Cristianismo, aborto e pena de morte

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Comentários

  • Judas, vc sinceramente me surpreendeu no bom sentido da palavra.

    Melhor assim, né?
    Que bom.

     
    Eu gosto do que vc escreve... Só sentia estranheza com ataques desmedidos.

    Virei ao tópico com satisfação.
    Perdoe esse velho traidor sem paciência.

    Mas normalmente se alguém demanda respeito ao cristianismo eu entrego zombaria e falta de respeito.
    Nando Moura é exemplo disso, Um palhaço que arrota moralismo enquanto solta "jabs" o tempo todo nos ateus.

    Esse patife resume ateus a manifestações de idiotas como Felipe Neto e Cauê Moura da mesma forma que ateus de FB resumem o cristianismo a Valdomiros, Macedos e Malafaias.
    É a única resposta que essa gente merece.

    Já quando a pessoa é sensata é justo tentar ser sensato também.
  • Perfeito... então o judaísmo deixa o aborto a critério dos pais - desconsiderando leis temporais terrícolas, claro...
    Como no Êxodo que eu citei extrapolando.
    É isso?

    E sim, na falta de determinação cristã expressa revogando, poderíamos usar a common law judaica pois cujas escrituras são aceitas pelos cristãos.

    Essa parte me interessa.

    Existe então uma maneira de recorrer às escrituras pra justificar o aborto?
     
  • Aparentemente não...
    Agora, fica a dúvida: ¿por que תשובה ?


    Nossa conclusão, portanto, deve ser que que o aborto é moralmente reprovável. Deve ser permitido apenas por razões terapêuticas.
    ASSEMBLÉIA RABÍNICA
    A Teshuvah on Abortion
    Rabino Isaac Klein
    Parecer publicado originalmente em Judaísmo Conservador (outono 1959) adotado por votação 11 x 1 e 4 abstenções em 23 agosto 1983
  • editado January 2017
    Saudações Judas
    Judas disse:Perdoe esse velho traidor sem paciência.

    Já esqueci há muito...  Relevei um pouco na época... Um excelente advogado de defesa me fez pausar em minhas rusgas sobre o que havias me dito.

    O estimado Sybok falou em seu favor... Respeitei a pessoa dele e me coloquei em empatia a sua forma de ver a situação. Eu estava chateada por suas palavras e por causa do Johnny (sinto saudades dele)... Fiquei com a sensação de que sem querer inflamei uma discussão entre as partes opostas do debate... 

    Esqueça, para mim já passou. Vc é uma excelente pessoa, eu sei disso.

    [fraternos]
  • Saudações Gorducho
    Gorducho disse: Aparentemente não...
    Agora, fica a dúvida: ¿por que תשובה ?

    Gorducho, ando meio sem tempo para baixar os livros das minhas estantes da biblioteca sobre o assunto... O único livro mais a mão é o Selichot... para o mês de Ellul.

    Mas, vou dar uma olhada em uns patriarcas da antiga tradição... Para observar o que apontastes.

    A priori... Segue o que dissemos a cerca... Função terapêutica e via de regra, salvar a vida que já sopra o sopro da vida... A outra está ainda iniciando na água do acalanto e a espera do espírito...


    [fraternos] 
  • editado January 2017
    Pois é... mas veja, de novo: ¿por que revisão/reconsideração?
    Ou seja: ¿antes seria diferente?

    Sim, sei que entendeu m/inquietação.
    Só sublinho pra enfatizar...
  • editado January 2017
    Judas disse: E aí? Como ser:

    1-A favor da pena de morte por princípio  (esqueça o problema da aplicação dela poder punir um inocente)
    2-Contra o aborto
    3-Cristão

    Não há conflito conceitual.
    A ortodoxia cristã estabelece que o fiel deve obedecer a ordem pública estabelecida (Dai a César...) o que inclui respeitar as leis e aceitar as punições decorrentes por não cumpri-las.  
    O cristão só é isento de cumprir leis civis quanto elas violam explicitamente fundamentos cristãos, caso no qual se inclui o aborto, pois enquanto a pena de morte setencia um criminoso nos termos da lei, o aborto destrói uma vida inocente que nada fez para merecer tal destino.

     
  • Favor tentar recuperar meu longo comentário que se perdeu no bug aquele SR ADMINISTRADOR!
  • Percival disse:
    Percival disse: Para os romanos, os deuses não eram referência de moralidade.
    Era preciso respeitar a vontade deles, mais nada, só que essa vontade podia mudar de um dia para o outro sem maiores explicações.

    Por exemplo: antes de fazer alguma coisa, tipo começar uma guerra, o governo consultava os oráculos.
    Se os deuses fossem contra, o governo não fazia.
    No dia seguinte, perguntavam de novo ao oráculo, já sabendo que os deuses podiam mudar de ideia de um dia para o outro.
    Era praticamente um RPG com regra definida no momento. Nada assim muito organizado então?
    Depende do que você chama de organizado. A vida dos romanos era toda regulada por rituais, tanto a pública como a privada. Para evitar problemas e conseguir bons resultados, era preciso agradar aos deuses, aos antepassados etc.

    Os sacerdotes eram funcionários públicos, os templos eram prédios do governo.
    Não se tratava de moralidade, de salvação da alma, de céu ou inferno.
    Era algo totalmente utilitário, buscando resultados práticos.
     
  • A devoção aos deuses grecoromanos não se resumia só a oráculos, havia uma devoção ao deuses do lar e aos antepassados, com um intrincado código de conduta e moralidades. Não era só uma questão de guerra, mas sim de trabalho, com deuses para plantar e colher,  caça e pesca, deuses de comércio, de relações sociais, de artes, do amor e dos mares e das viagens. Cada deus ocupando um nicho moral.
    Não chamo a isto de moral e sim de religião utilitária, visando resultados práticos.

    Lembrando que "greco-romano" não é um nome inteiramente correto, já que os romanos tinham uma visão bem mais burocrática da religião. Mais tarde, com a transformação em império e a riqueza resultante, esse rigor se perdeu

    Sim, os romanos tinham, antes de se corromperem com a riqueza, leis morais bastante rígidas, como o respeito absoluto devido ao pai ou às autoridades, uma vida simples e sem ostentação, trabalho duro etc., mas não estavam diretamente ligadas à religião.
  • Fernando_Silva disse:
    A devoção aos deuses grecoromanos não se resumia só a oráculos, havia uma devoção ao deuses do lar e aos antepassados, com um intrincado código de conduta e moralidades. Não era só uma questão de guerra, mas sim de trabalho, com deuses para plantar e colher,  caça e pesca, deuses de comércio, de relações sociais, de artes, do amor e dos mares e das viagens. Cada deus ocupando um nicho moral.
    Não chamo a isto de moral e sim de religião utilitária, visando resultados práticos.

    Lembrando que "greco-romano" não é um nome inteiramente correto, já que os romanos tinham uma visão bem mais burocrática da religião. Mais tarde, com a transformação em império e a riqueza resultante, esse rigor se perdeu

    Sim, os romanos tinham, antes de se corromperem com a riqueza, leis morais bastante rígidas, como o respeito absoluto devido ao pai ou às autoridades, uma vida simples e sem ostentação, trabalho duro etc., mas não estavam diretamente ligadas à religião.

    Bom, pra mim, a religião é o fruto da visão do mundo de uma sociedade, portanto da sua moral inerente. O núcleo da religião "grecoromana" é o culto aos deuses do lar e ancestrais e toda a teogonia resultante é um apanágio dessa condição.
  • Mas o ponto não é esse. o ponto é que os deuses greco-romanos não ditam regras de moralidade. Nem os lares, i.e., os ancestrais, ou a Vesta...
    Claro que o pai-de-família tinha que seguir as regras de conduta ancestrais, mas isso não significa que os lares ou o foguinho aquele que só podia se acender em março via sol ditassem regras morais.
  • editado January 2017
    Gorducho disse: Mas o ponto não é esse. o ponto é que os deuses greco-romanos não ditam regras de moralidade. Nem os lares, i.e., os ancestrais, ou a Vesta...
    Claro que o pai-de-família tinha que seguir as regras de conduta ancestrais, mas isso não significa que os lares ou o foguinho aquele que só podia se acender em março via sol ditassem regras morais.

    As regras morais não são adaptações elas são o motor da conduta da sociedade grecoromana, e a partir delas toda a diversificação ritualística que nada mais é que uma canonização da moralidade.

    Fides, Disciplina, Constantia, Pietas, Virtus, Dignitas, Gravitas e outros, eram conceitos morais nucleares fundamentais da sociedade grecoromana, que inclusive passaram a ser personificados por respectivos deuses.
  • editado January 2017
    Sim, assim como sacanagem, bebedeira, traiçoeiridade, guampeamento de cônjujes, estupro, intrigas, raptos... eram personificados pelos deuses.
    Que "moral" de deuses seria essa onde vale tudo?
  • editado January 2017
    Gorducho disse: Sim, assim como sacanagem, bebedeira, traiçoeiridade, guampeamento de cônjujes, estupro, intrigas, raptos... eram personificados pelos deuses.
    Que "moral" de deuses seria essa onde vale tudo?

    Os deuses chegaram a um nível de sofisticação antropomórfica tal que ganharam o status de fábulas com suas respectivas lições morais.
  • Para os espartanos, se nasceu com alguma deficiência, os bebês eram mortos jogados de um precipício. A própria deusa Hera tentou matar Hefesto quando ele nasceu feio. Isso sem falar de quantas amantes e filhos de Zeus ela tentou ou conseguiu matar.

    Na minha concepção que poderia ser executada (em alguns casos, o é)...
    Aborto: Com algum tipo de deficiência ou doença; estupro e ameaça de vida à mãe.
    Pena de morte: Em casos de crimes violentos sendo pegos em fragrante ou / e tendo testemunha...
    Confronto direto com a polícia deveria ser execução em legitima defesa. Explicando: se o bandido está preparado pra matar, está preparado para morrer, então chumbo nele sem dó e nem piedade.
  • Fernando_Silva disse:
    Percival disse:
    Percival disse: Para os romanos, os deuses não eram referência de moralidade.
    Era preciso respeitar a vontade deles, mais nada, só que essa vontade podia mudar de um dia para o outro sem maiores explicações.

    Por exemplo: antes de fazer alguma coisa, tipo começar uma guerra, o governo consultava os oráculos.
    Se os deuses fossem contra, o governo não fazia.
    No dia seguinte, perguntavam de novo ao oráculo, já sabendo que os deuses podiam mudar de ideia de um dia para o outro.
    Era praticamente um RPG com regra definida no momento. Nada assim muito organizado então?
    Depende do que você chama de organizado. A vida dos romanos era toda regulada por rituais, tanto a pública como a privada. Para evitar problemas e conseguir bons resultados, era preciso agradar aos deuses, aos antepassados etc.

    Os sacerdotes eram funcionários públicos, os templos eram prédios do governo.
    Não se tratava de moralidade, de salvação da alma, de céu ou inferno.
    Era algo totalmente utilitário, buscando resultados práticos.
     
    Bem dessa, mas digo a quanto aos resultados serem randômicos. No RPG tem muito disso quando um mago conjura algo de acordo com níveis e resultado dos dados.
     
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