Até o inicio dos anos 2000, na feira do livro de porto alegre tinha uma editora local, dedicada a lançar propaganda nazista que colocava seus produtos a venda. Um deles era o minha luta, numa edição bem porca.
Até o inicio dos anos 2000, na feira do livro de porto alegre tinha uma editora local, dedicada a lançar propaganda nazista que colocava seus produtos a venda. Um deles era o minha luta, numa edição bem porca.
Era o Siegfried Ellwanger?
Numa visita profissional a uma empresa na Grande Porto Alegre, fiquei chocado quando vi que deram o nome dele para uma das salas de reunião.
Perguntei se tratava-se "daquele Siegfried Ellwanger".
Responderam perguntando "aquele, quem?".
"Hã... aquele... escritor?"
Fizeram aquela cara de não sei do que tá falando, foi uma situação prá lá de esquisita.
Até o inicio dos anos 2000, na feira do livro de porto alegre tinha uma editora local, dedicada a lançar propaganda nazista que colocava seus produtos a venda. Um deles era o minha luta, numa edição bem porca.
Havia uma versão em Português do Mein Kampf mantido por um site de muçulmanos malucos no qual o maluco do Karls Eduardo ia buscar seus conteúdos.
Até o inicio dos anos 2000, na feira do livro de porto alegre tinha uma editora local, dedicada a lançar propaganda nazista que colocava seus produtos a venda. Um deles era o minha luta, numa edição bem porca.
Era o Siegfried Ellwanger?
Numa visita profissional a uma empresa na Grande Porto Alegre, fiquei chocado quando vi que deram o nome dele para uma das salas de reunião.
Perguntei se tratava-se "daquele Siegfried Ellwanger".
Responderam perguntando "aquele, quem?".
"Hã... aquele... escritor?"
Fizeram aquela cara de não sei do que tá falando, foi uma situação prá lá de esquisita.
"Anos 1980: é aberta a editora Revisão no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Comandada pelo gaúcho Siegfried Ellwanger Castan, nascido em Candelária e morto em 2010, publicava obras de cunho racista e antissemita. O principal objetivo de Castan era propagar o revisionismo, corrente que negava o Holocausto judeu na II Guerra Mundial. Entre os polêmicos livros vendidos estavam Holocausto: judeu ou alemão? Nos bastidores da mentira do século e Acabou o gás!... O fim de um mito."
Até o inicio dos anos 2000, na feira do livro de porto alegre tinha uma editora local, dedicada a lançar propaganda nazista que colocava seus produtos a venda. Um deles era o minha luta, numa edição bem porca.
Havia uma versão em Português do Mein Kampf mantido por um site de muçulmanos malucos no qual o maluco do Karls Eduardo ia buscar seus conteúdos.
"Anos 1980: é aberta a editora Revisão no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Comandada pelo gaúcho Siegfried Ellwanger Castan, nascido em Candelária e morto em 2010, publicava obras de cunho racista e antissemita. O principal objetivo de Castan era propagar o revisionismo, corrente que negava o Holocausto judeu na II Guerra Mundial. Entre os polêmicos livros vendidos estavam Holocausto: judeu ou alemão? Nos bastidores da mentira do século e Acabou o gás!... O fim de um mito."
Até o inicio dos anos 2000, na feira do livro de porto alegre tinha uma editora local, dedicada a lançar propaganda nazista que colocava seus produtos a venda. Um deles era o minha luta, numa edição bem porca.
Era o Siegfried Ellwanger?
Numa visita profissional a uma empresa na Grande Porto Alegre, fiquei chocado quando vi que deram o nome dele para uma das salas de reunião.
Perguntei se tratava-se "daquele Siegfried Ellwanger".
Responderam perguntando "aquele, quem?".
"Hã... aquele... escritor?"
Fizeram aquela cara de não sei do que tá falando, foi uma situação prá lá de esquisita.
"Anos 1980: é aberta a editora Revisão no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Comandada pelo gaúcho Siegfried Ellwanger Castan, nascido em Candelária e morto em 2010, publicava obras de cunho racista e antissemita. O principal objetivo de Castan era propagar o revisionismo, corrente que negava o Holocausto judeu na II Guerra Mundial. Entre os polêmicos livros vendidos estavam Holocausto: judeu ou alemão? Nos bastidores da mentira do século e Acabou o gás!... O fim de um mito."
Pelo amor de Deus, não sei nem como esse tipo de coisa pode estar em discussão.
Mês passado eu comprei o livro escrito pelo próprio Mussolini intitulado "A doutrina do fascismo".
É curtinho ao estilo "o manifesto comunista" e como o tal não passa de um panfleto de propaganda, mas é excelente para quem quer saber o que REALMENTE é o fascismo e não cair nas baboseiras que ambos os lados mais extremos do espectro politico falam sobre o tema.
No livro Mussolini explica a razão do fascismo ser contrario tanto ao liberalismo e a democracia quanto ao marxismo e socialismo.
Esse tipo de coisa por si só deveria agradar ambos os grupos, já que a direita adora dizer que o fascismo é uma forma de socialismo e a esquerda adora chamar liberais de fascistas.
Que seleção é esta???
Além dos titulos já citados apareceram na lista o livro antissemita do Henry Ford, por 100 Reais - deve ter procura, e um "Eram inocentes!", assim, com exclamação e os réus de Nuremberg na capa...
Olha ai. Achei a noticia abaixo. Como disse, a Revisão estava sempre na Feira do Livro.
São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2000
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LITERATURA
Manifestantes tentam impedir divulgação de títulos neonazistas
Editora Revisão é motivo de protestos em Feira do Livro
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Com um abaixo-assinado, um grupo de manifestantes tenta impedir que a editora Revisão, acusada de fazer apologia do nazismo, participe da próxima Feira do Livro de Porto Alegre.
No entanto, é quase certa a presença da editora no evento, que ocorre de 27 de outubro a 15 de novembro, na capital gaúcha.
A Revisão pertence ao escritor Sigfried Ellwanger, condenado judicialmente pela prática do anti-semitismo. Entre outros livros, a editora distribui ""Holocausto -Judeu ou Alemão?", de autoria do próprio Ellwanger.
Não é a primeira vez que os livros da Revisão e sua participação na feira despertam polêmica. Sempre que foi questionado, o escritor entrou na Justiça para garantir sua participação na feira, invocando a liberdade de expressão.
Paulo Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, que organiza a feira, confirma o recebimento do abaixo-assinado, com mais de cem assinaturas. No documento, os signatários dizem que a Revisão se utiliza da tática da "mentira até virar verdade" ao negar o extermínio de judeus. Ainda acrescenta que a editora representa "a antítese do propósito da feira".
Ledur informa que a Revisão garantiu na Justiça a condição de associada da entidade, depois de ter sido expulsa. E diz que, mesmo não concordando "com qualquer forma de discriminação, seja ela racial, religiosa ou político-ideológica", não cabe à Câmara Rio-Grandense do Livro "poder de Justiça, muito menos de polícia".
"A editora Revisão é uma entidade legalmente constituída e preenche os requisitos estatutários para admissão como associada desta Câmara. Sendo regularmente associada, cabe-lhe o direito de participar de todas as atividades realizadas pela entidade", escreveu, em resposta aos signatários do abaixo-assinado.
"No ano de 1989, a editora Revisão foi declarada "persona non grata" pelo município de Porto Alegre (ato também revogado judicialmente) e, em assembléia geral da Câmara Rio-Grandense do Livro, foi excluída do quadro associativo. Poucos dias depois, uma liminar determinou sua reintegração ao quadro associativo, havendo decisão definitiva a esse respeito no ano de 1992", lembrou Ledur.
Outro lado
A Folha tentou ouvir Sigfried Ellwanger, mas este não foi encontrado até o fechamento desta edição. Sua mulher, Leonilda, disse que ele estava viajando e que não daria entrevistas.
De acordo com Leonilda, um advogado do editor, com escritório em Brasília, estará em Porto Alegre durante a feira para sustentar eventuais defesas de seu cliente.
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Outro dia o meu amigo Dario Di Martino lembrou do livro “Holocausto, Judeu ou Alemão”, do gaúcho S. E. Castan. Um livro que negava o que ocorreu com os judeus na II Guerra e vitimizava os alemães. Foi uma polêmica tremenda no começo dos anos 1990 e o livro acabou proibido. Bem, na época ele era vendido na editora Revisão, e o nome diz tudo, né! Sim, era neonazista. E numa Feira do Livro, eles colocaram uma banca na Alfândega. Deu uma confusão dos diabos. O cara que atendia era um loiro mal-humorado. E o que acontece? Um dia, eu leitor de tudo o que se refere ao período nazista, decido comprar o livro – que é uma verdadeira patuscada. Me dirijo à banca e quem encontro lá dentro? Uma amiga minha, mulata, ao lado do loiro. “Ué, o que tu faz aqui?”, pergunto pra ela, surpreso. “Oi Chico, vim aqui ficar com o meu namorado. Ele!”. Tóing. O cara nem me viu, né. “Ah, entendi, judeus e negões devem passar longe, mas eles adoram uma morenaça, são bem espertinhos”, digo, naqueles meus impulsos de fazer piadinha com tudo o que me cerca. Minha amiga faz beiço, eu compro o livro, este mesmo da foto, e meu dinheiro valeu pra ele, e saio dali. Cada um, cada um.
Olha ai. Achei a noticia abaixo. Como disse, a Revisão estava sempre na Feira do Livro.
Fala-se muita besteira sobre Neonazismo no Brasil, chegando alguns a classificar nesta categoria grupos como Carecas do ABC.
Comentei aqui que os Carecas são sociopatas paleolíticos, com inteligência próxima à dos minerais, mas que de neonazistas não têm nada, sendo o credo macarrônico deles um requentado suburbano de discursos nacionalistas genéricos, incluindo um culto à mestiçagem, que consideram ser a raça genuinamente brasileira, mesmo porque quase todo Careca é mestiço.
Precisa ser muito burro ou jornalista de algumas mídias prá não perceber que culto à mestiçagem é diferente de ideologia da raça pura.
Mas... tem o Rio Grande do Sul e suas colônias alemãs.
Uma questão delicada e por isto necessário deixar claro que os descendentes de alemães no Brasil NÃO são nazistas.
Porém, é o único lugar do Brasil em que movimentos genuinamente neonazistas podem se estabelecer.
Nazismo é o nacionalismo da raça tornado à condição de misticismo, sendo que foi de delírios místicos que tiraram a tal Raça Ariana, tão real do ponto de vista científico quanto os Asgardianos ou Elfos.
O ponto a ser considerada é que nestas Colônias existem alemães culturais que NÃO foram vacinados contra o Nazismo como os foram os da Terrinha.
E qual foi a vacina contra o Nazismo?
As bombas dos americanos e os estupros dos soviéticos.
Os Alemães se arrependeram muito de terem apoiado o Fanático de Bigodinho e Sexualidade Indefinida.
Alemães expatriados antes da Guerra não passaram por este trauma e há aqueles dentre que deveriam ter passado.
Isto não é exclusivo desta ou daquela Colônia.
Caso análogo - mesmo que não tão extremo - ocorreu com a população de ascendência francesa de Quebec, no Canada, que por séculos era em tudo mais xenófoba e excludente que seus compatriotas afetivos na França.
Explica-se que o fato de os franceses da França terem passado pela Revolução, Guerras Napoleônicas, Guerra Franco Prussiana, Primeira e... Segunda Guerra Mundial deu aos Frogs uma percepção mais abrangente daquela preservada por seus primos no Canada, em cujo território nunca acontecia nada do tipo.
Fechando, Neonazismo é preocupação séria, mas não existem neonazistas mestiços na periferia de São Paulo e as acusações de neonazistas na Ucrânia precisa passar por muitos filtros.
Esta banalização é perigosa, pois desvia o foco dos verdadeiros adeptos daquela ideologia, que por mais amalucados e fora da realidade que sejam não o são mais do que os fundadores do NSDAP.
Comentários
As criticas começaram so nos anos 2000.
Era o Siegfried Ellwanger?
Numa visita profissional a uma empresa na Grande Porto Alegre, fiquei chocado quando vi que deram o nome dele para uma das salas de reunião.
Perguntei se tratava-se "daquele Siegfried Ellwanger".
Responderam perguntando "aquele, quem?".
"Hã... aquele... escritor?"
Fizeram aquela cara de não sei do que tá falando, foi uma situação prá lá de esquisita.
Havia uma versão em Português do Mein Kampf mantido por um site de muçulmanos malucos no qual o maluco do Karls Eduardo ia buscar seus conteúdos.
"Anos 1980: é aberta a editora Revisão no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Comandada pelo gaúcho Siegfried Ellwanger Castan, nascido em Candelária e morto em 2010, publicava obras de cunho racista e antissemita. O principal objetivo de Castan era propagar o revisionismo, corrente que negava o Holocausto judeu na II Guerra Mundial. Entre os polêmicos livros vendidos estavam Holocausto: judeu ou alemão? Nos bastidores da mentira do século e Acabou o gás!... O fim de um mito."
http://especiais-pio.clicrbs.com.br/almanaque/735/735.html
"Anos 1980: é aberta a editora Revisão no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Comandada pelo gaúcho Siegfried Ellwanger Castan, nascido em Candelária e morto em 2010, publicava obras de cunho racista e antissemita. O principal objetivo de Castan era propagar o revisionismo, corrente que negava o Holocausto judeu na II Guerra Mundial. Entre os polêmicos livros vendidos estavam Holocausto: judeu ou alemão? Nos bastidores da mentira do século e Acabou o gás!... O fim de um mito."
http://especiais-pio.clicrbs.com.br/almanaque/735/735.html
Eu acho que essa editora também editava aquele livro antissemita do Lutero: ¨Sobre os Judeus e Suas Mentiras.¨
tem alguns a venda nos sebos virtuais
Mês passado eu comprei o livro escrito pelo próprio Mussolini intitulado "A doutrina do fascismo".
É curtinho ao estilo "o manifesto comunista" e como o tal não passa de um panfleto de propaganda, mas é excelente para quem quer saber o que REALMENTE é o fascismo e não cair nas baboseiras que ambos os lados mais extremos do espectro politico falam sobre o tema.
No livro Mussolini explica a razão do fascismo ser contrario tanto ao liberalismo e a democracia quanto ao marxismo e socialismo.
Esse tipo de coisa por si só deveria agradar ambos os grupos, já que a direita adora dizer que o fascismo é uma forma de socialismo e a esquerda adora chamar liberais de fascistas.
Que seleção é esta???
Além dos titulos já citados apareceram na lista o livro antissemita do Henry Ford, por 100 Reais - deve ter procura, e um "Eram inocentes!", assim, com exclamação e os réus de Nuremberg na capa...
São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2000
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LITERATURA
Manifestantes tentam impedir divulgação de títulos neonazistas
Editora Revisão é motivo de protestos em Feira do Livro
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Com um abaixo-assinado, um grupo de manifestantes tenta impedir que a editora Revisão, acusada de fazer apologia do nazismo, participe da próxima Feira do Livro de Porto Alegre.
No entanto, é quase certa a presença da editora no evento, que ocorre de 27 de outubro a 15 de novembro, na capital gaúcha.
A Revisão pertence ao escritor Sigfried Ellwanger, condenado judicialmente pela prática do anti-semitismo. Entre outros livros, a editora distribui ""Holocausto -Judeu ou Alemão?", de autoria do próprio Ellwanger.
Não é a primeira vez que os livros da Revisão e sua participação na feira despertam polêmica. Sempre que foi questionado, o escritor entrou na Justiça para garantir sua participação na feira, invocando a liberdade de expressão.
Paulo Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, que organiza a feira, confirma o recebimento do abaixo-assinado, com mais de cem assinaturas. No documento, os signatários dizem que a Revisão se utiliza da tática da "mentira até virar verdade" ao negar o extermínio de judeus. Ainda acrescenta que a editora representa "a antítese do propósito da feira".
Ledur informa que a Revisão garantiu na Justiça a condição de associada da entidade, depois de ter sido expulsa. E diz que, mesmo não concordando "com qualquer forma de discriminação, seja ela racial, religiosa ou político-ideológica", não cabe à Câmara Rio-Grandense do Livro "poder de Justiça, muito menos de polícia".
"A editora Revisão é uma entidade legalmente constituída e preenche os requisitos estatutários para admissão como associada desta Câmara. Sendo regularmente associada, cabe-lhe o direito de participar de todas as atividades realizadas pela entidade", escreveu, em resposta aos signatários do abaixo-assinado.
"No ano de 1989, a editora Revisão foi declarada "persona non grata" pelo município de Porto Alegre (ato também revogado judicialmente) e, em assembléia geral da Câmara Rio-Grandense do Livro, foi excluída do quadro associativo. Poucos dias depois, uma liminar determinou sua reintegração ao quadro associativo, havendo decisão definitiva a esse respeito no ano de 1992", lembrou Ledur.
Outro lado
A Folha tentou ouvir Sigfried Ellwanger, mas este não foi encontrado até o fechamento desta edição. Sua mulher, Leonilda, disse que ele estava viajando e que não daria entrevistas.
De acordo com Leonilda, um advogado do editor, com escritório em Brasília, estará em Porto Alegre durante a feira para sustentar eventuais defesas de seu cliente.
Texto Anterior: Da rua - Fernando Bonassi: A cara da morte
Próximo Texto: Debate: Especialistas discutem tecnologia
Índice
Outro dia o meu amigo Dario Di Martino lembrou do livro “Holocausto, Judeu ou Alemão”, do gaúcho S. E. Castan. Um livro que negava o que ocorreu com os judeus na II Guerra e vitimizava os alemães. Foi uma polêmica tremenda no começo dos anos 1990 e o livro acabou proibido. Bem, na época ele era vendido na editora Revisão, e o nome diz tudo, né! Sim, era neonazista. E numa Feira do Livro, eles colocaram uma banca na Alfândega. Deu uma confusão dos diabos. O cara que atendia era um loiro mal-humorado. E o que acontece? Um dia, eu leitor de tudo o que se refere ao período nazista, decido comprar o livro – que é uma verdadeira patuscada. Me dirijo à banca e quem encontro lá dentro? Uma amiga minha, mulata, ao lado do loiro. “Ué, o que tu faz aqui?”, pergunto pra ela, surpreso. “Oi Chico, vim aqui ficar com o meu namorado. Ele!”. Tóing. O cara nem me viu, né. “Ah, entendi, judeus e negões devem passar longe, mas eles adoram uma morenaça, são bem espertinhos”, digo, naqueles meus impulsos de fazer piadinha com tudo o que me cerca. Minha amiga faz beiço, eu compro o livro, este mesmo da foto, e meu dinheiro valeu pra ele, e saio dali. Cada um, cada um.
http://guaibadas.blogspot.com/2013/04/eles-gostam-de-uma-morena.html
https://www.youtube.com/@editorarevisao2152/videos
Fala-se muita besteira sobre Neonazismo no Brasil, chegando alguns a classificar nesta categoria grupos como Carecas do ABC.
Comentei aqui que os Carecas são sociopatas paleolíticos, com inteligência próxima à dos minerais, mas que de neonazistas não têm nada, sendo o credo macarrônico deles um requentado suburbano de discursos nacionalistas genéricos, incluindo um culto à mestiçagem, que consideram ser a raça genuinamente brasileira, mesmo porque quase todo Careca é mestiço.
Precisa ser muito burro ou jornalista de algumas mídias prá não perceber que culto à mestiçagem é diferente de ideologia da raça pura.
Mas... tem o Rio Grande do Sul e suas colônias alemãs.
Uma questão delicada e por isto necessário deixar claro que os descendentes de alemães no Brasil NÃO são nazistas.
Porém, é o único lugar do Brasil em que movimentos genuinamente neonazistas podem se estabelecer.
Nazismo é o nacionalismo da raça tornado à condição de misticismo, sendo que foi de delírios místicos que tiraram a tal Raça Ariana, tão real do ponto de vista científico quanto os Asgardianos ou Elfos.
O ponto a ser considerada é que nestas Colônias existem alemães culturais que NÃO foram vacinados contra o Nazismo como os foram os da Terrinha.
E qual foi a vacina contra o Nazismo?
As bombas dos americanos e os estupros dos soviéticos.
Os Alemães se arrependeram muito de terem apoiado o Fanático de Bigodinho e Sexualidade Indefinida.
Alemães expatriados antes da Guerra não passaram por este trauma e há aqueles dentre que deveriam ter passado.
Isto não é exclusivo desta ou daquela Colônia.
Caso análogo - mesmo que não tão extremo - ocorreu com a população de ascendência francesa de Quebec, no Canada, que por séculos era em tudo mais xenófoba e excludente que seus compatriotas afetivos na França.
Explica-se que o fato de os franceses da França terem passado pela Revolução, Guerras Napoleônicas, Guerra Franco Prussiana, Primeira e... Segunda Guerra Mundial deu aos Frogs uma percepção mais abrangente daquela preservada por seus primos no Canada, em cujo território nunca acontecia nada do tipo.
Fechando, Neonazismo é preocupação séria, mas não existem neonazistas mestiços na periferia de São Paulo e as acusações de neonazistas na Ucrânia precisa passar por muitos filtros.
Esta banalização é perigosa, pois desvia o foco dos verdadeiros adeptos daquela ideologia, que por mais amalucados e fora da realidade que sejam não o são mais do que os fundadores do NSDAP.
De novo, foco é necessário.