Fiz o sacrifício de ver o vídeo. É uma perda de tempo, pois as especulações são típicas de um profissional que não tem uma visão abrangente sobre um cenário mundial. Ele fala de uma crise no Brasil porque a estagnação populacional vai encontrar o país num estágio tecnológico industrial semelhante ao de países sub desenvolvidos, e cita o Japão, que também tem uma população envelhecida mas de alto nível tecnológico industrial. Então ele incorre num erro de avaliação típica de um especialista com viseiras, ou seja, aquele que pensa que sua especialização traz os questionamentos ou as respostas aos problemas futuros.
Um especialista em qualquer ramo do saber é útil e importante apenas naquele seguimento, e suas opiniões, que até podem subsidiar decisões, não têm valor para analisar cenários de crise que evolvem múltiplas disciplinas. Ele cita o Brasil, que teria uma população envelhecida e insuficiente jovens na capacidade de produção; ele diz, juventude não produtiva, para o restante da população.
Ele havia dito que o Japão, industrializado, tem uma população envelhecida, logo, sua força de trabalho estará nesta população ou em imigrantes.
Vamos descer do "banquinho" e analisar uma realidade que de fato assusta: a escassez de alimentos.
Na História este sempre foi o motivo para as guerras e invasões. Países com pouca extensão territorial, embora industrializados, como o Japão, a Coréia do Sul, etc, gastam suas divisas para importar alimentos. Não têm áreas de pastagem ou agricultável, e a carne, por exemplo, é rara e extremamente cara. Todos os países industrializados, quaisquer que sejam, com escassa produção de alimentos, no futuro estarão à míngua, se alimentando de parafusos e chaves de fenda. Farão filas às portas do Brasil para se alimentarem.
É óbvio que esta explanação carece de maior elaboração, mas o essencial é como está aqui.
Volto, com mais justificada razão, a ser um eremita de vídeos da internet.
Legal ver De Leon Petta ser postado aqui.
Venho acompanhando o trabalho dele desde que surgiu no Youtube.
Com algumas ressalvas, acho as colocações dele muito interessantes, principalmente por fugir muito ao padrão da FEFELECHE USP, onde ele concluiu mestrado e doutorado.
O discurso Anti-Neomalthusiano dele tá certíssimo.
Alarmistas da superpopulação e falta global de alimentos estão atrasados em décadas, tempo no qual o problema da fome regionalizada deixou de ser questão de produção para ser de distribuição, dado o sucesso da Revolução Verde - quem não souber o que é, pesquise.
De Leon Petta também é especialista em Cyber Intelligence, foi pesquisador visitante da Universidade de Hong Kong e seus títulos incluem formação em Estudos sobre Crime Organizado, o que monta um currículo interessante.
Como disse, tenho ressalvas quanto aos conteúdos dele, mas no geral ele se destaca neste mar duvidoso do Youtube.
Vamos descer do "banquinho" e analisar uma realidade que de fato assusta: a escassez de alimentos.
Na História este sempre foi o motivo para as guerras e invasões. Países com pouca extensão territorial, embora industrializados, como o Japão, a Coréia do Sul, etc, gastam suas divisas para importar alimentos. Não têm áreas de pastagem ou agricultável, e a carne, por exemplo, é rara e extremamente cara. Todos os países industrializados, quaisquer que sejam, com escassa produção de alimentos, no futuro estarão à míngua, se alimentando de parafusos e chaves de fenda. Farão filas às portas do Brasil para se alimentarem.
Na verdade, nem tanto. Esses países tem até altos índices de obesidade, em alguns casos. Não falta alimentos, por que são países estruturados. Na verdade vai faltar alimentos em países sem estrutura e com grande população. Já está acontecendo na Nigéria. O país tem 220 milhões de habitantes em um território pequeno. A Nigéria já voltou para o mapa da fome da ONU. Por que é um país sem estrutura, não tem aonde colocar tanta gente, não tem emprego, não tem indústria, sistema educacional péssimo, força de trabalho sem qualificação e precária. Em países como a Nigéria o Malthus ainda não pode ser abandonado de todo.
Legal ver De Leon Petta ser postado aqui.
Venho acompanhando o trabalho dele desde que surgiu no Youtube.
Com algumas ressalvas, acho as colocações dele muito interessantes, principalmente por fugir muito ao padrão da FEFELECHE USP, onde ele concluiu mestrado e doutorado.
O discurso Anti-Neomalthusiano dele tá certíssimo.
Alarmistas da superpopulação e falta global de alimentos estão atrasados em décadas, tempo no qual o problema da fome regionalizada deixou de ser questão de produção para ser de distribuição, dado o sucesso da Revolução Verde - quem não souber o que é, pesquise.
De Leon Petta também é especialista em Cyber Intelligence, foi pesquisador visitante da Universidade de Hong Kong e seus títulos incluem formação em Estudos sobre Crime Organizado, o que monta um currículo interessante.
Como disse, tenho ressalvas quanto aos conteúdos dele, mas no geral ele se destaca neste mar duvidoso do Youtube.
Vi o vídeo dele por aí, apareceu pra mim no YouTube e o user Sardinha de Wall Street do IGN compartilhou. Não está passando batido.
Vamos descer do "banquinho" e analisar uma realidade que de fato assusta: a escassez de alimentos.
Na História este sempre foi o motivo para as guerras e invasões. Países com pouca extensão territorial, embora industrializados, como o Japão, a Coréia do Sul, etc, gastam suas divisas para importar alimentos. Não têm áreas de pastagem ou agricultável, e a carne, por exemplo, é rara e extremamente cara. Todos os países industrializados, quaisquer que sejam, com escassa produção de alimentos, no futuro estarão à míngua, se alimentando de parafusos e chaves de fenda. Farão filas às portas do Brasil para se alimentarem.
Na verdade, nem tanto. Esses países tem até altos índices de obesidade, em alguns casos. Não falta alimentos, por que são países estruturados. Na verdade vai faltar alimentos em países sem estrutura e com grande população. Já está acontecendo na Nigéria. O país tem 220 milhões de habitantes em um território pequeno. A Nigéria já voltou para o mapa da fome da ONU. Por que é um país sem estrutura, não tem aonde colocar tanta gente, não tem emprego, não tem indústria, sistema educacional péssimo, força de trabalho sem qualificação e precária. Em países como a Nigéria o Malthus ainda não pode ser abandonado de todo.
Pois é caro Volpiceli; você acaba de me dar razão. Nigéria, pais pobre, superpopulação, baixa extensão de terra. A fome está grassando. Além disso, meu caro, a obesidade está também associada ao desequilíbrio do carbohidrato e da atividade física, i.e. sedentarismo.
Caro mestre @Acauan; o contexto em que essa crise de alimentos poderá ocorrer, mesmo com as tecnologias da sintetização de proteínas, etc. é futurista. Certamente nem Malthus imaginou um planeta num futuro distante em que a terra pudesse ser tão cara e escassa.
Posso estar enganado, mas vejo um futuro em que as habitações, prédios e equipamentos públicos, como hospitais e universidades, além dos complexos industriais com suas vias de transporte para diversos modais, terão esgotado o espaço para plantio e criação.
Mas como a ciência e a tecnologia dos materiais sempre podem surpreender, o espaço aéreo poderia ser uma opção. Aliás, com certas dificuldades pelo alto custo, as grandes metrópoles já estão implementando seus projetos "megalíticos" por sobre as estruturas existente.
Pois é caro Volpiceli; você acaba de me dar razão. Nigéria, pais pobre, superpopulação, baixa extensão de terra. A fome está grassando. Além disso, meu caro, a obesidade está também associada ao desequilíbrio do carbohidrato e da atividade física, i.e. sedentarismo.
Mas depende do lugar, por exemplo, a Índia que também tem superpopulação, tem também níveis de miséria e fome enormes, mas tem estrutura, resultado: o país aproveita bem a sua população, tanto que a Índia já é a quinta maior economia do mundo. Tem superpopulação, mas tem estrutura, coisa que países como a Nigéria não tem.
Pois é caro Volpiceli; você acaba de me dar razão. Nigéria, pais pobre, superpopulação, baixa extensão de terra. A fome está grassando. Além disso, meu caro, a obesidade está também associada ao desequilíbrio do carbohidrato e da atividade física, i.e. sedentarismo.
Mas depende do lugar, por exemplo, a Índia que também tem superpopulação, tem também níveis de miséria e fome enormes, mas tem estrutura, resultado: o país aproveita bem a sua população, tanto que a Índia já é a quinta maior economia do mundo. Tem superpopulação, mas tem estrutura, coisa que países como a Nigéria não tem.
Resumo não adianta o país ter gente se você não sabe como usar.
Caro mestre @Acauan; o contexto em que essa crise de alimentos poderá ocorrer, mesmo com as tecnologias da sintetização de proteínas, etc. é futurista. Certamente nem Malthus imaginou um planeta num futuro distante em que a terra pudesse ser tão cara e escassa.
Posso estar enganado, mas vejo um futuro em que as habitações, prédios e equipamentos públicos, como hospitais e universidades, além dos complexos industriais com suas vias de transporte para diversos modais, terão esgotado o espaço para plantio e criação.
Caro @Patolino, é perfeitamente compreensível que tenhamos uma interpretação intuitiva de vivermos em um mundo abarrotado de gente, pois a vida urbana diária nos bombardeia com esta impressão.
Porém se analisarmos os números, encaramos uma realidade bem diferente.
Começando pelo Brasil que tem 17 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, que concentram mais de 20% da população total do país, isto em uma parcela ínfima do território.
Ou seja, as concentrações urbanas são compensadas por imensas áreas vazias e quem costuma olhar pela janelinha do avião nos voos domésticos constata isto.
Rússia, Canadá e Austrália também são grandes territórios vazios, junto com o Brasil representam quatro dos cinco maiores países do mundo.
Tem terra demais disponível, certo que antes boa parte delas eram inviáveis, mas com as tecnologias modernas de correção de solo é possível ter safras muito produtivas em territórios antes impensáveis, desde que, claro, o clima seja minimamente propício.
Outra questão é a do aproveitamento das terras agrícolas.
Voltando ao Brasil, não vou pegar os números agora, mas pense na imensidão de terras destinadas ao cultivo de cana-de-acçúcar para produção de álcool combustível.
Isto se dá porque estas terras são excedentes, nenhum brasileiro está passando fome por conta da existência de canaviais uma vez que a quantidade de glebas destinadas à produção de alimentos é muito mais que o suficiente para o consumo interno.
Numa improvável próxima emergência alimentar catastrófica, estas terras usadas no manejo da cana podem ser redirecionadas para produzir comida, recorridos como já dito às necessárias correções químicas do solo.
Exemplo similar nos Estados Unidos, onde plantam muito mais milho do que consumível como alimento humano e ração animal, resultando que a maior parte da produção destina a aplicações alternativas do produto, também lá na produção do álcool de milho e de uma infinidade de matérias primas para a indústria de química orgânica.
Claro que ainda há os grotões da Terra onde a fome assola, como na África subsaariana, porém em grande parte dos casos, aquelas populações famintas poderiam ter pelo menos o suficiente para sobreviver apenas com a ajuda internacional, não fosse o fato que boa parte ou quase toda esta ajuda é desviada por governantes corruptos e senhores da guerra, que usam alimento como instrumento de poder.
Malthus e David Ricardo descreveram a realidade de sua época, vide Lei dos Rendimentos Decrescentes do segundo, porém a tecnologia agrícola tornou estas teses obsoletas e diante do quadro iminente de declínio populacional, o risco de fome global pode ser causado pelo motivo oposto, a falência dos sistemas econômicos baseados na expansão contínua, com inevitável consequências nos sistemas de produção agrícola.
Grande exposição, caro @Acauan.
Amigo, acredito que assim será, praza a Deus. E digo isto, sobre seu texto, porque é exatamente assim que os Espíritos têm procurado acalmar o pessimismo sobre a superpopulação no planeta.
Mas, um pequeno laivo de pessimismo sempre cabe, né? rs rs
Guerras químicas, ou com alguma radiação nuclear comprometendo o uso do solo e da água.. .
Afinal, a Coréia do Norte está buscando protagonismo neste cenário.
Amigo, acredito que assim será, praza a Deus. E digo isto, sobre seu texto, porque é exatamente assim que os Espíritos têm procurado acalmar o pessimismo sobre a superpopulação no planeta.
687. Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?
“Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”
Amigo, acredito que assim será, praza a Deus. E digo isto, sobre seu texto, porque é exatamente assim que os Espíritos têm procurado acalmar o pessimismo sobre a superpopulação no planeta.
687. Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?
“Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”
687. Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?
“Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”
687. Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?
“Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”
Quem diria...
Deus também é anti-NeoMathusiano.
Nesse caso Ele bem que poderia ter criado um universo um pouco mais simpático para a vida ao invés de confiná-la em pequenos pontos rochosos com condições bem específicas... 🙄
687. Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?
“Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”
Quem diria...
Deus também é anti-NeoMathusiano.
Nesse caso Ele bem que poderia ter criado um universo um pouco mais simpático para a vida ao invés de confiná-la em pequenos pontos rochosos com condições bem específicas... 🙄
Aquele que de humano que Deus tem, aliás ele nos fez a sua imagem e semelhança.
Comentários
Você viu o vídeo?
Tá explicado seu comentário sem noção.
Um especialista em qualquer ramo do saber é útil e importante apenas naquele seguimento, e suas opiniões, que até podem subsidiar decisões, não têm valor para analisar cenários de crise que evolvem múltiplas disciplinas. Ele cita o Brasil, que teria uma população envelhecida e insuficiente jovens na capacidade de produção; ele diz, juventude não produtiva, para o restante da população.
Ele havia dito que o Japão, industrializado, tem uma população envelhecida, logo, sua força de trabalho estará nesta população ou em imigrantes.
Vamos descer do "banquinho" e analisar uma realidade que de fato assusta: a escassez de alimentos.
Na História este sempre foi o motivo para as guerras e invasões. Países com pouca extensão territorial, embora industrializados, como o Japão, a Coréia do Sul, etc, gastam suas divisas para importar alimentos. Não têm áreas de pastagem ou agricultável, e a carne, por exemplo, é rara e extremamente cara. Todos os países industrializados, quaisquer que sejam, com escassa produção de alimentos, no futuro estarão à míngua, se alimentando de parafusos e chaves de fenda. Farão filas às portas do Brasil para se alimentarem.
É óbvio que esta explanação carece de maior elaboração, mas o essencial é como está aqui.
Volto, com mais justificada razão, a ser um eremita de vídeos da internet.
Legal ver De Leon Petta ser postado aqui.
Venho acompanhando o trabalho dele desde que surgiu no Youtube.
Com algumas ressalvas, acho as colocações dele muito interessantes, principalmente por fugir muito ao padrão da FEFELECHE USP, onde ele concluiu mestrado e doutorado.
O discurso Anti-Neomalthusiano dele tá certíssimo.
Alarmistas da superpopulação e falta global de alimentos estão atrasados em décadas, tempo no qual o problema da fome regionalizada deixou de ser questão de produção para ser de distribuição, dado o sucesso da Revolução Verde - quem não souber o que é, pesquise.
De Leon Petta também é especialista em Cyber Intelligence, foi pesquisador visitante da Universidade de Hong Kong e seus títulos incluem formação em Estudos sobre Crime Organizado, o que monta um currículo interessante.
Como disse, tenho ressalvas quanto aos conteúdos dele, mas no geral ele se destaca neste mar duvidoso do Youtube.
Na verdade, nem tanto. Esses países tem até altos índices de obesidade, em alguns casos. Não falta alimentos, por que são países estruturados. Na verdade vai faltar alimentos em países sem estrutura e com grande população. Já está acontecendo na Nigéria. O país tem 220 milhões de habitantes em um território pequeno. A Nigéria já voltou para o mapa da fome da ONU. Por que é um país sem estrutura, não tem aonde colocar tanta gente, não tem emprego, não tem indústria, sistema educacional péssimo, força de trabalho sem qualificação e precária. Em países como a Nigéria o Malthus ainda não pode ser abandonado de todo.
Vi o vídeo dele por aí, apareceu pra mim no YouTube e o user Sardinha de Wall Street do IGN compartilhou. Não está passando batido.
Caro mestre @Acauan; o contexto em que essa crise de alimentos poderá ocorrer, mesmo com as tecnologias da sintetização de proteínas, etc. é futurista. Certamente nem Malthus imaginou um planeta num futuro distante em que a terra pudesse ser tão cara e escassa.
Posso estar enganado, mas vejo um futuro em que as habitações, prédios e equipamentos públicos, como hospitais e universidades, além dos complexos industriais com suas vias de transporte para diversos modais, terão esgotado o espaço para plantio e criação.
Mas como a ciência e a tecnologia dos materiais sempre podem surpreender, o espaço aéreo poderia ser uma opção. Aliás, com certas dificuldades pelo alto custo, as grandes metrópoles já estão implementando seus projetos "megalíticos" por sobre as estruturas existente.
Mas depende do lugar, por exemplo, a Índia que também tem superpopulação, tem também níveis de miséria e fome enormes, mas tem estrutura, resultado: o país aproveita bem a sua população, tanto que a Índia já é a quinta maior economia do mundo. Tem superpopulação, mas tem estrutura, coisa que países como a Nigéria não tem.
Resumo não adianta o país ter gente se você não sabe como usar.
Caro @Patolino, é perfeitamente compreensível que tenhamos uma interpretação intuitiva de vivermos em um mundo abarrotado de gente, pois a vida urbana diária nos bombardeia com esta impressão.
Porém se analisarmos os números, encaramos uma realidade bem diferente.
Começando pelo Brasil que tem 17 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, que concentram mais de 20% da população total do país, isto em uma parcela ínfima do território.
Ou seja, as concentrações urbanas são compensadas por imensas áreas vazias e quem costuma olhar pela janelinha do avião nos voos domésticos constata isto.
Rússia, Canadá e Austrália também são grandes territórios vazios, junto com o Brasil representam quatro dos cinco maiores países do mundo.
Tem terra demais disponível, certo que antes boa parte delas eram inviáveis, mas com as tecnologias modernas de correção de solo é possível ter safras muito produtivas em territórios antes impensáveis, desde que, claro, o clima seja minimamente propício.
Outra questão é a do aproveitamento das terras agrícolas.
Voltando ao Brasil, não vou pegar os números agora, mas pense na imensidão de terras destinadas ao cultivo de cana-de-acçúcar para produção de álcool combustível.
Isto se dá porque estas terras são excedentes, nenhum brasileiro está passando fome por conta da existência de canaviais uma vez que a quantidade de glebas destinadas à produção de alimentos é muito mais que o suficiente para o consumo interno.
Numa improvável próxima emergência alimentar catastrófica, estas terras usadas no manejo da cana podem ser redirecionadas para produzir comida, recorridos como já dito às necessárias correções químicas do solo.
Exemplo similar nos Estados Unidos, onde plantam muito mais milho do que consumível como alimento humano e ração animal, resultando que a maior parte da produção destina a aplicações alternativas do produto, também lá na produção do álcool de milho e de uma infinidade de matérias primas para a indústria de química orgânica.
Claro que ainda há os grotões da Terra onde a fome assola, como na África subsaariana, porém em grande parte dos casos, aquelas populações famintas poderiam ter pelo menos o suficiente para sobreviver apenas com a ajuda internacional, não fosse o fato que boa parte ou quase toda esta ajuda é desviada por governantes corruptos e senhores da guerra, que usam alimento como instrumento de poder.
Malthus e David Ricardo descreveram a realidade de sua época, vide Lei dos Rendimentos Decrescentes do segundo, porém a tecnologia agrícola tornou estas teses obsoletas e diante do quadro iminente de declínio populacional, o risco de fome global pode ser causado pelo motivo oposto, a falência dos sistemas econômicos baseados na expansão contínua, com inevitável consequências nos sistemas de produção agrícola.
Amigo, acredito que assim será, praza a Deus. E digo isto, sobre seu texto, porque é exatamente assim que os Espíritos têm procurado acalmar o pessimismo sobre a superpopulação no planeta.
Mas, um pequeno laivo de pessimismo sempre cabe, né? rs rs
Guerras químicas, ou com alguma radiação nuclear comprometendo o uso do solo e da água.. .
Afinal, a Coréia do Norte está buscando protagonismo neste cenário.
Bem lembrado.
Quem diria...
Deus também é anti-NeoMathusiano.
Aquele que de humano que Deus tem, aliás ele nos fez a sua imagem e semelhança.