A Educação Proibida

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Comentários

  • Saudações Burrico


    Não consegui assistir a todo o vídeo. Vou tentar parar um pouco em um desses meus dias frenéticos e fazer um comentário mais elaborado.


    A base conceitual dessa escola voltada ao aluno ganha forma com Pestalozzi: Com a ideia do aprender fazendo... O método: Conhecido (concreto) > ao novo > ao abstrato

    Desenvolvendo a ação e na percepção dos objetos, mais do que nas palavras. Sendo então o conteúdo o menos importante, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

    Preparando o indivíduo para desenvolver habilidades mais ou menos o que eu interpreto como a aquisição de competências e valores sócio-interacionistas (complemento em outras teorias da educação mais modernas)...

    Iniciando pelos fundamentos do princípio da escola Prussiana (Ensino Compulsório)

    http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-historia-do-nascimento-da-educacao-publica


    E daí em diante as várias escolas (teorias) depois disso...


    Creio que a educação é um processo e não um fim...



    [fraternos]
  • Saudações Burrico


    Voltei...

    Falei da Prússia e me lembrei de um questionamento para falar sobre...

    Já que Política e idealismo podem ser co-participantes ou divergentes em sua concepção...


    Origem da educação obrigatória: um olhar sobre a Prússia

    Ao pensar educação obrigatória no sentido político da efetivação de leis que forcem a ida das crianças à escola, pode-se criticar o desenvolvimento e a grande regulamentação sobre como se dará o processo educativo. A partir da investigação sobre a educação obrigatória elaborada por Murray Rothbard em 1972, este trabalho visa demonstrar que o ideal da obrigatoriedade da educação está muito mais próximo do ideal de serventia ao Estado do que de promover liberdade e igualdade.

    INTRODUÇÃO

    No Brasil, herdou-se uma maneira de pensar o início da escolaridade pública obrigatória na Revolução Francesa. Dessa maneira, a escolaridade pública está correlacionada com os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. A reivindicação da escolaridade é vista, por este prisma, como uma reivindicação da luta francesa por um novo modelo de sociedade.

    Entretanto, se for observado que o início da escolaridade pública obrigatória não ocorreu na França, mas décadas antes na Prússia, a perspectiva acerca das intenções e finalidades de tal educação muda sobremaneiramente.

    Tal início político, e não ideológico, é o início jurídico da obrigatoriedade, isto é, o começo da promulgação de leis que versam sobre a obrigatoriedade de frequentar um espaço escolar. É a educação garantida por lei não apenas como um bem necessário e desejável, mas como um direito de cada cidadão e um dever do Estado em prover instalações, professores, currículos e avaliações.

    Partindo do contexto prussiano a promulgação de uma educação obrigatória possuía motivos, intenções e finalidades diferentes do ocorrido décadas mais tarde na França. Não estava relacionada com a reformulação de uma sociedade, mas, como veremos, com o fortalecimento do Estado perante seus cidadãos, o ideal máximo de soberania e obediência.

    EDUCAÇÃO OBRIGATÓRIA

    Tomando como educação obrigatória o projeto jurídico-constitucional de proporcionar aos cidadãos amplo acesso à educação, tal projeto dá-se através de uma prática jurídica, na qual o Estado determina, pela força da lei, a obrigatoriedade da educação para todos.

    Este projeto jurídico, que coloca a educação como um direito, só pode ocorrer através do poder coercitivo do Estado, para garantir a aplicação e efetividade de tal projeto.

    A educação obrigatória caracteriza-se pela obrigatoriedade de frequentar uma instituição previamente habilitada para tal competência, sendo o excesso de falta punível ao aluno e aos pais negligentes. Decorrente da obrigação de frequentar a escola do Estado, ou aprovada por ele, diversas outras leis são criadas visando controlar a educação. Os profissionais responsáveis pela educação devem estar previamente habilitados através de certificado aprovado pelo Estado. Os períodos diário, semanal e anual são determinados pelo governo para as instituições de ensino. As grades curriculares devem estar de acordo com as grades definidas pelo governo.

    Com isto, uma educação garantida a todos, não como ideal pedagógico, filosófico ou político, mas como ação política de efetuar tais ideais por meio do poder de legislar sobre o indivíduo, é recente na história das sociedades ocidentais.

    https://filipeceleti.com/2013/07/03/origem-da-educacao-obrigatoria-um-olhar-sobre-a-prussia/


    Então...

    Segundo o Livro Política e Educação - Paulo Freire...

    Um dos riscos que necessariamente correríamos ao ultrapassar o nível meramente opinativo de conhecer, com a metodização rigorosa da curiosidade, era a tentação de supervalorizar a ciência e menosprezar o senso comum. Era a tentação, que se concretizou no cientificismo que, ao absolutizar de tal maneira a força e o papel da ciência, terminou por quase magicizá-la. É urgente, por isso mesmo, desmitificar e desmistificar a ciência, quer dizer, pô-la no seu lugar devido, respeitá-la, portanto.
    O corpo consciente e curioso que estamos sendo se veio tornando capaz de compreender, de inteligir o mundo, de nele intervir técnica, ética, estética, científica e politicamente.

    Consciência e mundo não podem ser entendidos separadamente, dicotomizadamente, mas em suas relações contraditórias. Nem a consciência é a fazedora arbitrária do mundo, da objetividade, nem dele puro reflexo.

    [...] O melhor vem agora... :)

    A prática política que se funda na compreensão mecanicista da História, redutora do futuro a algo inexorável, “castra” as mulheres e os homens na sua capacidade de decidir, de optar, mas não tem força suficiente para mudar a natureza mesma da História. Cedo ou tarde, por isso mesmo, prevalece a compreensão da História como possibilidade, EM QUE NÃO HÁ LUGA PARA AS EXPLICAÇÕES MECANICISTAS DOS FATOS NEM TAMPOUCO PARA PROJETOS POLÍTICOS DE ESQUERDA QUE NÃO APOSTAM NA CAPACIDADE CRÍTICA DAS CLASSES POPULARES...


    Nunca Freire foi tão assertivo em um discurso sobre educação polinizadora de consciência social, como constructo de sua própria natureza libertadora ...

    Então... Podemos desde o inicio perceber que uma questão serpenteou nosso imaginário.


    A Política pode ser uma redutora da capacidade final do cidadão se comparado ao controle do que monopoliza os currículos formais ???



    [fraternos]
  • Mas afinal, o que significa "Educação"? É muito pretensiosa a pretensão(interessante, daqui não parece pleonasmo!) de alguns de acharem que o conceito "Educação" possa ser algo
    executável via grades curriculares de instituições de ensino, por meio de didatismo, por empiria, quando já seria um grande triunfo se sequer conseguissem que os discentes apreendessem um pouco de consciência.
  • Saudações Senhor


    Para Aristóteles Educação é como um desenvolvimento do cidadão...
    A Política de Aristóteles:

    É o que é indispensável examinar quando tratamos da política. Todos eles fazem
    parte da família, e a família faz parte do Estado.

    Ora, o mérito da parte deve referir-se ao mérito do todo. A educação das mulheres e das crianças deve ser da alçada do Estado, já que importa à felicidade do Estado que as mulheres e as crianças sejam virtuosas.

    Isto é mesmo do maior interesse, já que as mulheres constituem a metade das pessoas livres, e as crianças serão os que participarão do governo dos negócios públicos.

    Ou seja, para Aristóteles a relação de felicidade estava intimamente ligada a educação...
    Senhor disse: via grades curriculares de instituições de ensino, por meio de didatismo, por empiria, quando já seria um grande triunfo se sequer conseguissem que os discentes apreendessem um pouco de consciência.

    Vc tocou em um ponto interessante...

    A educação formal passa pelo modelo curricular centrado em atividades próprias ao aprendizado de cada série... O problema é que quanto mais a escola é baseada no mecanicismo (digamos assim), mais o corpo discente não consegue criar empatia para aplicar o que estuda na escola em sua vida cotidiana...


    [fraternos]
  • editado October 2016
    silvana escreveu: »



    A educação formal passa pelo modelo curricular centrado em atividades próprias ao aprendizado de cada série... O problema é que quanto mais a escola é baseada no mecanicismo (digamos assim), mais o corpo discente não consegue criar empatia para aplicar o que estuda na escola em sua vida cotidiana...


    [fraternos]
    Discordo do Aristóteles. Educação não é jamais prerrogativa do Estado e nem de ninguém(exceto de si mesmo), educação é um juízo, não se ensina ninguém a ter.

    Ao Estado cabe porém tornar as pessoas conscientes, ou seja, oferecer empiria. O modo de fazê-lo é justamente o fisicista mecanicista, sendo que o que for além disso trata-se de equivoco.

  • Li todos os links Silvana.

    Eu ainda estou terminando de assistir o vídeo. Queria discutir o aprendizado em si. Vou desenvolver meu ponto de vista mais a frente.
  • Saudações Burrico, aguardo suas considerações :)

    [fraternos]
  • Muito bem, aqui vão os meus 2 centavos. Apesar de ainda não ter visto o clip indicado, já li e re-li os comentários da Silvana, e concordo com ela em vários pontos. Qua a função primária do ensino compulsório é "fazer a cabeça" das pessoas e convencê-las de que o estado-de-coisas atual é a única realidade "correta" e "possível", eu aprendi lendo o prefácio do romance The Golden Notebook, na década de 1980. A dica foi repetida, talvez de maneira não muito consciente, num trechinho do best-seller A Terceira Onda, do semi-picarêta Alvin Toffler. Lembro também de um filme B em que uma repórter pergunta ao entrevistado se a "pena corretiva" que decidiram aplicar a um certo criminoso não seria de fato apenas uma 'lavagem cerebral', e o entrevistado responde com esta pergunta: «E obrigar uma criança a freqüentar uma escola, você acha que é o quê?»

    Em minha nada-modesta opinião, os únicos itens que deveriam fazer parte de um ensino obrigatório são: ler, escrever, fazer as quatro operações, regra-de-três, calcular porcentagens e juros. E mesmo assim, freqüentar uma escola, ou pagar um professôr particular, permaneceria uma opção. Bastaria a pessoa se inscrever nos exames públicos de avaliação, e ser aprovada, é claro. Portanto, eu apóio o homeschooling, sim. MAS NÃO à maneira dos religiosos, bem-entendido. Porque o que os conservadores religiosos desejam é apenas garantir que a DOUTRINAÇÃO dêles não seja neutralizada pelas "ideologias" (aspas aqui indicando ironia) veiculadas dentro dos estabelecimentos de ensino. E exatamente porque eu sei do perigo que os religiosos fanáticos representam para uma democracia, é que eu gostaria de ver a REDUÇÃO do pátrio-poder, o AUMENTO dos *direitos* das crianças, e o AUMENTO das *obrigações legais* dos pais ou responsáveis (que normalmente são IR-responsáveis, diga-se a bem da verdade). Sou inimiga da assim-chamada "família tradicional" sim, e falo na cara. Êsse modêlo de família sempre foi uma bosta, e só serve para produzir neuroses e coisas piores.

    Pronto, falei.
  • Em minha nada-modesta opinião, os únicos itens que deveriam fazer parte de um ensino obrigatório são: ler, escrever, fazer as quatro operações, regra-de-três, calcular porcentagens e juros.
    Isto é básico, mas um pouco de história e geografia, sem muita decoreba nem manipulações ideológicas, ajuda ao aluno entender onde ele está e por que as coisas hoje são assim.

    Um pouco de ciência também é importante para situá-lo no universo e entender como as coisas funcionam.
    Pode ajudá-lo a escolher uma profissão e, até certo ponto, o protege de charlatões.
    Portanto, eu apóio o homeschooling, sim. MAS NÃO à maneira dos religiosos, bem-entendido.
    Supondo-se que os pais terão tempo, disposição e competência para isto...
  • Fernando_Silva

    A grande maioria das pessoas 1) NÃO USA os conhecimentos "adicionais" que lhes foram passados durante o ensino fundamental e médio, & 2) ESQUECE com bastante rapidez aquilo que supostamente assimilou nas salas de aula. Quem pretende seguir uma profissão que exige mais e melhores conteúdos de conhecimento, vai atrás do que é necessário. Quem já decidiu se contentar com ocupações menos /pouco /nada sofisticadas, não precisa correr atrás do que lhe é desnecessário.

    Quem me passou êsse "insight" pela primeira vez foi um professôr de matemática. Eu estava na primeira série do segundo grau, tinha só 14 anos, e durante muito tempo resisti a essa dura verdade. Êle disse mais ou menos o seguinte para a classe: "pensem bem, pra quê um açougueiro precisa entender de logaritmos?" Na mesma linha, podemos nos perguntar pra quê um zé-ruela que passa o fim-de-semana jogando sinuca e enchendo a cara num boteco precisa de ter noções básicas e corretas de geografia, ou de história, ou de ciências biológicas.
  • editado October 2016
    Fernando_Silva

    A grande maioria das pessoas 1) NÃO USA os conhecimentos "adicionais" que lhes foram passados durante o ensino fundamental e médio, & 2) ESQUECE com bastante rapidez aquilo que supostamente assimilou nas salas de aula. Quem pretende seguir uma profissão que exige mais e melhores conteúdos de conhecimento, vai atrás do que é necessário. Quem já decidiu se contentar com ocupações menos /pouco /nada sofisticadas, não precisa correr atrás do que lhe é desnecessário.

    Quem me passou êsse "insight" pela primeira vez foi um professôr de matemática. Eu estava na primeira série do segundo grau, tinha só 14 anos, e durante muito tempo resisti a essa dura verdade. Êle disse mais ou menos o seguinte para a classe: "pensem bem, pra quê um açougueiro precisa entender de logaritmos?" Na mesma linha, podemos nos perguntar pra quê um zé-ruela que passa o fim-de-semana jogando sinuca e enchendo a cara num boteco precisa de ter noções básicas e corretas de geografia, ou de história, ou de ciências biológicas.

    As pessoas usam o conhecimento de forma sintomática ou direta e de forma orgânica ou estrutural indiretamente. Conhecimento adquirido usado de forma direta é o aplicado estritamente por exemplo, numa profissão, como um engenheiro usando cálculo estrutural ou um químico manuseando fórmulas. Já o conhecimento "estrutural" é a capacitação informal a capacidade de lidar com complexidades e sofisticação, o meio que permeia o conhecimento sintomático. A quantidade e a intensidade de conhecimentos não estritamente diretos, - aquilo que não parece ter função objetiva - é a fundação que proporciona o bom produto do conhecimento direto.

  • A grande maioria das pessoas 1) NÃO USA os conhecimentos "adicionais" que lhes foram passados durante o ensino fundamental e médio, & 2) ESQUECE com bastante rapidez aquilo que supostamente assimilou nas salas de aula.
    Na minha opinião, se esforçar para adquirir esses conhecimentos formata a mente, mesmo que os conhecimentos em si ou, pelo menos, os detalhes, sejam esquecidos. A mente alarga e não se estreita de novo.

    Seria como frequentar uma academia: você faz muita força levantando pesos que depois voltam para o chão, corre muito sem sair do lugar, mas fica mais forte. Seu objetivo não era realizar algum trabalho, mas desenvolver os músculos.

    O esforço que você fez para entender geometria, por exemplo, vai lhe dar uma compreensão diferente das coisas, mesmo que você se esqueça da definição de "triângulo escaleno".

    Sem falar em que você vai passar a saber que tais assuntos existem e poderá pesquisar por eles no futuro se vier a precisar do conhecimento, diferentemente de quem nem sabe que aquilo existe ou é possível.
    Quem pretende seguir uma profissão que exige mais e melhores conteúdos de conhecimento, vai atrás do que é necessário. Quem já decidiu se contentar com ocupações menos /pouco /nada sofisticadas, não precisa correr atrás do que lhe é desnecessário.
    Aí é que está: uma criança ainda não decidiu nada. Nem deve. Sem essa base de conhecimentos, não terá como fazer uma escolha informada.

    Não sei como é hoje, mas, quando estudei, o currículo era comum até o ginásio e então se dividia entre medicina, exatas e clássico.

    Depois vinha a faculdade, que tinha 2 anos de matérias comuns para a engenharia e 3 anos especializados (civil, elétrica etc.).
    Idem idem para medicina, matemática, química etc.
  • Fernando_Silva escreveu: »
    Aí é que está: uma criança ainda não decidiu nada. Nem deve. Sem essa base de conhecimentos, não terá como fazer uma escolha informada.

    Depende muito de que tipo de criança você estiver falando. Convém não generalizar, e menos ainda nivelar tudo e todos por baixo.
    Quando me colocaram no primeiro ano do curso primário, em 1970, eu já lia e escrevia fluentemente, e também já tinha assimilado uns 50% dos livros didáticos que foram usados pelas minhas irmãs e irmãos mais velhos. Eu já sabia, por exemplo, resolver equações de segundo grau, e estava começando a me apaixonar por Química Orgânica. Eu era um peixe fora-d'água não somente na sala de aula, mas também longe da mesma. Não me agradava ter que estar à mercê de um bando de adultos ignorantes e preconceituosos, devidamente protegidos pelas leis em vigor, que foram criadas por canalhas adultos do mesmo nível intelectual e moral de meus pais.
    Para a grande maioria das pessoas, "tornar-se adulto" consiste principalmente em apagar as lembranças da própria infância, esquecer-se de como realmente era ser uma criança. Felizmente, sou uma criança de quase 54 anos de idade.
  • editado October 2016
    Saudações Senhor

    Senhor disse: As pessoas usam o conhecimento de forma sintomática ou direta e de forma orgânica ou estrutural indiretamente.

    Sim. Correto. Existem teorias do desenvolvimento da aprendizagem que esclarecem essa estruturação.

    As teorias maturacionais (Arnold Gesell), as comportamentais (Skinner), a teoria de campo (Gestalt), A teoria Humanista de (Maslow - Pirâmide de Maslow), as teorias sócio-interacionistas - Psicologia Cognitiva - Nesta podemos relacionar Vigotsky e sua proposta Sócio-interacionista, Jean Piaget e sua teoria do desenvolvimento da Criança, Leontiev, Luria e Wallon, todos estes chamados teóricos interacionistas e ligados as bases do Construtivismo...

    Então... Essas teorias vieram sendo referencias a uma sistematização dos princípios que hj vemos aplicados a Pedagogia moderna.

    Senhor disse: A quantidade e a intensidade de conhecimentos não estritamente diretos, - aquilo que não parece ter função objetiva - é a fundação que proporciona o bom produto do conhecimento direto.

    Perfeito... É como uma casa não podemos começar pelo telhado... Se as bases não estiverem antes fundamentadas.

    Foi como eu disse: A Educação é um processo e não um fim...

    Pois o Fim (digamos assim) é o resultado desse processo refinado pelo conjunto de conhecimentos e habilidades armazenados em seu psiquê (formado por uma base estrutural dos dados), para sermos capazes então do domínio de competências necessárias a realização de algum empreendimento, seja em que área for...

    Daí vemos indivíduos extremamente diferentes em suas capacidades criativas, como nas atividades colaborativas, intuitivas, emocionais, etc, etc..

    Neste ponto já estaremos falando de uma outra teoria que abarca as sócio-interacionistas (fecho nesta em especial)... É a teoria das inteligências múltiplas de Gardner...

    Embora destaco que esta não é uma teoria ainda muito aceita na comunidade científica... Mas, eu li o trabalho desse cara... No meu humilde entendimento pedagógico entre mesclar teoria e prática, essa teoria explica o princípio da motivação...

    Sim, pois a educação é movida pela motivação... Por isso uns alunos gostam de matemática, outros são melhores em línguas, outros em habilidades motoras (ex.: esportes), outros em alquimia, etc...



    [fraternos]
  • editado October 2016
    Saudações Guillian

    Guillian disse: Qual a função primária do ensino compulsório é "fazer a cabeça" das pessoas e convencê-las de que o estado-de-coisas atual é a única realidade "correta" e "possível"

    Concordo perfeitamente com vc em um aspecto que disse... A educação compulsória restringe os modelos curriculares de forma a parametrizar o modelo educativo...

    O que eu quero dizer com isso... É mais ou menos como vc comer uma comida processada(industrializada) e uma comida mais natural.

    Guillian disse: eu aprendi lendo o prefácio do romance The Golden Notebook, na década de 1980.

    Segundo seu relato vc é uma pessoa autodidata... Então... hahahahaha

    Com certeza vc deve ter dado trabalho aos seus professores.. ;)

    Guillian disse: Em minha nada-modesta opinião, os únicos itens que deveriam fazer parte de um ensino obrigatório são: ler, escrever, fazer as quatro operações, regra-de-três, calcular porcentagens e juros. E mesmo assim, freqüentar uma escola, ou pagar um professor particular, permaneceria uma opção. Bastaria a pessoa se inscrever nos exames públicos de avaliação, e ser aprovada, é claro. Portanto, eu apóio o homeschooling, sim.

    Todas as propostas são válidas... Quando as pessoas envolvidas (alunos/pais/ permita-me - Sociedade), alcançaram maturidade para saber fazer escolhas...

    O que significa.. Que tecnicamente a construção do saber - é um processo intimo - mesmo assim o aluno (indivíduo) está inserido numa sociedade, e para tanto, se for concorrer a algum emprego mais especializado, provavelmente vai precisar desse currículo como carta de acesso... A menos que vc seja independente financeiramente e não precise concorrer a nenhum emprego.

    O mundo está em constante reformulação, e chegamos num tal nível social de interdependência que, dificilmente vc pode se dar ao luxo de não necessitar estar "preso" aos currículos impostos...

    Já não falo nem mais somente dos conteúdos, falo com relação ao modelo final [certificados] e, o acesso que os mesmos vão te dar mais lá na frente...

    Guillian disse: A grande maioria das pessoas 1) NÃO USA os conhecimentos "adicionais" que lhes foram passados durante o ensino fundamental e médio, & 2) ESQUECE com bastante rapidez aquilo que supostamente assimilou nas salas de aula. Quem pretende seguir uma profissão que exige mais e melhores conteúdos de conhecimento, vai atrás do que é necessário. Quem já decidiu se contentar com ocupações menos /pouco /nada sofisticadas, não precisa correr atrás do que lhe é desnecessário.


    É um dos problemas dessa educação herdada da > Ratio Studiorum (Jesuítas) < que só fez ficar cada vez mais centrada num currículo muito compulsório e reprodutivista...

    Se vc me perguntar se isso é ruim... Não e sim...

    Não, pois facilitam os meios quando se tem uma quantidade imensa de pessoas para atender... Eis o grande problema das escolas da atualidade, não dá para ter um ensino à la Carte, entendes ?!

    O que pode ser feito antes é reproduzir um ensino compulsório e rezar para que todos cheguem num nível de conhecimento para saber escolher seus próprios meios de acesso ao mesmo... O que ocorre mais na fase adulta da vida do indivíduo..

    O sim... É justamente a questão da elitização dos meios de conhecimento... Ou seja, uns poucos que podem ter acesso a essa educação mais especializada, nos modelos apresentados no vídeo... Exemplos... Uma escola da Ponte (Portugal - Construtivismo - citei por ser umas das pioneiras), Uma como os modelos das Montessorianas, etc, etc...

    São núcleos de educação onde o aluno é estimulado a aprender em modelos mais sofisticados de ensino... O problema é que tudo que é mais qualificado normalmente é mais inacessível à grande parte da sociedade...



    [fraternos]
  • Saudações Fernando

    Fernando disse; Na minha opinião, se esforçar para adquirir esses conhecimentos formata a mente, mesmo que os conhecimentos em si ou, pelo menos, os detalhes, sejam esquecidos. A mente alarga e não se estreita de novo.

    Seria como frequentar uma academia: você faz muita força levantando pesos que depois voltam para o chão, corre muito sem sair do lugar, mas fica mais forte. Seu objetivo não era realizar algum trabalho, mas desenvolver os músculos.

    Eu acho que já citei essa ideia aqui no RéV, fórum antigo... A educação é um meio evolutivo de processar uma consciência coletiva (Durkheim)...

    Sendo assim, não dá para a sociedade involuir... Vc falou muito bem nessa sua explanação...

    A expansão pela educação é um tipo de evolução onde o indivíduo abandona velhos costumes e passa a vivenciar novas situações e desafios...

    Até pelos modelos cientificistas que formam a base dessa sociedade moderna que, não consegue mais abandonar os avanços tecnológicos, muito menos retroceder a outros moldes morais de outrora...



    [fraternos]
  • editado October 2016
    silvana escreveu: »
    Saudações Senhor


    Foi como eu disse: A Educação é um processo e não um fim...

    [fraternos]
    É isso mesmo. Educação é uma utopia. Estão tentando ensinar utopias nas escolas.

  • Saudações a todos


    Esses dias estava olhando um material em mandarim, treinando ideogramas e o meu pinyin (Hanzi)..

    Como já disse aqui e alguns pares daqui me conhecem dado o tempo de participação no fórum...

    Posso me considerar uma pessoa relativamente culta. Leio quase tudo que me chega as mãos, após ter sido muito seletiva na escolha, não gosto de pró-lixo, nem de perder tempo com coisas sem o mínimo de refinamento das propostas ...

    Já alcancei uma certa maturidade da mente e no campo acadêmico (formativo), já estou pensando num novo projeto mais ousado...

    Mas, olhando mais lá atrás na minha tenra idade... Puxa, já fui muito humilhada, fui maltratada por professoras(es) que achavam que educação passa por agressão, por castigo, por premiação...

    Como sempre fui muito questionadora, não no sentido de ousadia e embate, mas antes de querer mesmo saber, conhecer o que estava diante de mim.

    Isso muitas vezes me fez (faz) parecer arrogante, outros já me atribuem meu censo autodidata a um grau de excentricidade, acreditem, já me chamaram de autista, asperger, esquisita, etc, etc...rsrs

    Isso por um tempo me deixava triste... Hj em dia não... Eu amo ser diferente, ser única, ser rara (Outro dia me chamaram de joia rara quase não acreditei)...

    Por isso acho interessante a maneira como a sociedade valoriza algumas coisas... O que é bom nem sempre é bom e o ruim nem sempre não nos convém...rs

    O que quero dizer com tudo isso...

    Estou falando do bom e velho sistema formativo do empirismo inglês de J. Locke

    >>> Associação - imitação > recompensa - punição <<<

    A tal tabula rasa... Que todos os educadores falam, mas poucos verdadeiramente compreendem..

    De um lado os currículos e os modelos educativos seguem quase que em sua totalidade nas séries iniciais do ensino fundamental (básico), o modelo empírico muitas vezes presente e uma vez e outra o racionalismo... Já na acadêmia o que nos cobram muito é o racionalismo cartesiano mesmo nas ciências das áreas humanas...


    Essas duas faces de uma mesma moeda, um mesmo pacto formativo, um mesmo celeiro de propostas.


    Então... O Chinês Jiang Xuengin propôs novos desafios. às escolas chinesas dizendo que precisam investir mais em competências como a criatividade e a inteligência emocional, disse isso em seminário aqui no Rio, o seminário foi realizado agora mês passado ...
    Jiang Xuengin disse: "Muitos educadores afirmam que as escolas não estão preparando os alunos para a complexidade da realidade global que vivemos. As escolas são essencialmente um artefato da Revolução Industrial, e foram estabelecidas principalmente para fabricação em massa de trabalhadores alfabetizados e obedientes para fábricas e escritórios. Hoje em dia, vivemos num mundo extremamente complicado, e os profissionais do conhecimento precisam ser capazes de localizar informações, sintetizá-las, comunicá-las e, em seguida, agir sobre elas. Esses profissionais precisam estar constantemente atualizando suas habilidades, se comunicando através de línguas e culturas, e trabalhando com indivíduos de várias origens.

    Por que isso é importante?

    Para preparar os alunos para uma realidade em que o conhecimento está sempre mudando, as escolas estão se concentrando em quatro pontos: criatividade, colaboração, pensamento crítico e comunicação. Mas aqui está o paradoxo. Você não pode explorar este conjunto sem ensinar outro grupo tão fundamental: caos, complexidade, mudança e contradição. Para prosperar no mundo moderno, é preciso perceber que as coisas podem acontecer ao acaso e que tudo está interligado muito densamente, desafiando a simplificação.

    http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/precisamos-reformar-ideia-de-escolaridade-aprendizagem-afirma-educador-escritor-17131170


    Querendo ou não... Esses dois pilares teóricos fundamentais (empirismo e racionalismo) do mundo globalizado já andam dividindo suas atenções com os modelos sócio interacionistas... De um jeito ou de outro, a escola está em expansão e nunca voltará aos antigos modelos de outrora.. ;)



    [fraternos]
  • editado October 2016

    @Sybok, estimado...Farei o agradecimento aqui mesmo neste espaço...

    Hj vindo aqui publicar percebi que vc melhorou e muito o campo de digitação textual...Deixou minha área de públicação do jeitinho comodista que estou acostumada... Caixas de texto como nos programas de edição de texto...

    Sybok, vc é dez !!!

    E como mais acima citei minha predileção pelos hanzis... 

    Xie Xie [谢谢]  (^.^)

     

  • editado October 2016

    Saudações Senhor

    Senhor disse: É isso mesmo. Educação é uma utopia. Estão tentando ensinar utopias nas escolas.

    Bem, eis então uma questão de semântica e construção de um contexto... rs

    Vou te propor seguirmos o ponto chave da teoria moreana (utopia- T. Morus),. a real construção do sentido Utopia.

    No sentido que vc deu o significado simples do neoplasmo Utopia = significado de algo impossível de se alcançar.

    Porém, há outro sentido que podemos dar ao contexto...  Utopia = A acepção de um "não-lugar-feliz".

    Assim eu definiria o estado em que se trabalham os currículos na escola compulsória - Formal.

    Por isso discordo de sua afirmação primeira sobre a irrealidade dos conteúdos, Senhor.

    Creio que os mesmos precisam ser resignificados... 

    Transformados no que disse o Professor Chinês Jiang Xuengin...

    Oferecer aos professores capacidade de desenvolverem suas potencialidades para que sejam capazes de estimularem a criatividade, colaboração, pensamento crítico e comunicação.

    Primeiro para suas vidas, depois para o curriculo, e por fim levar isso para a dialética dentro de sala de aula.

    [fraternos]

     

  • editado October 2016
    [quote="Gillian_Bellaver"]Depende muito de que tipo de criança você estiver falando. Convém não generalizar, e menos ainda nivelar tudo e todos por baixo. Quando me colocaram no primeiro ano do curso primário, em 1970, eu já lia e escrevia fluentemente, e também já tinha assimilado uns 50% dos livros didáticos que foram usados pelas minhas irmãs e irmãos mais velhos. Eu já sabia, por exemplo, resolver equações de segundo grau, e estava começando a me apaixonar por Química Orgânica.[/quote] Eu também lia muito, até bula de remédio, e meu vocabulário era maior que o dos colegas, por exemplo, que preferiam ver TV ou brincar. Justamente por isso é que acho que educação tem que ser imposta às crianças, já que a maioria não se interessa em aprender. Outro ponto é que educação não deve ser vista como apenas profissionalizante, ou seja, a criança tem que ser preparada para ser um adulto capacitado, não apenas para exercer uma profissão, caso contrário pedreiros não precisariam saber nada sobre história e geografia.
  • editado October 2016

    Educação não é profissionalização.

    Tem que capacitar a ler (ENTENDENDO, claro!) & escrever no vernáculo; matemática básica mas sólida (*); inglês (tive desde o 4° primário e me ajudou muito); história; geografia e - sei que é polêmico -: filosofia.

    Isso é o básico do básico p/tornar o indivíduo um Cidadão o que nada tem a ver com a atividade que venha a exercer depois p/se sustentar e a sua família.

    E claro que tem que ser imposta e cobrada. Se não é gandaia, brinquedo, cada um faz o que quer... pra isso tem o Recreio.

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    (*) Hoje em dia até a operação duma colheitadeira requer mais matemática que pés & mãos...

    E frequentemente vejo indivíduos jovens e vigorosos atrapalhados até na operação de ATMs, inclusive atrapalhando a fila. Presumo que por dificuldades com algarismos...

     

  • Gorducho escreveu: »
    Educação não é profissionalização.

    Tem que capacitar a ler (ENTENDENDO, claro!) & escrever no vernáculo; matemática básica mas sólida (*); inglês (tive desde o 4° primário e me ajudou muito); história; geografia e - sei que é polêmico -: filosofia.

    Isso é o básico do básico p/tornar o indivíduo um Cidadão o que nada tem a ver com a atividade que venha a exercer depois p/se sustentar e a sua família.

    E claro que tem que ser imposta e cobrada. Se não é gandaia, brinquedo, cada um faz o que quer... pra isso tem o Recreio.
     
    Se profissionalização fosse o objetivo, o que caberia ensinar às candidatas a "prenda do lar"?

    Lembrei de "Admirável Mundo Novo", em que os cidadãos eram "fabricados" em incubadoras nas quantidades e com as capacidades físicas e mentais necessárias naquele momento para manter o país funcionando.

    Desde os Alfa, com o máximo de inteligência e força para os cargos de liderança, até os Épsilon, débeis mentais clonados em série que só serviam para apertar parafusos nas fábricas sem reclamar, cada "casta" programada para se considerar sortuda por ser aquilo e não outra coisa.
  • editado October 2016
    silvana escreveu:
    @Sybok, estimado...Farei o agradecimento aqui mesmo neste espaço...Hj vindo aqui publicar percebi que vc melhorou e muito o campo de digitação textual...Deixou minha área de públicação do jeitinho comodista que estou acostumada... Caixas de texto como nos programas de edição de texto...Sybok, vc é dez !!!E como mais acima citei minha predileção pelos hanzis... Xie Xie [谢谢]  (^.^)

    @Silvana 
    Obrigado minha bruxinha favorita.
    Hoje eu ainda fiquei o dia todo polindo isso e escolhendo a melhor combinação. Agora o sistema já ficou estável.
    Pra colocar imagem tem um ícone com uma montanha e um sol. Se quiser colorir o texto tem esse A sublinhado com uma seta pra baixo.
    Eu tirei as coisas que não interessavam e coloquei o básico de conforto pra nós aqui. 

    O mais importante é que agora da pra copiar e colar texto do Word ou de outros sites mantendo parte da formação e até trazendo imagens no caso dos sites.

    Quotar ficou um pouquinho mais difícil, esse é o preço que pagamos. Agora é preciso copiar o texto a ser quotado, colar no editor, selecionar e depois clicar no ícone de "aspas".
    O chato é que as vezes pra escrever mais texto abaixo do que foi cotado é preciso dar o enter e clicar novamente nas aspas para tirar a nova linha do quote.
    Mas sempre é possível clicar no botão "Source" e ter acesso ao bbcode de sempre com as tags:
    [quote]Texto dentro do quote[/quote]
    
  • editado October 2016
    Saudações Sybok, obrigada!!!  Normalmente eu entro pelo código, antes já fazia isso, eu mesma sempre digitei os código do quote. Agora colei o endereço da imagem e como abriu somente url, colei e depois alterei para img... Só não defini o tamanho (alt. e larg.) 

    Manias de programadora de final de semana...rs

    Um mimo para ti. Peônias,1983 - O artista é de Macau: U-Kuan-Wai 

    arte-de-u-kuan-wai-4.jpg

    [fraternos]
  • editado October 2016
    Saudações Fernando
    Fernando disse: Se profissionalização fosse o objetivo, [...]

    Fernando, o que o Gorducho disse faz sentido sim...

    Por muito tempo a educação na época da industrialização foi vista como um meio para preparar os profissionais ao chamado chão de fábrica... Indivíduos que eram profissionalizados com aquele objetivo específico... Hj eles ainda existem através dos estudos profissionalizantes das escolas técnicas...

    A educação do século XX no Brasil passou por uma reforma, mas ainda somos regidos por orientações e organismos internacionais, esses fomentos servem para equacionar mecanismos de investimento no País...

    È aquela velha história... Não adianta lutar contra o nosso problema crônico... A pobreza e o subdesenvolvimento de nosso País... Querendo ou não somos um País em desenvolvimento... E para tanto, para estarmos dentro dos padróes internacionais, devemos seguir as orientações desses organismos, senão, nada nos é concedido, nem subsídios, investimentos de indústrias externas, fundo internacional de investimentos para projetos sociais, emprestimos, etc, etc... 

    Observe este link com os dados estatísticos de monitoramento...

    http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/unesco-resources-in-brazil/statistics/

    Observe o texto do documento da UNESCO, sobre as interferências no campo da gestão escolar:
    Política Educacional - Unesco: A concepção de formação humana no século XXI é influenciada pelas sucessivas crises do capitalismo monopolista, pelas estratégias vinculadas às áreas empresariais que estiveram voltadas para a recomposição da acumulação do capital e exploração máxima da força de trabalho [...] “atingindo, principalmente, os objetivos curriculares voltados à formação de seres humanos tanto na escola formal, como na não-formal, de concepção conservadora” (LUCENA, 2010, p. 157). Nesse contexto, a educação é a peça de sustentação para fomento da formação humana.

    http://www.estudosdotrabalho.org/texto/gt1/orientacoes_da_unesco.pdf
     

    Percebeu o enfoque que deram... Ou seja, mesmo que o texto tenha um crivo critico (critica de linguagem subjetivamente "esquerdista" pelos autores do texto) às políticas de educação remanescentes herdadas do desenvolvimento industrial , eram oriundas desses objetivos inicialmente... Mão-de-obra qualificada para atender a demanda da indústria e assim desenvolver o País... E foi o que aconteceu... Crescemos, pois vieram as indústrias internacionais, além das nossas e fizeram crescer o País... Fizeram migrar muitas pessoas do campo para as cidades e essas pessoas tinham baixa escolaridade na maioria eram analfabetos... 

    A escola é um meio político de fazer crescer uma nação, pode também ser usada de forma leviana, quando os conteúdos didáticos são sublimados para esta ou aquela ideologia, sempre foi assim...

    Nós os Gestores sempre tivemos isso muito bem esclarecido em nossas mentes... Se somos profissionais mais centrados ... Não somos facilmente iludidos por ninguém que venha com material didático ideológico... Essa sempre foram muitas de nossas discussões na faculdade da minha época... rs

    O cargo de diretor de uma escola é essencialmente político... Somos gestores de mentes, formamos cidadãos, precisamos estar antenados do que ocorre ao nosso redor... Principalmente com a política vigente...

    Por isso que concordo com o Gorducho... Indiretamente ele disse o que nós gestores sabemos.. A escola é uma construção político-social... Por isso Paulo Freire falava muito sobre isso... Por isso eu enquanto educadora o admiro.. A literatura dele de outros grandes educadores especializados em política educacional... Proporcionam essa dialética... Nem todos os gestores são esquerdistas, mas todos, creia, todos dessa minha geração leram as ideias de Paulo Freire. No final cabe a consciência de cada um...  

    [fraternos]
     
  • A educação no Brasil tem diversos problemas, mas a intervenção do estado é o pior deles.
    O governo nunca tem competência pra nada e não deveriam existir escolas estatais, somente escolas privadas e um sistema de vouchers para que quem não tem como pagar, seja subsidiado pelo estado.

    Mas escolas estatais são um problema menor frente a estatização de toda escola pública pelo MEC.
    Hoje às escolas privadas são obrigadas a seguir as determinações do MEC, que incluem normas currículares.

    Em exemplo do tamanho dessa intervenção e tipo de estupidez que o MEC impõe, é que determinam até mesmo as matérias de cursos tecnológicos que precisamo de agilidade na mudança da grade curricular.

    Me formei em redes esse ano e entre outras matérias estúpidas, tive que aprender visual Basic por determinação do MEC.
    Pra quem não sabe, além dessa linguagem não ter absolutamente nada com o estudo de redes, é uma linguagem praticamente sem mercado e uma linguagem ruim do ponto de vista técnico.

    Quem são os "gênios" que determinam essas coisas?

    Esse tipo de intervenção na iniciativa privada significa que nenhum de nós pode fundar a própria escola para mudar a situação.
    Se alguém aqui se especializar no assunto e quiser mudar o mundo um aluno de cada vez, afundando uma escola melhor, não poderá fazer isso. Terá que suir as diretrizes burras do estado.

    Esse é certamente dos problemas o maior.
  • Eu gosto muito do professor Piazzi, nesse vídeo curto temos um trecho crítico a substituição da ciência por ideologia furada quando se pensa educação.

  • NadaSei escreveu:
    Eu gosto muito do professor Piazzi, nesse vídeo curto temos um trecho crítico a substituição da ciência por ideologia furada quando se pensa educação.
    Os discípulos de Paulo Freire acham que escola não é para se transmitir conhecimento e sim "construir" o indivíduo.
    Daí, como naquela frase célebre de seu guru, ao apresentar à criança a frase "Eva viu a uva", preocupam-se mais em aproveitar para discutir as relações de produção (quem deve ficar com a uva, o fazendeiro ou o lavrador que trabalha para ele?)

    O resultado é essa geração que chegou à adolescência repetindo  besteiras sobre Che Guevara, mas sem conseguir fazer as 4 operações ou entender um texto.
  • editado October 2016
    No ansioso aguardo da manifestação da Drª acerca da caza :mrgreen:

    É isso: tabuada tem que ser DECORADA.
    Regras gramaticais básicas tem que serem imprimidas via assimilação por osmose repeticional.
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