Ayn Rand Refuta o Anarcocapitalismo

Comentários

  • O capitalismo é só um sistema de trocas. De quem tem, para quem precisa, em função de oferta e demanda. Como esse povo viaja na maionese, meu deus!
  • Senhor escreveu: »
    O capitalismo é só um sistema de trocas. De quem tem, para quem precisa, em função de oferta e demanda. Como esse povo viaja na maionese, meu deus!

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo

  • A mulher refutou o que não tinha como não refutar.

  • Senhor escreveu: »
    A mulher refutou o que não tinha como não refutar.

    Bom ela refutou o Anarcocapitalismo, não o capitalismo em si.
  • editado October 2016
    Exatamente, nunca foi uma questão de refutar o capitalismo, por que o capitalismo é uma função de oferta e demanda, não é o caso de refutar uma tautologia. Quanto a "anarcocapitalismo" trata-se da junção de dois conceitos autoexcludentes "anarco"(sem governo) e "capitalismo".

    O capitalismo decorre de uma "arquia", ou pacto ou acordo(Estado - ou governo - prévios), que é o pressuposto de haver um meio em que uma oferta supra uma demanda, portanto "anarco" capitalismo é uma impossibilidade.
  • O capitalismo não funciona bem em ambientes repressores nem em um ambiente onde não existam leis e força pra proteger a propriedade privada.
    Como dito acima:
    Senhor escreveu: »
    E portanto "anarco" capitalismo é uma impossibilidade.

  • O anarcocapitalismo também me parece uma impossibilidade, mas devemos tentar chegar o mais perto possível dele.

    Foi o Cabeção quem me fez entender que é sim possível termos coisas como policia e sistema judiciário privadas, se não 100%, ao menos ter um sistema onde isso não seja monopólio do estado.
    O poder legislativo no entanto é mais complicado, mas eu mesmo já imaginei um sistema onde até isso pode ser viável.

    Pensando com os meus botões eu cheguei a conclusão de que uma das falhas da minarquia capitalista, que a fez se agigantar com o tempo, é a separação em somente 3 poderes.
    A ideia de separar poderes e não existir a figura do legislador, juiz e carrasco na mesma pessoa é importante, mas insuficiente.

    Eu acredito na necessidade da criação de um 4 poder. O poder constituinte.
    Aquele que governa não pode ter o poder de definir a extensão do próprio poder e aquele que define a extensão do poder dos governantes, não pode ele próprio governar.
    O 4 poder seria o guardião da constituição, seria ele a formatar o funcionamento do estado e dos outros poderes, podendo somente definir limites ao governo e regras para políticos e para o funcionamento burocrático do estado, mas jamais poderia legislar regras para a sociedade.
    De certo modo ele funcionaria também como um meta governo e assim provavelmente ele próprio precisaria ser dividido em 3 poderes.

    Nesse cenário o que eu disse sobre o poder legislativo não poder ser privado muda, pois qualquer empresa a fazer leis, estaria limitada pelas diretrizes do 4 poder. Esse 4 poder no entanto seria um monopólio estatal, mas é difícil chama-lo de governo, pois ele não tem poderes sobre a sociedade civil, seus poderes são somente sobre o governo, e no que toca a sociedade, só pode limitar ou aumentar o poder dos governantes e sempre limitado pela constituição e suas clausulas pétreas.
  • editado October 2016
    E digo mais, pra mim, dizer que um Estado é privado ou público não passa de discutir sexo dos anjos.
  • Senhor escreveu: »
    E digo mais, pra mim, dizer que um Estado é privado ou público não passa de discutir sexo dos anjos.

    Não é tanto a diferença entre ser "privado" ou "publico".
    Se for um monopólio privado é sexo dos anjos. A questão do anarcocapitalismo são os monopólios e oligopólios estatais.
    Trata-se de ser contra a existência de monopólios legais que proíbam a concorrência seja lá em que setor for, inclusive no policiamento, justiça e lei.
  • NadaSei escreveu: »
    Senhor escreveu: »
    E digo mais, pra mim, dizer que um Estado é privado ou público não passa de discutir sexo dos anjos.

    Não é tanto a diferença entre ser "privado" ou "publico".
    Se for um monopólio privado é sexo dos anjos. A questão do anarcocapitalismo são os monopólios e oligopólios estatais.
    Trata-se de ser contra a existência de monopólios legais que proíbam a concorrência seja lá em que setor for, inclusive no policiamento, justiça e lei.
    Monopólios são a salvaguarda para a manutenção de pactos, não são fins por si mesmos.

  • Senhor escreveu: »
    Exatamente, nunca foi uma questão de refutar o capitalismo, por que o capitalismo é uma função de oferta e demanda, não é o caso de refutar uma tautologia. Quanto a "anarcocapitalismo" trata-se da junção de dois conceitos autoexcludentes "anarco"(sem governo) e "capitalismo".

    O capitalismo decorre de uma "arquia", ou pacto ou acordo(Estado - ou governo - prévios), que é o pressuposto de haver um meio em que uma oferta supra uma demanda, portanto "anarco" capitalismo é uma impossibilidade.


    Exato, por isso Rand defendia o Laissez-faire:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Laissez-faire

  • São os pactos que devem ser questionados e não o que decorre deles, como o tamanho do Estado(decorrente do pacto), por exemplo. Mas não mudou muito o que força a ocorrência dos pactos, desde sempre, o que é espantoso.
  • NadaSei escreveu: »
    Eu acredito na necessidade da criação de um 4 poder. O poder constituinte.
    Aquele que governa não pode ter o poder de definir a extensão do próprio poder e aquele que define a extensão do poder dos governantes, não pode ele próprio governar.

    Mas essa função já não é do Congresso Nacional?
  • editado October 2016
    Leandro escreveu: »
    NadaSei escreveu: »
    Eu acredito na necessidade da criação de um 4 poder. O poder constituinte.
    Aquele que governa não pode ter o poder de definir a extensão do próprio poder e aquele que define a extensão do poder dos governantes, não pode ele próprio governar.

    Mas essa função já não é do Congresso Nacional?

    Sim, esse é exatamente o problema.

    Se você não tem divisão entre poderes as mesmas funções existem e se concentram nas mãos de poucos, concentrando poder e permitindo que pessoas abusem desse poder.

    Hoje os políticos decidem sobre o próprio salario, podem aprovar qualquer tipo de lei por mais ditatorial que ela seja, tendo como freio somente uma constituição que eles próprios podem mudar.
    Eles decidiram incluir na constituição o imposto sobre "grandes" fortunas, podem determinar leis sobre produção e trabalho, etc...

    Tirar esse poder deles e colocar em um 4 poder é uma solução plausível para parte do problema.
    O cara que vai governar não pode criar qualquer tipo de lei, ele precisa seguir os limites impostos pela constituição que fica a cargo de um poder independente.
    Já esse 4º poder, pode definir os limites e o tamanho de um estado no qual seu próprios membros não podem governar.

    Se eu governo, não decido os limites do meu poder. Se eu defino os limites e poderes de quem governa, não posso eu próprio governar. É preciso desmembrar essas atribuições.
  • NadaSei escreveu: »
    Hoje os políticos decidem sobre o próprio salario,

    Concordo que decidir o próprio salário e limites é absurdo.

    Decisões que afetam diretamente o congresso deveriam ser aprovadas ou não por algum órgão competente de preferência sem a necessidade de criar um 4º sistema burocrático.

    Para as demais decisões mantém-se o padrão atual ( e excessivo) de 513 deputados e 81 senadores.

    Ao menos em tese, eles devem analisar as situações e votar no melhor para a população.
    NadaSei escreveu: »
    O cara que vai governar não pode criar qualquer tipo de lei, ele precisa seguir os limites impostos pela constituição que fica a cargo de um poder independente. Já esse 4º poder, pode definir os limites e o tamanho de um estado no qual seu próprios membros não podem governar.

    Presidente, governadores e prefeitos já estão sujeitos aos 3 poderes. Ou seja, eles não podem governar ao bel-prazer como o PT, por exemplo, desejava.

  • editado October 2016
    Leandro escreveu: »
    NadaSei escreveu: »
    Hoje os políticos decidem sobre o próprio salario,

    Concordo que decidir o próprio salário e limites é absurdo.

    Decisões que afetam diretamente o congresso deveriam ser aprovadas ou não por algum órgão competente de preferência sem a necessidade de criar um 4º sistema burocrático.

    Para as demais decisões mantém-se o padrão atual ( e excessivo) de 513 deputados e 81 senadores.

    Ao menos em tese, eles devem analisar as situações e votar no melhor para a população.
    NadaSei escreveu: »
    O cara que vai governar não pode criar qualquer tipo de lei, ele precisa seguir os limites impostos pela constituição que fica a cargo de um poder independente. Já esse 4º poder, pode definir os limites e o tamanho de um estado no qual seu próprios membros não podem governar.

    Presidente, governadores e prefeitos já estão sujeitos aos 3 poderes. Ou seja, eles não podem governar ao bel-prazer como o PT, por exemplo, desejava.

    Todos os governantes estão sujeitos a separação entre os 3 poderes.
    Aqueles que criam as leis, deputados e senadores, não fazem parte do executivo, não aplicam a lei nem julgam. Quem julga, os juízes e ministros do supremo, não criam leis.
    Claro que no Brasil parlamentar faz CPI e investiga, juízes do supremo legislam com interpretações que ignoram a lei escrita, presidentes criam leis por meio de decretos e MPs, etc... Mas esse é outro problema. Nesse caso nem a separação entre poderes não é aplicada direito, ela é desrespeitada.

    A questão é que essa separação em somente 3 poderes ainda é pouca, falta separar a constituição e formatação do estado do poder legislativo.
    O governo dos EUA, por exemplo, tem se agigantado justamente porque fica a cargo dos legisladores formatar o estado e definir o seu tamanho. É claro que eles querem mais poder para si e por isso aumentam o tamanho do estado.

    Essa função tem que ser separada em um novo poder. Quem legisla, quem governa, não pode formatar o estado e controlar a constituição. Essa atribuição tem que ser separada segundo a mesma logica de não permitir que alguém seja legislador, juiz e carrasco ao mesmo tempo.
    Quem governa não pode decidir a extensão do próprio poder. Quem define a extensão do poder dos governantes, não pode ele próprio governar.

    Eu não posso decidir quanto poder eu mesmo terei para governar. Eu tenho que escolher se governo segundo os poderes determinados por outros, ou se eu decido quanto poder outra pessoa pode ter para governar.
    Ou eu usufruo da quantidade X de poder que me foi dado para governar, ou eu concedo um quantidade Y poder para alguém governar.
    Jamais pode funcionar um sistema onde eu possa governar com a quantidade de poder que eu mesmo definir.
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