SIGMUND FREUD / PSICOLOGIA

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  • A psicologia é ou não é uma ciência?por Professor Felipe de Souza | Dinheiro e Profissão
    Basicamente, existem três respostas possíveis dadas ao longo da história.Olá amigos!Durante a faculdade de psicologia, e depois, sempre acabamos lidando com a seguinte pergunta: “a psicologia é ou não é uma ciência?” Neste texto, procuro mostrar as possíveis respostas que já foram dadas por psicólogos de todo o mundo para a questão. É um texto introdutório, para que todos possam compreender. O objetivo é iniciar a discussão.Nota: se você tem mais conhecimentos de epistemologia ou se você tiver dúvidas sobre o texto, poste seu comentário abaixo e contribua.A psicologia é ou não é uma ciência?Uma preocupação constante no início da história da psicologia foi com a cientificidade. Ou seja, em separar a disciplina das outras disciplinas estabelecidas antes como ciência (física, química, biologia, sociologia), tanto com o objetivo de separação como para legitimar o estudo e a criação de departamentos à parte nas universidades.Desde o começo, a psicologia sofreu críticas por não ser uma ciência. Talvez fosse algo parecido com a filosofia, mas não uma ciência. Para começo de conversa, portanto, temos que ter um conceito do que é a ciência, certo? Se não, poderemos falar e falar e falar e não partiremos de uma definição.Ciência, scientia, science, Wissenschaft… são palavras que estão intimamente relacionadas ao conhecimento. Do mesmo modo que podemos perguntar a alguém: “você tem ciência de que existe gravidade e você pode cair daí?” nós poderíamos perguntar: “você sabe, você tem o conhecimento de que existe gravidade e você pode cair daí?”Portanto, ciência significa conhecimento. A diferença entre um conhecimento cotidiano, do senso comum, e o conhecimento científico (no sentido que trataremos aqui no texto, o sentido moderno) é que o conhecimento científico possui um método, um caminho para ser construído. Existe a metodologia científica, baseada em hipóteses e testes empíricos.É engraçado porque o conhecimento científico acabou trazendo muitas tecnologias, aplicações úteis, para a nossa vida. E dada a bagagem de conhecimentos construída até hoje, a ciência se mostrou um caminho eficaz, razão pela qual disciplinas mais recentes como a psicologia procuram ou utilizar os conhecimentos confirmados ou imitar os métodos para ter os mesmos resultados. Digo que é engraçado porque, em última instância, a ciência não pretende ser a verdade final e definitiva.A partir do modelo de uma hipótese, da possibilidade de replicação por outros pesquisadores, e da experimentação é frequente que um conhecimento tido como verdade absoluta ontem, não seja amanhã. Portanto, é bobagem ter este tipo de atitude de que a ciência é a autoridade máxima. Um cientista que se preze terá sempre consigo mais a dúvida e a curiosidade do que a pretensão de um conhecimento absoluto.Mas, enfim, há essa vontade de ser ciência, de ser ciência hard, como se diz. Desta forma, ao longo da história, temos 3 possíveis respostas para a pergunta se a psicologia é ou não é uma ciência:1) A psicologia é uma ciênciaTendo em vista o que foi falado acima, a psicologia é considerada uma ciência quando utiliza os métodos das outras ciências, ou seja, quando estabelece hipóteses e as testa em laboratório. Ela pode procurar usar métodos próximos da biologia ou sistemas que foram desenvolvidos no âmbito da medicina, por exemplo, com grupos controle, estatísticas, médias, etc.Por este motivo, Wundt é marcado como o pai da psicologia moderna porque teria sido ele o primeiro pesquisador a criar um laboratório de psicologia, em 1879. Infelizmente, as obras de Wundt nunca foram traduzidas para o português. Algumas delas foram traduzidas para o inglês, mas quem quiser se aprofundar em tudo o que foi escrito por ele, terá que estudar no original em alemão.Depois de Wundt, muitos outros pesquisadores criaram laboratórios para pesquisar a psique. Curiosamente, para quem  não sabe, psique (psicologia é psique+logia) significa alma em grego. A diferença de Wundt para outros pesquisadores será não só o que vai ser estudado na psique como a forma de estudar este conteúdo.O movimento dentro da psicologia que ficou conhecimento como psicologia comportamental viu que era excessivamente problemático estudar a alma, a psique, a mente. Portanto, reformulou o objeto de estudo da psicologia da psique para o comportamento. O comportamento de um sujeito (normalmente chamado de organismo para se aproximar da biologia) é a unidade de estudo. Afinal, é muito difícil estudar a mente – o que é mente? – mas é possível estudar o que um organismo faz, quando faz e como faz.O problema é que um tipo de comportamento que é dos mais importantes para nós, seres humanos, é um comportamento privado ou encoberto, ou seja, o que pensamos e sentimos. Continua, portanto, a questão até os dias atuais sobre como estudar cientificamente o que uma pessoa pensa e sente, se ela não diz o que está pensando ou sentindo.(Observação: com o advento das neurociências e as tecnologias que possibilitam estudar o cérebro em funcionamento, este problema está sendo trabalhado de outra forma, com possibilidades muito interessantes).Mas, de toda forma, aos olhos de outras ciências, a psicologia comportamental é uma ciência porque utiliza dos mesmos princípios estabelecidos ao redor do mundo para uma pesquisa científica. A psicologia cognitiva, e as outras vertentes decorrentes, como a Mindfulness Psychology, também são incluídas geralmente como perspectivas científicas.2) A psicologia é um outro tipo de ciênciaDesde Dewey – e até antes – nós temos a ideia de que existiriam tipos diferentes de ciência de acordo com o objeto de estudo. Faz sentido porque estudar um objeto inanimado é diferente de estudar um objeto “animado” (anima, em animado e inanimado vem de anima, no latim, que significa alma, como psique, em grego).Assim, surgiram diversas catalogações como, por exemplo:Naturwissenschaften – ciências da naturezaGeistwissenchaften – ciências humanas (literalmente, ciências do espírito).Por aqui, é comum dividirmos as faculdades em:– Faculdades de exatas;– Faculdades biológicas;– Faculdades de humanas.Outras vertentes da psicologia, como a psicologia fenomenológica-existencial, defendem que a psicologia é sim uma ciência, mas não uma ciência como as ciências da natureza ou como as ciências biológicas ou exatas. A psicologia é uma ciência da compreensão, ou seja, utiliza de outros métodos – igualmente sistemáticos – para estudar a complexidade que é o ser humano.Para começar, um ser humano é muito diferente de um objeto inanimado ou de um animal por ter linguagem. A linguagem é algo que o difere totalmente destes outros possíveis objetos de estudo e, portanto, exige uma outra metodologia que a contemple.3) A psicologia não é uma ciênciaUma outra vertente influente na psicologia é a psicanálise, que, embora não se identifique com a psicologia, deu origem a diversas teorias e pesquisas. Assim, podemos falar de psicologia psicodinâmica, como aquela que incorpora a psicanálise como um importante fundamento.Se formos ler Freud, veremos que ele procurou também legitimar a psicanálise como uma ciência. Para quem não sabe, Freud se formou em medicina e se especializou em neurologia. E, dado esse desejo do pai da psicanálise, houve um longo debate na epistemologia do século XX se a psicanálise poderia ser considerada ou não uma ciência. A celeuma reside no fato de que os conhecimentos adquiridos pelos psicanalistas não o foram em um ambiente controlado, como um laboratório, e a metodologia de pesquisa não segue os padrões de grupo-controle, estatísticas, e outras exigências para se enquadrar na ciência.O método é muito mais ligado ao que podemos chamar de estudo de caso e, portanto, existe a crítica se pode ser generalizado. Além disso, podemos criticar os conceitos. Será que existe algo como o inconsciente? Ou o inconsciente é só uma outra palavra impossível de comprovar como mente ou psique?Bem, psicanalistas como Jacques Lacan, mais cientes dos problemas da epistemologia, até tentaram inicialmente também esta legitimação, mas depois perceberam que é impossível criar uma ciência da psicanálise. A psicanálise estaria muito mais próxima da ética. Isso significa que a psicanálise se insere em um tipo de questão que envolve um sujeito e, portanto, trabalha um problema que é um problema ético e não científico.Dois exemplos nos ajudarão a entender.Um psicólogo, baseado nas metodologias científicas, pode fazer uma pesquisa com 200 esquizofrênicos. Se o psicólogo clínico for procurar ajudar um deles, ele estará trabalhando com um indivíduo que é único. Embora tenha sintomas parecidos com os outros 199, ele não será idêntico à eles. De modo que existe o problema do individual e do grupo, do particular e do geral.Quando os psicanalistas afirmam que a psicanálise (e a psicologia por derivação) está no campo da ética, o que está sendo afirmado é que as questões da prática sempre vão envolver questões éticas. Para ficar claro, vamos separar o que é ética e o que é ciência, com um exemplo genial de um querido professor:– Ciência: tomar refrigerante provoca celulite;– Ética: devo ou não devo tomar refrigerante?Em outras palavras, a ciência pode trazer conhecimentos estruturados, que procuram ser verdadeiros (até que se prove o contrário). Porém, no dia a dia, na prática, o uso que vamos fazer do conhecimento é sempre ético. A ética pode ser definida como a busca de uma resposta para o que é melhor fazer. É melhor ou não é melhor tomar refrigerante? Na prática clínica, por exemplo, é melhor ou não é melhor tomar este remédio? É melhor escolher X ou é melhor escolher Y?Por isso, o Conselho Federal de Psicologia possui uma Ética Profissional, com normas do que é melhor fazer (e não um manual com técnicas e axiomas).ConclusãoComo disse no início, o objetivo deste texto é ser introdutório e mostrar algumas perspectivas para a pergunta se a psicologia é ou não é uma ciência. Na medida em que existem psicologias, no plural, e não uma única psicologia, o problema acaba sendo maior ainda, porque teríamos que perguntar se cada uma destas psicologias é ou não uma ciência.Procurei mostrar as três principais perspectivas:– A psicologia é uma ciência– A psicologia é um outro tipo de ciência– A psicologia não é uma ciência (é uma ética).Leia também – Formas de pensamento para estudar o pensamento na psicologiaDúvidas, sugestões, comentários, por favor, escreva abaixo! Nos ajude a divulgar! Compartilhe: RelacionadoA Psicanálise: Ciência e ÉticaPodemos contar a história do mundo, do nosso mundo, em poucas palavras e entender o sentido da psicanálise. A psicanálise só é possível em um mundo onde a ciência está presente. Mas a psicanálise, atualmente, não se considera ciência. Neste texto, você aprenderá mais sobre a psicanálise, como esta disciplina está…Em "Psicanálise"
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    maxresdefault.jpg?resize=350%2C200&ssl=1Psicologia: corpo, alma e espíritoEm "Curso Grátis"Professor Felipe de Souza74f9eb91068ed941c9059155a945ff81?s=70&d=blank&r=gPsicólogo Clínico e Online (CRP 04/25443), Mestre (UFSJ), Doutor (UFJF), Instrutor de Mindfulness (Unifesp), Coach e Presidente do Instituto Felipe de Souza. Como Professor no site Psicologia MSN venho ministrando dezenas de Cursos de Psicologia, através de textos e Vídeos em HD. Faça como centenas de alunos e aprenda psicologia através de Cursos em Vídeo e Ebooks! Loja de Vídeos e Ebooks. Você pode também agendar uma sessão de Coaching Online via Skype, Relacionamentos ou Carreira (faculdade), fazer o Programa de 8 Semanas de Mindfulness Online e Orientação Profissional Online. E não se esqueça de se inscrever em nosso Canal no Youtube! Email - psicologiamsn@gmail.com - Snapchat: psicologiamsn - Whatsapp (35) 99167-3191
  • A Psicanálise: Ciência e Éticapor Professor Felipe de Souza | Psicanálise
    Podemos contar a história do mundo, do nosso mundo, em poucas palavras e entender o sentido da psicanálise. A psicanálise só é possível em um mundo onde a ciência está presente. Mas a psicanálise, atualmente, não se considera ciência. Neste texto, você aprenderá mais sobre a psicanálise, como esta disciplina está relacionada com a ciência e com a ética.O que havia antes da ciência, antes do surgimento da modernidade? Havia um discurso que centralizava o saber. A partir de Aristóteles, pensa-se o mundo como sendo perfeito acima da lua (mundo supra-lunar) e imperfeito abaixo da lua.Acima da lua era possível criar uma ciência, um conhecimento perfeito e exato: a astronomia.Abaixo da lua, como o mundo nosso é imperfeito, não era possível criar uma ciência, uma física-matemática. E o campo da ética era centralizado pelo discurso da Igreja. Tudo em seu lugar.Este foi o pensamento até o Renascimento.Com Galileu e Newton, a ideia de que não era possível criar uma ciência nesse mundo foi questionada. Conseguimos chegar a resultados exatos com a nova física (na época ainda uma filosofia natural). Com o pensamentos destes autores, há uma revolução no pensamento humano e uma separação radical entre dois campos de saber:A episteme ou ciência (o conhecimento exato)eA ética (ou moral)Passamos a viver em um mundo infinito, em que a terra não é o centro. O homem está perdido nesse infinito – quem garante que a ética, a moral está realmente certa? É desta forma que podemos ler a importante obra de Descartes, Discurso sobre o Método, em que ele duvida de tudo, até de que existe e tem um corpo.A dúvida passa a ser fundamental ao homem moderno. Com a dúvida, a filosofia, desde o Renascimento, tem que ser pensada sempre sob a sombra do niilismo, sob a sombra do nada e também do infinito.O homem perdido busca uma resposta, um sentido, uma orientação. Perdido em si mesmo, ainda acossado por um moralismo excessivo o mundo vê surgir a figura de Sigmund Freud. Polêmico, ele questiona a moralidade reinante. E faz uma nova revolução: o centro da psique não é o eu, mas o inconsciente. O eu é apenas a ponta do Iceberg.Voltando um pouco na história do mundo, devemos ressaltar a diferença entre ética e episteme. E aí saberemos que a psicanálise não é uma ciência, mas uma ética.Os cientista descobrem que Coca-cola causa celulite. (É uma verdade científica, um conhecimento positivo).Uma mulher tem então que responder: – Devo ou não tomar Coca-cola?Responder à esta pergunta é uma questão ética. Não uma questão científica.Entretanto, esta diferença clara entre ética e episteme é recente na própria história da psicanalise. Tanto Freud como Lacan tentaram fazer da psicanalise uma ciência. Para Freud, a psicanálise era uma ciência natural, empírica. Lacan também, por certo tempo, tentou mas depois percebeu que não era possível fazer uma ciência de um sujeito.E nem por isso a psicanálise é menos.Nascida das horas e horas no divã, a talking cure (a conversa que cura) ficou mundialmente conhecida e, apesar das atuais controvérsias com a psiquiatria e a neuro-ciência, continua prosperando e ajudando os sujeitos a lidarem com seus sintomas.Desta forma, entendemos atualmente que a psicanálise situa-se no campo da ética e não no campo da ciência.Nos próximos textos, você aprenderá a relação entre a psicologia comportamental e a ciência, bem como a relação da ciência com a psicologia humanista.https://www.psicologiamsn.com/2011/12/psicanalise-ciencia-etica.html
  • Psicologia Comportamental e Ciênciapor Professor Felipe de Souza | Curso Grátis
    O behaviorismo ou psicologia comportamental difere da psicanálise e da psicologia humanista no que se refere à sua relação com a ciência. O objetivo principal da psicologia comportamental é fazer da psicologia uma ciência, mudando o foco da mente para o estudo científico e matematizado do comportamento. Em muitos aspectos, critérios da medicina são utilizados como a pesquisa em laboratório, com testes e análises estatísticas.Neste texto, você poderá saber mais sobre a relação da ciência e o comportamento humano, bem como você encontrará a definição das cinco principais características de uma investigação científica.Antes de falarmos especificamente da relação do behaviorismo com a ciência, convém descrever primeiro o que é a ciência, ou melhor quais são suas principais características:As cinco características de uma investigação cientifica são:1) Tratar de eventos empíricosA ciência trata de fenômenos naturais (objetos e eventos que podem ser verificados através de observação e experimentação) que produzem os dados, sendo considerados adequados aqueles que são confiáveis, objetivos e quantitativos.Os dados são objetivos se os eventos relevantes podem ser observáveis por pessoas diferentes, enquanto os subjetivos são aqueles que não podem ser observáveis. São considerados confiáveis quando há concordância ente os observadores acerca da ocorrência dos eventos e quantitativos se permitem ser escalonados em unidades físicas ao longo de uma ou mais dimensões (denominadas como parâmetros).2) A compreensão científica se faz principalmente na revelação das relações de ordem entre classes e eventosO que caracteriza a análise científica é a maneira como as informações são coletadas e organizadas. Compreender um evento freqüentemente envolve a especificação das variáveis que o permitiu ocorrer, a relação existente entre variáveis dependentes e independentes,3) Previsão e controle são os objetivos da análise cientificaAo se constatar que uma variável independente está funcionalmente relacionada com uma variável dependente, é possível que se obtenha a previsão e o controle dessa variável dependente.O valor da variável independente determina o valor da variável dependente, possibilitando assim a sua previsão. Se A ocorreu, então é provável que B ocorra. Saber disso permite que se preveja quando B ocorrerá. Além disso, o valor da variável independente pode ser controlado pela seleção do valor da variável independente.A relevância prática da ciência está, em grande parte, no isolamento das variáveis independentes possíveis de serem manipuladas e que alteram partes importantes do mundo (i.e., variáveis dependentes) de modo a beneficiar a humanidade.4) A ciência pressupõe uma realidade organizada e deterministaA previsão científica só é possível graças a um mundo organizado, no qual as relações reveladas no passado recorrerão. Além disso, ela requer um mundo determinista, no qual o valor de alguns eventos dependa do valor de outros eventos.5) As asserções científicas são experimentais e testáveisAs observações dos eventos reais são a base da ciência. As relações entre tais observações são consideradas a base das leis científicas. A relação entre as leis ocorre através de princípios e conceitos de ordem mais elevada.Entretanto, os cientistas reconhecem que as observações são necessariamente inexatas e que as relações importantes entre as variáveis não são fáceis de detectar ou resumir significativamente. Desta forma, as asserções científicas não refletem a verdade absoluta; elas são, portanto, experimentais e sujeitas à revisão.De modo que estas são as principais características da ciência.B. F. Skinner, um dos principais autores da psicologia comportamental, dá a sua definição de ciência e a relação com a disciplina que ajudou a estabelecer:“A ciência é mais que a mera descrição dos acontecimentos à medida que ocorrem. É uma tentativa de descobrir ordem, de mostrar que certos acontecimentos estão ordenadamente relacionados com outros.Nenhuma tecnologia prática pode basear-se na ciência até que estas relações tenham sido descobertas. Mas a ordem não é somente um produto final possível; é uma concepção de trabalho que deve ser adotada desde o princípio.Não se podem aplicar os métodos da ciência em assunto que se presume ditado pelo capricho. A ciência não só descreve, ela prevê. Trata não só do passado, mas também do futuro. Nem é previsão sua última palavra: desde que as condições relevantes possam ser alteradas, ou de algum modo controladas, o futuro pode ser manipulado.Se vamos usar os métodos da ciência no campo dos assuntos humanos, devemos pressupor que o comportamento é ordenado e determinado. Devemos esperar descobrir que o que o homem faz é o resultado de condições que podem ser especificadas e que, uma vez determinadas, poderemos antecipar e até certo ponto determinar as ações” (Skinner, 1998, p. 7).Estas palavras foram escritas por B. F. Skinner no livro Ciência e Comportamento Humano. Através do que foi dito, fica claro que a psicologia comportamental considera que é possível fazer da psicologia uma ciência como as demais: como a física, a química, a biologia.O método científico, com suas características, é então utilizado na psicologia comportamental. Assim como na medicina, animais de laboratório são utilizados para experimentos, na psicologia comportamental também são utilizados animais como pombos e ratos – por exemplo.Do mesmo modo como na física e na química são utilizados gráficos e estatísticas, o psicólogo comportamental faz uso destas possibilidades da ciência para confirmar ou negar uma hipótese de trabalho.Com isto, notamos que a psicologia comportamental considera-se ciência. Diferentemente da psicanálise que não vê esta possibilidade e descreve o seu saber não como científico, mas como estando no campo da ética.Veremos logo em seguida, o modo como a psicologia humanista entende a sua relação com a ciência – que é diferente ainda da psicanálise e da psicologia comportamental.Referência BibliográficaSkinner, B. F. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 1998http://www.psicologiamsn.com/2012/03/psicologia-comportamental-e-ciencia.html
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