As coisas estão mudando no mundo do Entretenimento
É o dia da premiação máxima da música. No tapete vermelho, onde muitos já antecipavam qual seria o ato de protesto anti-Trump de Beyoncé, Lady Gaga e cia, surge uma cantora desconhecida de 25 anos, trajando um vestido branco. Ao se posicionar na frente dos fotógrafos, ela, com um sorriso no rosto, retira o vestido branco para revelar um azul, branco e vermelho. Na frente do vestido, “Make America Great Again”, na parte de trás, “Trump” em letras garrafais. Celebridades, personalidades da mídia e ideólogos nas redes sociais permanecem em choque, já proclamando o fim precoce de sua carreira.
No dia seguinte, o seu álbum alcança o número um na lista dos mais vendidos da Amazon e a sétima posição no iTunes.
O caso da cantora Joy Villa é mais um numa série que, só esse ano, serve pra comprovar as mudanças de vento da cultura americana – e por extensão, mundial. Em uma indústria dominada por ativistas liberais acostumados a execrar pessoas com vozes dissonantes, ser conservador está se tornando uma força, ao invés de um negativo.
Enquanto críticos ofendidos juravam não divulgar mais nenhum livro da editora Simon & Schuster, o livro de Milo Yiannopoulos alcançava o topo dos mais vendidos da Amazon – duas vezes, antes e depois dos ataques na UC Berkeley. Enquanto fresculóides gritavam com o youtuber Jon Tron após ele sair do armário como anti-PC, o seu número de subscribers diário dobrou.
Beyoncé discursou sobre o movimento feminista em sua performance, enquanto a ultra-liberal Katy Perry cantou com uma imagem da constituição americana no telão e uma braçadeira com a palavra “Persista”, mas quem roubou as atenções e repercutiu na mídia foi Joy Villa e seu vestido, desenhado por imigrante filipino gay que também é fã assumido do Presidente Trump.
Não há nada de corajoso em vociferar opinião política que você sabe que será aplaudida por todo o público de amigos e ideólogos na plateia e não será questionada na grande mídia. A verdadeira coragem está em não esconder as suas convicções, mesmo quando o mundo inteiro tenta te forçar a se calar.
E, cansadas de ficarem escutando lição de moral de celebridade multimilionária, as pessoas estão começando a perceber – e premiar – isso. A cultura não muda da noite pro dia, mas geralmente só percebemos a mudança quando ela já está em curso.
Ah, e só pra completar, informação fresquinha que saiu enquanto eu escrevia esse texto: Depois de um faniquito politicamente correto, a Playboy vai voltar a publicar nudez.
http://lolygon.moe/2017/02/no-mundo-do-entretenimento-ser-conservador-esta-deixando-de-ser-uma-sentenca-de-morte/
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Comentários
http://www.ceticismopolitico.com/vendas-de-albuns-de-joy-villa-explodem-e-aumentam-18106633-horas-apos-ela-usar-o-vestido-maga/
http://www.hinabesubs.com.br/2017/03/keyaki46-fukyouwaon.html