Pessoal, assisti a entrevista.
Eu estava completamente errado sobre o Adrilles ter feito gracinha no programa específico em que debatia sobre o nazismo.
Ele já havia feito isso várias vezes antes sem ninguém falar nada.
Isso torna as atitudes do Villa, Antagonista e demais linchadores MUITO PIOR do que eu imaginava.
Alguém que estava argumentando CONTRA sequer a POSSIBILIDADE de se defender publicamente o nazismo ser taxado de ter feito saudação nazista por causa de uma FOTO de um momento de um aceno é asqueroso pra dizer o mínimo e CRIMINOSO pra dizer o máximo.
O Adrilles deveria processar estas pessoas.
Dá pra ir na live de todos estes difamadores do Adrilles é capturar frames deles acenando ou gesticulando na forma da saudação nazista.
Dá inclusive pra anexar aos processos que o Adrilles deveria mover contra esta tralha.
Quando estivermos simplesmente proibindo coisas com as quais simplesmente não gostamos ou não concordamos, por puro capricho, devemos ter em conta que isso vale para ambos os lados, terminando por um cinema tirar a exibição de E O Vento Levou, porque algumas pessoas se sentiam ressentidas pelo racismo que aparece no filme (que se passa na Guerra Civil dos EUA).
Estudar os pensamentos e os atos de Hitler é até necessário para se entender o que gerou o nazismo e suas atrocidades.
E impedir que se repitam.
Só que isto é diferente de defender tais atos e pensamentos.
Ou defender o direito a defendê-los.
O "Mein Kampf", por exemplo, não deve ser censurado, mas deve ser manipulado como se fosse material radioativo, ou seja, com as ressalvas e precauções necessárias.
Eu acho qur da para tentar limitar a APOLOGIA ao nazismo e ao comunismo, embora seja meio difícil de se por isso em prática.
A defesa explícita dessas ideologias pode ser considerada apalogia ao crime, o problema é que caras como o Kim e o Monark podem ser falsamente processados por isso quando debatem e argumentam contra a proibição, o que é diferente de fazer apologia a essas ideologias.
Mas certamente partidos comunistas e nazistas tem que ser proibidos.
O direito de falsr e discutir algo é diferente do direito de colocar a ideologia em prática através de um partido.
A limite da liberdade de expressão nos EUA é quuando alguém a usa pra p chamado "call to violence" que seria dizer "vá ali e bata ou mate aquele cara"
Neste sentido o nazismo estaria incluso no caso pois o defender publicamente é contra a lei pois o racismo está no bojo da ideologia.
Porém acho que por lá existem grupos abertamente racistas e neonazistas só não sei se estão representados oficialmente por alguma entidade . https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/ku-klux-klan.htm
Ku Klux Klan atualmente
Como dito, ainda existem células da Ku Klux Klan. Grupos extremistas, como o caso da Klan, são acompanhados por entidades específicas nos Estados Unidos. A Southern Poverty Law Center (SPLC) é um desses grupos e, segundo essa entidade, a Klan se enfraqueceu bastante da década de 1970 em diante.
Esse enfraquecimento é atribuído a dissidências internas entre as lideranças dos supremacistas e à ação governamental de investigação e punição dos envolvidos em organizações desse tipo. A SPLC também afirma que muitos membros da Klan procuraram outras estratégias para sua ideologia supremacista, divulgando-a como uma “luta pelos direitos do homem branco”|3|.
Estima-se que atualmente existam 8 mil pessoas vinculadas a diferentes organizações que se baseiam nos princípios e que se autointitulam como Klan. As diferentes células da Klan se espalham por diversos estados dos Estados Unidos|3|.
E o que seria mais lógico @NadaSei , a difusão de um material não deveria ser apologia ao mesmo.
Então, no caso de se criminazar a ideologia em si e portanto a apologia a ela, material antigo não poderia ser proibido, mas material novo com novas justificativas para defender essas ideologias seria uma forma de apologia a elas.
É diferente do que ocorre nos EUA e da permissão para existirem grupos racistas como o Judar acabou de mencionar.
Seria um meio termo para não permitir a proliferação de grupos nazistas e comunistas.
Você permite o debate e o material histórico, mas proibe material de propaganda com a defesa dessas teses usando argumentos novos ou apelando ao negacionismo dos fatos históricos como o holocausto e holodomor.
Mas é complicado por isso em prática porque fica meio subjetiva a definição de propaganda apologia.
E o que seria mais lógico @NadaSei , a difusão de um material não deveria ser apologia ao mesmo.
Então, no caso de se criminazar a ideologia em si e portanto a apologia a ela, material antigo não poderia ser proibido, mas material novo com novas justificativas para defender essas ideologias seria uma forma de apologia a elas.
É diferente do que ocorre nos EUA e da permissão para existirem grupos racistas como o Judar acabou de mencionar.
Seria um meio termo para não permitir a proliferação de grupos nazistas e comunistas.
Você permite o debate e o material histórico, mas proibe material de propaganda com a defesa dessas teses usando argumentos novos ou apelando ao negacionismo dos fatos históricos como o holocausto e holodomor.
Mas é complicado por isso em prática porque fica meio subjetiva a definição de propaganda apologia.
Publicação com um texto explicativo nas primeiras páginas destes materiais?
Acho que é por isso que o limite nos EUA é o chamado para ação. É um critério mais objetivo.
Sim, por isso falo que o material em si não deveria ser considerado. Materiais com descrição de práticas absurdas não tem a mesma proibição como a bíblia.
E o que seria mais lógico @NadaSei , a difusão de um material não deveria ser apologia ao mesmo.
Então, no caso de se criminazar a ideologia em si e portanto a apologia a ela, material antigo não poderia ser proibido, mas material novo com novas justificativas para defender essas ideologias seria uma forma de apologia a elas.
É diferente do que ocorre nos EUA e da permissão para existirem grupos racistas como o Judar acabou de mencionar.
Seria um meio termo para não permitir a proliferação de grupos nazistas e comunistas.
Você permite o debate e o material histórico, mas proibe material de propaganda com a defesa dessas teses usando argumentos novos ou apelando ao negacionismo dos fatos históricos como o holocausto e holodomor.
Mas é complicado por isso em prática porque fica meio subjetiva a definição de propaganda apologia.
Publicação com um texto explicativo nas primeiras páginas destes materiais?
Acho que adiantaria tanto quanto aqueles lembretes de merda sobre vacinas em todo post de FB e vídeo do YT.
Precisaria mesmo de um critério objetivo que neste caso é muito difícil encontrar um que sirva ao nazismo e que de alguma maneira mesmo que forçada possa vir a ser usado em relação a outra ideologia que não necessariamente é análoga a ele.
Provavelmente diante disso os EUA deixam essas organizações escrotas existir e fica de olho nelas pra poder prender seus membros quando estes cometem algum "deslize" e são pegos pregando violência física de fato.
O Monark não defendeu o nazismo e sim o direito dos nazistas poderem falar sobre a ideologia deles.
O Brasil não tem tradição de grupos nazistas, são sempre meia duzia de gatos pingados no Sul e em São Paulo o unico gripo do qual eu já ouvi falar são os carecas do ABC que nem sei se ainda existem.
O crescimento de denúncias de apologia ao nazismo subir de 11 para mais de 100 se explica em grande parte por esquerdistas fazendo falsas denúncias.
O Brasil não tem tradição de grupos nazistas, são sempre meia duzia de gatos pingados no Sul e em São Paulo o unico gripo do qual eu já ouvi falar são os carecas do ABC que nem sei se ainda existem.
Oh... Oh... Oh...
Sou do ABC e conheci os Carecas.
Prá quem não conhece, o ABC Paulista passou de periferia industrial de São Paulo para cidades de classe média que criaram sua própria periferia.
É nesta periferia de onde já foi periferia que os Carecas surgiram.
Eram jovens de baixa renda, baixa instrução e baixa perspectiva de vida que buscavam alguma identidade que os elevasse acima de suas vidinhas bestas.
Encontraram esta identidade em um direitismo de cordel, uma versão suburbana do Integralismo de Plínio Salgado, cujos fundamentos eram suas próprias interpretações de nacionalismo, moralismo, disciplina e espírito de corpo.
Os paralelos com o Fascismo são evidentes, exceto pelo fato de serem uns pobres diabos sem nenhuma associação com um partido político organizado capaz de tomar o poder.
Mas, definitivamente não eram nazistas pelo fato óbvio de serem todos ou quase mestiços brasileiros de variados matizes.
Os Carecas eram delinquentes capazes de espancar adeptos do Heavy Metal apenas por usarem cabelos compridos e indumentárias típicas, mas não eram racistas - e nem poderiam sê-lo - mantendo o mesmo discurso de louvor de Plínio Salgado à miscigenação que caracterizava a verdadeira raça brasileira forjada no cadinho que amalgamou o branco, o Índio e o negro.
Curiosamente, estes caras eram bem vistos pela polícia da periferia e alguns pais de família declaravam que se não fosse o visual agressivo das cabeças raspadas e coturnos, seriam o genro ideal, com seu discurso de respeito à namorada e de valorização da virgindade.
Faz tempo que não ouço falar deles por aqui.
De qualquer modo, não fazem falta nenhuma.
Há questão é que todo esse folclorismo demoniza demais os cerca de 45% dos alemães que votaram nos nazistas em 1933, isso é um perigo para o direito a voto desses grupos sociologicos que só estavam nazistas naquela ocasião, inclusive em outros países e outras épocas. Não é com visões de ogros de contos infantis que se lida com esse tipo de coisa. E a questão não é que alguém "vai ser nazista", a questão são as condições existenciais PREVIAS, e o máximo que se pode fazer é proibir a SINCERIDADE, e não a EXISTENCIA dessas condições existenciais.
O Brasil não tem tradição de grupos nazistas, são sempre meia duzia de gatos pingados no Sul e em São Paulo o unico gripo do qual eu já ouvi falar são os carecas do ABC que nem sei se ainda existem.
Oh... Oh... Oh...
Sou do ABC e conheci os Carecas.
Prá quem não conhece, o ABC Paulista passou de periferia industrial de São Paulo para cidades de classe média que criaram sua própria periferia.
É nesta periferia de onde já foi periferia que os Carecas surgiram.
Eram jovens de baixa renda, baixa instrução e baixa perspectiva de vida que buscavam alguma identidade que os elevasse acima de suas vidinhas bestas.
Encontraram esta identidade em um direitismo de cordel, uma versão suburbana do Integralismo de Plínio Salgado, cujos fundamentos eram suas próprias interpretações de nacionalismo, moralismo, disciplina e espírito de corpo.
Os paralelos com o Fascismo são evidentes, exceto pelo fato de serem uns pobres diabos sem nenhuma associação com um partido político organizado capaz de tomar o poder.
Mas, definitivamente não eram nazistas pelo fato óbvio de serem todos ou quase mestiços brasileiros de variados matizes.
Os Carecas eram delinquentes capazes de espancar adeptos do Heavy Metal apenas por usarem cabelos compridos e indumentárias típicas, mas não eram racistas - e nem poderiam sê-lo - mantendo o mesmo discurso de louvor de Plínio Salgado à miscigenação que caracterizava a verdadeira raça brasileira forjada no cadinho que amalgamou o branco, o Índio e o negro.
Curiosamente, estes caras eram bem vistos pela polícia da periferia e alguns pais de família declaravam que se não fosse o visual agressivo das cabeças raspadas e coturnos, seriam o genro ideal, com seu discurso de respeito à namorada e de valorização da virgindade.
Faz tempo que não ouço falar deles por aqui.
De qualquer modo, não fazem falta nenhuma.
Nossa, isso é muito mais informação do que qualquer outra que eu já tenha tido dos carecas do ABC. Eu fiquei surpreso em saber que existiam mestiços entre eles.
Minha irmã conheceu um deles uma vez, disse que era um cara muito culto, mas preconceituoso contra varias tribos, de punks a pagodeiros.
Eu mesmo nunca conheci nenhum, mas eles sempre o único grupo do qual qual já ouvi falar ser um grupo neo-nazista.
Eles eram famosos, pois eu ouvi sobre eles de diferentes pessoas que não se conhecem e todos tinham a impressão de que os carecas eram neo-nazistas.
É o tipo de mito que se cria quando só se ouve falar da coisa sem conhecer.
Engraçado que a única vez que eu conheci um pessoal racista de verdade foi com um grupo de amigos de amigos meus.
Eu tinha um grupo de RPG e um dos meus amigos tinha amigos de infância e quiz jogar RPG na casa deles para eles conhecerem. Fizemos varias campanhas lá.
Eram pessoas super legais que após algum tempo de amizade começaram a falar certas coisas racistas quando o assunto raça surgiu. Nada muito chocante, mas eu lembro de achar estranho porque esse meu amigo que era amigo de infância deles era meio moreninho. Eu achava esse fato engraçado pela falta de lógica na coisa toda.
A família toda era racista, mas eram pessoas adoráveis e que até hoje eu não entendo como ou porque eram racistas, pois na época eu nem quis me aprofundar nesse assunto e entender a peculiaridade.
Mas veja só que coisa, na minha vida inteira eu só conheci esse pessoal que eu sei que eram realmente racistas e agora os famosos carecas do ABC que era o único grupo do tipo que eu já tinha ouvido falar, agora eu descubro que na verdade não era um grupo nazista ou racista.
No Brasil existe a mania de se debater esse assunto como se fossemos os EUA e não uma das nações mais micigenadas do mundo.
Há questão é que todo esse folclorismo demoniza demais os cerca de 45% dos alemães que votaram nos nazistas em 1933, isso é um perigo para o direito a voto desses grupos sociologicos que só estavam nazistas naquela ocasião, inclusive em outros países e outras épocas. Não é com visões de ogros de contos infantis que se lida com esse tipo de coisa. E a questão não é que alguém "vai ser nazista", a questão são as condições existenciais PREVIAS, e o máximo que se pode fazer é proibir a SINCERIDADE, e não a EXISTENCIA dessas condições existenciais.
Acho que você tocou em um ponto fundamental aqui, mas acho que o medo das pessoas em parte é o medo do poder de convencimento da propaganda nazista.
Eu duvido que essa propaganda possa realmente ser uma ameaça em sociedades que já aprenderam a ter repulsa pelo nazismo.
Talvez nesse caso manter a propaganda sendo feita nas sobras seja até pior por ter um apelo ao proibido e a transgressão. Isso é atrativo para jovens desmiolados.
Nossa, isso é muito mais informação do que qualquer outra que eu já tenha tido dos carecas do ABC. Eu fiquei surpreso em saber que existiam mestiços entre eles.
Minha irmã conheceu um deles uma vez, disse que era um cara muito culto, mas preconceituoso contra varias tribos, de punks a pagodeiros.
Mais uma das tantas vezes nas quais jornalistas preguiçosos se prendem a um rótulo, no caso skinheads, e não se dão ao trabalho de averiguar as várias facções divergentes abrigadas sob esta denominação.
Assim, fizeram uma associação simplista, se são carecas, são skinheads e se são skinheads são neonazistas, sem atentar às particularidades do grupo em questão.
Engraçado que a única vez que eu conheci um pessoal racista de verdade foi com um grupo de amigos de amigos meus.
Eu tinha um grupo de RPG e um dos meus amigos tinha amigos de infância e quiz jogar RPG na casa deles para eles conhecerem. Fizemos varias campanhas lá.
Brasileiros no geral não identificam raças - ou etnias, que seja, se limitando a diferenciar tons de cor de pele.
Até há pouco tempo havia um fronteira indeterminada entre o branco e o pardo claro, assim como para o negro e pardo escuro, até que os iluminados de sempre decidiram que pardos não existem e que uma gota de sangue negro enegresce o sujeito, exatamente a doutrina racista segregacionista do Sul dos Estados Unidos.
Enquanto europeus diferenciam com facilidade um irlandês de um sueco, para a maioria dos brasileiros os dois são brancos.
Esta diferença entre preconceito de cor e racismo é uma questão particular e típica do Brasil, que vai contra o discurso Politicamente Correto agora imposto, cujos os adeptos ao lerem o que escrevi correrão a declarar que estou passando pano no racismo e no preconceito, quando na verdade não fiz nenhum juízo de valor, apenas citei uma realidade sócio-cultural específica.
Racismo puro, raiz, testemunhei pessoalmente em uma daquelas colônias de alemães no sul do Brasil, quando estive lá a trabalho.
Notei que um dos engenheiros aparentava desconforto em apertar minha mão e mantinha uma postura profissional, mas notadamente fria e distante.
Era um jovem com aqueles traços que os babaquaras chamariam de puro ariano.
Como isca, fiz um comentário a respeito do sobrenome alemão dele, terminado com sufixo "mann" e fiz referência aos dois enes finais, ao que ele muito prontamente respondeu "final com um ene só é judeu".
O comentário não teria nada de mais, mas a prontidão da resposta me motivou especulações.
@Acauan existe pessoas que se denominam parta e existe uma página disso chamado resistência parda.
A ideia faz sentido.
Os babaquaras querem que todos os mestiços brasileiros se reconheçam como negros, apenas porque eles querem e acham que isto basta.
Como a prepotência desta gente não tem limites, o termo resistência faz sentido, não para defender uma cor de pele intermediária entre extremos, mas para que toda gente como eu, que tem ancestrais negros, brancos e indígenas, no meu caso principalmente o último, possam honrar igualmente todos estes antepassados, sem cair na conversa venenosa daqueles que querem que você finja que seu tatataravô europeu nunca existiu.
Racismo puro, raiz, testemunhei pessoalmente em uma daquelas colônias de alemães no sul do Brasil, quando estive lá a trabalho.
Certa vez, peguei um táxi num vilarejo do sul. Ao passar por um hospital público, o motorista comentou, com cara e voz de nojo, que a maioria dos profissionais era negra.
@Acauan existe pessoas que se denominam parta e existe uma página disso chamado resistência parda.
A ideia faz sentido.
Os babaquaras querem que todos os mestiços brasileiros se reconheçam como negros, apenas porque eles querem e acham que isto basta.
Como a prepotência desta gente não tem limites, o termo resistência faz sentido, não para defender uma cor de pele intermediária entre extremos, mas para que toda gente como eu, que tem ancestrais negros, brancos e indígenas, no meu caso principalmente o último, possam honrar igualmente todos estes antepassados, sem cair na conversa venenosa daqueles que querem que você finja que seu tatataravô europeu nunca existiu.
No final esse lance todo de questão racial no Brasil é ridículo porque é um cenário bem diferente dos Estados Unidos.
Eu me pergunto se esses nazistinhas supremacistas seriam vistos como brancos fora do Brasil.
Brasil é o país onde extremismo de direita mais avança com mais de 530 células
Monitoramento do Observatório da Extrema Direita aponta que São Paulo é o estado com maior presença desses grupos, chegando a um total de 137, dos quais 51 estão na capital
Janaína Figueiredo 27/02/2022
Quando figuras como Bruno Aiub, o Monark, defendem aberta e publicamente o nazismo — no caso específico do YouTuber, a criação de um partido nazista no Brasil —, elas falam para um público que vem se expandindo de forma expressiva nos últimos anos. Dados da ONG Anti-Defamation League (ADL) mostram que hoje o Brasil é o país no mundo onde mais cresce o número de grupos de extrema direita, concentrados, de acordo com monitoramento do Observatório da Extrema Direita (formado por acadêmicos de mais de dez universidades brasileiras e de outros países) e de pesquisa da professora Adriana Dias, da Universidade de Campinas (Unicamp), nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os últimos dados em mãos dos pesquisadores consultados, passados com exclusividade para O GLOBO, confirmam que São Paulo é o estado com maior presença de grupos, chegando a um total de 137, dos quais 51 estão na capital. Também foram encontradas células de extrema direita em Piracicaba, Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos.
Em todo o país, já são mais de 530 células extremistas que, em relatório feito nos primeiros meses deste ano, Adriana dividiu em categorias, de acordo com suas ideologias, como Hitlerista/Nazista, Negação do Holocausto, Ultranacionalista Branco, Radical Catolicismo, Fascismo, Supremacista, Criatividade Brasil, Masculinismo Supremacia Misógina e Neo-Paganismo racista. Em 2019, a especialista detectou 334 células.
[...]
— Desde 2018, o Brasil se transformou no país com maior crescimento de grupos de extrema direita. Este fenômeno tem a ver com a eleição de Jair Bolsonaro que, num nível subterrâneo, está vinculado a estas ideologias. Hoje, estima-se que 15% dos brasileiros são de extrema direita — afirma Michel Gherman, membro do Observatório da Extrema Direita, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Instituto Brasil-Israel
Comentários
Eu estava completamente errado sobre o Adrilles ter feito gracinha no programa específico em que debatia sobre o nazismo.
Ele já havia feito isso várias vezes antes sem ninguém falar nada.
Isso torna as atitudes do Villa, Antagonista e demais linchadores MUITO PIOR do que eu imaginava.
Alguém que estava argumentando CONTRA sequer a POSSIBILIDADE de se defender publicamente o nazismo ser taxado de ter feito saudação nazista por causa de uma FOTO de um momento de um aceno é asqueroso pra dizer o mínimo e CRIMINOSO pra dizer o máximo.
O Adrilles deveria processar estas pessoas.
Dá inclusive pra anexar aos processos que o Adrilles deveria mover contra esta tralha.
Eu acho qur da para tentar limitar a APOLOGIA ao nazismo e ao comunismo, embora seja meio difícil de se por isso em prática.
A defesa explícita dessas ideologias pode ser considerada apalogia ao crime, o problema é que caras como o Kim e o Monark podem ser falsamente processados por isso quando debatem e argumentam contra a proibição, o que é diferente de fazer apologia a essas ideologias.
Mas certamente partidos comunistas e nazistas tem que ser proibidos.
O direito de falsr e discutir algo é diferente do direito de colocar a ideologia em prática através de um partido.
Neste sentido o nazismo estaria incluso no caso pois o defender publicamente é contra a lei pois o racismo está no bojo da ideologia.
Porém acho que por lá existem grupos abertamente racistas e neonazistas só não sei se estão representados oficialmente por alguma entidade .
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/ku-klux-klan.htm
Ku Klux Klan atualmente
Como dito, ainda existem células da Ku Klux Klan. Grupos extremistas, como o caso da Klan, são acompanhados por entidades específicas nos Estados Unidos. A Southern Poverty Law Center (SPLC) é um desses grupos e, segundo essa entidade, a Klan se enfraqueceu bastante da década de 1970 em diante.
Esse enfraquecimento é atribuído a dissidências internas entre as lideranças dos supremacistas e à ação governamental de investigação e punição dos envolvidos em organizações desse tipo. A SPLC também afirma que muitos membros da Klan procuraram outras estratégias para sua ideologia supremacista, divulgando-a como uma “luta pelos direitos do homem branco”|3|.
Estima-se que atualmente existam 8 mil pessoas vinculadas a diferentes organizações que se baseiam nos princípios e que se autointitulam como Klan. As diferentes células da Klan se espalham por diversos estados dos Estados Unidos|3|.
Então, no caso de se criminazar a ideologia em si e portanto a apologia a ela, material antigo não poderia ser proibido, mas material novo com novas justificativas para defender essas ideologias seria uma forma de apologia a elas.
É diferente do que ocorre nos EUA e da permissão para existirem grupos racistas como o Judar acabou de mencionar.
Seria um meio termo para não permitir a proliferação de grupos nazistas e comunistas.
Você permite o debate e o material histórico, mas proibe material de propaganda com a defesa dessas teses usando argumentos novos ou apelando ao negacionismo dos fatos históricos como o holocausto e holodomor.
Mas é complicado por isso em prática porque fica meio subjetiva a definição de propaganda apologia.
Publicação com um texto explicativo nas primeiras páginas destes materiais?
Sim, por isso falo que o material em si não deveria ser considerado. Materiais com descrição de práticas absurdas não tem a mesma proibição como a bíblia.
Acho que adiantaria tanto quanto aqueles lembretes de merda sobre vacinas em todo post de FB e vídeo do YT.
Precisaria mesmo de um critério objetivo que neste caso é muito difícil encontrar um que sirva ao nazismo e que de alguma maneira mesmo que forçada possa vir a ser usado em relação a outra ideologia que não necessariamente é análoga a ele.
Provavelmente diante disso os EUA deixam essas organizações escrotas existir e fica de olho nelas pra poder prender seus membros quando estes cometem algum "deslize" e são pegos pregando violência física de fato.
Monark é apenas a ponta do iceberg. Ele se sentiu à vontade para defender o nazismo porque já há uma enorme base de apoio no Brasil.
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/12/16/alvo-de-operacao-contra-integrantes-de-grupo-nazista-tinha-planos-para-cometer-atentado-em-sp-diz-policia.ghtml
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/casos-de-apologia-ao-nazismo-aumentam-900-em-dez-anos-de-acordo-a-pf/
O Monark não defendeu o nazismo e sim o direito dos nazistas poderem falar sobre a ideologia deles.
O Brasil não tem tradição de grupos nazistas, são sempre meia duzia de gatos pingados no Sul e em São Paulo o unico gripo do qual eu já ouvi falar são os carecas do ABC que nem sei se ainda existem.
O crescimento de denúncias de apologia ao nazismo subir de 11 para mais de 100 se explica em grande parte por esquerdistas fazendo falsas denúncias.
Sou do ABC e conheci os Carecas.
Prá quem não conhece, o ABC Paulista passou de periferia industrial de São Paulo para cidades de classe média que criaram sua própria periferia.
É nesta periferia de onde já foi periferia que os Carecas surgiram.
Eram jovens de baixa renda, baixa instrução e baixa perspectiva de vida que buscavam alguma identidade que os elevasse acima de suas vidinhas bestas.
Encontraram esta identidade em um direitismo de cordel, uma versão suburbana do Integralismo de Plínio Salgado, cujos fundamentos eram suas próprias interpretações de nacionalismo, moralismo, disciplina e espírito de corpo.
Os paralelos com o Fascismo são evidentes, exceto pelo fato de serem uns pobres diabos sem nenhuma associação com um partido político organizado capaz de tomar o poder.
Mas, definitivamente não eram nazistas pelo fato óbvio de serem todos ou quase mestiços brasileiros de variados matizes.
Os Carecas eram delinquentes capazes de espancar adeptos do Heavy Metal apenas por usarem cabelos compridos e indumentárias típicas, mas não eram racistas - e nem poderiam sê-lo - mantendo o mesmo discurso de louvor de Plínio Salgado à miscigenação que caracterizava a verdadeira raça brasileira forjada no cadinho que amalgamou o branco, o Índio e o negro.
Curiosamente, estes caras eram bem vistos pela polícia da periferia e alguns pais de família declaravam que se não fosse o visual agressivo das cabeças raspadas e coturnos, seriam o genro ideal, com seu discurso de respeito à namorada e de valorização da virgindade.
Faz tempo que não ouço falar deles por aqui.
De qualquer modo, não fazem falta nenhuma.
Nossa, isso é muito mais informação do que qualquer outra que eu já tenha tido dos carecas do ABC. Eu fiquei surpreso em saber que existiam mestiços entre eles.
Minha irmã conheceu um deles uma vez, disse que era um cara muito culto, mas preconceituoso contra varias tribos, de punks a pagodeiros.
Eu mesmo nunca conheci nenhum, mas eles sempre o único grupo do qual qual já ouvi falar ser um grupo neo-nazista.
Eles eram famosos, pois eu ouvi sobre eles de diferentes pessoas que não se conhecem e todos tinham a impressão de que os carecas eram neo-nazistas.
É o tipo de mito que se cria quando só se ouve falar da coisa sem conhecer.
Engraçado que a única vez que eu conheci um pessoal racista de verdade foi com um grupo de amigos de amigos meus.
Eu tinha um grupo de RPG e um dos meus amigos tinha amigos de infância e quiz jogar RPG na casa deles para eles conhecerem. Fizemos varias campanhas lá.
Eram pessoas super legais que após algum tempo de amizade começaram a falar certas coisas racistas quando o assunto raça surgiu. Nada muito chocante, mas eu lembro de achar estranho porque esse meu amigo que era amigo de infância deles era meio moreninho. Eu achava esse fato engraçado pela falta de lógica na coisa toda.
A família toda era racista, mas eram pessoas adoráveis e que até hoje eu não entendo como ou porque eram racistas, pois na época eu nem quis me aprofundar nesse assunto e entender a peculiaridade.
Mas veja só que coisa, na minha vida inteira eu só conheci esse pessoal que eu sei que eram realmente racistas e agora os famosos carecas do ABC que era o único grupo do tipo que eu já tinha ouvido falar, agora eu descubro que na verdade não era um grupo nazista ou racista.
No Brasil existe a mania de se debater esse assunto como se fossemos os EUA e não uma das nações mais micigenadas do mundo.
Acho que você tocou em um ponto fundamental aqui, mas acho que o medo das pessoas em parte é o medo do poder de convencimento da propaganda nazista.
Eu duvido que essa propaganda possa realmente ser uma ameaça em sociedades que já aprenderam a ter repulsa pelo nazismo.
Talvez nesse caso manter a propaganda sendo feita nas sobras seja até pior por ter um apelo ao proibido e a transgressão. Isso é atrativo para jovens desmiolados.
Assim, fizeram uma associação simplista, se são carecas, são skinheads e se são skinheads são neonazistas, sem atentar às particularidades do grupo em questão.
Brasileiros no geral não identificam raças - ou etnias, que seja, se limitando a diferenciar tons de cor de pele.
Até há pouco tempo havia um fronteira indeterminada entre o branco e o pardo claro, assim como para o negro e pardo escuro, até que os iluminados de sempre decidiram que pardos não existem e que uma gota de sangue negro enegresce o sujeito, exatamente a doutrina racista segregacionista do Sul dos Estados Unidos.
Enquanto europeus diferenciam com facilidade um irlandês de um sueco, para a maioria dos brasileiros os dois são brancos.
Esta diferença entre preconceito de cor e racismo é uma questão particular e típica do Brasil, que vai contra o discurso Politicamente Correto agora imposto, cujos os adeptos ao lerem o que escrevi correrão a declarar que estou passando pano no racismo e no preconceito, quando na verdade não fiz nenhum juízo de valor, apenas citei uma realidade sócio-cultural específica.
Racismo puro, raiz, testemunhei pessoalmente em uma daquelas colônias de alemães no sul do Brasil, quando estive lá a trabalho.
Notei que um dos engenheiros aparentava desconforto em apertar minha mão e mantinha uma postura profissional, mas notadamente fria e distante.
Era um jovem com aqueles traços que os babaquaras chamariam de puro ariano.
Como isca, fiz um comentário a respeito do sobrenome alemão dele, terminado com sufixo "mann" e fiz referência aos dois enes finais, ao que ele muito prontamente respondeu "final com um ene só é judeu".
O comentário não teria nada de mais, mas a prontidão da resposta me motivou especulações.
A ideia faz sentido.
Os babaquaras querem que todos os mestiços brasileiros se reconheçam como negros, apenas porque eles querem e acham que isto basta.
Como a prepotência desta gente não tem limites, o termo resistência faz sentido, não para defender uma cor de pele intermediária entre extremos, mas para que toda gente como eu, que tem ancestrais negros, brancos e indígenas, no meu caso principalmente o último, possam honrar igualmente todos estes antepassados, sem cair na conversa venenosa daqueles que querem que você finja que seu tatataravô europeu nunca existiu.
No final esse lance todo de questão racial no Brasil é ridículo porque é um cenário bem diferente dos Estados Unidos.