Os fundamentos meus senhores, os fundamentos e as premissas!
Muito se discute e no geral não se chega a lugar algum.
É igual debater aborto, antes de mais nada é preciso estabelecer os parâmetros a partir dos quais o debate tomará forma. Fulano considera o zigoto/mórula/feto vida? Se não considera, então é perder tempo tentar convencê-lo, por exemplo, que abortar é assassinato. Ou talvez para ele a vida não possua valor intrínseco, ou seja, vida ou não, ela só ganha valor na medida que se atribui valor a ela. Tem a projeção... que seria impor sua visão de mundo e valores a terceiros - "Você não considera vida, mas eu considero e isso basta para que não seja permissível para terceiros" - num caso assim não há espaço para debate, apenas proibi-se ou não e prevalece quem tem o lobby mais forte.
- Ahhhh...mas que merd@ você está falando, amigo?
Digo que é preciso estabelecer certos parâmetros no debate das drogas também:
- Pode uma pessoa fazer mal a si mesma? - e aqui não vamos nos alongar, uma situação hipotética, como todas as demais, onde ela prejudica apenas a si mesma.
- Seria aceitável um local exclusivo para o consumo? Como levar a Cracolândia para uma ilha e quem quiser que se drogue lá até morrer.
- O Estado deveria prestar auxílio diante de consequências negativas? (overdose, perda cognitiva, dependência...)
- Nem todas as drogas são iguais, afetam de formas e intensidades diferentes. Sobre quais drogas falamos e quais os efeitos?
- Caso a liberação implique no fim do narcotráfico, seria uma troca aceitável? Troca-se a violência urbana por um monte de zumbis (dependendo da droga), e alguns surtados...
A lista vai longe... mas EU ACHO que uma sistematização seria fundamental para tratar esses temas mais polêmicos.
E respondendo a uma das colocações acho que poderíamos dividir em 3 grupos: drogas leves e sociais (maconha, álcool, tabaco); drogas que viciam no médio prazo (cocaína); drogas pesadas e altamente viciantes (anfetamina, heroína, crack).
Opinião pessoal:
Dessas aí, último grupo deveria ser combatido a todo custo, comercialização e consumo. Danos a parte, ninguém quer morar na merda de uma cracolândia cercado de zumbis fedendo a cocô, por mais inofensiveis que sejam.
OUUUUU... quem quiser usar vá para a tal ilha e use até se matar, o Estado visitaria a ilha apenas pra pegar os corpos pra fazer sabão, que seria usado para limpar a própria ilha. E deixar a nova remessa de crack. (rs)
Mas acho que essa segunda opção, APESAR DE EFICIENTE, seria um atestado que fracassamos enquanto sociedade. hihihihi
Não conheço nenhum caso que tenha feio o que foi sugerido por mim:
Legalizar a droga e punir o viciado.
Em geral essas experiências citadas fazem o oposto, criminalizam a venda, descriminalizam o uso e dão aos viciados suporte, chegando a extremos como oferecer locais para uso e agulhas esterilizadas.
O fato é que do ponto de vista moral não faz sentido proibir o jogo, a prostituição e o consumo de drogas, mas faz sentido punir quem sai da linha e perde o controle de si, sendo que o consumo de drogas leva alguma pessoas a isso, o que inclui drogas como o álcool e uma serie de analgésicos legalizados.
Hoje o foco e os esforços estão claramente direcionados na direção errada, resta descobrir o que ocorreria se a direção fosse outra.
Talvez funcione, de fato não há experiência que permita afirmar que sim ou não quanto à eficácia da proposta.
O problema é que ela conflita o Direito estabelecido que responsabiliza solidariamente os envolvidos na cadeia de eventos de um crime, como no caso de roubo e receptação.
Não haveria roubo se não houvesse alguém disposto a pagar pelo produto roubado e vice-versa.
Criminalizar o usuário de drogas e não o traficante é como prender o receptador e deixar o ladrão livre.
Talvez funcione, de fato não há experiência que permita afirmar que sim ou não quanto à eficácia da proposta.
O problema é que ela conflita o Direito estabelecido que responsabiliza solidariamente os envolvidos na cadeia de eventos de um crime, como no caso de roubo e receptação.
Não haveria roubo se não houvesse alguém disposto a pagar pelo produto roubado e vice-versa.
Criminalizar o usuário de drogas e não o traficante é como prender o receptador e deixar o ladrão livre.
Mas é ai que está a outra questão. Não falei sobre criminalizar o usuário e sim o VICIADO.
É preciso diferenciar o usuário do viciado.
É fato que algumas pessoas perdem o controle de si com as drogas, no momento em que elas se tornam um perigo para si próprias e para quem está ao redor delas, punimos esse comportamento perigoso para preservar a pessoa e a sociedade, não por ser a droga intrinsecamente ruim.
O já citado Fentanyl é uma poderosa arma medica quando usada da forma adequada, uma ferramenta potente para o alivio do sofrimento e da dor.
Já o vicio em Fentanyl coloca em risco o viciado e muitas vezes quem está ao redor dele.
O foco é no DESVIO DO INDIVIDUO e não na substancia em si.
Não faz sentido prender o fabricante do Fentanyl, o médico que o receita nem o paciente que faz uso dele, mas faz sentido prender o cara que rouba a loja da esquina para poder sustentar seu vicio em Fentanyl.
Também faz sentido prender o cara que foi parar no hospital com overdose de Fentanyl e quase morreu por isso.
Acho a visão de vocês muito paternalista para alguns tipos de drogados.
Assim como não se deve prender o pinguço para evitar que ele chegue em casa e bata na esposa e filhos, não devemos prender o cracudo se ele não tiver praticado outro crime.
O vendedor de drogas deve ser tratado como o Moe, dono do alambique, boteco, etc.
O fabricante devem ser tratados como os executivos da Ambev.
E as vitimas que os drogados agridem? São coisas? São escravos aos quais os drogados devem ter o direito de fazer o que quiserem?
Comentários
Muito se discute e no geral não se chega a lugar algum.
É igual debater aborto, antes de mais nada é preciso estabelecer os parâmetros a partir dos quais o debate tomará forma. Fulano considera o zigoto/mórula/feto vida? Se não considera, então é perder tempo tentar convencê-lo, por exemplo, que abortar é assassinato. Ou talvez para ele a vida não possua valor intrínseco, ou seja, vida ou não, ela só ganha valor na medida que se atribui valor a ela. Tem a projeção... que seria impor sua visão de mundo e valores a terceiros - "Você não considera vida, mas eu considero e isso basta para que não seja permissível para terceiros" - num caso assim não há espaço para debate, apenas proibi-se ou não e prevalece quem tem o lobby mais forte.
- Ahhhh...mas que merd@ você está falando, amigo?
Digo que é preciso estabelecer certos parâmetros no debate das drogas também:
- Pode uma pessoa fazer mal a si mesma? - e aqui não vamos nos alongar, uma situação hipotética, como todas as demais, onde ela prejudica apenas a si mesma.
- Seria aceitável um local exclusivo para o consumo? Como levar a Cracolândia para uma ilha e quem quiser que se drogue lá até morrer.
- O Estado deveria prestar auxílio diante de consequências negativas? (overdose, perda cognitiva, dependência...)
- Nem todas as drogas são iguais, afetam de formas e intensidades diferentes. Sobre quais drogas falamos e quais os efeitos?
- Caso a liberação implique no fim do narcotráfico, seria uma troca aceitável? Troca-se a violência urbana por um monte de zumbis (dependendo da droga), e alguns surtados...
A lista vai longe... mas EU ACHO que uma sistematização seria fundamental para tratar esses temas mais polêmicos.
E respondendo a uma das colocações acho que poderíamos dividir em 3 grupos: drogas leves e sociais (maconha, álcool, tabaco); drogas que viciam no médio prazo (cocaína); drogas pesadas e altamente viciantes (anfetamina, heroína, crack).
Opinião pessoal:
Dessas aí, último grupo deveria ser combatido a todo custo, comercialização e consumo. Danos a parte, ninguém quer morar na merda de uma cracolândia cercado de zumbis fedendo a cocô, por mais inofensiveis que sejam.
OUUUUU... quem quiser usar vá para a tal ilha e use até se matar, o Estado visitaria a ilha apenas pra pegar os corpos pra fazer sabão, que seria usado para limpar a própria ilha. E deixar a nova remessa de crack. (rs)
Mas acho que essa segunda opção, APESAR DE EFICIENTE, seria um atestado que fracassamos enquanto sociedade. hihihihi
Talvez funcione, de fato não há experiência que permita afirmar que sim ou não quanto à eficácia da proposta.
O problema é que ela conflita o Direito estabelecido que responsabiliza solidariamente os envolvidos na cadeia de eventos de um crime, como no caso de roubo e receptação.
Não haveria roubo se não houvesse alguém disposto a pagar pelo produto roubado e vice-versa.
Criminalizar o usuário de drogas e não o traficante é como prender o receptador e deixar o ladrão livre.
Mas é ai que está a outra questão. Não falei sobre criminalizar o usuário e sim o VICIADO.
É preciso diferenciar o usuário do viciado.
É fato que algumas pessoas perdem o controle de si com as drogas, no momento em que elas se tornam um perigo para si próprias e para quem está ao redor delas, punimos esse comportamento perigoso para preservar a pessoa e a sociedade, não por ser a droga intrinsecamente ruim.
O já citado Fentanyl é uma poderosa arma medica quando usada da forma adequada, uma ferramenta potente para o alivio do sofrimento e da dor.
Já o vicio em Fentanyl coloca em risco o viciado e muitas vezes quem está ao redor dele.
O foco é no DESVIO DO INDIVIDUO e não na substancia em si.
Não faz sentido prender o fabricante do Fentanyl, o médico que o receita nem o paciente que faz uso dele, mas faz sentido prender o cara que rouba a loja da esquina para poder sustentar seu vicio em Fentanyl.
Também faz sentido prender o cara que foi parar no hospital com overdose de Fentanyl e quase morreu por isso.
Não foi isso que eu disse.