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  • Solid, a nova Internet descentralizada do criador da web Tim Berners-Lee

     Ao ver o que estava sendo feito com a web que criou em 1989 para ser algo totalmente livre e acessível a todos os usuários, Sir Tim Berners-Lee não poderia simplesmente ficar parado assistindo tudo com um sentimento de desgosto, então ele resolveu colocar a mão na massa novamente. Berners-Lee lançou oficialmente o seu novo projeto, Solid, uma espécie de web descentralizada, criada para oferecer mais poder e controle aos próprios usuários, em vez de deixá-los na mão das grandes corporações de hoje em dia.


     20180930tim-berners-lee_inrupt_solid.jpg


    Em um post chamado “Um Pequeno Passo para a Web…”, Berners-Lee também apresentou a Inrupt Inc., empresa que vai cuidar da plataforma Solid e também torná-la viável. No texto, Tim explica melhor o conceito por trás do Solid, e também os motivos pelos quais o projeto tem uma importância vital para o atual momento da internet:


     “Eu sempre acreditei que a web é para todos. É por isto que eu e outros brigamos ferozmente para protegê-la. As mudanças que conseguimos trazer criaram um mundo melhor e mais conectado, mas apesar de tudo de bom que alcançamos, a web evoluiu em uma máquina de iniquidade e divisão; controlada por forças poderosas que a usam para seus próprios objetivos.”

     Pelas suas palavras, dá pra ver que Berners-Lee está bem chateado, mas quem não ficaria, ao ver o que várias corporações têm feito com a web, umas transformando-a em uma espécie de jardim murado, outras permitindo mudar o resultado de eleições, e a maioria criando sua própria versão do Grande Irmão de 1984 mas voltada para o lado comercial, no qual a privacidade dos usuários é um mero detalhe ou algo a ser negociado pela maior oferta. Orwell certamente não ficaria orgulhoso.https://meiobit.com/391187/solid-internet-descentralizada-tim-berners-lee/
  • editado October 2018
    Pelas suas palavras, dá pra ver que Berners-Lee está bem chateado, mas quem não ficaria, ao ver o que várias corporações têm feito com a web, umas transformando-a em uma espécie de jardim murado, outras permitindo mudar o resultado de eleições, e a maioria criando sua própria versão do Grande Irmão de 1984 mas voltada para o lado comercial, no qual a privacidade dos usuários é um mero detalhe ou algo a ser negociado pela maior oferta. Orwell certamente não ficaria orgulhoso.https://meiobit.com/391187/solid-internet-descentralizada-tim-berners-lee/
    A China praticamente criou uma Internet separada e censurada e bloqueou o acesso ao exterior.

    Mas eu acho que qualquer coisa que se tente vai acabar do mesmo jeito. Mesmo que as grandes corporações não interfiram, sempre  haverá grupos religiosos ou ideológicos tentando assumir o controle.
     
  • Instagram vai usar Inteligência Artificial pra detectar bule nas fotos Algumas correntes filosóficas defendem que o Homem é por natureza bom, que as poucas maçãs podres se destacam mas em situações de necessidade o melhor do Ser Humano desperta. Outras correntes dizem que vivemos a um passo da barbárie, que a sociedade civilizada é uma mera máscara e que por qualquer motivo nos tornamos seres irracionais e raivosos.

     Depois de todos esses anos na vital indústria da Internet, tendo a concluir que o segundo grupo está sendo extremamente otimista.

     As pessoas podem ser incrivelmente cruéis na Internet, a Cora Rónai consegue ter haters em posts falando de peixinhos de aquário. Há gente que chega distribuindo ódio em fotos de garotinhas que se fantasiaram da Princesa Disney mas tinha a cor errada. E isso não é de hoje.

     Em 2014 dois adolescentes retardados de 16 anos, se me permitem o pleonasmo, criaram um perfil anônimo no Instagram para perseguir dois outros estudantes da mesma escola, instigando outros a mandar fotos e textos ridicularizando os buliados. Como anonimato na Internet é uma piada, os dois idiotas foram presos. Usar o WIFI da escola talvez não tenha sido uma boa idéia.

     O Instagram está lotado de casos semelhantes, adolescentes de fã-clubes incessantemente agredindo uns aos outros, os monstros da Gaga vs o Squad da Taytay ou seja lá como se chamem os fãs da Katy Perry. Eles postam imagens dos desafetos, de artistas, comparam, ofendem humilham, um show de horrores.

     Pra evitar que o ambiente se torne tóxico demais o Instagram apaga muita coisa, mas manualmente. Agora vão tentar automatizar isso. Dizem que usarão inteligência artificial para detectar posts com ameaças, assédios e ataques à saúde, aparência ou bem-estar de outras pessoas.Segundo a CNN, a tecnologia conseguirá identificar posts onde pessoas são comparadas negativamente a outras, ou rankeadas, tipo postar uma foto do Nick Ellis com a legenda 2/10.

     Qual o efeito que isso terá no mundo real? Sinceramente, zero. Adolescentes desocupados são extremamente criativos em encontrar novas formas de contornar filtros e ofender seus alvos. Será no mínimo divertido acompanhar os engenheiros do Instagram nessa batalha inglória, que tem tudo pra ser tão bem-sucedida quanto livrar o serviço de pornografia, e cuja única vítima até hoje foi a inocente tag #SEXTOU.

    https://meiobit.com/391529/instagram-vai-usar-inteligencia-artificial-pra-detectar-bule-nas-fotos/
  • Jean Wyllys ou Quaquá?

  • editado November 2018
    Cientistas estão prontos para redefinir o quilograma 

    O quilograma, a última unidade do Sistema Internacional de Medidas ainda ligada a um artefato físico passará a ser definida pela Constante de Planck

    O quilograma vai mudar: uma das unidades de medida mais importantes e base para várias outras deixará de ser ligada a um peso de metal, guardado num cofre na França para ser definida por uma constante abstrata, sendo a última a fazer tal salto.

     E ainda assim, tal mudança é essencial para que… nada mude.

     20181106momentmal-quilogram-weight-pixabay.jpg

    A Conferência Geral de Pesos e Medidas, a autoridade soberana do Escritório Internacional é a responsável por firmar as definições de cada uma das unidades do Sistema Internacional, dentre as quais temos o metro (m, que mede o comprimento), o segundo (s, tempo), ampere (A, corrente elétrica), o kelvin (K, temperatura), mol (quantidade) e a candela (cd, luminosidade).

     O quilograma (kg), a unidade padrão de massa, foi a primeira a ser definida em 1889, atribuída a um cilindro de platina e irídio de 47 cm³ guardado num cofre do Escritório Internacional em Sèvres, na França, protegido por três campânulas de vidro. Cópias do peso, conhecido como IPK (International Prototype Kilogram, ou Protótipo Internacional do Quilograma) foram feitas e enviadas a vários países, como forma de manter a padronização do sistema.

    O problema, objetos físicos e fenômenos observáveis tendem a não serem uniformes, logo não é aconselhável atribuir hoje em dia unidades de medida a eles. Por isso, ao longo dos anos as atribuições foram sendo alteradas a constantes universais, muito mais precisas e bem menos mutáveis.

     Por exemplo: o metro já foi definido no passado como 1/10.000.000 da distância entre o Equador e o Pólo Norte, tendo Paris como meridiano de referência, e hoje equivale à distância que a luz percorre no vácuo em 1/299.792.458 segundo; já o segundo deixou de ser 1/86.400 de um dia composto de 24 horas, 60 minutos e 60 segundos, para se tornar o tempo que um átomo de césio-133 leva para oscilar 9.192.631.770 vezes.

      20181106original-quilogram.jpg

    O IPK, mantido no Escritório Internacional de Pesos e Medidas em Sèvres, França

     No caso do quilograma propriamente dito, ele é última unidade ainda dependente de um artefato e, após 129 anos, tais objetos sofreram alterações. Enquanto as réplicas do IPK ganharam peso por contaminação, o original perdeu peso e na prática, isso é um problema e tanto: se a unidade que define o peso muda, o quilograma em si muda, e isso pode trazer sérias complicações até para a Ciência básica.

     Unidades de pressão, como Pascal e de energia, como o Joule, dependem da precisão do quilograma, bem como o Newton, que é a força necessária para acelerar 1 kg a 1 m/s². Se o IPK muda e, por conseguinte, o quilograma muda, o Netwon muda junto; dessa forma, os cientistas não podem confiar no IPK para medições realmente precisas. E embora o peso mude conforme a gravidade, 1 kg é sempre 1 kg.

     E, para que o quilograma não mude, o IPK vai ter que ser aposentado. Neste mês, a Conferência Geral de Pesos e Medidas pretende votar uma nova definição, que conectará a unidade à Constante de Planck; para isso, serão utilizadas balanças de Kibble (anteriormente conhecidas como balanças de Watt), equipamentos eletroeletrônicos utilizados para medir a força eletromagnética agindo sobre os dois pratos.

     20181106kibble-balance-uk-national-physical-laboratory.jpg

    Balança de Kibble, do Laboratório Nacional de Física do Reino Unido

     De forma resumida, uma balança de Kibble mede quanta corrente elétrica é necessária para igualar a força gravitacional agindo sobre um objeto com massa. Assim, ele não mede o peso em si, mas se baseia em constantes fundamentais para emitir valores mais precisos e duradouros.

     A constante de Planck (h), cujo valor é de 6,62606983×10-34 kg∙m2/s, com uma precisão de 34 partes por bilhão define que átomos só fornecem energia em quantidades específicas, as chamadas as quantas; segundo cientistas, o valor equivalente a um quilograma será muito mais preciso e muito menos sujeito a mudanças imprevistas nos valores com o passar dos anos, a menos que novas métricas mais precisas se tornem disponíveis.

     Assim, o quilograma não vai mudar de uma forma que irá influenciar a sua vida diretamente, mas esse é o ponto da questão: ele é uma unidade tão importante e básica que sua definição não pode mudar, assim o antigo IPK será posto de lado em prol de uma medição mais precisa, e que seguramente irá permanecer imutável por muito mais tempo.

    https://meiobit.com/392617/redefinindo-quilograma-com-ciencia/
  • Dona de comunidade no Orkut é condenada por zombar de rapaz com deficiênciaO Orkut foi encerrado há quatro anos, mas a Justiça ainda tem processos envolvendo a rede social

    Uma mulher foi condenada a pagar R$ 3 mil à família de um rapaz com deficiência mental após criar no Orkut a comunidade “Eu já corri do Geraldim”. À época, a página indicava que a comunidade era feita para “todos aqueles que conhecem, ouviram falar ou até mesmo correram dele”.

    O processo foi aberto em 2008 e só teve um desfecho no final de outubro, após decisão da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O jovem incapaz era representado por uma curadora, mas faleceu durante o processo e passou a ser representado pelo irmão.09/11/2018 às 18h06  News  A Justiça brasileira é bastante lenta e pode tomar decisões ligadas a empresas que deixaram de existir há muito tempo. O Orkut, por exemplo, foi encerrado em 2014 e se tornou parte importante de uma ação por danos morais. Uma mulher foi condenada a pagar R$ 3 mil à família de um rapaz com deficiência mental após criar no Orkut a comunidade “Eu já corri do Geraldim”. À época, a página indicava que a comunidade era feita para “todos aqueles que conhecem, ouviram falar ou até mesmo correram dele”.orkut_1060-700x394.jpgO processo foi aberto em 2008 e só teve um desfecho no final de outubro, após decisão da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O jovem incapaz era representado por uma curadora, mas faleceu durante o processo e passou a ser representado pelo irmão.O rapaz era conhecido por se portar de modo impróprio nas ruas de Capelinha, em Minas Gerais. Mas, segundo o irmão, isso acontecia porque ele não tinha desenvolvimento mental compatível sua idade cronológica.

     A justificativa para a indenização era de que a comunidade se baseava em “chacota e total escárnio” por conta das atitudes do rapaz. A primeira e a segunda instância não atenderam ao pedido por entenderem que a criadora da comunidade agiu de forma imatura e causou um “simples aborrecimento”.
     Entretanto, o relator do recurso no STJ, ministro Marco Aurélio Bellizze, considerou que o desrespeito à dignidade do jovem neste caso é notável.

    Segundo ele, a decisão anterior “apequena a relevância do direito protegido, além de se afastar dos propósitos explicitamente declarados na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”.

    Em sua conclusão, a comunidade, a foto do jovem e o convite para outras pessoas se manifestarem em tom jocoso ferem a dignidade do ser humano. “Atitudes como esta, ainda que atribuídas à imaturidade da causadora do dano, não podem passar impunes pelo crivo do Poder Judiciário”, afirmou.O recurso também pedia a condenação do Google na posição de proprietário do Orkut. O STJ, porém, não atendeu à demanda por entender que a empresa não é responsável pelo conteúdo publicado por terceiros.

     Para justificar a decisão, o relator usou o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), que prevê a punição apenas para empresas que se recusarem a retirar o conteúdo do ar após notificação extrajudicial.

    https://tecnoblog.net/267130/comunidade-orkut-danos-morais/

     
  • Projeto de lei quer Uber gratuito para idosos em cidade paulista
    Não é gratuito. Alguém vai ter que pagar pelo serviço. Esmola com o dinheiro dos outros.
     
  • Japão vai finalmente aposentar… pagers
    Depois de... tempo demais finalmente o Japão irá aposentar uma tecnologia que todo mundo jurava que eles não usavam faz tempo: Pagers!


    Carlos Cardoso 11/12/2018 às 20:51



    Muito, muito tempo atrás na Aurora do Homem era impossível você ser achado na rua com facilidade. Celulares não existiam, no máximo a gente dizia aonde iria estar e a pessoa ligaria procurando pela gente. Entre essa época e o maravilhoso mundo de hoje, onde é possível acompanhar pessoas em tempo real e mandar mensagens instantâneas de alcance mundial houve… o pager.

    O conceito de pager, um modelo de transmissão e recepção de sinais de rádio de mão única foi imaginado pela primeira vez pela Polícia de Detroit em 1921. Três policiais, Kenneth R. Cox, Walter Vogler e Bernard Fitzgerald eram nerds dessa tecnologia nova e promissora chamada rádio, e instalaram receptores no banco traseiro de Fords Modelo-T. Eles só conseguiram uma conexão estável em 1928, e o conceito era tão novo que só conseguiram operar licenciando o transmissor como uma estação de rádio convencional.

    Oficialmente de entretenimento, a KOP (sim, esse era o prefixo) tocava músicas e interrompia quando precisava mandar algum comando para os carros, e qualquer um com um rádio AM podia interceptar os sinais.

    O primeiro pager como conhecemos só surgiu em 1950, eram um trambolho de 200g de peso, alugado para médicos do Hospital Judeu de Nova York e custava US$125 por mês, em valores atualizados. O FCC só aprovou pagers para uso do público em geral em 1958, em 1959 a Motorola lançou seu primeiro pager mas o primeiro modelo realmente popular foi o Motorola Pageboy, de 1964.

    Originalmente os pagers só emitiam um bipe indicando que havia uma mensagem, com o tempo os modelos se tornaram mais sofisticados e nos Anos 80 eles já recebiam números telefônicos.
    Como Funciona Essa Bagaça?

    A essa altura vários millenials devem estar confusos, então explico. Não se assustem com o primitivismo da coisa, lembre-se que é tecnologia criada uns 5 anos depois da descoberta do fogo.

    Você precisa mandar uma mensagem para alguém que em um pager. Você pega seu telefone fixo e liga para uma central que pode ser operada por telefonistas ou, em países avançados, automatizada.

    Em contato com a central você digita o número do pager de destino e em seguida o número do telefone onde você está.


    O serviço irá enviar um pacote de dados por uma antena atingindo milhares de pagers num raio de 40Km. Somente aquele que tiver o número idêntico ao do destinatário entenderá a mensagem como para ele;

    O pager vibrará e mostrará na tela o número de telefone para o qual o usuário deverá ligar.

    Originalmente nem isso era possível, o usuário recebia o bipe e tinha que ligar pra central pra pegar o recado. Quando os pagers estouraram em popularidade no final dos Anos 80, eles já eram alfanuméricos, e facilitavam muito a vida de todo mundo, você podia ser avisado de emergências, mesmo na rua podiam pedir para comprar mais alguma coisa no mercado, técnicos de manutenção recebiam ordens de serviço já na rua… as possibilidades eram infinitas.

    Infelizmente eu jogava dinheiro fora pois todos os cornos de meu convívio não entendiam o conceito de pager alfanumérico e só mandavam mensagens como “Me liga!” ao invés de “traga café e insulina”, sei lá. Não era sempre “Me liga”, “Preciso falar contigo”, nunca diziam na mensagem que diabos queriam de mim.

    Antes de morrerem os pagers tiveram uma convivência com a Internet, recebendo mensagens enviadas por email, e a Motorola chegou a lançar alguns modelos two-way, onde era possível enviar respostas do próprio pager, mas eles foram diziamos pelos celulares e o SMS.

    Curiosamente hoje existem empresas que usam a infraestrutura do SMS para simular uma experiência de pager, você divulga não seu número de telefone, mas seu número de “pager” e o número da central, que recebe o recado e repassa pro seu celular.

    Os pagers foram rapidamente adotados pela juventude nos EUA e no Japão, onde todo um dialeto de códigos numéricos foi criado, permitindo que os adolescentes trocassem enormes mensagens entre si, com muito pouco texto enviado.

    Mesmo no Brasil a morte dos pagers foi mais que anunciada. Em 1998 as empresas do setor já buscavam diversificar suas áreas de atuação. Por isso é estranho e divertido ler que só ano que vem o Japão vai encerrar de vez seus serviços de pager.

    Foi o que o Google retornou pra pager japan girl.

    A Tokyo Telemessage é a única empresa do ramo que sobrou, são 1500 usuários ainda ativos. Eles não vendem pagers faz tempo, o último que fabricaram saiu da linha de montagem 20 anos atrás, mas essas porcarias não quebram, vão funcionar pra frente se alguém deixar.

    Por isso chegou a hora, em Setembro de 2019 quando provavelmente os últimos usuários já terão morrido, vão tirar o serviço da tomada. É uma boa lembrança de que o Japão nem sempre é tão avançado quanto imaginamos, muitas coisas por lá são bem tradicionais, como o Hanko, um carimbo que todo japonês usa para assinar documentos.

    A lição aqui é que não basta adotarmos com entusiasmo novas tecnologias, é preciso praticar o desapego. Não há literalmente nada que justifique manter um serviço de pager no Século XXI, nem aqui nem na China, que dirá no Japão.

    https://meiobit.com/394719/japao-vai-finalmente-aposentar-pagers/
  • No Japão, ainda se usa fax.

  • Pesquisa revela o óbvio: Segurança porca é o mesmo que nada, e o Android sofre com isso.

    Hollywood sempre passou uma mensagem ambígua sobre segurança usando biometria; por um lado era algo relacionado com alta segurança, usado quando você absolutamente positivamente decididamente precisava proteger um local ou alguma informação. Por outro lado, 100% das travas biométricas de Hollywood podiam ser vencidas pelo mocinho.

    Com a rara exceção da fechadura de código no excelente Quebra de Sigilo, claro.

    Hoje temos vários tipos de sensores biométricos, os mais comuns são:

    Sensor de impressões digitais
    Sensor de íris
    Sensor de retina
    Sensor palmar
    Sensor de voz
    Sensor de circuncisão
    Óbvio que os sensores usados no Pentágono, na CIA e na coleção de sex tapes do Hugh Hefner são topo de linha, e por muito tempo só havia esse tipo, mas agora a tecnologia se popularizou, temos reconhecimento biométrico na palma da mão, às vezes literalmente.

    As empresas vendem isso como um avanço de segurança e praticidade e estão certas em 50% do tempo, mas a realidade é que nenhum sistema é infalível. Como bem colocou o xkcd, com uma chave de boca de US$ 5,00 você quebra facilmente qualquer criptografia.

    A internet está cheia de vídeos mostrando como quebrar sistemas de biometria, mas sejamos realistas: você é realmente tão importante que alguém vai se dar ao trabalho de construir uma cabeça de látex, roubar suas digitais ou sequestrar seu irmão gêmeo para acessar seus nudes?

    Há um equilíbrio a ser achado entre a segurança de um sistema biométrico e sua facilidade de uso. Um sensor de digitais que exigisse cinco dedos, além de inacessível a certos ex-presidentes, levaria tempo demais, anulando a praticidade do recurso.

    Por outro lado, é errado vender uma ilusão de segurança, e isso é o que está acontecendo. Enquanto os holofotes se concentram na Apple e na Samsung, um monte de outros fabricantes lança aparelhos com biometria na base do só pra dizer que tem, e o resultado é assustador.

    Uma ONG dos Países Baixos testou 110 modelos de celulares e nada menos que 42 deles falharam.

    E não é só modelo xing-ling não, literalmente todos os modelos da Sony foram reprovados e os da Nokia também, além da linha P20 da Huawei, os Blackberries, modelos mais baratos da Samsung, LG, Motorola, Xiaomi, Alcatel, Lenovo e Asus.

    Todos (aqui a lista completa dos aparelhos) foram desbloqueados com uma simples foto do usuário.

    Isso mesmo, algo tão simples quanto botar o nome do sujeito no Google enquanto ele levanta pra ir ao banheiro no boteco, googlar uma foto do cidadão, desbloquear o aparelho, mudar o idioma pra Javanês e bloquear de novo. Não que eu tenha feito algo parecido antes, por favor.

    Compreensivelmente as pessoas não querem mais digitar senhas, como se fazia no Egito da quinta dinastia, mas agora acham chato até o sensor de digital? Claro que é mais prático pegar o telefone e apenas olhando pra ele desbloqueá-lo, mas na pressa de fornecer essa solução, os fabricantes ignoraram a segurança, e isso é errado.

    Esses fabricantes abriram mão da segurança em nome da comodidade e estão enganando os usuários, que têm a expectativa de que o reconhecimento facial é pelo menos tão seguro quanto o leitor de digitais. Esse tipo de comportamento predatório irá inevitavelmente minar a confiança pública na biometria, em nome do lucro fácil. Isso é uma vergonha!

    https://meiobit.com/396022/pesquisa-revela-o-obvio-seguranca-porca-e-o-mesmo-que-nada-e-o-android-sofre-com-isso/
  • Amazon destrói anualmente milhões de produtos que não consegue vender

    Imagine que você entra em uma loja online, olha um produto e desiste de comprá-lo por não ter dinheiro. Agora imagine esse mesmo produto sendo destruído algum tempo depois simplesmente por ter encalhado no estoque. Revoltante, não? Mas é exatamente isso o que acontece na Amazon.

    É o que revela uma reportagem exibida recentemente pelo canal francês de televisão M6. Um jornalista conseguiu ser contratado como auxiliar e, com uma câmera escondida, gravou o interior de um dos depósitos que Amazon mantém na França. No local, ele presenciou diversos tipos de produtos sendo descartados: máquinas de café, TVs, pacotes de fraldas e até caixas de Lego.

    Apesar de questionável, essa prática não é ilegal. A Amazon tem contratos com fornecedores para devolver ou descartar produtos que não foram comercializados. Estima-se que, só na França, 3 milhões de itens são destruídos todos os anos mediante esses acordos. Há evidências de que o descarte de produtos também ocorra em outros países, incluindo os Estados Unidos.


    A pergunta que vem à mente é: por quê? O fator custo é a base de tudo. Para os fornecedores, fica caro manter os produtos nos armazéns da Amazon por muito tempo. Entre devolvê-los e destruí-los, muitos preferem a segunda opção também por conta dos custos: frequentemente, é mais barato destruí-los do que enviá-los de volta à origem. É o caso de itens que são fabricados na China.




    Procurada, a Amazon declarou que faz o possível para reduzir a quantidade de produtos que precisam ser devolvidos ou descartados. A companhia diz, por exemplo, que trabalha com organizações para doar itens que podem ser aproveitados por pessoas necessitadas.

    Mesmo assim, a quantidade de produtos jogados no lixo periodicamente é grande. De acordo com especialistas, isso se deve, em parte, ao fato de as doações serem caras para a Amazon por conta dos impostos.

    Horas após a exibição da reportagem, o governo francês manifestou indignação com o assunto. Brune Poirson, secretária de Estado do Ministro da Transição Ecológica e Inclusiva (amém), declarou que o Parlamento francês irá aprovar uma lei para coibir essa prática.

    Não é só por lá que a Amazon poderá ter problemas: no ano passado, a companhia esteve no centro de uma grande polêmica na Alemanha por conta de denúncias de descarte de produtos devolvidos por clientes, mas que estavam em perfeitas condições de uso ou tinham apenas pequenos defeitos.

    https://tecnoblog.net/275278/amazon-descarte-produtos-encalhados/

    Imposto sobre produtos doados é brincadeira. Só podia ser o estado Francês inchado.
  • Imposto em doação? Ok, podemos pagar até 300% do valor cobrado pelo produto...

    WTF???
  • Cameron disse: Imposto em doação? Ok, podemos pagar até 300% do valor cobrado pelo produto...

    WTF???
    Não muito diferente da legislação trabalhista no Brasil: se o empregador faz um favor ao funcionário, tipo lhe pagar a faculdade ou um curso de inglês, este valor depois entrará como parte do salário no cálculo da indenização em caso de demissão.

    Ou seja, o empregador é condenado por ter ajudado o funcionário.

  • Uma palestra da EMBRAPA sobre a destinação e ocupação das terras no Brasil.

    https://www.facebook.com/luciano.pires/videos/2310303972582249/

    O Brasil tem a maior extensão do mundo de áreas protegidas (30,7% do território na soma de proteção ambiental e terras indígenas), sendo que, em vários países, as áreas de proteção não passam de desertos (por exemplo: parte do Saara ou o Grand Canyon). São áreas sem interesse para madeireiros, fazendeiros ou mineradores.

    Além disto, os fazendeiros têm que preservar uma parte de suas terras sem desmatar. Juntando esta área com a área acima, dá 50% do território protegido.

    Descontando outras áreas, como as ocupadas pelos militares, sobram apenas 7,8% do território usado para agricultura e 21,2% para pastagens.

    Nos EUA, os números são 74% para produção e 20% para preservação.
  • editado February 2019
    Rostos gerados em computador indistinguíveis de rostos de pessoas reais

    http://digg.com/2019/thispersondoesnotexist-real
  • Pesquisadores puxam tomada de IA que aprendeu a escrever bem demais

    O OpenAI, um grupo de pesquisa focado em IA sem fins lucrativos, que trabalha para desenvolver inteligências artificiais úteis e seguras tomou um belo susto: seu novo sistema de aprendizado de máquina voltado à geração de texto, capaz de prever uma próxima palavra em uma sentença, e continuar a criar a partir dali, aprendeu tão bem a escrever como um humano que o grupo não irá divulgar a pesquisa completa, temendo que ela seja usada para o mal.

    NVIDIA usa IA para gerar fotos realistas com rostos de pessoas fictícias
    IBM Watson Health não estaria cumprindo o seu papel
    Mãos robóticas digitando em teclado / IA

    A OpenAI foi fundada em 2015 por Greg Brockman, ex-CTO da Stripe, e Sam Altman, presidente da aceleradora Y Combinator, com o intuito de desenvolver IAs amigáveis e úteis, que servissem a seu propósito de auxiliar na resolução de problemas, e que ao mesmo tempo não se tornassem uma fonte de dores de cabeça. Esse discurso se alinha com o de diversos especialistas, como Stephen Hawking, e empreendedores, como Elon Musk, que morre de medo do apocalipse robótico. Não surpreende, portanto que a OpenAI conte com dinheiro do Musk, de outros membros da "Máfia do PayPal" (Peter Thiel e Reid Hoffman) e da própria Y Combinator, através Altman e Jessica Livingston.

    O sistema chamado GPT-2 (Generative Pre-trained Transformer-2) é uma dessas IAs seguras, desenvolvida para ser um simples gerador de texto. Ela funciona recebendo uma entrada inicial, na forma de uma sentença simples, e a partir dali prever as próximas palavras que melhor se encaixariam em um texto fluído. Ela identifica o estilo literário e mantém uma narrativa convincente, graças ao treinamento que usou 40 GB de dados, extraídos de 8 milhões de páginas da internet.

    No entanto, o GPT-2 se saiu melhor do que a encomenda. Em um exemplo, a IA recebeu a seguinte sentença:

    "Em um achado chocante, o cientista descobriu uma manada de unicórnios vivendo em um remoto vale até então inexplorado, na Cordilheira dos Andes. Ainda mais surpreendente para os pesquisadores foi o fato de que os unicórnios falavam um inglês perfeito."

    Com apenas esses dois parágrafos, a IA foi capaz de escrever um texto fantástico por mais nove páginas, com fluidez e estilo consistentes. Estes são os parágrafos seguintes à entrada original:

    "O cientista deu à população um nome baseado em seu chifre característico: o Unicórnio de Ovídio. Estes unicórnios de quatro chifres e cor branco-prateada eram anteriormente desconhecidos para a ciência.

    Agora, depois de quase dois séculos, o mistério do que desencadeou esse estranho fenômeno está finalmente resolvido.

    Dr. Jorge Pérez, biólogo evolucionário da Universidade de La Paz, e vários companheiros estavam explorando a Cordilheira dos Andes quando encontraram um pequeno vale, sem outros animais ou humanos. Pérez notou que o vale tinha o que parecia ser uma fonte natural, cercada por dois picos de rocha e neve prateada."

    Como dá para notar, o GPT-2 tem alguns problemas com textos específicos demais (o unicórnio de quatro chifres, no caso), que demandam contexto e conhecimento referencial, mas em testes com textos mais conversacionais, ou em tópicos com grande quantidade de material para referência disponível (Brexit, Miley Cyrus, O Senhor dos Aneis, e etc.), a IA apresentou "resultados razoáveis" em 50% dos casos, ainda que necessite de mais de uma tentativa para entregar um texto coeso.

    A equipe do The Guardian conseguiu testar o software, e introduziu a primeira frase de 1984, de George Orwell (“Era um dia frio e ensolarado de abril, e os relógios batiam treze horas”), como um teste. O GPT-2 reconheceu o estilo literário, e retornou isto:

    "Eu estava no meu carro a caminho de um novo emprego em Seattle. Eu abastecei, coloquei a chave, e então dei partida. Eu apenas imaginei como seria o dia. Daqui a cem anos. Em 2045, eu seria professor em uma alguma escola na parte pobre da China rural. Eu começaria com história chinesa e história da ciência."

    A equipe do OpenAI percebeu que o GPT-2 também se saiu muito bem em tarefas para as quais não foi projetado, como tradução de textos e elaboração de resumos, e apresentou ensaios dos mais variados, desde um artigo explicando por que reciclagem é ruim, a um discurso de John F. Kennedy, reeleito presidente após ter seu cérebro (ou o que sobrou dele) transplantado em um robô.

    Robô jornalista / IA

    Dado o alto nível de proficiência que o GPT-2 alcançou, os pesquisadores do OpenAI decidiram por não divulgar o trabalho completo em um artigo, como é de praxe em pesquisas científicas, e ao invés disso, forneceram os dados de uma versão inferior, menos capaz, para revisão por pares.

    Segundo o OpenAI, embora o GPT-2 não seja perfeito, ele já escreve bem o suficiente para criar notícias suficientemente convincentes, de modo que a versão final seria inevitavelmente usada para a composição de notícias falsas, as tão temidas Fake News. O The Guardian demonstrou isso, publicando uma nota escrita pela IA ao fornecer apenas os dois primeiros parágrafos da notícia verdadeira, e os resultados impressionam; segundo o jornal, o GPT-2 só levou 15 segundos para compor a notícia, com 515 palavras e 3.056 caracteres.

    A preocupação do OpenAI não é apenas com Fake News, mas também com a possibilidade de automação de e-mails de phishing, ou com bots se passando por pessoas reais em redes sociais de forma mais convincente, chegando até ao assédio automatizado. Por outro lado, há uma série de benefícios, como a possibilidade de gerar melhores softwares de reconhecimento de fala e escrita, ou de agentes de diálogo.

    O grupo pretende discutir sua estratégis de divulgação da pesquisa com a comunidade de pesquisadores da área de Inteligência Artificial, de modo a definir a melhor abordagem para compartilhar suas descobertas sem que o GPT-2 seja abusado; a OpenAI pretende vir a público com novas informações daqui a seis meses.

    Com informações: OpenAI, The Guardian, Ars Technica.

    Leia mais sobre: fake news, Inteligência Artificial, OpenAI.

    https://meiobit.com/397993/ia-geracao-texto-open-ai-boa-ate-demais/
  • É o Gerador de Lero-Lero aperfeiçoado.
  • O dia em que os militares brasileiros atacaram as FARC
    Um pouco de história

    Em 26 de fevereiro de 1991, um grupo de cerca de 40 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que se autodenominava "Comando Simon Bolívar", adentrou em território brasileiro, próximo a fronteira entre Brasil e Colômbia, às margens do Rio Traíra no Estado do Amazonas, e atacou de surpresa o Destacamento Traíra do Exército Brasileiro, que estava em instalações semi-permanentes e possuía apenas 17 militares, efetivo muito inferior a coluna guerrilheira que o atacara.

    Operações de inteligência afirmam que o ataque foi motivado pela repressão exercida pelo destacamento de fronteira ao garimpo ilegal na região, uma das fontes de financiamento das FARC. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e nove ficaram feridos. Várias armas, munições e equipamentos foram roubados.

    Imediatamente as Forças Armadas do Brasil, autorizadas pelo presidente Fernando Collor de Mello e com o conhecimento e apoio do Presidente colombiano César Gaviria Trujillo, deflagraram secretamente a Operação Traíra, com o objetivo de recuperar o armamento roubado e desencorajar novos ataques. Uma reunião bilateral entre representantes do Brasil e da Colômbia em caráter urgente foi realizada em Leticia, na Colômbia, no dia 9 de março, em que planos de ação foram discutidos e traçados. Ambas as delegações concordaram sobre compartilhar, de imediato e também ao longo das semanas seguintes, informações sobre atividades subversivas, terroristas ou ligadas ao narcotráfico.

    Força Aérea Brasileira:

    A Força Aérea Brasileira apoiou a Operação Traíra, com seis helicópteros de transporte de tropas H-1H, seis aeronaves de ataque ao solo AT-27 Tucano e aviões de apoio logístico C-130 Hércules e C-115 Búfalo.

    Marinha do Brasil:

    A Marinha do Brasil apoiou a Operação Traíra com um Navio Patrulha Fluvial, que ficou baseado em Vila Bittencourt, cooperando com o apoio logístico e garantindo a segurança daquela região.

    Exército Brasileiro:

    O Exército Brasileiro enviou suas principais tropas de elite, elementos de forças especiais e de comandos e do Batalhão de Forças Especiais (atuais 1º Batalhão de Forças Especiais e 1º Batalhão de Ações de Comandos), e também guerreiros de selva do até então 1º Batalhão Especial de Fronteira, para atacar a base guerrilheira que se encontrava em território colombiano, próxima a fronteira. Também apoiaram, militares do 1º Batalhão de Infantaria de Selva, principal unidade do Comando Militar da Amazônia. O Comando de Aviação do Exército se fez presente fornecendo o meio de transporte utilizado pelos combatentes empregados na missão, 4 helicópteros de manobra HM-1 Pantera, 2 helicópteros de reconhecimento e ataque HA-1 Esquilo.

    O saldo da Operação Traíra foi o de 62 guerrilheiros mortos, inúmeros capturados, maior parte do armamento e equipamento recuperados. Desde então, nunca mais se soube de invasões das FARC em território brasileiro, assim como ataques a militares brasileiros.
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Operação_Traíra
  • Tragédia anunciada: milionário anônimo quer organizar um Battle Royale em uma ilha

    https://meiobit.com/400275/tragedia-anunciada-milionario-anonimo-quer-organizar-um-battle-royale-em-uma-ilha/
  • Cientistas que nunca viram um filme na vida inserem genes humanos em cérebros de macacos

    m alguns de seus livros Arthur Clarke descreve como chimpanzés geneticamente modificados são usados para auxiliar em tarefas mais simples, como carregar terra em expedições arqueológicas. A idéia tem seu mérito mas abre uma caixa de Pandora de considerações éticas. Que a China aparentemente escolheu ignorar completamente.



    Organismos transgênicos não são novidade, genes de espécies são introduzidos em outras, para produzir coisas como o Arroz Dourado, que é riquíssimo em Vitamina A, cortesia de genes de tomate. Outros cientistas pesquisam transgênicos mais ambiciosos, como genes de cacau em vacas pra produzir leite achocolatado, ou cruzar cobras com porcos-espinho pra criar arame farpado, mas raramente essas pesquisas envolvem primatas.

    Primatas somos (modéstia à parte) muito evoluídos, e por isso complexos. Mesmo algo que parece simples, como cor dos olhos, em humanos envolve mais de 15 genes, e genes não são especializados, o HERC2 por exemplo, influencia na pigmentação dos olhos e em instinto maternal, além de ser relacionado com doenças neurológicas. Altere o HERC2 pra produzir um pimpolho de lindos olhos azuis e você corre o risco dele passar o dia tentando morder o cotovelo ou investir em Bitcoin.

    Essas considerações não passaram pela cabeça do pessoal do Instituto de Zoologia de Kunming, China.



    Eles estavam interessados em um gene específico, o MCPH1, que é associado com desenvolvimento cerebral. Humanos com defeitos no MCPH1 nascem com cabeças pequenas, com o cérebro bem menos desenvolvido, em casos extremos microcefalia mesmo.

    Os cientistas estudaram os macacos Rhesus (Macaca mulatta), que tem uma versão do MCPH1 diferente do humano. Para isso primeiro eles modificaram um Lentivirus um tipo de retrovirus, composto apenas de RNA) usando CRISPR (clique aqui que eu explico que diabo é isso) para contaminar ovócitos, que depois foram inseminados em cinco macacas, que produziram oito filhotes.

    Exames comprovaram que os oito tinham o gene humano modificado. Comparando com 6 macacos normais, foram descobertas várias diferenças. Os macacos com o gene humano não tinham cérebros maiores, mas seu desenvolvimento foi mais... lento.

    Não no sentido de criar macacos comentaristas de portais, claro, mas lento no bom sentido, no sentido do cérebro humano, que é extremamente maleável, adaptável e complexo, e por isso demora mais pra "ficar pronto".

    Os macaquinhos foram examinados continuamente com testes padronizados, e eles apresentaram memória de curto prazo melhor do que a média dos macacos normais, e também eram excelentes em tempo de reação.

    A conclusão foi que mesmo com a alteração de um único gene os macacos já ficaram mais inteligentes. Trabalhando com vários outros genes ao mesmo tempo os cientistas poderão produzir super-macacos, o que não é uma boa idéia.

    E se a história lembrou muito um roteiro de ficção científica, vamos recapitular: Os cientistas usaram um vírus para criar macacos com genes de cérebros humanos, esses genes são introduzidos através de um vírus e os descendentes desses macacos herdaram os genes dos pais, e já nasceram com a mesma inteligência avançada. Você já viu esse filme? Eu também.



    Para saber mais: Transgenic rhesus monkeys carrying the human MCPH1 gene copies
    show human-like neoteny of brain development.

    https://meiobit.com/400351/cientistas-que-nunca-viram-um-filme-na-vida-inserem-genes-humanos-em-cerebros-de-macacos/
  • Primatas somos (modéstia à parte) muito evoluídos, e por isso complexos. Mesmo algo que parece simples, como cor dos olhos, em humanos envolve mais de 15 genes, e genes não são especializados, o HERC2 por exemplo, influencia na pigmentação dos olhos e em instinto maternal, além de ser relacionado com doenças neurológicas. Altere o HERC2 pra produzir um pimpolho de lindos olhos azuis e você corre o risco dele passar o dia tentando morder o cotovelo ou investir em Bitcoin.

    Essas considerações não passaram pela cabeça do pessoal do Instituto de Zoologia de Kunming, China.
    A evolução é um processo aleatório. Não teve um projetista definindo que isto vai servir para tal coisa e aquilo vai produzir tal outra coisa, com tudo bem documentado.

    Mexer nessa bagunça sempre arrisca a dar resultados aleatórios.

  • O surgimento e movimentação dos continentes (deriva continental) aos longo dos aeons:

    540 milhões de anos


    3,3 bilhões de anos
  • Não ria: app de aluguel de carros hackeada; pelo menos 100 Mercedes desaparecidas

    A internet tem uma longa tradição de falhas de segurança constrangedoras. Sem pensar muito eu lembro de um app de envio de imagens que usava URLs públicas e nomes sequencias (343478.jpg, 343479.jpg), e uma empresa que permanecerá anônima, onde a senha do formulário "esqueci minha senha" era enviada via um email que ficava em um campo hidden no HTML da página.

    20190417screenshot-17_04_2019-18_15_09.jpg

    Essas falhas de segurança se tornam mais divertidas quando interagem com o mundo real e hoje foi um dia desses. A vítima, um app chamada Car2Go, uma versão para hipster ricos daqueles malditos patinetes que, junto com as peças de plástico na ponta dos cadarços (chamadas agulhetas), têm um propósito sinistro.

    O conceito é simples: você se cadastra no aplicativo e se precisar de um carro, pesquisa na sua região próxima se há algum estacionado. Reserva, vai até ele, abre a porta via Bluetooth ou NFC, e usa o carro pelo tempo combinado, após o qual você o deixa em um lugar pré-determinado e segue sua vida.

    Você sabe, como pegar um táxi, só mais caro, complicado e inconveniente.

    A Car2Go funciona em 10 cidades na América do Norte e disponibiliza três modelos, o Smart ForTwo, para hipsters, e Mercedes GLA e CLA, pra gente normal.



    O produto é, reconheço, bem-pensado, mas como sempre pisaram na bola na implementação, afinal coisas como segurança, criptografia, testes de intrusão e o Departamento de Vai Dar Caca não são cool, e quem tem tempo pra isso? O produto tem que ir pra rua!

    O resultado: alguém descobriu como hackear o app e a informação foi espalhada rapidamente para um monte de gente em Chicago. Logo mais de 100 carros foram acessados e, segundo fontes acompanhando o rádio da polícia, vários foram usados em crimes.

    A Car2Go suspendeu o serviço na cidade, enquanto isso estão desabilitando os carros remotamente e repassando as coordenadas de localização para a polícia. Até agora 12 pessoas foram detidas.

    Eles insistem que não foram hackeados nem nenhum dado dos usuários foi acessado, mas hoje em dia o termo "hacking" é usado de forma mais abrangente, e um simples macete descoberto, uma combinação de comandos ou um menu escondido ou mal programado é chamado de hack.

    Agora é correr atrás do prejuízo, o único consolo é saber que um monte de gente comete os mesmos vacilos, vide o McDonald´s, cujo estagiário programou porcamente a sub-rotina de descontos e permitiu que alguns espertos conseguissem hamburgueres - hamburguers - sanduíches de graça num terminal de autoatendimento:



    https://meiobit.com/400624/nao-ria-app-de-aluguel-de-carros-hackeada-pelo-menos-100-mercedes-desaparecidas/
  • "Se as instituições não funcionam, não é culpa das redes sociais"

    Por Alexandre Garcia "[ 21/04/2019 ] [ 22:57 ]"

    "Eu vi as imagens de uma menina, em um grupo de alunos, recusar o cumprimento do presidente Bolsonaro. Era o que a notícia dizia, mas depois eu vi a mesma imagem com o áudio, aí a gente ouvia o presidente perguntando e fazendo gesto com a mão apontando para as crianças: “Você é Palmeiras? Você é Palmeiras? Você é Palmeiras?”.

    Aí ele apontou para a menina, estendeu o braço apontando para ela perguntando: “Você é Palmeiras?” e a menina fez não com a cabeça. Isso acabou sendo notícia muito divulgada – “criança recusa cumprimento”.

    Fizeram até pesquisa para mostrar que uma vez uma criança também estava de braço cruzado com o presidente Figueiredo. E não era nada disso: era pura fake news.

    ESSAS COISAS ME DEIXAM ENVERGONHADO COMO JORNALISTA. Quando a gente esquece que já acabou a eleição – e que a gente entrou fazendo campanha contra, apresentando Bolsonaro como um ogro. E agora a criança está recusando cumprimentá-lo. A gente não aceita que nós fizemos campanha contra ele e fomos derrotados. Nas redes sociais esses desmentidos vêm logo.

    ...

    Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/alexandre-garcia/2019/04/21/instituicoes-nao-funcionam-culpa-redes-sociais/
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  • Confirmada nova série de animação Star Trek produzida pelo Nickelodeon




    Foi confirmada hoje mais uma série animada Star Trek, essa com uma temática adolescente, e que será produzida em parceria com o canal Nickelodeon

    Mais um dia, mais uma confirmação de série animada no universo Star Trek, essa feita em parceria entre a CBS e o Nickelodeon. Segundo a sinopse oficial, “um grupo de adolescentes fora da lei vai descobrir uma nave abandonada da Frota Estelar, que eles irão usar para buscar aventuras, significado e salvação.”

    Cena de Star Trek: A Série Animada

    Só por aí já dá pra perceber que essa nova série terá uma pegada mais adolescente, o que faz todo o sentido, se pensarmos no principal público do Nick, assim apesar de ainda não ter um nome oficial definido, a série já tem o seu público alvo muito bem escolhido. Eu sou totalmente favorável a essa proposta, pois pra mim, nunca é cedo demais para começar a aproveitar o universo Star Trek.

    Essa temática certamente a tornará bem diferente das outras animações Star Trek que estão sendo produzidas: Lower Decks, criada por Mike McMahan (Rick & Morty), e a nova leva de episódios de Short Treks, que devem trazer algumas pistas sobre o grande mistério que USS Discovery criou no final da segunda temporada.

    A nova série da CBS com a Nickelodeon tinha sido especulada alguns meses atrás, mas só foi confirmada oficialmente hoje. Ela será produzida pelos irmãos Kevin e Dan Hageman, roteiristas de Caçadores de Trolls: Contos de Arcadia (Trollhunters), e que também trabalharam nas histórias de filmes de grande sucesso como Hotel Transilvânia e Uma Aventura Lego.


    Spock sofrendo bullying em cena de Star Trek: A Série Animada (Episódio Yesteryear)


    Também estão no projeto o chefão de Star Trek na CBS, Alex Kurtzman (é claro), que será produtor executivo ao lado dos Hagemans e de Heather Kadin, Katie Krentz, Rod Roddenberry e Trevor Roth, com Aaron Baiers como co-produtor. A série terá supervisão de Ramsey Ann Naito, vice-presidente de animação do Nickelodeon, e que foi indicada ao Oscar de melhor animação por O Poderoso Chefinho ao lado de Tom McGrath.

    Para Alex Kurzman: “a missão de Star Trek é inspirar gerações de sonhadores a construírem um futuro mais brilhante. Dan e Kevin criaram uma história que honra o seu espírito de exploração de uma maneira que nunca foi feita antes, enquanto a equipe do Nickelodeon nos surpreendeu com sua animação para trazer Trek para uma nova geração ao redor do mundo.”

    Já Ramsey Naito disse que a “parceria com a CBS Television Studios e com as mentes criativas por trás da franquia Star Trek é uma oportunidade incrível e vai permitir que nossa audiência descubra personagens muito ricos e suas histórias. Star Trek é uma franquia amada por gerações de fãs ao redor do mundo, e ter o Nickelodeon como casa da próxima série animada é uma combinação perfeita.”

    Spock em cena de Star Trek: A Série Animada

    Esse é o primeiro projeto dessa nova leva de séries Star Trek que não irá passar no CBS All Access nos Estados Unidos, e sim no Nickelodeon. Saiba mais no site oficial de Star Trek.

    https://meiobit.com/400886/serie-animacao-star-trek-parceria-cbs-com-nickelodeon/
  • Só por aí já dá pra perceber que essa nova série terá uma pegada mais adolescente, o que faz todo o sentido, se pensarmos no principal público do Nick,

    Eu jurava que o principal público do Nick era infantil! Deve ser adolescente boboca!

  • Gostava dos Nicktoons do final dos anos 90 pros anos 2000. Só que fico com um pé atrás por causa da produção de um cara que fez O Poderoso Chefinho. Não sou muito chegado a coisas da Dreamworks atualmente.
  • Arthur do Val - Mamaefalei DETONA GERAL!!!!

    "Os fiscais novamente quiseram passar o projeto absurdo apoiado pelo PSOL, PT e PSDB. Não pude ficar quieto e expus na cara deles quanto cada um recebeu."

  • A Samsung lançou algo inimaginável fora do mundo dos sites como o Onion e o Sensacionalista: Uma TV... vertical. OK, tecnicamente não é nada demais, só rotacionaram a tela e o circuito faz a conversão, mas é algo muito, muito... Millenial. É o cúmulo do mercado se acomodando a uma necessidade criada por preguiça e teimosia. Pra começar, SEUS OLHOS NÃO FUNCIONAM ASSIM.



    Existe uma má-formação fetal chamada Cyclopia onde o feto nasce com um olho só, e você NÃO vai googlar por isso. Repito, NÃO busque no Google. Caso não seja seu caso, você tem dois olhos, funcionais ou não, um de cada lado do rosto. Esses olhos estão (espero) posicionados em um plano horizontal.

    Isso nos dá um campo de visão bem amplo.



    Nós temos mais ou menos 114 graus de visão tridimensional, se adicionarmos a visão monocular, quando olhamos de canto de olho, esse campo chega a 220 graus. Outros animais com olhos na lateral da cabeça têm visão periférica bem maior, o que é ótimo para presas que precisam fugir de predadores, mas sua visão frontar é limitada.

    Isso é o campo de visão horizontal, já o vertical é bem menor:



    O campo de visão vertical TOTAL é de 120 graus, mas você só tem visão real em 55 graus, o resto é visão periférica. Então, 220 x 120 percebe-se que não é um campo de visão vertical. Se assemelha mais a esta proporção:



    Yes bitches nós enxergamos em widescreen, exceto o Nick Fury e quem tem Cyclopia, que repito, NÃO GOOGLE.

    Então, como acabamos vendo e fazendo filmes no celular assim?



    Eu explico: Preguiça dos usuários e complacência dos fabricantes, incapazes de forçar seus softwares a filmar na horizontal. Se uma câmera de celular fotografar corretamente, na horizontal mas mostrar a imagem durante o procedimento como na imagem acima, o usuário vai reclamar.

    Um caso semelhante aconteceu quando as TVs widescreen começaram a aparecer, e os consumidores ODIAVAM as barras pretas verticais nos lados da imagem. É uma questão simples de geometria, é IMPOSSÍVEL você enfiar uma imagem em proporção 4:3, de um sinal de TV normal, em uma tela 16:9.



    Geometria de primário, certo? Bem, houve um caso de um consumidor que processou um fabricante por causa das barras pretas, e pior de tudo: GANHOU.

    Por causa disso os fabricantes desenvolveram gambiarras que ou cortavam a lateral das imagens ou as distorciam pra caber no formato widescreen, isso só diminuiu quando as emissoras finalmente começaram a transmitir em 16:9.

    Nos celulares a solução foi criar a "facilidade" de filmar e fotografar na vertical ou na horizontal, e mesmo o sensor sendo quadrado, a imagem útil acompanha o formato da tela.



    Infelizmente os usuários parecem não se importar, eles tiram fotos e fazem filmes verticais, movendo freneticamente a câmera para acompanhar o foco temático ou mais frequentemente, enquadrando somente uma fração da imagem.

    O máximo de consenso que se conseguiu chegar foi o horrendo formato quadrado do Instagram, não há nada mais deprimente que um trailer cinematográfico em um formato quadrado.

    Agora, essa guerra está definitivamente perdida. A Samsung lançou essa desgraça aqui.





    A Samsung diz que "analisou as características da geração millenial" para criar o produto, que tem uma tela giratória, mas convenhamos se os inúteis não conseguem girar um celular em suas mãos, ninguém vai levantar pra girar a televisão.

    A Samsung Sero tem tela tem 43 polegadas, QLED e som 4.1 60W, Bixby e provavelmente 4K de resolução. O preço convertido é de US$1,630,00 mas por enquanto ela só será vendida para Millenials da Pior Coréia, mas isso vai mudar com certeza, outros fabricantes vão embarcar nesse trem e produzir mais televisões verticais, e usuários de Snapchat terão orgasmos metafóricos vendo seus stories em telas verticais.

    Pior, ao legitimar o formato os fabricantes abrirão espaço pra uma aberração que já começou a surgir: Conteúdo produzido para formato vertical.

    https://meiobit.com/401084/samsung-lanca-tv-vertical-para-millenials-thanos-estava-certo/
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