intencionadas?
Mesmo que essas pessoas, após analisar a questão a fundo, não encontrem evidências de que aquilo é verdade?
Já tentou ler a "Summa Theologica"?
Aquilo é um saco. Um monte de discussões estéreis sobre assuntos sem a menor importância.
Por exemplo, ele gasta páginas e páginas discutindo se Jesus, ao descer aos infernos, realmente entrou neles ou só ficou na porta. E, se entrou, se isto o afetou de alguma maneira.
Além de idiotices incríveis tipo afirmar que a mulher é um homem com defeito devido a algum problema no momento da concepção, uma falha no princípio vital ou "por influência do vento sul, que é muito úmido".
Bolsonaro deve ter lido este trecho.
Santo Tomás seguia a vocação de Doutor da Igreja,ou seja;uma autoridade de uma instituição que aborda assuntos que podem ser importantes para a sociedade daquela epoca e lugar e consequentemente serem fruto de discussões controversas como também quanto a assuntos que não convém a salvação dos fiéis naquele momento e se restringem a meras discussões teológicas mas que nem por isso não possam futuramente vir fazer parte de discussões importantes e controversas que podem estar ligados a algum dos assuntos básicos e importantes à Igreja que podem afetar decisões importantes em futuros concílios para a salvaguarda da doutrina no fim de proteger os seus fiéis;porém, isto só Deus pela sua Igreja responderá.
"Que pensadores medievais discutiam sobre quantos anjos podiam dançar na cabeça de um alfinete:Nos tempos mais modernos, os estudiosos que ridicularizaram a teologia medieval diriam que discutiam sobre noções tolas, como "Quantos anjos podem dançar na cabeça de um alfinete?" No entanto, não há exemplo de um estudioso medieval realmente escrevendo sobre esse assunto.
Fonte - Equívocos sobre a Idade Média. Stephen Harris e Bryon L. Grigsby
Routledge, 2008"
Se é verdade que Tomás escreveu essa frase em suas obras [1], copiando (atenção!) uma colocação de Aristóteles [2], todas as vezes que a citou, porém, deixou bem claro o que Aristóteles queria dizer e qual era a sua posição a respeito disso.
A mais famosa referência a essa sentença está na conhecida Suma Teológica.
Para quem não está acostumado com o estilo das obras escolásticas, talvez caiba algumas breves considerações.
A Suma Teológica é um tratado intelectual e procede por meio de "questões", "artigos", "objeções" e "respostas". Cada questão (De...) é um tema específico, que possui um número determinado de artigos a ela relacionados. Cada artigo (Utrum...) é uma pergunta, que contém uma resposta aparentemente certa (Videtur...), com a qual Tomás parece concordar, apresentando para tanto várias razões, baseadas muitas vezes na autoridade de outros filósofos e escritores cristãos. Depois de enumerá-las, ele indica algo em desabono dos objetores (Sed contra...), oferece uma resposta definitiva à pergunta (Respondeo dicendum quod...) e rebate a todas as objeções (Ad primum, ad secundum, ad tertium...).
Feitas essas observações, partamos ao texto em que Tomás supostamente defende a "imperfeição" da natureza feminina. Trata-se da primeira parte da Suma ( Prima Pars), questão 92, na qual o santo lida justamente com "a criação da mulher". No artigo 1º, ele pergunta "se a mulher deveria ser produzida na primeira produção das coisas" (isto é, na Criação) e, como primeira objeção à resposta afirmativa, Tomás copia a frase de Aristóteles, segundo a qual "femina est mas occasionatus – a fêmea é um macho incompleto". Mais adiante, porém, o Aquinate rebate a sentença do filósofo grego da seguinte forma:
"Deve-se dizer que considerando a natureza em particular, a mulher é deficiente e falha, pois a potência ativa que se encontra no sêmen do macho visa produzir alguma coisa que lhe seja semelhante em perfeição segundo o sexo masculino; mas, se for gerada uma mulher, isso resulta de uma fraqueza da potência ativa ou de alguma má disposição da matéria, ou ainda de alguma mudança proveniente de fora, por exemplo, dos ventos do sul, que são úmidos, como está escrito no livro sobre a geração dos animais (De Generatione Animalium). Entretanto, se consideramos a natureza universal, a mulher não é falha, mas pela intenção da natureza está ordenada à geração. A intenção da natureza universal depende de Deus, que é o autor universal da natureza. Por isso, quando instituiu a natureza, produziu ele não só o homem, mas também a mulher." [3]
À resposta do Aquinate cabe uma explicação. O que, afinal, ele quer dizer com a distinção entre "a natureza particular" ( natura particularis) e "a natureza universal" (natura universalis)?
Michael Nolan, professor emérito do Centro de Pesquisa Maurice Kennedy, na University College de Dublin (UCD), já escreveu vários artigos sobre esse tema, e explica que o termo "natureza particular" diz respeito à natureza do sêmen masculino. O próprio Aquinate afirma em outro lugar que a natureza particular é a "força que está em determinado sêmen" (virtutis quae est in hoc semine) [4]. Aqui, o que o santo católico faz é reproduzir uma tese biológica de Aristóteles. A teoria de reprodução do filósofo grego "identifica corretamente o sêmen como a substância reprodutiva masculina, mas desconhece a existência do óvulo", a qual foi descoberta apenas no século XVII, por William Harvey. "Aristóteles acha que a substância reprodutiva feminina é uma fração pura do sangue menstrual. Ambas as substâncias, ele diz, são produzidas pelo corpo em um processo de 'concentração' que requer calor. A substância masculina, o sêmen, é mais concentrado que a substância feminina. Disso, Aristóteles conclui que o elemento masculino possui mais calor que o feminino." – E é nesse sentido (e tão somente nesse sentido) que Aristóteles chama a mulher de um "macho incompleto". "Trata-se, como se pode ver, de uma afirmação bem limitada, equivalente a dizer que às mulheres falta o poder muscular dos homens" [5].
O esclarecimento de Santo Tomás é que a afirmação de Aristóteles diz respeito somente à natureza particular do sêmen – pressuposta a validade de sua biologia –, e não à natureza universal, isto é, à ordem da Criação. Portanto, tanto homem quanto mulher foram igualmente queridos por Deus, como atesta o próprio livro do Gênesis: "Homem e mulher ele os criou" (Gn 1, 27).
Com o advento das novas descobertas no campo da biologia, as teses de Aristóteles sobre a geração dos animais caíram por terra, mas uma coisa é indiscutível: Santo Tomás de Aquino nunca escreveu que a mulher fosse um ser humano imperfeito ou tivesse uma dignidade menor que a do homem.
Agora, o que Tomás quer dizer quando escreve que "a mulher não é falha, mas pela intenção da natureza está ordenada à geração"? Estaria o Doutor Angélico dizendo que as mulheres foram feitas apenas para a reprodução, e nada mais?
A resposta é não, absolutamente. No próprio corpo da resposta (Respondeo...) ao art. 1º da questão 92, o Aquinate escreve que "o homem (homo) é ordenado à mais nobre atividade vital, o conhecimento intelectual" — e isso vale tanto para os indivíduos do sexo masculino, quanto para os do sexo feminino.
Para quem quiser aprofundar-se nessa matéria, recomenda-se a leitura do artigo científico do mesmo Michael Nolan, intitulado The Aristotelian Background to Aquinas's Denial that "Woman is a Defective Male" (o link para o texto se encontra abaixo). O estudo explica com profundidade o que Aristóteles queria dizer com a sua frase controversa, a teoria da reprodução do filósofo grego, bem como a opinião de Tomás e São Boaventura sobre toda essa querela. Nunca é demais ir atrás das verdadeiras informações, ao invés de sair falando do que não se sabe.
Assim, quem quiser acusar a Igreja de machismo com as obras de Santo Tomás precisará explicar como podem ter saído de sua pena linhas tão belas sobre a dignidade da mulher, como as que seguem: "Era conveniente — dizia ele — que a mulher fosse formada da costela do homem, para significar que entre o homem e a mulher deve haver uma união de sociedade, pois nem a mulher deve dominar o homem, e por isso não foi formada da cabeça; nem deve ser desprezada pelo homem, como se lhe fosse servilmente submetida, e por isso não foi formada dos pés" [6].
Referências
Cf. II Sent., d. 20, q. 2, a. 1, ad 1; IV Sent., d. 44, q. 1, a. 3c, ad 3; Summa Theologiae I, q. 92, a. 1, ad 1; Summa Theologiae I, q. 99, a. 2, ad 1; De Veritate, q. 5, a. 9, ad 9; Summa contra Gentiles III, c. 94.
De Generatione Animalium, II, 3: 737.
Summa Theologiae, I, q. 92, a. 1, ad 1.
Summa contra Gentiles, III, 94, 6.
NOLAN, Michael. What Aquinas never said about women. First Things, Nov. 1998.
Summa Theologiae, I, q. 92, a. 3.
RECOMENDAÇÕES
NOLAN, Michael. The Aristotelian Background to Aquinas's Denial that "Woman is a Defective Male". The Tomist 64 (2000): 21-69.
AV. 45: A dignidade da mulher
RC. 237: A mulher deve ser submissa ao seu marido?"
Do fato de estarmos acostumados passivamente aos ataques à Igreja,todas vez que Ela entra como tema em alguma discussão;quase sempre temos a tendência de interpretar tudo que Nela se faz parte,de forma parcialmente maliciosa;por exemplo,se em um tema abordando as relações sociais entre os sexos,escutamos o tempo todo sem averiguar,que a Igreja Católica exerce princípios opressores e sexistas referentes à essas relações;toda vez que lermos ou escutarmos algo associado a Igreja sobre as relações entre os sexos,interpretaremos este "algo" de forma maliciosa sempre com a finalidade de acusar e criticar negativamente as supostas afirmações da Igreja Católica
referentes a este tema.Tudo o que elaborei aqui vale também para qualquer outro tema controverso que a Igreja aborde ou resolva abordar pela Bíblia,pelos Papas,pelos Concílios e etc.
"21 Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.
22 As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,
23 pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.
24 Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.
25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
26 para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,
27 para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja –
30 porque somos membros de seu corpo.
31 Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24).
32 Esse mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja.
33 Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido."
Bolsonaro amaria esses versículos se caso ele interpretasse de forma descuidada e particular e sem fontes legitimas que o corroborem baseado em seus próprios achismos de sua fraca,opaca e corrompida,logo defeituosa;consciência,assim como a de todo pecador.Portanto tenhamos cuidado para não cairmos na falsa presunção ardilosa de que, somente nós individualmente;podemos interpretar corretamente a Biblia e assim não corremos maiores riscos de tirarmos conclusões precipitadas.
{– 2Pedro 3,15-16: “Como também nosso amado irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, vos escreveu em quase todas as suas epístolas, falando nelas sobre estas coisas, entre as quais há algumas difíceis de se entender e que os ignorantes distorcem,como fazem com as outras Escrituras, para sua própria perdição”.
– 2Pedro 1,20: “Porém, antes de mais nada, entendei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular”}.
Autor: Joel Adán Domínguez
Desde Martinho Lutero se tem defendido fortemente esta doutrina, que consiste em dizer que o homem é iluminado pelo Espírito Santo no momento em que abre a Bíblia, de modo que cada um pode entender e receber a Mensagem com a clareza de Deus.
Isto é um passo atrás na evangelização, pois todo dia, graças a esta doutrina, surgem novas seitas que afirmam ter encontrado, cada uma delas, a verdade e a vontade de Deus; fundam sua congregação para o que chamam “cumprir com a Bíblia”; vão e tentam evangelizar com suas ideias aqueles que já conhecem a Cristo, edificando sobre o que a Igreja Católica começou.
Se fosse certo que nada senão o Espírito Santo ilumina cada um a entender a Bíblia e interpretá-la, e não a Igreja, eu gostaria de perguntar: do lado de qual congregação cristã está o Espírito Santo? Isto porque todas, hoje, pretendem ensinar a verdade. Se alguém supõe que nada, senão o Espírito Santo, nos ilumina a ler uma obra Dele mesmo, então todos os cristãos tenderiam a afirmar uma mesma coisa, uma só doutrina, não é verdade? Já que o Espírito Santo não é Espírito de confusão, mas de verdade (cf. 1Coríntios 14,33), a quem deveremos ouvir? Já que sabemos que não pode existir mais do que uma só verdade, nem tampouco pode haver muitos espíritos santos, a confusão não pode vir de Deus, mas apenas de outro lado.
A própria Bíblia proíbe a posição protestante da livre interpretação:
– 2Pedro 3,15-16: “Como também nosso amado irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, vos escreveu em quase todas as suas epístolas, falando nelas sobre estas coisas, entre as quais há algumas difíceis de se entender e que os ignorantes distorcem, como fazem com as outras Escrituras, para sua própria perdição”.
Fica claro aqui que as Escrituras não podem ser tomadas e interpretadas de qualquer jeito, com alguém afirmando “que o Espírito Santo me ilumine” e passando logo a pregar o que entendeu. Isto é falso, tão falso que hoje existem milhares de denominações afirmando possuir a verdade. A livre interpretação da Bíblia veio a ser a quebra da unidade do Cristianismo, rompendo com os desejos de Jesus:
– João 17,21: “Que todos sejam um, com tu, Pai, em Mim e eu em Ti. Que eles também sejam um em nós, pois assim o mundo crerá que Tu me enviaste”.
– João 10,16: “Haverá um só rebanho e um só Pastor”.
A ideia de Martinho Lutero e John Wycliff passou a ser cada vez mais um retrocesso à evangelização: bastaram passar alguns anos do surgimento do Protestantismo e já existiam mais de 200 novos grupos com doutrinas diferentes, fazendo renascer entre eles a heresia do Arianismo. A livre interpretação da Bíblia faz com que cada vez mais nos afastemos uns dos outros; os frutos da livre interpretação, entre outras coisas, é a divisão, que segue contrária à vontade de Deus. É para nos questionarmos: Deus queria que interpretássemos as Escrituras por nós mesmos? Claro que não, pois as consequências são estas:
– Os luteranos se dividiram, até agora, em 22 grupos com doutrinas diferentes;
– Os presbiterianos históricos, em 10 grupos com doutrinas diferentes;
– Nas igrejas batistas há fundamentalistas e outros não-fundamentalistas, em 24 grupos com doutrinas diferentes umas das outras, algumas com características sectárias;
– Os metodistas possuem 19 ramos doutrinários: livres, autônomos, radicais etc.;
– Os adventistas têm 5 denominações diferentre, sendo a do “Sétimo Dia” a maior delas;
– Os pentecostais e evangélicos constituem milhares de congregações ou seitas, com doutrinas diferentes; adotam o simples nome de “cristãos” apenas para dissimular a divisão doutrinária que reina entre eles; também entre eles surgiram ideias bem ingênuas, como por exemplo o caso do “apóstolo” José Luis de Jesús Miranda, que se autoproclama Deus na Terra, Jesus Cristo homem. A livre interpretação nos grupos evangélicos e pentecostais faz com que tendam ao fanatismo e criem doutrinas ingênuas, além da grande maioria se tornarem anticatólicos.
– Saídos do Adventismo, os Testemunhas de Jeová resolveram deixar de lado a livre interpretação da Bíblia, de modo que quem interpretar algo de maneira diferente corre o risco de ser expulso da congregação;
– A “Luz do Mundo” saiu da igreja pentecostal “Apostólica da Fé em Cristo”, formando sua própria denominação com base na livre interpretação; e dela já se separaram diversos ramos.
É incrível ver a divisão em que se encontra o Protestantismo e, mesmo assim, a livre intepretação da Bíblia vai se difundindo e é defendida. Querer ser cristão primitivo apenas com a Bíblia, como pretende ser a “Luz do Mundo” entre outras denominações, não é outra coisa senão ignorar a História e a própria Bíblia; é o mesmo que dizer que amamos o Senhor mas não nos interessa o que Ele diz, nem a doutrina que Ele nos entregou há 20 séculos:
– João 7,17-18: “Quem quiser fazer a vontade de Deus, verificará se a doutrina é de Deus ou se eu falo por Mim mesmo. Quem inventa sua própria doutrina, busca sua própria glória”.
– João 14,23-24: “Quem me ama, guarda as minhas palavras; meu Pai o amará e viremos até ele; e faremos morada com ele”.
É interesante notar como o Antigo Pacto de Deus preservava tanto a ordem de interpretação das Escrituras (cf. Neemias 8,5-8; 2Crônicas 19,11; Malaquias 2,7): as Escrituras eram interpretadas apenas pelos sacerdotes; ninguém que não recebesse autoridade da parte de Deus podia interpretar as Escrituras para o povo. É absurdo crer que Deus, aperfeiçoando as obras de seu antigo povo no Novo Pacto, nos deixasse em desordem. Mas vemos que Deus não quis assim (cf. Lucas 10,16; Mateus 10,40), pois continuou gostando de ordem. Como vemos, os irmãos separados pretendem fazer a vontade de Deus apenas com a Bíblia; mas, como vimos, somente a Bíblia não basta para averiguar toda a verdade. Ao formarem um novo grupo cristão, estão formando uma nítida divisão, de modo que não guardam as palavras de Cristo, pois a Bíblia é contrária à divisão e à livre interpretação dela mesma.
– 1Coríntios 1,10-13: “Eu vos rogo, irmãos, em nome de Jesus Cristo, que faleis todos uma mesma coisa e que não haja entre vós divisões, para que estejais perfeitamente unidos em uma mesma mente e em um mesmo parecer, porque fui informado que (…) há contendas entre vós; quero dizer que cada um proclama: ‘eu sou de Paulo’; ‘eu, de Apolo’; ‘eu, de Cefas’; ou ‘eu, de Cristo’. Por acaso Cristo está dividido?”;
– Efésios 4,3-5: “Procurando manter a unidade no Espírito, no veículo da paz, um só corpo, um só espírito; como fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação, um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo; um só Deus e Pai de todos”;
– Filipenses 1,27: “Estejais firmes em um só espírito e lutai com um só coração pela fé do Evangelho”;
– Filipenses 2,2: “Cumulem minha alegria colocando-se de acordo entre vós, estando unidos no amor, em um mesmo projeto”;
– 2Pedro 1,20: “Porém, antes de mais nada, entendei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular”.
Você procura manter a unidade? Há irmãos que creem que a Igreja de Cristo está unida, porém espiritualmente. Mas Paulo nos fala para não estarmos divididos nem na forma de pensar. Alguns irmãos que interpretam bem 2Pedro 1,20 afirmam que a Bíblia não deve ser interpretada particularmente, dando conta de que na prática existe um magistério da Igreja desde o início da mesma.
Vemos que com a livre interpretação da Bíblia, cada vez mais se divide o corpo místico de Cristo (cf. 1Coríntios 1,13). Inclusive, o próprio Paulo não foi por conta própria pegando as Escrituras, mas foi pedir autorização para pregar, de modo que percebemos que a livre interpretação da Bíblia existe apenas desde o Protestantismo. O que teria custado para Paulo ter ido pregar por conta própria? Ele conhecia muito bem as antigas Escrituras; disto não temos qualquer dúvida:
– Gálatas 2,2-5: “Expus em privado aos que tinham certa reputação (os Apóstolos, cf. versículo 9) o Evangelho que prego entre os gentios, para que eu não estivesse correndo em vão”
E, mesmo assim, nos ensinou a guardar a doutrina da única Igreja para evitar divisões:
– 1Timóteo 4,16: “Cuida de ti mesmo e da doutrina; persiste nisto, pois fazendo isto te salvarás a ti mesmo e também os que te escutam”;
– Romanos 16,17: “Eu vos rogo, irmãos, que vos fixeis nos que causam divisões e levantam tropeços contra a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles”.
Outra coisa que se deve saber é que os irmãos [protestantes] defendem a livre interpretação com o mesmo versículo de 2Pedro 3,15; porém, dizem que Pedro não é contrário à livre interpretação, mas sim que os ignorantes não podem interpretar (isto é, aqueles que nunca estudaram). Contudo, irmão, continuam defendendo o indefensável:
– As testemunhas de Jeová estudam a Bíblia 5 horas por semana;
– Os mórmons, lendo tanto a Bíblia, interpretam que podemos ser deuses.
Ora, nossos sacerdotes católicos, antes de serem ordenados, estudam a Bíblia por muito tempo.
– Também José Luis Miranda, pastor da igreja “Crescendo em Graça”, estudou teologia e Bíblia como pentecostal, e interpreta que ele próprio é Deus e que somente São Paulo era cristão, enquanto que os demais Apóstolos eram judaizantes e apostataram.
– O mesmo se dá entre outras denominações que leem e estudam a Bíblia muito tempo.
E então? Permanecemos no erro com a livre interpretação, já que todos estudam a Bíblia e continuam separados?
A Igreja, ao proclamar algo como dogma, não inventa ou faz uma descoberta ou nova interpretação bíblica como muitos dizem. Os novos dogmas não são revelações do Espírito Santo; define-se um dogma através do uso de três ciências importantíssimas para a interpretação bíblia: a Exegese, a História e a Antropologia – mas, sobretudo, pela Tradição Apostólica que recebemos. Toda a doutrina da Igreja é dogma de fé, mas os dogmas proclamados anteriormente não são revelações do Espírito Santo, mas algo que já havia sido depositado na Tradição Oral e Escrita e que [agora] apenas se define.
É inimaginável que para palavras tão simples do Senhor como: “Isto é meu Corpo” e “Isto é meu Sangue”, existam mais de 20 interpretações e apenas uma delas possui 20 séculos, tal como os Apóstolos e Padres Apostólicos: a que afirma que “a fração do pão” é o próprio corpo de Cristo. A estas palavras tão simples do Senhor:
– Os anglicanos afirmam que Cristo está presente em comunhão, mas a partir do céu;
– Os presbiterianos, que Cristo está espiritualmente presente;
– Os testemunhas de Jeová afirmam que “isto” quer dizer “significa” o corpo de Cristo;
– Muitos “cristãos” evangélicos, batistas e pentecostais simplesmente dizem: “Oras! Isso não é teu corpo, Senhor; nada mais é do que um símbolo”.
Com efeito, se fôssemos [diretamente] iluminados pelo Espírito Santo para ler a Bíblia, porque teríamos crenças diferentes, já que todos nos entregamos ao Espírito Santo? E por que deveríamos seguir a interpretação do pastor? Devemos crer em tudo o que ele nos diz? E se descobrirmos coisas novas na Bíblia, o pastor aceitará?
Sabemos que Deus não quer que a sua Palavra seja interpretada individualmente e, para isto, estabeleceu uma Igreja neste mundo, assim como o eunuco etíope, quando lia as Escrituras no deserto, recebeu Felipe da parte de Deus para que as interpretasse; e quando Felipe perguntou a ele se as entendia, o eunuco respondeu:
– Atos 8,32: “Como entenderei se ninguém me explicar?”
Observemos que Felipe não diz a ele como os irmãos separados nos dizem hoje: “Pede a iluminação do Espírito Santo, pois é o único que pode interpretá-las para ti”. E podemos observar outra coisa: ao interpretar para o eunuco, Felipe não entregou a ele nenhum evangelho escrito, mas apenas *pregou* o evangelho de Jesus (cf. Atos 8,35).
A livre interpretação da Bíblia foi um desastre desde o começo da Reforma Protestante, de modo que Martinho Lutero acabou percebendo o erro em que caiu: os crentes iniciaram uma divisão de crenças; todos criavam uma religião segundo os seus desejos; ressurgiram heresias antigas que já tinham desaparecido; vários se autoproclamaram profetas… Em suma: é o desastre que vemos hoje; todo dia surgem novos grupinhos; há, inclusive, livros de OVNIs[1], numerologia[2] e ocultismo[3] contendo referências bíblicas!
Você continua acreditando que é certo cada um interpretar a Bíblia a seu modo? Você pode achar que o que vimos é uma profanação da Palavra de Deus; precisamente, irmão, a Palavra de Deus não pode ser tomada à furtiva; Deus estabeleceu uma ordem em sua Igreja, pois se cada um pudesse interpretá-la [individualmente] nos levaria à profanação.
O que um irmão que sustenta a livre interpretação da Bíblia poderia reclamar contra autores de livros esotéricos e de ficção científica que emprega citações bíblicas? E se proclamam a livre interpretação da Bíblia, porque ficam discutindo e insultando as interpretações da Igreja Católica? É por isso que ninguém pode interpretá-la a seu modo, nem sequer pretendendo ou levantando o pretexto de que é [pessoalmente] iluminado pelo Espírito Santo, pois milhares e milhares de denominações dizem o mesmo e nenhuma concorda na doutrina. – O Espírito Santo não estaria fazendo bem o seu trabalho?
Ao perceber o que estava ocorrendo em seu tempo, Martinho Lutero disse o seguinte:
– “Há tantas congregações e crenças quanto cabeças (…) Aquele membro não quer ter nada a ver com o batismo; outro nega o Sacramento (Eucaristia); um terceiro crê que existe outro mundo entre este e o último dia; alguns andam dizendo que Jesus não é Deus. Uns dizem isto, outros aquilo. Se alguém sonha ou imagina algo, logo crê que o Espírito Santo falou com ele e acredita que já é profeta” (Martinho Lutero, cf. Grisar 4).
Eis aí, senhor Lutero, o que você semeou! E continua ainda dando frutos vários séculos depois!
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NOTAS
[1] Maussán, Jaime. “As Profecias da Biblia”.
[2] Drosnim, Michael. “Os Códigos Secretos na Bíblia”; Coleção “Muito Interessante”.
[3] Strachan, Gordon. “A Cosmologia Oculta da Bíblia”.
Fonte: http://www.voxveritas.com.mx
Tradução: Carlos Martins Nabeto》
Tomás de Aquino falou do que não entendia, já que ainda não se sabia da existência do óvulo feminino.
Ou seja, proclamou como verdade algo que não passava de um chute.
Quer dizer que nascem mulheres "devido à influência do vento sul, que é muito úmido" ?!!
Não há necessariamente ódio às mulheres quando a Igreja proclama sua inferioridade.
Se alguém diz "Não maltrate os animais", está afirmando seu amor por eles sem, no entanto, negar que são inferiores.
Da mesma forma, dizer que "Deus fez assim porque era necessário" não muda o fato de que este "assim" é inaceitável.
É correto aceitar que apenas um grupinho se diga iluminado pelo Espírito Santo e capacitado a interpretar as Escrituras?
Aliás, por que seria necessário interpretar a Bíblia?
Se ela é a palavra de Deus e dela depende nossa salvação, deveria ser claríssima em todo o tempo e lugar, sem enigmas e "dificuldades" (como dizem os crentes) a se decifrar ou justificar.
Na verdade, Deus deveria se dirigir pessoalmente a cada um de nós e nos dizer o que quer em vez de espalhar boatos contraditórios ao longo dos milênios.
Não vejo por que acreditar em nenhum desses "sábios", "profetas", "teólogos", "homens santos" ou sei lá o quê. Não vejo por que acreditar num livro cheio de absurdos, atrocidades e contradições escrito sei lá por quem, editado e reescrito mil vezes sei lá por quem.
Apenas despejou enormes citações de supostas autoridades, naturalmente selecionadas por afirmarem o que você quer.
Minha opinião é a opinião da Igreja sustentada por aqueles que crêem Nela.
Ser sucinto em algo que depende de uma extensa explicação para ser entendida perfeitamente,se não;sera interpretada de maneira maliciosa contrária a informação que se queria passar.
Discussão Teológica não é dogma adotado pela Igreja.
Ama-las no sentido de servi-las assim como qualquer outro Ser Humano virtuoso deve servir e amar o seu próximo não como se ama um animal mas como um irmão que sofre dos mesmos problemas que aflingem toda a humanidade fruto do pecado e assim como os Pais amam e servem aos seus filhos os guiando e protegendo,o Papa faz o mesmo aos seus fiéis;não é por nada que um dos titulos oficiais do Papa é "Servus Servorum Dei" ou Servo dos Servos de Deus.
Desconsiderou a Tradição a Biblia e o Magistério novamente,teve como base a certeza cega e maliciosa de que a Igreja é opressora e interpretou tudo o que Ela faz ou afirma a partir desta base como já comentei anteriormente;não houve nem ao menos uma honesta suspensão de juízo.
POR QUE A IGREJA DIZ QUE AS MULHERES DEVEM SER SUBMISSAS?
Um dos trechos da Bíblia que mais gera dúvidas e controvérsias nos católicos de hoje em dia é aquele em que São Paulo diz, na Carta aos Efésios, que a esposa deve ser submissa a seu marido.
Como devemos entender esse texto? O que diz a Igreja?
Para esclarecer a questão, nós nos basearemos nos escritos oficiais de três papas: Leão XIII, Pio XI e João Paulo II. Antes de prosseguirmos, é preciso deixar claro que o termo “submissão” na Carta aos Efésios não possui o sentido negativo ao qual o termo remete atualmente. Não tem nada a ver com obediência irrestrita, servidão, inferioridade, opressão, desrespeito, abuso ou qualquer coisa do tipo.
Vamos lá… Essa submissão é literal? Sim, o marido é o chefe da família, não a esposa. “Pois o marido é a cabeça da mulher, assim como Cristo é a cabeça da Igreja”, lembra Leão XIII.[1] Mas isso quer dizer que a esposa tem a obrigação de obedecer a ele em absolutamente tudo? Não, não mesmo!
O marido tem a missão de ser um CHEFE-SERVIDOR, assim como Jesus, que veio para servir, não para ser servido. Essa postura humilde em nada diminuiu Sua autoridade e Sua liderança. Assim, o marido deve tratar bem a sua esposa, que é carne de sua carne, e, se preciso for, se sacrificar e dar a vida por ela e pelos filhos. Obviamente, isso nada tem a ver com o perfil de patrão da mulher.
Segundo Pio XI, a submissão da esposa não a obriga a satisfazer todas as vontades de seu marido, especialmente quando contrariam sua razão e sua dignidade, nem se trata de uma submissão comparável àquela dos filhos (que são menores de idade e não têm maturidade para tomar certas decisões) em relação aos pais.
Do que se trata, então, essa submissão? É simples: do reconhecimento de que o amor possui uma ordem. No céu, os anjos têm uma hierarquia; na Terra, Jesus colocou Pedro à frente dos demais apóstolos; na família, Deus colocou o homem como a cabeça e a mulher como o coração. Homem e mulher são iguais em dignidade, mas diferentes em sua constituição biológica e psicológica e, portanto, exercem papéis diferentes na família.
Mas, atenção, se é verdade que a mulher deve reconhecer e respeitar a chefia do marido sobre a família, também é verdade que o homem deve exercer essa liderança com amor, respeito e espírito de serviço. O Papa Leão XIII enfatiza: “Seja a caridade a reguladora constante do dever”. Sem a CARIDADE CRISTÃ, o homem não é a cabeça da família, mas sim um tirano. O marido deve ser para a família aquilo que Cristo é para a Igreja: chefe amoroso e humilde, mas também firme e viril.
Por exemplo, o fato de que São Pedro era o chefe visível da Igreja não impediu São Paulo, que era subordinado a ele, de acusá-lo certa vez de hipocrisia. Paulo não estava, de modo algum, rebelando-se contra a autoridade máxima de Pedro, mas cumpriu a sua obrigação de realizar a correção fraterna. Da mesma forma, a esposa pode — e deve — contestar as atitudes e decisões que julgar insensatas.
Como ensinou São João Paulo II, tal submissão, no fim das contas, não é unilateral, mas sim bilateral, pois o marido também tem seus deveres sagrados em relação à mulher. Por seu dever de chefiar a família dentro do princípio da caridade cristã, o homem é impedido de desrespeitar a esposa e de fazê-la objeto de seus caprichos.[2] Certo… E se o marido é bebum e vagabundo? Nesse caso, é óbvio que ele não tem condições mínimas para governar sua família, e quem deve chefiá-la é a esposa (esse é apenas um exemplo, entre tantos outros, em que o homem pode perder a sua capacidade de exercer o papel de “cabeça” da esposa). O Papa Pio XI esclareceu a questão:
O âmbito e as modalidades de tal submissão da mulher ao marido podem variar de acordo com as diferentes condições das pessoas, lugares e tempos. Além disso, se o marido está faltando com seus deveres, as mulheres devem tomar o seu lugar na direção da família.[3] Como Pio XI bem disse, a Igreja não delimita a forma como essa submissão da mulher ao marido deve se dar, pois isso varia conforme cada situação, cada tempo, cada cultura. Em algumas famílias contemporâneas, essa submissão se cumpre muito bem e de modo sutil, com marido e mulher dialogando e buscando compartilhar as decisões sempre que possível. Seja como for, a lei fundamental da estrutura familiar, estabelecida e confirmada por Deus, jamais deve ser esquecida: o marido é o chefe da família, assim como Cristo é o chefe da Igreja.
Lembremos que o Rei do Universo, feito Menino, aceitou ser submisso a José e Maria, pois é assim que um filho deve ser em relação a seus pais. Mesmo sendo Deus, o Cristo não se rebelou contra essa lei da estrutura familiar. Porém, para a nossa mentalidade contemporânea, em que domina a ideia de que homem e mulher são iguais em tudo, esse ensinamento pode soar estranho.
Também foi difícil para os apóstolos aceitar certas coisas que Jesus dizia e que contrariavam a sua cultura e o seu modo de pensar. Porém, Cristo nos pede: “Credes em Deus, credes também em mim” (Jo 14, 1).
A IGREJA NÃO VALORIZA AS MULHERES?
Nas assembleias urbanas ou nas comunas rurais, as mulheres têm o mesmo direito de voto dado aos homens. As lideranças políticas e religiosas femininas são tão prestigiadas quanto as masculinas. As mulheres abrem e comandam estabelecimentos comerciais sem precisar da autorização de seu marido. Além de mães de família, religiosas e empregadas domésticas, as mulheres exercem diversas profissões.[5] De que época estamos falando? Acredite: estamos falando da Idade Média!
Para quem deu uma risadinha descrente, adianto logo que nossa fonte é Régine Pernoud, historiadora premiada pela Academia Francesa pelo conjunto de sua obra.
Então, você precisa decidir a quem dar ouvidos: a uma medievalista top ou ao seu “fessô da facul”. Escolha difícil… Nos registros de pagamentos de impostos da cidade de Paris, no período referente ao fim do século XIII, pode-se verificar uma multidão de mulheres exercendo as mais variadas funções:
professoras, médicas, boticárias (atual farmacêutica), tintureiras, copistas, miniaturistas, encadernadoras etc. Na Itália, em especial, há um número considerável de registros da contribuição de mulheres para a medicina. Poderíamos citar diversos nomes, mas, só para ilustrar, lembramos Dorotea Bucca. Ela ocupou uma cadeira de Filosofia e Medicina na Universidade de Bolonha por mais de quarenta anos, tendo começado em 1390.
Quem diz que os medievais só se preocupavam com a instrução intelectual masculina está simplesmente falando asneira! “Assim, em Soissons, em 1403, o bispo Simão de Buey insiste junto a seus capelães e curas para que zelem por que os pais enviem as crianças dos dois sexos às escolas da cidade”,[6] afirmou Pernoud em uma das suas obras. Assim, a contribuição da mulher medieval no campo intelectual também era relevante; uma evidência nesse sentido é que a mais conhecida enciclopédia do século XII é de autoria de uma mulher, a abadessa Herrade de Landsberg.
Do século XII, muitos conhecem o enrosco de Abelardo e Heloísa. Ele, filósofo popular e ilustre, dava aulas para a moça na escola feminina da Abadia de Argenteuil (depois de nove meses, eis que veio o resultado… Segura o tchan! Amarra o tchan!). De fato, a quantidade de escolas femininas não era tão numerosa quanto as instituições dedicadas aos rapazes, mas note que a educação das jovens de Argenteuil foi valorizada a ponto de terem um mestre famoso a seu serviço.
Nos tempos feudais, as coroações de rainhas e reis também tinham o mesmo prestígio. Já no campo religioso, certas abadessas (madres superioras) eram tão influentes que administravam vastos territórios, incluindo diversas aldeias e paróquias. Muitas abadessas, inclusive, usavam báculo, tal como um bispo. Afinal, eram consideradas pela Igreja como pastoras supremas do território sobre o qual governavam.
No século XII, o célebre pregador Robert d’Arbrissel fundou um mosteiro feminino e um masculino em Fontevrault. Esse monge “opressor” e “machista” (como todo católico medieval devia ser, segundo a opinião mais difundida) colocou o duplo mosteiro sob a autoridade de uma abadessa, a nobre viúva Pétronille de Chemillé, que tinha apenas 22 anos.[7] O caso de Fontevrault não foi único. Diversos conventos duplos, de monges e monjas, foram colocados sob a gestão de uma abadessa. Tal função foi exercida, por exemplo, por Santa Brígida da Irlanda, no século V, em Kildare. Repito: religiosas lideravam comunidades monásticas masculinas e usavam uma insígnia típica de um bispo!
A veneração à Virgem Maria, Mãe de Deus, permitiu que o homem medieval projetasse tamanho respeito à figura feminina. Isso acontecia não somente no Ocidente, mas também na cristandade do Oriente. É bem verdade que, em muitos casos, os pais escolhiam os noivos para suas filhas, mas note que os rapazes também estavam sujeitos ao mesmo destino. Portanto, ambos os sexos estavam igualmente lascados (olha a igualdade aí, gente!). A Igreja se opôs a essa cultura, declarando em seus documentos que o consentimento para o matrimônio deveria ser pleno.[8] Tudo isso só confirma a tese de Jacques Le Goff, historiador francês que afirmou que devemos a emancipação da mulher à Idade Média,[9] emancipação essa, aliás, inexistente na Antiguidade clássica e da qual, até hoje, muitas mulheres em países não cristãos não gozam. Portanto, pense duas vezes antes de dizer, por exemplo, que o tratamento dado às mulheres em países de maioria muçulmana é “medieval”.
O termo Idade Média continua a ser estupidamente proferido em tom de desprezo, como uma forma eficaz de depreciar a Igreja Católica, que foi mentora daquela sociedade, mas deixando o preconceito de lado e afundando o nariz nos livros — nos bons livros — os que amam a verdade e possuem a mente aberta saberão reconhecer o legado precioso dessa época e o acesso da mulher às liberdades essenciais.
Absurdos,de acordo com o parco entendimento que teve sobre as escrituras tendo como base já a conclusão preciptada de que a Bíblia não passa de fantasia;enquanto as autoridades legitimas como o são,estudaram as escrituras, a Tradição e o Magistério com extrema seriedade e em conjunto como uma comunidade e não como um grupinho de iluminados pois lembre-se que uma das definições da Igreja é ser uma comunidade universal de fiéis,o fato de haver grupinhos iluminados que a negam;não contraria a sua legitima autoridade de confirmar qual interpretação publicamente é a correta,se Ela por exemplo não tem uma confirmação de qual interpretação do livro do Apocalipse é a correta,simplesmente tem-se o juízo dispenso desta questão;não significa que os fiéis não possam ler e interpeta-la livremente,porém;ninguém pode sair gritando aos quantro ventos que a sua interpretação é a oficialmente correta aos seus irmãos de fé sem a legitimidade da Igreja,ou seja;é Ela que dá a palavra final em ddiscussões de algum tema de Fé sem desconsiderar todas as matérias que envolvem eese respectivo tema,pelo fato de ter a responsabilidade de resguardar a verdade e por isso mesmo Ela suspende o juízo no que concerne a vários assuntos que ainda estão sendo discutidos e que ainda não tomaram o seu parecer final;a isto damos o nome de prudência,por que ela não somente convoca a sua autoridade como a mostra; basta apenas estuda-la honestamente.
A BÍBLIA É CONFIÁVEL?
Todos nós já ouvimos alguém dizer que a Bíblia não é confiável, pois teria sido adulterada ao longo dos séculos. À primeira vista, apresenta-se diante de nós um cenário altamente desfavorável à confiabilidade dos textos bíblicos, pois os manuscritos originais foram perdidos e é provável que nem existam mais. Os livros do Antigo Testamento começaram a ser escritos há cerca de 3.400 anos, e os livros do Novo Testamento foram escritos há quase dois mil anos. Ao longo de todos esses séculos, os livros que compõem a Bíblia foram repetidamente copiados, e nem sempre os copistas fizeram um bom trabalho.
Diante disso, você pode estar pensando que não dá pra pedir que um cristão confie na Bíblia… mas acalme-se e não seja apressado em seu julgamento! O texto bíblico é altamente confiável.
Saindo um pouco do campo das discussões-clichê e estudando a questão mais a fundo, qualquer ateu de mente aberta verá que as evidências arqueológicas e históricas e críticas textuais tendem a confirmar a autenticidade dos textos bíblicos.
Vamos analisar primeiro o Antigo Testamento e, depois, o Novo Testamento.
Evidências sobre a autenticidade do Antigo Testamento Em 1947, um grupo de pastores de cabras encontrou por acaso, em uma caverna em Qumram, na Cisjordânia, às margens do Mar Morto, centenas de manuscritos. Foi uma descoberta bombástica!
Esse conjunto é simplesmente a versão mais antiga que conhecemos do Antigo Testamento, escrito entre os séculos III a.C. e 70 d.C.
Entre os manuscritos, havia pergaminhos e fragmentos de textos de diversos livros do Antigo Testamento, porém a peça mais impressionante foi o rolo do profeta Isaías, que contém o livro completo em aramaico. Quando os especialistas compararam os manuscritos do Mar Morto com os textos atuais da Bíblia, puderam verificar que, por mais de mil anos (!!!), os copistas reproduziram esses textos fielmente, sem qualquer alteração de sentido.
O texto do Antigo Testamento que temos em mãos atualmente é, portanto, praticamente igual ao conteúdo desses pergaminhos. É claro que a descoberta, considerada por muitos como a mais importante do século XX, deixou muitos críticos ferrenhos da Bíblia — que diziam que seu texto estava bastante corrompido — com cara de pastel. Fué-fué-fué-fué-fuéeeeeee… Evidências sobre a autenticidade do Novo Testamento Os milhares de variantes entre os manuscritos Há mais de cinco mil cópias antigas do Novo Testamento, escritas em grego, em museus e monastérios na Europa e na América do Norte. Detalhe: nenhuma delas é idêntica a outra, pois sempre muda uma palavrinha aqui, outra ali.
Por cerca de 1.500 anos, a Bíblia foi reproduzida manualmente, em especial por meio do trabalho de monges copistas. Eram necessários muitos anos para se produzir um exemplar e quase sempre havia alterações (variantes), intencionais ou não, realizadas pelo copista.
Alguns estudiosos do Novo Testamento afirmam que, comparando essas cópias manuscritas, podem-se encontrar entre 200 e 400 mil variantes (uooooou!). O número impressiona, mas a sua interpretação pode ser enganosa. O fato é que quase todas as variantes entre uma cópia do Novo Testamento e outra são irrelevantes. Em sua grande maioria, são ligeiras falhas de ortografia ou palavras dispostas em ordem diferente em uma frase.
Tais variantes não afetam em nada a doutrina cristã, mas isso os detratores da Bíblia não dizem, é claro! Imagine o número enorme de variantes gerado pelas simples trocas de “Jesus Cristo” para “Cristo Jesus” ou para “Senhor” no Novo Testamento… Acaso isso produz qualquer impacto no sentido do texto?
O parecer dos estudiosos Neste livro, a gente mata a cobra e mostra a espada Jedi!
Quando dizemos que as variantes encontradas em cópias antigas da Bíblia não têm qualquer impacto na doutrina, nós nos baseamos no parecer de especialistas em crítica textual mundialmente reconhecidos. Uma explicação rápida:
crítica textual é o estudo e a comparação entre antigos manuscritos com a finalidade de resgatar a versão original de um texto.
Daniel B. Wallace, estudioso do Novo Testamento, observou que, embora existam cerca de 300 mil variações de texto entre essas cópias do Novo Testamento, a grande maioria das diferenças é completamente sem importância, como erros de ortografia, frases invertidas ou coisas similares.[1] A opinião desse sujeito tem peso: ele é diretor-executivo do Centro para o Estudo de Manuscritos do Novo Testamento, organização que está digitalizando todos os manuscritos conhecidos da Bíblia com a finalidade de garantir a preservação de seu conteúdo.
Vejamos agora o que disse Frederic G. Kenyon, ex-diretor do Museu Britânico e ex-presidente da Academia Britânica e da Escola Britânica de Arqueologia (em Jerusalém). Tendo pesquisado papiros antigos por muitos anos, ele garantiu que “… em nenhum outro caso o intervalo de tempo entre a composição do livro e a data dos manuscritos mais antigos é tão próximo como no caso do Novo Testamento”.[2] Ainda segundo ele, “não resta nenhuma dúvida de que as Escrituras chegaram até nós praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais”.[3] Bruce M. Metzger é um dos estudiosos mais influentes do Novo Testamento. Foi a ele que Bart D. Ehrman dedicou o seu best-seller O que Jesus disse? O que Jesus não disse? (falaremos sobre esse livro mais adiante), chamando-o de “meu mentor e Pai-Doutor”. Em uma entrevista, perguntaram a Metzger quantas doutrinas da Igreja estão em risco por causa das variações entre os manuscritos do Novo Testamento. Eis a sua resposta:
Não sei de nenhuma doutrina que esteja em risco. […] As variações mais significativas não solapam nenhuma doutrina da Igreja. Qualquer Bíblia que se preza vem com notas que indicam as variações de texto mais importantes. Mas, como eu já disse, esses casos são raros.[4] Outra grande autoridade nesse assunto é F. F. Bruce, teólogo formado pelas universidades de Aberdeen, Cambridge e Viena. Foi professor de grego nas universidades de Edimburgo e de Leeds e depois assumiu o Departamento de História e Literatura Bíblica na Universidade de Sheffield.
Aposentou-se em 1978 como professor de crítica e exegese bíblica na Universidade de Manchester.
Ele, que é autor do clássico Merece confiança o Novo Testamento?, afirmou que “no mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual”.[5] É importante notar que os pesquisadores da Bíblia têm à sua disposição fontes muito privilegiadas. Afinal, eles podem comparar os textos atuais com papiros produzidos em datas muito próximas às dos manuscritos originais. Muitos desses papiros são, provavelmente, cópias diretas dos originais, ou estão distantes, no máximo, duas gerações. Além disso, os milhares de cópias do Novo Testamento, em diversas línguas, tornam muito fácil identificar qualquer alteração relevante feita por um copista descuidado ou mal-intencionado.
Porém, não é preciso ser nenhum especialista para notar a autenticidade do texto do Novo Testamento, pois há muitas evidências que podem ser verificadas por qualquer cristão por meio de um simples estudo bíblico.
Você não está comparando um estudo sério,referente as escrituras de milênios com um simples gibi de algumas décadas atrás;né?
OS CATÓLICOS ADULTERARAM O CONTEÚDO DO NOVO TESTAMENTO?
Com impacto comparável ao de O código Da Vinci, o livro O que Jesus disse? O que Jesus não disse? Quem mudou a Bíblia e por quê? causou alvoroço e virou best-seller nos Estados Unidos. O autor, Bart D. Ehrman, alcançou o status de celebridade no mercado editorial americano. No livro, ele defende que os escribas fizeram alterações graves na Bíblia ao longo dos séculos, especialmente com a intenção de dar suporte aos dogmas católicos. Por isso, o acesso às palavras originais do Novo Testamento seria impossível ao homem contemporâneo.
Ehrman foi apresentado no Brasil como “a maior autoridade em Bíblia em todo o mundo”. É mesmo? Quem disse? A editora e a equipe de marketing dele, ora bolas! Bem, um currículo de peso o cara tem: é PhD em teologia pela Universidade de Princeton e diretor do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte. Mas está bem longe de ser “o maioral”.
Enfim… Vamos analisar algumas das afirmações equivocadas desse livro.
Ehrman disse que a Bíblia não é infalível, pois contém muitos erros e contradições. Como exemplo, cita a passagem em que Jesus diz que Davi comeu os pães da proposição (Mar 2, 25-26) no tempo do sumo sacerdote Abiatar. Porém, em I Sam 21, 1-6 está escrito que o sumo sacerdote naquela ocasião era Aquimelec, pai de Abiatar. Essa diferença oferece algum problema para os cristãos? Não! Por duas razões:
1) Um fato narrado de forma diferente em dois livros da Bíblia não está necessariamente errado. A maioria esmagadora dessas aparentes contradições já foi exaustivamente esclarecida pelos estudiosos, mas se — ainda — não se alcançou uma solução satisfatória para uma ou outra, isso não significa que a questão é inexplicável. Durante séculos, os cientistas não compreenderam certos fenômenos facilmente explicáveis nos dias de hoje, mas nem por isso desistiram de pesquisar e alcançar a verdade.
Sobre isso, Santo Agostinho explica:
Se estamos perplexos por causa de qualquer aparente contradição nas
Escrituras, não nos é permitido dizer que o autor desse livro tenha errado; mas ou o manuscrito utilizado tinha falhas, ou a tradução está errada, ou nós não entendemos o que está escrito.[6] 2) Quase cem por cento das discrepâncias detectadas na Bíblia não envolvem nenhum ponto da doutrina, como é o caso dessa mudança do nome do sumo sacerdote. Em geral, são contradições relativas a nomes de cidades, datas de acontecimentos etc. Enfim, detalhes sem importância. Nenhum ensinamento necessário à salvação é afetado por esses pontos de dificuldade.
Críticos da Bíblia querem levar os desavisados a crerem que as aparentes divergências entre as narrativas dos evangelistas são erros, quando não passam de formas diferentes de dizer a mesma coisa. As palavras empregadas variam, mas a essência não muda. Em certa passagem, Mateus (28, 2-5) diz que havia um anjo no túmulo de Jesus enquanto João afirma que havia dois anjos (Jo 20, 11-12).
Há contradição aí? Não! Mateus citou a presença de um anjo, mas em momento algum disse que havia apenas um anjo. Os relatos não divergem, afinal, onde quer que haja dois, sempre há um.
Então… não há erro!
A superficialidade das críticas de Bart Ehrman é gritante. Por exemplo, em Marcos (4, 30-32), Jesus compara o Reino dos Céus a um grão de mostarda, “a menor de todas as sementes da Terra, mas, quando é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças”. Aí, o senhor Ehrman vem e diz que isso é um erro, pois o grão de mostarda, não é, de fato, o menor entre todos os grãos da Terra (Sério? É esse o cara que querem vender como “a maió otôridadi em briba do múndio”??!!).
Ora, Jesus usava uma linguagem próxima à cultura do povo, citando em suas parábolas elementos que faziam parte do cotidiano, como videiras, ovelhas, bois, pardais, lírios-do-campo, grãos de mostarda etc. Acaso o Senhor estava pretendendo dar uma aula de botânica? A crítica sobre a passagem do grão de mostarda é tão estúpida e sem lógica que chega a ser patética. Usando esse mesmo raciocínio chapado, alguém poderia afirmar: “Jesus cometeu um erro grosseiro quando disse que os lírios-do-campo se vestiam melhor do que o rei Salomão. Afinal, alguém aí já viu flor usando roupa?” Os pontos de dificuldade do Novo Testamento evidenciam a sua autenticidade Na Bíblia, há algumas dificuldades e passagens obscuras, não erros. Ela é a Palavra de Deus, é infalível.
Em vez de desacreditarem o texto bíblico, os pontos de dificuldade evidenciam a sua autenticidade. Afinal, se os copistas e as autoridades da Igreja Católica tivessem mesmo corrompido os textos bíblicos, tendo a faca e o queijo na mão, por que… … deixaram de uniformizar as narrativas dos quatro Evangelhos, eliminando as aparentes contradições (como é o caso do número de anjos no túmulo de Jesus)?
… não alteraram nem “deletaram” as passagens mais complicadas, que a Igreja tem trabalho para explicar, como a que cita os “irmãos de Jesus” ou a que mostra Jesus em aparente crise de fé (“Pai, por que me abandonaste?”)?
… perderam a oportunidade de apresentar os apóstolos como homens sempre sublimes? Por que mantiveram as passagens em que eles falam mal um do outro (como Paulo sobre Pedro) e agem de forma descrente, egoísta, interesseira ou tola?
… deixaram de inserir textos que dessem apoio explícito a certos dogmas, como a
Assunção de Nossa Senhora aos Céus e a infalibilidade papal?
Que cada um tire as suas conclusões. Quem tem olhos, veja!
E pensar que um dos mais belos elogios à integridade e à autenticidade dos textos dos Evangelhos veio de um sujeito anticlerical chamado Jean-Jacques Rousseau. Ele, um dos mais importantes filósofos do Iluminismo (eca!), afirmou (grifos nossos):
Diremos que a história do Evangelho foi inventada por prazer? Meu amigo, não é assim que se inventa; e os fatos de Sócrates, de que ninguém duvida, são menos atestados que os de Jesus Cristo. No fundo, é afastar a dificuldade sem a destruir. Seria mais inconcebível que vários homens de comum acordo tivessem fabricado esse livro que o fato de um só ter fornecido o assunto. Nunca os autores judeus teriam encontrado nem esse tom nem essa moral; e o Evangelho tem traços de verdade tão grandes, tão impressionantes, tão perfeitamente inimitáveis, que seu inventor seria mais espantoso do que o herói. Com tudo isso, esse mesmo Evangelho está cheio de coisas incríveis que ferem a razão e que um homem sensato não pode conceber nem admitir. Que fazer em meio a todas essas contradições? Ser sempre modestos e circunspetos, meu filho; respeita em silêncio o que não se pode rejeitar, nem compreender, e humilhar-se diante do grande Ser, o único que sabe a verdade.