A ingenuidade de combater o Islamismo proibindo legalmente toda imigração islâmica
Sim à imigração, não ao relativismo cultural
Defender a livre imigração não envolve acreditar que os imigrantes são seres angelicais
Por Leandro Narloch
access_time12 jan 2016, 16h53 - Atualizado em 9 fev 2017, 14h37
Muita gente tem me perguntado se continuo a favor da livre imigração mesmo depois dos casos de agressão sexual na Alemanha. As mulheres agredidas contaram à polícia que os criminosos eram “homens jovens, de aparência árabe ou norte-africana”. Casos como esse não seriam um bom motivo para impedir a imigração?
Não. Casos como os da Alemanha são um bom motivo para se opor ao relativismo cultural e para defender a tolerância zero contra imigrantes criminosos. Ser favorável à livre imigração não envolve achar que os imigrantes são todos bonzinhos. Também não exige aderir aos politicamente corretos e relativistas culturais, para quem o respeito a culturas exóticas é mais importante que a noção tradicional de direitos humanos.
Imigração é uma excelente notícia se os imigrantes forem um ativo para o país (e não um passivo, que demanda gastos do governo), e se não ameaçarem o império da lei. O que põe a Europa em risco não é a imigração, mas a tolerância relativista.O maior erro desse debate é acreditar que o Estado consegue deter a imigração. Queiram os engenheiros sociais ou não, os imigrantes entram. Dentro do país, transformá-los em ilegais só agrava o problema. A burocracia e a consequente ilegalidade mantêm guetos, dificultam a assimilação e criam mercado para mafiosos (que medeiam conflitos entre quem não pode contar com a mediação da polícia).
Nos Estados Unidos, onde há mais liberdade econômica e menos relativismo, a assimilação é maior. Por lá, a conexão entre imigrantes e criminalidade “é mítica”. “Muitos estudos mostram que recém-chegados têm menos chances que os nativos de cometerem crimes violentos ou serem presos”, diz Jason Riley, colunista do Wall Street Journal – e da Fox News.
Uma discussão elegante costuma respeitar o “Princípio da Caridade”, segundo o qual é preciso interpretar da melhor forma possível as afirmações e os argumentos do adversário de um debate. Da próxima vez que um imigrante muçulmano cometer um crime, peço aos opositores à imigração que se lembrem desse princípio. Eu não admiro culturas exóticas, não acho que os muçulmanos são todos bondosos e não quero dar abraços grátis em terroristas. Acredito apenas que deter a imigração traz muito mais prejuízos que benefícios.
@lnarloch
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/sim-a-imigracao-nao-ao-relativismo-cultural/
Comentários: Não sei se funciona essa coisa da livre imigração, mas vejo que o artigo tem o mérito de abordar o que não funciona. Ainda bem que muitos políticos não são burros de querer barrar toda a imigração islâmica.
Defender a livre imigração não envolve acreditar que os imigrantes são seres angelicais
Por Leandro Narloch
access_time12 jan 2016, 16h53 - Atualizado em 9 fev 2017, 14h37
Muita gente tem me perguntado se continuo a favor da livre imigração mesmo depois dos casos de agressão sexual na Alemanha. As mulheres agredidas contaram à polícia que os criminosos eram “homens jovens, de aparência árabe ou norte-africana”. Casos como esse não seriam um bom motivo para impedir a imigração?
Não. Casos como os da Alemanha são um bom motivo para se opor ao relativismo cultural e para defender a tolerância zero contra imigrantes criminosos. Ser favorável à livre imigração não envolve achar que os imigrantes são todos bonzinhos. Também não exige aderir aos politicamente corretos e relativistas culturais, para quem o respeito a culturas exóticas é mais importante que a noção tradicional de direitos humanos.
Imigração é uma excelente notícia se os imigrantes forem um ativo para o país (e não um passivo, que demanda gastos do governo), e se não ameaçarem o império da lei. O que põe a Europa em risco não é a imigração, mas a tolerância relativista.O maior erro desse debate é acreditar que o Estado consegue deter a imigração. Queiram os engenheiros sociais ou não, os imigrantes entram. Dentro do país, transformá-los em ilegais só agrava o problema. A burocracia e a consequente ilegalidade mantêm guetos, dificultam a assimilação e criam mercado para mafiosos (que medeiam conflitos entre quem não pode contar com a mediação da polícia).
Nos Estados Unidos, onde há mais liberdade econômica e menos relativismo, a assimilação é maior. Por lá, a conexão entre imigrantes e criminalidade “é mítica”. “Muitos estudos mostram que recém-chegados têm menos chances que os nativos de cometerem crimes violentos ou serem presos”, diz Jason Riley, colunista do Wall Street Journal – e da Fox News.
Uma discussão elegante costuma respeitar o “Princípio da Caridade”, segundo o qual é preciso interpretar da melhor forma possível as afirmações e os argumentos do adversário de um debate. Da próxima vez que um imigrante muçulmano cometer um crime, peço aos opositores à imigração que se lembrem desse princípio. Eu não admiro culturas exóticas, não acho que os muçulmanos são todos bondosos e não quero dar abraços grátis em terroristas. Acredito apenas que deter a imigração traz muito mais prejuízos que benefícios.
@lnarloch
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/sim-a-imigracao-nao-ao-relativismo-cultural/
Comentários: Não sei se funciona essa coisa da livre imigração, mas vejo que o artigo tem o mérito de abordar o que não funciona. Ainda bem que muitos políticos não são burros de querer barrar toda a imigração islâmica.
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Comentários
Eu sou totalmente contra qualquer tipo de imigração.
No caso de refugiados, acho que deveria haver uma organização internacional que criasse e administrasse uma ou mais áreas internacionais em países com áreas grandes, como o Brasil, por exemplo, para os acolher em regime militar draconiano e com esterilização compulsória.
É hora de começar a matar migrantes. Proponho brasileiros e portugueses para começar.
p.s. ainda bem que voltei para casa hihihi
A esmagadora maioria dos brasileiros são migrantes ( fiquemos por 1500 d.c.)...
Uma solução mais simples passa por não destruir a casa dos outros. Acrescente-se uma real vontade política de obter um mundo de cooperação ao invés de competição ( indústria do armamento sofreria o maior golpe).
As pessoas, na sua maioria, não desejam migrar. As saudades de casa, o desconforto de ser estranho noutra terra, torna indesejado migrar e só quem já migrou tem noção disto concreta. Os restantes sabem que em si, tantas vezes, há esse sentimento, apesar do desconforto vivo na minha terra.
Exatamente: uma seleção, não deixar qualquer um entrar. Mas mesmo assim tem mimimimi.
Hahahaha.
Por acaso tem tudo a ver com a colonização também. Cidadãos dos orgulhosos impérios europeus vieram para a metropole.
Tenho vontade de rir, especialmente, devido à ignorância de que as comunidades não europeias instalaram-se na metropole ainda no século XIX aumentando em número ao longo de todo o século XX.
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Em 1979 ocorreu um dos mais importantes eventos da história mundial, sobretudo, devido às consequências que se lhe seguiram noutras nações. É preciso separar migrações da era colonial e a nova era em que o mundo colhe o que semeou em resposta a 1979
Hahahaha
já ri o suficiente
Isso não é colonização, seu burro.
O Brasil recebeu milhares de sírios e libaneses desde o final do século 19. Adaptaram-se à nossa cultura em vez de tentar mudá-la. Isto é bem diferente dos guetos de islamistas que invadem o ocidente insistindo em construir mesquitas, entupir as ruas de malucos de bunda para o ar 5 vezes por dia, manter as mulheres vestidas como barracas de praia e fazer valer a shariah sobre a Lei Maior.
O Islã já nasceu de armas na mão, invadindo e impondo sua crendice. Teria mudado? Não creio. Talvez só os métodos: infiltrar-se aos poucos em vez de usar a força.
Vc não faz ideia do que fala.
A colonização e a descolonização proporcionou migrações que tornaram parte integrante da cultura europeia aquilo que hoje se quer rejeitar.
Todo o ponto é aceitar a verdade - aquilo que os tontos dizem não fazer parte da Europa, é parte da Europa via era imperial.
As pessoas coloridas na Europa não são necessariamente estrangeiros, e sim legitimos cidadãos integrados na sequência da era colonial.
( os países com mais pessoas coloridas foram todos colonizadores noutros continentes, sem qualquer excepção).
Os idiotas que querem fazer da crise de refugiados um modo de atacar a todos os cidadãos merecem ir TNC.
Nota: Mayotte, ilha africana que França mantém como sua à força, torna todos os seus ciadãos franceses e europeus.
martinique, guadaloupe, Guyanne, etc.
Holanda também andou a brincar aos impérios e mantém colónias.
Portugal idem, porém é o país mais sereno na Europa, fruto de um modo de estar peculiar.
Espanha que detém os territórios conquistados por Portugal em 1415 no norte de África...
Bélgica e o seu Congo, etc. Entretanto, muito devido à geografia ( France), junto com a Holanda passou a ser polo de atracção do magrebe francês....
E por fim, o mais engraçado: europeus querendo mão de obra barata, buscaram na Turquia mão para toda a obra.
Alemanha, Bélgica, França e Holanda no topo ( especialmente Alemanha).
Ah, esquecia a grandeza do nobre império britânico. Pakis, ou como em Portugal são chamados, monhés, vieram em grande número.
Commonwealth
Isto de andar a colonizar o mundo, tem os seus efeitos colaterais.
As excepções só confirmam a regra.
p.s. a história é mais complexa do que isto, só que me divirto assim...
Esse é o grande erro de interpretação da realidade.
Os doidos fundamentalistas ( raros) que fugiram dos seus países, não pretendem criar uma cópia do pais de origem, caso contrário não teriam fugido de lá - Pensa homem!
Eles fugiram por serem perseguidos nas suas ideias doidas. Outros, simplesmente migraram sem qualquer intenção outra que melhorar a sua vida, pelo caminho as coisas não correram bem.
(pensar outra coisa remete a teoria da conspiração).
Milhares de europeus foram combater pelo daesh. Estes eram na minoria criminosos de delito comum. Jovens que a sociedade europeia não soube integrar. A maioria desprovidos de religião, identidade ou qualquer rumo...
De repente, foi-lhes dado o caminho de redempção dos pecados ( aqui estou a aludir à história medieval europeia...).
Partiram para lutar e tornaram-se carniceiros, ao ponto de enojarem os combatentes locais...(há bandidos em todo o lado, mas os europeus eram em grande número, segundo companheiros locais, dos mais sádicos).
Não menos importante, não é impor costumes nem a cultura lutar por direitos que todos possuem.
Os judeus são uma minoria e possuem tribunais em solo europeu, sempre enquadrados por uma lei superior. Isto é o que alguns muçulmanos pretendem ou já obtiveram.
Quando os conservadores na Europa são contra o aborto, estão a impor o seu costume e cultura aos que não são contra. A maioria das pessoas já adoptou o costume do aborto...
Entende?
As sociedades não são monoliticas, tipo aquelas que nós cremos serem selvagens. O mundo muda, as sociedades mudam, isto é imparável, o que podemos fazer é orientar o rumo desta mudança conforme o nosso interesse pessoal ( maioria).
Não está em risco de a Europa tornar-se muçulmanos nos anos mais próximos, mas se vier a ocorrer é algo natural.
Fomos pagãos, cristãos...ateus...e Zeus sabe mais lá o que se seguirá.
No entanto, apesar de n partilhar do vosso racismo e das ideias nacional-socialistas, considero que a questão do Islão na Europa é para debater. O que nunca deixou de ser feito, enquadrando e não temendo...
Onde for preciso, adaptamo-nos, pois os cidadãos livres não têm que abdicar da sua consciência porque os racistas querem.
É tão fácil encontrar um ponto de equilibrio. Acima de tudo e para começo de conversa basta respeitar a lei fundamental de cada país ( ou hábitos nas quais esta n exista). Isto significa garantir a liberdade a todos e não só aos racistas ofendidos...
Entenda o que é colonização e imigração
http://www.riogrande.com.br/rio_grande_do_sul_entenda_o_que_e_colonizacao_e_imigracao-o3093.html
Considera-se como imigração o movimento de entrada, com ânimo permanente ou temporário e com a intenção de trabalho ou residência, de pessoas ou populações, de um país para outro.O imigrante nunca deve ser confundido com:
Quem falou que era a mesma coisa?
Não tenho pachorra, xau
Não deixa de ser irônico e contraditório a repreensão ao que é chamado de "impor sua cultura e valores" justamente por alguém envolvido em qualquer grau de influência social que queira que as imagens de seus valores estejam difundidos o máximo possível no mundo (quase todo mundo do mundo, para falar a verdade).
A maioria da população religiosa - população islâmica incluída - está pouco se lixando para princípios abstratos políticos. A maioria quer saber é de pão na mesa, cerveja, ter lazer e sobrevivência segura. E isso inclui ter paz a maior parte do tempo. A maioria das pessoas religiosas (isso obviamente não inclui os homens-bomba suicidas e os muçulmanos salafistas) são fundamentalmente ateístas no sentido que não tem pretensões de entrar em guerra para que outras pessoas sejam convertidas a sua religião. Portanto, não é admissível usar “valores judaico-cristãos” ou “princípios ocidentais” no tratamento do salafismo intolerante, que nega o direito de outras pessoas de terem sua própria religião.
E fatores culturais religiosos não tem importância para explicar porque a maior parte dos países islâmicos são subdesenvolvidos. Isso já foi explicado sistematicamente por James Robinson e Daron Acemoglun em "Porque as Nações Fracassam": http://religiaoeveneno.com.br/discussion/187/hipotese-cultural-do-subdesenvolvimento-desmistificada
"Migração é algo natural na espécie humana, sempre houve, inclusive em larga escala.
A esmagadora maioria dos brasileiros são migrantes ( fiquemos por 1500 d.c.)..."
Extrapolou e errou, típico.
Não se pode ter filhos com o modelo neoliberal actual. Uma pessoa aos 35 anos é agora dado como jovem ( no meu tempo era -25 anos) e tantos destes "jovens" necessitaram retornar na casa dos pais. Apesar de trabalharem, terem formação superior, não podem pagar uma renda de casa com o salário "competitivo" que se lhes foi imposto.
Outros, até conseguem viver independentes, porém com vínculos laborais precários. Preferem viajar a sacrificar-se em constituir uma família.
Ao todo podemos juntar, de facto, um novo modo de estar na vida, no qual o futuro se faz ausente ou negro.
As pessoas em geral com menos 10 anos do que eu ou mais, não pensam em casar, nem ter filhos. As relações sociais/amorosas/etc são passageiras e desapegadas. Não se constituem vínculos emocionais...
Isto é a minha percepção da realidade. Tive a oportunidade de nos últimos anos lidar de perto com estudantes universitários e dei conta de haver uma juventude capaz, produtiva, criativa, só que desorientada no sentido de transmitir valores a uma próxima geração ( the world is doomed).
Acertei. Você é burrão e não sabe a diferença entre colonização e imigração.
Acho que não havia motivo para concordar. O libertário Leandro Narloch não defende seleção de imigração, mas sim a livre imigração para imigrantes não criminosos. Que era a mesma posição de Milton Friedman, com a ressalva de que, segundo ele, a meta de livre imigração só seria viável sem fornecimento de Welfare State para os imigrantes:
http://freestudents.blogspot.com.br/2008/02/what-milton-friedman-really-said.html
Como também defendo a livre circulação, tenho um problema em lidar com o possível excesso de migrantes.
Friedman resolve isso tornando menos apetecível a migração para alguns migrantes,negando-lhes o estado social - será suficiente?
Migrantes buscam na Europa mais do que um Estado social, penso eu, que muitos nem sabem o que é. A Europa representa no imaginário a oportunidade e a segurança para uma vida bem sucedida. Por este motivo, atravessam desertos e mar para aqui chegarem.
http://www.voxeurop.eu/pt/content/article/54611-um-somali-perdido-na-romenia
Roménia não é lugar para onde eu desejasse ir, no entanto, pode ser um paraíso para outros.
Na casa deles talvez, quando eles vem a nossa casa ou aceitam NOSSA perspectiva ou fujam para outro lugar.
É preciso que eles se adaptem ao local e não contrário. Você receberia alguém na sua casa que mudasse sua rotina ou que pegasse sua toalha de banho pra limpar o cu depois de uma bela cagada?
Nossa? Ou a sua?
A nossa perspectiva é aquela que diz cada um tem a própria perspectiva. Felizmente, esta perspectiva ainda é a perspectiva dominante.
Não importa que os agitados fiquem frustrados, morrerei antes da Europa mudar, se mudar.
Aliás, é desgaste de energia ouvir esse discurso - vai para tua terra brasileiro filho da puta.
Os outros dos outros somos nós e a nossa terra é nossa.
Não espero que compreendam ou sejam sensíveis.
Houve por aí um discurso famoso acerca da 2ªguerra mundial a respeito do silênciodos justos...