Achei interessante e vi algum sentido na parte que ele fala sobre a Otan ir conquistando mais e mais territórios ao longo dos anos até que chegou na fronteira com a Ucrânia, claro que a Ucrânia é (e assim deveria ser) um país soberano e caberia decidir com quem se aliar mas a resposta russa a tal movimento deveria ser considerada.
Mas a questão é toda esta.
Países soberanos da Europa Oriental correram livre e soberanamente para debaixo do guarda chuva protetor da OTAN ao primeiro sinal de que a ameaça da Rússia havia diminuído.
NENHUM daqules países quis continuar aliado da Rússia assim que tiveram chance de escolher e se assim o fizeram é porque tinham muito bons motivos para isto.
Assim, temos de um lado uma aliança militar ao qual países que sempre eram controlados pela Rússia se uniram livre e soberanamente, aliás PEDIRAM para se unir, enquanto do outro o país Valentão ameaça espancar quem não se mantiver submisso a ele.
E o sujeito do vídeo ainda quer defender que não há nenhuma diferença entre as duas situações, que são apenas Políticos deste e daquele brigando por interesses.
a comoção, é verdade que qualquer estrago feito pelos EUA são explorados ao máximo na propaganda pelos seus opositores mas há de se admitir que tem um fundo de verdade no que ele diz, quando os EUA não estão envolvidos os conflitos entre islâmicos contra islâmicos ou na África tem pouca ou nenhuma repercussão mesmo quando o número de mortos são maiores.
O que diferencia a invasão da Ucrânia de outros conflitos quanto à comoção é que a Rússia invadiu o país vizinho lançando contra ele uma força militar esmagadora, enquanto tantos outros conflitos citados para comparação são guerras civis.
Fosse esta guerra de ucranianos lutando entre si por não se entenderem sobre como governar um país, haveria comoção por crianças e idosos vitimados, mas dificilmente haveria simpatia por um dos lados.
Foi assim por sinal na guerra civil da ex-Iugoslávia, quando foi necessária intervenção internacional para conter crimes contra humanidade, mas a maioria dos espectadores sequer conseguia identificar os lados em conflito, mesmo que lamentasse as cenas de horror.
E aquele foi um conflito europeu.
não vi nenhum movimento europeu ou de qualquer outro país para ajudar na situação do Afeganistão, tipo, se os EUA não fizeram nada e arcarem com os custos o resto do mundo quer que se explodam mas está todo mundo com o coração apertado pelos ucranianos, não que isso sirva de alguma coisa se não se traduzir em ações efetivas de apoio, mas de fato existem dois pesos e duas medidas aqui.
Assim como no caso de Israel, que sofreu e sofre uma maciça campanha de difamação da mídia ocidental, sempre pronta para apresentar o Estado Judeu como vilão da História, quando esta própria registra que cada iniciativa de Israel na busca da paz com Palestinos, envolvendo até entrega pacífica de territórios, foi respondida com novos ataques, que incluem lançamento de foguetes explosivos sobre áreas urbanas civis israelenses e ameaças de ataque terrorista contra instituições judaicas em qualquer lugar do mundo.
Para o cara do vídeo, ninguém mostra o drama dos Palestinos, quando as agruras deles ocupam os noticiários toda vez que um novo conflito se instala na região.
No mais, o cara dá o nome pedante ao vídeo de "O mínimo que você precisa saber para não ser manipulado", quando o objetivo dele próprio é manipular.
Mas a questão é toda esta.
Países soberanos da Europa Oriental correram livre e soberanamente para debaixo do guarda chuva protetor da OTAN ao primeiro sinal de que a ameaça da Rússia havia diminuído.
NENHUM daqueles países quis continuar aliado da Rússia assim que tiveram chance de escolher e se assim o fizeram é porque tinham muito bons motivos para isto.
Assim, temos de lado uma aliança militar ao qual países que sempre eram controlados pela Rússia se uniram livre e soberanamente, aliás PEDIRAM para se unir, enquanto do outro o país Valentão ameaça espancar quem não se mantiver submisso a ele.
E o sujeito do vídeo ainda quer defender que não há nenhuma diferença entre as duas situações, que são apenas Políticos deste e daquele brigando por interesses.
Isso é verdade.
E quanto a afirmação do vídeo de que a Ucrânia tinha o direito de fazer o mesmo mas deveria ter um plano antes de agir, tipo, ter a certeza de apoio militar imediato da OTAN caso a Rússia agisse como agiu?
Li há pouco na imprensa russa:
Rússia teve nesta fase intenção de libertar o Donbass, para isto, lançou ofensiva estratégica para dividir forças ucranianas.
Considera ter sido bem-sucedida à operação, por ter já libertado 90% do Luhansk e mais de metade do território referente a Donetsk.
Informam que irão lançar o ataque às grandes cidades.
"Assim como no caso de Israel, que sofreu e sofre uma maciça campanha de difamação da mídia ocidental, sempre pronta para apresentar o Estado Judeu como vilão da História, quando esta própria registra que cada iniciativa de Israel na busca da paz com Palestinos, envolvendo até entrega pacífica de territórios, foi respondida com novos ataques, que incluem lançamento de foguetes explosivos sobre áreas urbanas civis israelenses e ameaças de ataque terrorista contra instituições judaicas em qualquer lugar do mundo.
Para o cara do vídeo, ninguém mostra o drama dos Palestinos, quando as agruras deles ocupam os noticiários toda vez que um novo conflito se instala na região."
Israel é mesmo um Estado criminoso, precisa ser muito "astuto" para inverter moralmente a responsabilidade para culpar a vítima.
Enquanto Israel não integrar todos os cidadãos é moralmente execrável, indefensável...
E quanto a afirmação do vídeo de que a Ucrânia tinha o direito de fazer o mesmo mas deveria ter um plano antes de agir, tipo, ter a certeza de apoio militar imediato da OTAN caso a Rússia agisse como agiu?
Manda o cara do vídeo fazer o tal plano então, já que ele é tão esperto.
A Rússia já tinha anexado a Criméia e forçado a separação de Donbass.
Fazer planos é um luxo nesta circunstância.
Imperativo no momento geopolítico era a decisão entre se submeter incondicionalmente à Rússia e aceitar bovinamente que a Ucrânia se tornasse um Estado vassalo ou tentar a sorte com a OTAN, enfrentando as consequências.
Há uma chance da Ucrânia sobreviver como Estado soberano desta guerra, mas nenhuma caso se submetesse.
Bom, quanto ao caso do garoto sírio, os sírios são brancos ou na sua maioria brancos.
A turma do "O único motivo para a comoção por esta guerra é que agora tem gente branca morrendo" exclui os povos do Oriente Médio da classificação de brancos, a qual aplicam só aos europeus louros de olhos azuis quando lhes interessa.
Israel é mesmo um Estado criminoso, precisa ser muito "astuto" para inverter moralmente a responsabilidade para culpar a vítima.
Sendo as "vítimas" a coligação de países árabes e muçulmanos inimigos cujas forças, populações, territórios e recursos somados são dezenas de vezes superiores aos do Estado de Israel, a O.L.P., Hamas, Hezbollah e a Tutti Buona Gente que os apoia...
Enquanto Israel não integrar todos os cidadãos é moralmente execrável, indefensável...
O Estado de Israel integrou TODOS os seus cidadãos desde que foi constituído, como prova o fato de seus cidadãos árabes e/ou muçulmanos terem plenos direitos civis e políticos, mantém seus próprios partidos e parlamentares no Knesset, onde fazem franca oposição ao governo, sem sofrer qualquer tipo de repressão.
Ficaram de fora aqueles que eram CONTRA a instituição do Estado de Israel e pegaram em armas para tentar matá-lo no berço.
Quantos judeus existem nos governos da Síria, Irã ou Jordânia?
Manda o cara do vídeo fazer o tal plano então, já que ele é tão esperto.
A Rússia já tinha anexado a Criméia e forçado a separação de Donbass.
Fazer planos é um luxo nesta circunstância.
Imperativo no momento geopolítico era a decisão entre se submeter incondicionalmente à Rússia e aceitar bovinamente que a Ucrânia se tornasse um Estado vassalo ou tentar a sorte com a OTAN, enfrentando as consequências.
Há uma chance da Ucrânia sobreviver como Estado soberano desta guerra, mas nenhuma caso se submetesse.
Talvez até saia alguma coisa boa dessa desgraceira toda, serviu para mostrar ao mundo que o exército russo não é o bicho papão que muitos acreditavam e com sorte ser o último prego no caixão dessa geração KGB.
Talvez até saia alguma coisa boa dessa desgraceira toda, serviu para mostrar ao mundo que o exército russo não é o bicho papão que muitos acreditavam e com sorte ser o último prego no caixão dessa geração KGB.
Tomara.
Todo mundo sabe que valentões só param de intimidar quando encontram quem os enfrente.
Enquanto as vítimas fazem o que eles querem, suas exigências vão só aumentando.
Se Finlândia e Suécia entrarem para OTAN, o cerco ao valentão estará completo e a ameaça real de tomar uma surra sempre diminui a valentia destes tipos.
Talvez até saia alguma coisa boa dessa desgraceira toda, serviu para mostrar ao mundo que o exército russo não é o bicho papão que muitos acreditavam e com sorte ser o último prego no caixão dessa geração KGB.
Tomara.
Todo mundo sabe que valentões só param de intimidar quando encontram quem os enfrente.
Enquanto as vítimas fazem o que eles querem, suas exigências vão só aumentando.
Se Finlândia e Suécia entrarem para OTAN, o cerco ao valentão estará completo e a ameaça real de tomar uma surra sempre diminui a valentia destes tipos.
Muitos pontos do vídeo passam diariamente em noticiários americanos no sentido de que a Ucrânia não é um mar de rosas, é um país corrupto e que os EUA não deveriam entrar em guerra por causa deles.
Eu confesso que também fui seduzido inicialmente por esta narrativa mas, pensando bem, a luta do país pra sair das garras de um psicopata da KGB é louvável e deveria ser exaltada e apoiada mesmo.
Além do que em certos momentos a tendência central não faz sentido.
"Não há só mocinhos e bandidos nesta guerra."
Pra mim o agressor é Putin. Ele é o bandido.
Pra mim ele é inimigo do ocidente e sempre será.
Prefiro o mundo com os EUA e Europa como potências militares e econômicas.
Que diabos tem esse povo russo que nunca lhes sai da cabeça a ideia de que precisam ser um grande império? Um povo que influencia ao invés de ser influenciado?
Assisti a um vídeo do Olavo faz tempo falando disso mas não o encontrei pra repostar aqui.
E eu faço à @cameron e ao @acauan a pergunta:
Que diabos tem esse povo russo que nunca lhes sai da cabeça a ideia de que precisam ser um grande império? Um povo que influencia ao invés de ser influenciado?
O assunto renderia teses, mas vou destacar cinco pontos:
1) Pedro, o Grande modernizou a Rússia por decreto, sem qualquer mudança cultural que sustentasse a modernização;
2) O Iluminismo Europeu nunca penetrou na Rússia;
3) Não houve na Rússia o equivalente a uma Reforma Protestante que forçou a Igreja Católica a se adequar aos tempos, o que manteve o monopólio da Igreja Ortodoxa sobre os corações, mentes e almas dos russos;
4) O Feudalismo nas vastas áreas agrícolas da Rússia só terminou com a Revolução Bolchevique;
5) A Geografia que permitiu à Rússia uma expansão colonialista por terra, enquanto as potências européias criaram colônias ultramarinas;
Destas cinco, acho que a mais relevante é hegemonia da Igreja Ortodoxa, tão poderosa no imaginário russo que nem as mais de sete décadas de materialismo dialético imposto na porrada conseguiram suprimir.
Daí, concordo plenamente com a conclusão do Olavo, de que os russos tem a fantasia de serem uma nação messiânica e de que o formato ideológico atual disto é o Eurasianismo, que - por uma destas coincidências - eu iria citar aqui como versão russa do Destino Manifesto, exatamente como proposto no vídeo.
E eu faço à @cameron e ao @acauan a pergunta:
Que diabos tem esse povo russo que nunca lhes sai da cabeça a ideia de que precisam ser um grande império? Um povo que influencia ao invés de ser influenciado?
O assunto renderia teses, mas vou destacar cinco pontos:
1) Pedro, o Grande modernizou a Rússia por decreto, sem qualquer mudança cultural que sustentasse a modernização;
2) O Iluminismo Europeu nunca penetrou na Rússia;
3) Não houve na Rússia o equivalente a uma Reforma Protestante que forçou a Igreja Católica a se adequar aos tempos, o que manteve o monopólio da Igreja Ortodoxa sobre os corações, mentes e almas dos russos;
4) O Feudalismo nas vastas áreas agrícolas da Rússia só terminou com a Revolução Bolchevique;
5) A Geografia que permitiu à Rússia uma expansão colonialista por terra, enquanto as potências européias criaram colônias ultramarinas;
Destas cinco, acho que a mais relevante é hegemonia da Igreja Ortodoxa, tão poderosa no imaginário russo que nem as mais de sete décadas de materialismo dialético imposto na porrada conseguiram suprimir.
Daí, concordo plenamente com a conclusão do Olavo, de que os russos tem a fantasia de serem uma nação messiânica e de que o formato ideológico atual disto é o Eurasianismo, que - por uma destas coincidências - eu iria citar aqui como versão russa do Destino Manifesto, exatamente como proposto no vídeo.
Me parece mais é que os bolcheviques RESTAURARAM uma neo-servidão mais completa com o funcionamento real dos kolkozes e sovkoses e até restauram algo bem próximo à escravidão nos Gulags. Ma verdade a servidão antiga já tinha acabado na década de 1860 e os nobres da Rússia eram mais contesãos do poder político centralizado do que outra coisa desde até mesmo um pouco antes de isso acontecer na Europa ocidental.
Era defensor da inclusão da Rússia na "Europa", talvez fosse impossível com a liderança de Putin. Agora surge oportunidade de mostrar que o caminho de Putin levou ao fracasso, então abrir a porta para uma aliança com Rússia.
O povo russo está acostumado com ditaduras e tiranos. Tiveram os suecos em Kiev, depois 250 anos de opressão cruel dos mongóis, depois os tsares, depois Stalin e agora Putin.
Eles têm uma cultura de medo e de desconfiança do vizinho e até dos parentes.
Além disso, alguém já disse que eles têm medo do caos, portanto aceitam tiranos que imponham a ordem.
Me parece mais é que os bolcheviques RESTAURARAM uma neo-servidão mais completa com o funcionamento real dos kolkozes e sovkoses e até restauram algo bem próximo à escravidão nos Gulags. Ma verdade a servidão antiga já tinha acabado na década de 1860 e os nobres da Rússia eram mais contesãos do poder político centralizado do que outra coisa desde até mesmo um pouco antes de isso acontecer na Europa ocidental.
Não por caso o título do Imperador era Czar de Todas as Rússias, no plural.
A Rússia sempre foi um quebra-cabeças cujas peças não se encaixam e só se mantém unidos pela cola do messianismo cristão ortodoxo.
A Revolução Bolchevique foi um fenômeno urbano e militar, tanto que a Assembléia Nacional Constituinte, majoritariamente composta por delegados do interior rural foi dissolvida na ponta de baionetas por Lênin, por conta das proposições da Assembléia de um novo Estado Socialista que deveria ter por prioridade melhorar a vida dos camponeses que ainda viviam sob servidão medieval, que foi formalmente abolida, mas só formalmente.
Lênin, que como Stalin, só queria tornar realidade seu projeto de Engenharia Social, tava pouco se lixando para camponeses ou operários, que eram meios e não fins naquele seu projeto.
A Rússia de hoje é produto deste conflito entre uma modernidade brutalmente imposta e por isto sempre encarada com desconfiança e um atraso romantizado por um saudosismo imaginativo.
Ainda sobre a Rússia, uma coisa aquele país tem de bom - sua literatura.
Tá, não só a literatura, as contribuições russas para as artes e ciências são significativas.
Mas dentro do assunto de entender os russos, Tolstói e Dostoiévski estão entre os melhores professores, mesmo porque em certos momentos eles próprios parecem confessar que não entendem seus compatriotas e menos ainda seu próprio páis.
Um bom exemplo é "Recordações da Casa dos Mortos" de Dostoiévski, que descreve a vida em uma prisão Czarista na Sibéria e seus habitantes, gente do povão lá da Rússia, a quem o autor, que era membro da aristocracia, descreve como se fossem um bando de ET's diante dos quais ele se mostra permanentemente perplexo com seus costumes, modos e mentalidade.
Ainda sobre a Rússia, uma coisa aquele país tem de bom - sua literatura.
Tá, não só a literatura, as contribuições russas para as artes e ciências são significativas.
Mas dentro do assunto de entender os russos, Tolstói e Dostoiévski estão entre os melhores professores, mesmo porque em certos momentos eles próprios parecem confessar que não entendem seus compatriotas e menos ainda seu próprio páis.
Um bom exemplo é "Recordações da Casa dos Mortos" de Dostoiévski, que descreve a vida em uma prisão Czarista na Sibéria e seus habitantes, gente do povão lá da Rússia, a quem o autor, que era membro da aristocracia, descreve como se fossem um bando de ET's diante dos quais ele se mostra permanentemente perplexo com seus costumes, modos e mentalidade.
Segundo o estudioso Allain Besançon, pelo menos depois de instituído o regime soviético, as contribuições da ciência na URSS-Rússia foram só para uso militar ou propagandistico deprestigio como a corrida espacial, e o parecia não ser para uso militar nem propagandistico deprestigio, era charlatanismo e outro tipo de propaganda, dessa vez totalmente falsa. Em todo o caso, a expectativa de vida da Rússia de hoje é MAIS BAIXA do que a média do Brasil de hoje, e o pip per capita é só o equivalente ao do sul-sudeste-Goias do Brasil de hoje, e me parece que se a educação da era soviética fosse toda essa Brastemp que muitos falam, eles teriam conseguido evitar tudo isso.
Ah....outra coisa, tenho a impressão de que a expressão "czar de todas as Rússias" tinha a ver com as diversas etnias e territórios étnicos da Rússia czarista.
Um bom exemplo é "Recordações da Casa dos Mortos" de Dostoiévski, que descreve a vida em uma prisão Czarista na Sibéria e seus habitantes, gente do povão lá da Rússia, a quem o autor, que era membro da aristocracia, descreve como se fossem um bando de ET's diante dos quais ele se mostra permanentemente perplexo com seus costumes, modos e mentalidade.
Dele eu só li Crime E Castigo e gostei muito, acho que vou dar uma olhada nesse aí.
Mas a questão é toda esta.
Países soberanos da Europa Oriental correram livre e soberanamente para debaixo do guarda chuva protetor da OTAN ao primeiro sinal de que a ameaça da Rússia havia diminuído.
Ele postou um vídeo novo falando exatamente isso em 7:29:
Ele diz que a Rússia se recuperou e ficou mais forte, tendo em vistas os resultados da ofensiva não parece que tenha ficado lá muito forte, se houve recuperação essa foi muito mais econômica do que militar.
O que de fato aconteceu é que o Ocidente ficou mais fraco, vendo o retardado que governa os EUA agora e as lambanças dele no comando em especial no episódio do Afeganistão e a fraca liderança europeia talvez tenha sido o último empurrão que o Puto estava precisando para arriscar uma empreitada dessas.
Ele postou um vídeo novo falando exatamente isso em 7:29:
Quem tem razão?
Os vídeos deste blogueiro caem naquele lugar comum de denunciar a mídia como parcial e apresentar-se como a voz da razão, enquanto se mostra como apenas uma variante daquela mesma mídia, advertindo sobre narrativas e repetindo uma delas na tentativa de validá-la.
Ou simplemente, o Cara passa pano pros russos, por mais que negue isto.
Os vieses da narrativa dele são muitos, por exemplo:
Toda aquela tentativa de deslegitimizar a identidade nacional dos Ucranianos é tão cheia de buracos quanto um queijo suiço, cujo país de origem congrega origens nacionais francesa, alemã e italiana, sem que isto em nada torne a identidade nacional suiça menos legítima.
Assim como os igualmente íberos portugueses e espanhóis.
O erro desta narrativa é forçar a confusão entre identidade nacional e Estado Nacional.
Os ucranianos nem sempre tiveram um Estado Nacional, mas sempre conservaram sua identidade, análogo ao que ocorreu com os judeus e com os poloneses, cada qual dentro de suas particularidades históricas.
Tanto isto é verdade que uma das justificativas de Putin para intervir em Donbass foi proteger as minorias russas que habitavam a região.
Oras..., se são minorias russas que habitam a Ucrânia, então está determinado que russos e ucranianos são identidades nacionais distintas.
Comentários
Países soberanos da Europa Oriental correram livre e soberanamente para debaixo do guarda chuva protetor da OTAN ao primeiro sinal de que a ameaça da Rússia havia diminuído.
NENHUM daqules países quis continuar aliado da Rússia assim que tiveram chance de escolher e se assim o fizeram é porque tinham muito bons motivos para isto.
Assim, temos de um lado uma aliança militar ao qual países que sempre eram controlados pela Rússia se uniram livre e soberanamente, aliás PEDIRAM para se unir, enquanto do outro o país Valentão ameaça espancar quem não se mantiver submisso a ele.
E o sujeito do vídeo ainda quer defender que não há nenhuma diferença entre as duas situações, que são apenas Políticos deste e daquele brigando por interesses.
O que diferencia a invasão da Ucrânia de outros conflitos quanto à comoção é que a Rússia invadiu o país vizinho lançando contra ele uma força militar esmagadora, enquanto tantos outros conflitos citados para comparação são guerras civis.
Fosse esta guerra de ucranianos lutando entre si por não se entenderem sobre como governar um país, haveria comoção por crianças e idosos vitimados, mas dificilmente haveria simpatia por um dos lados.
Foi assim por sinal na guerra civil da ex-Iugoslávia, quando foi necessária intervenção internacional para conter crimes contra humanidade, mas a maioria dos espectadores sequer conseguia identificar os lados em conflito, mesmo que lamentasse as cenas de horror.
E aquele foi um conflito europeu.
Assim como no caso de Israel, que sofreu e sofre uma maciça campanha de difamação da mídia ocidental, sempre pronta para apresentar o Estado Judeu como vilão da História, quando esta própria registra que cada iniciativa de Israel na busca da paz com Palestinos, envolvendo até entrega pacífica de territórios, foi respondida com novos ataques, que incluem lançamento de foguetes explosivos sobre áreas urbanas civis israelenses e ameaças de ataque terrorista contra instituições judaicas em qualquer lugar do mundo.
Para o cara do vídeo, ninguém mostra o drama dos Palestinos, quando as agruras deles ocupam os noticiários toda vez que um novo conflito se instala na região.
No mais, o cara dá o nome pedante ao vídeo de "O mínimo que você precisa saber para não ser manipulado", quando o objetivo dele próprio é manipular.
E quanto a afirmação do vídeo de que a Ucrânia tinha o direito de fazer o mesmo mas deveria ter um plano antes de agir, tipo, ter a certeza de apoio militar imediato da OTAN caso a Rússia agisse como agiu?
Rússia teve nesta fase intenção de libertar o Donbass, para isto, lançou ofensiva estratégica para dividir forças ucranianas.
Considera ter sido bem-sucedida à operação, por ter já libertado 90% do Luhansk e mais de metade do território referente a Donetsk.
Informam que irão lançar o ataque às grandes cidades.
Comentário: what a fuck, não tinham já começado?
Israel é mesmo um Estado criminoso, precisa ser muito "astuto" para inverter moralmente a responsabilidade para culpar a vítima.
Enquanto Israel não integrar todos os cidadãos é moralmente execrável, indefensável...
A discussão estava indo tão bem... 🙄
A Rússia já tinha anexado a Criméia e forçado a separação de Donbass.
Fazer planos é um luxo nesta circunstância.
Imperativo no momento geopolítico era a decisão entre se submeter incondicionalmente à Rússia e aceitar bovinamente que a Ucrânia se tornasse um Estado vassalo ou tentar a sorte com a OTAN, enfrentando as consequências.
Há uma chance da Ucrânia sobreviver como Estado soberano desta guerra, mas nenhuma caso se submetesse.
É Pug, não dá pra esperar muito de um Europeido Mérdio que defende o postmodern islam.
Nota da moderação: Postagem transferida para este tópico, para encerramento de tópico idêntico desnecessariamente aberto.
O Estado de Israel integrou TODOS os seus cidadãos desde que foi constituído, como prova o fato de seus cidadãos árabes e/ou muçulmanos terem plenos direitos civis e políticos, mantém seus próprios partidos e parlamentares no Knesset, onde fazem franca oposição ao governo, sem sofrer qualquer tipo de repressão.
Ficaram de fora aqueles que eram CONTRA a instituição do Estado de Israel e pegaram em armas para tentar matá-lo no berço.
Quantos judeus existem nos governos da Síria, Irã ou Jordânia?
Tomara.
Enquanto as vítimas fazem o que eles querem, suas exigências vão só aumentando.
Se Finlândia e Suécia entrarem para OTAN, o cerco ao valentão estará completo e a ameaça real de tomar uma surra sempre diminui a valentia destes tipos.
Amém.
Muitos pontos do vídeo passam diariamente em noticiários americanos no sentido de que a Ucrânia não é um mar de rosas, é um país corrupto e que os EUA não deveriam entrar em guerra por causa deles.
Eu confesso que também fui seduzido inicialmente por esta narrativa mas, pensando bem, a luta do país pra sair das garras de um psicopata da KGB é louvável e deveria ser exaltada e apoiada mesmo.
Além do que em certos momentos a tendência central não faz sentido.
"Não há só mocinhos e bandidos nesta guerra."
Pra mim o agressor é Putin. Ele é o bandido.
Pra mim ele é inimigo do ocidente e sempre será.
Prefiro o mundo com os EUA e Europa como potências militares e econômicas.
E eu faço à @cameron e ao @acauan a pergunta:
Que diabos tem esse povo russo que nunca lhes sai da cabeça a ideia de que precisam ser um grande império? Um povo que influencia ao invés de ser influenciado?
Assisti a um vídeo do Olavo faz tempo falando disso mas não o encontrei pra repostar aqui.
Agora ditadores socialistas só conhecem uma barreira para sua megalomania, a força.
O assunto renderia teses, mas vou destacar cinco pontos:
1) Pedro, o Grande modernizou a Rússia por decreto, sem qualquer mudança cultural que sustentasse a modernização;
2) O Iluminismo Europeu nunca penetrou na Rússia;
3) Não houve na Rússia o equivalente a uma Reforma Protestante que forçou a Igreja Católica a se adequar aos tempos, o que manteve o monopólio da Igreja Ortodoxa sobre os corações, mentes e almas dos russos;
4) O Feudalismo nas vastas áreas agrícolas da Rússia só terminou com a Revolução Bolchevique;
5) A Geografia que permitiu à Rússia uma expansão colonialista por terra, enquanto as potências européias criaram colônias ultramarinas;
Destas cinco, acho que a mais relevante é hegemonia da Igreja Ortodoxa, tão poderosa no imaginário russo que nem as mais de sete décadas de materialismo dialético imposto na porrada conseguiram suprimir.
Daí, concordo plenamente com a conclusão do Olavo, de que os russos tem a fantasia de serem uma nação messiânica e de que o formato ideológico atual disto é o Eurasianismo, que - por uma destas coincidências - eu iria citar aqui como versão russa do Destino Manifesto, exatamente como proposto no vídeo.
Me parece mais é que os bolcheviques RESTAURARAM uma neo-servidão mais completa com o funcionamento real dos kolkozes e sovkoses e até restauram algo bem próximo à escravidão nos Gulags. Ma verdade a servidão antiga já tinha acabado na década de 1860 e os nobres da Rússia eram mais contesãos do poder político centralizado do que outra coisa desde até mesmo um pouco antes de isso acontecer na Europa ocidental.
Eles têm uma cultura de medo e de desconfiança do vizinho e até dos parentes.
Além disso, alguém já disse que eles têm medo do caos, portanto aceitam tiranos que imponham a ordem.
Não por caso o título do Imperador era Czar de Todas as Rússias, no plural.
A Rússia sempre foi um quebra-cabeças cujas peças não se encaixam e só se mantém unidos pela cola do messianismo cristão ortodoxo.
A Revolução Bolchevique foi um fenômeno urbano e militar, tanto que a Assembléia Nacional Constituinte, majoritariamente composta por delegados do interior rural foi dissolvida na ponta de baionetas por Lênin, por conta das proposições da Assembléia de um novo Estado Socialista que deveria ter por prioridade melhorar a vida dos camponeses que ainda viviam sob servidão medieval, que foi formalmente abolida, mas só formalmente.
Lênin, que como Stalin, só queria tornar realidade seu projeto de Engenharia Social, tava pouco se lixando para camponeses ou operários, que eram meios e não fins naquele seu projeto.
A Rússia de hoje é produto deste conflito entre uma modernidade brutalmente imposta e por isto sempre encarada com desconfiança e um atraso romantizado por um saudosismo imaginativo.
Tá, não só a literatura, as contribuições russas para as artes e ciências são significativas.
Mas dentro do assunto de entender os russos, Tolstói e Dostoiévski estão entre os melhores professores, mesmo porque em certos momentos eles próprios parecem confessar que não entendem seus compatriotas e menos ainda seu próprio páis.
Um bom exemplo é "Recordações da Casa dos Mortos" de Dostoiévski, que descreve a vida em uma prisão Czarista na Sibéria e seus habitantes, gente do povão lá da Rússia, a quem o autor, que era membro da aristocracia, descreve como se fossem um bando de ET's diante dos quais ele se mostra permanentemente perplexo com seus costumes, modos e mentalidade.
Segundo o estudioso Allain Besançon, pelo menos depois de instituído o regime soviético, as contribuições da ciência na URSS-Rússia foram só para uso militar ou propagandistico deprestigio como a corrida espacial, e o parecia não ser para uso militar nem propagandistico deprestigio, era charlatanismo e outro tipo de propaganda, dessa vez totalmente falsa. Em todo o caso, a expectativa de vida da Rússia de hoje é MAIS BAIXA do que a média do Brasil de hoje, e o pip per capita é só o equivalente ao do sul-sudeste-Goias do Brasil de hoje, e me parece que se a educação da era soviética fosse toda essa Brastemp que muitos falam, eles teriam conseguido evitar tudo isso.
O que de fato aconteceu é que o Ocidente ficou mais fraco, vendo o retardado que governa os EUA agora e as lambanças dele no comando em especial no episódio do Afeganistão e a fraca liderança europeia talvez tenha sido o último empurrão que o Puto estava precisando para arriscar uma empreitada dessas.
Os vídeos deste blogueiro caem naquele lugar comum de denunciar a mídia como parcial e apresentar-se como a voz da razão, enquanto se mostra como apenas uma variante daquela mesma mídia, advertindo sobre narrativas e repetindo uma delas na tentativa de validá-la.
Ou simplemente, o Cara passa pano pros russos, por mais que negue isto.
Os vieses da narrativa dele são muitos, por exemplo:
Toda aquela tentativa de deslegitimizar a identidade nacional dos Ucranianos é tão cheia de buracos quanto um queijo suiço, cujo país de origem congrega origens nacionais francesa, alemã e italiana, sem que isto em nada torne a identidade nacional suiça menos legítima.
Assim como os igualmente íberos portugueses e espanhóis.
O erro desta narrativa é forçar a confusão entre identidade nacional e Estado Nacional.
Os ucranianos nem sempre tiveram um Estado Nacional, mas sempre conservaram sua identidade, análogo ao que ocorreu com os judeus e com os poloneses, cada qual dentro de suas particularidades históricas.
Tanto isto é verdade que uma das justificativas de Putin para intervir em Donbass foi proteger as minorias russas que habitavam a região.
Oras..., se são minorias russas que habitam a Ucrânia, então está determinado que russos e ucranianos são identidades nacionais distintas.