Presente pro Acauan (e para os demais provavelmente)

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Comentários

  • Além do quê, como o Acauan comentou, os pilotos aliados viravam instrutores depois de um certo número de missões e formavam novos pilotos em vez de continuar combatendo, enquanto que os alemães combatiam até ser mortos, feridos ou capturados, portanto é natural que acumulassem mais vitórias.
  • Fernando_Silva disse: Além do quê, como o Acauan comentou, os pilotos aliados viravam instrutores depois de um certo número de missões e formavam novos pilotos em vez de continuar combatendo, enquanto que os alemães combatiam até ser mortos, feridos ou capturados, portanto é natural que acumulassem mais vitórias.

    - Não tenho certeza, mas creio que só os americanos faziam isso.

    Abraços,
  • editado February 2018
    Isso aqui eu não sabia.
    Assustador.

  • Fernando_Silva disse: Além do quê, como o Acauan comentou, os pilotos aliados viravam instrutores depois de um certo número de missões e formavam novos pilotos em vez de continuar combatendo, enquanto que os alemães combatiam até ser mortos, feridos ou capturados, portanto é natural que acumulassem mais vitórias.


    - Não tenho certeza, mas creio que só os americanos faziam isso.

    Não estou certo, mas acho que os ingleses tambem o faziam.
  • editado February 2018
    O estado Soviético destruiu a identidade nacional da Mãe Rússia, que junto com a Religião Cristã Ortodoxa, também suprimida, eram os fatores de unidade do povo.

    A igreja ortodoxa era perseguida desde os anos 1700. Já nesse periodo, o Czar estatizou a igreja e trocou as lideranças. Nesse periodo, a igreja russa já era independente de constantinopla.

    Ordodoxos tem essa coisa de "autocefalia", que garante independencia para as igrejas localizadas em varios pontos. O vaticano leva o pessoal mais na redea  curta. Já os ordodoxos, por serem ortodoxos, mantem a ortodoxia e continuam ortodoxos perante a coisa toda




     
  • Achei interessante essa abordagem deles quanto ao caso da Gleisi.
  • editado May 2018
    Judas disse: Opinião: O pronunciamento da Vaca

    É claro que o pronunciamento da Vaca para o... Mundo Árabe... seja lá o que a Vaca entenda que seja isto, não representa ameaça para o Brasil porque o "Mundo Árabe" não deu a mínima para o pronunciamento da Vaca.
    Agora, uma coisa é o resultado do pronunciamento da Vaca, outra coisa as intenções do pronunciamento da Vaca e as intenções da Vaca eram, sim, suficientes para sustentar acusação de lesa Pátria.

    O texto fala por si, mas o contexto não deixa dúvida.
    A Vaca tava enrolada num Keffiyeh, que por tradicional que seja, é reconhecido no mundo todo como um símbolo revolucionário.
    A Vaca falou nos "milhões de árabes E palestinos" que vieram para o Brasil, número absurdo e origem mais ainda, uma vez que na época da grande onda de imigração árabe para o Brasil, a esmagadora maioria eram cristãos sírio-libaneses que absolutamente nada tinham a ver com o que viria a ser chamado de Povo Palestino somente depois dos desdobramentos da Guerra dos Seis Dias em 1967, décadas depois da onda imigratória.
    Sei lá se a Vaca sabe disto, duvido, mas se sabe pior porque a intenção na fala e na veste é incitar forças revolucionárias internacionais contra o Brasil.
    Lesa Pátria óbvio.

    De novo, ameaça zero.
    A Vaca não consegue mobilizar forças revolucionárias nem dentro da militância do próprio Partido movido à mortadela, que dirá motivar gente que tem muito, mas muito mais com que se preocupar do que com os pronunciamentos da Vaca.

    Mas de novo, neste caso é a intenção que conta.
     
  • Acauan disse:
    É claro que o pronunciamento da Vaca para o... Mundo Árabe... seja lá o que a Vaca entenda que seja isto, não representa ameaça para o Brasil porque o "Mundo Árabe" não deu a mínima para o pronunciamento da Vaca.
    Mesmo porque "mundo árabe" é uma ficção. Ela acha que um balaio de gatos composto de diferentes seitas, tribos e nacionalidades envolvidos em guerras milenares vai se unir para ajudar uma doida?
     
  • Fernando_Silva disse:
    Acauan disse:
    É claro que o pronunciamento da Vaca para o... Mundo Árabe... seja lá o que a Vaca entenda que seja isto, não representa ameaça para o Brasil porque o "Mundo Árabe" não deu a mínima para o pronunciamento da Vaca.
    Mesmo porque "mundo árabe" é uma ficção. Ela acha que um balaio de gatos composto de diferentes seitas, tribos e nacionalidades envolvidos em guerras milenares vai se unir para ajudar uma doida?
     

    - O pronunciamento dela é movido pelo desespero, com as delações premiadas, o avanço das investigações da PF, a confirmação da prisão na segunda estância, as prisões preventivas intermináveis do Moro, o fim do foro privilegiado e a proximidade da derrota nas eleições, a porta da cadeia nunca pareceu tão próxima, o desespero só aumentou quando viu seu líder, que considerava intocável, ir em cana.

    Abraços,
  • Spider disse:

    - O pronunciamento dela é movido pelo desespero, com as delações premiadas, o avanço das investigações da PF, a confirmação da prisão na segunda estância, as prisões preventivas intermináveis do Moro, o fim do foro privilegiado e a proximidade da derrota nas eleições, a porta da cadeia nunca pareceu tão próxima, o desespero só aumentou quando viu seu líder, que considerava intocável, ir em cana.

    Abraços,

    Ironicamente a Vaca é o que sobrou do PT que Lula construiu.
    O encarcerado fez tudo que pode para destruir qualquer outra liderança partidária que pudesse representar ameaça ao seu poder.
    Sobrou a Vaca e o Lindinho.

     
  • TODAS AS PESSOAS MORTAS POR TERRORISTAS DE ESQUERDA 1 – OS 19 ASSASSINADOS ANTES DO AI-5

    Por Reinaldo Azevedo - 22 fev 2017, 09h00 - Publicado em 12 jan 2010

    O que é que os livros de história e boa parte da imprensa escondem de você, leitor? Apenas a verdade.

    As esquerdas alegam que o Regime Militar, ao longo de 21 anos, matou 424 dos seus militantes. É um número provavelmente inflado. Mortos comprovados são 293 – os outros constam como “desaparecidos” e se dá de barato que tenham sido mortos por “agentes do regime”. Nessa conta, diga-se, estão quatro militantes da ALN-Molipo que foram mortos pelos próprios “companheiros”. Ela também inclui os que morreram de arma na mão no Araguaia – já lembro a lista total. Este post tem outro objetivo. E, antes que prossiga, uma questão de princípio: não deveria ter morrido uma só pessoa depois de rendida pelo Estado. Ponto final. Não há o que discutir sobre este particular.

    O que não se diz é que o terrorismo de esquerda matou nada menos de 119 pessoas, muitas delas sem qualquer vinculação com a luta política. Quase ninguém sabe disso. Também se consolidou uma outra brutal inverdade histórica, segundo a qual as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de 1968. É como se, antes disso, os esquerdistas tivessem se dedicado apenas à resistência pacífica.

    Neste primeiro post sobre as vítimas dos terroristas de esquerda, listo apenas as pessoas mortas antes do AI-5: nada menos de 19. Em muitos casos, aparecem os nomes dos assassinos.

    Se vocês forem procurar na lista dos indenizados com a Bolsa Ditadura, muitos homicidas estão lá, sendo beneficiados por sua “luta contra a ditadura”. Ou, então, suas respectivas famílias recebem o benefício, e o terrorista é alçado ao panteão dos heróis. Quem fez a lista dos assassinados pela esquerda é o grupo Terrorismo Nunca Mais. “Ah, lista feita pelo pessoal da direita não vale!!!” E a feita pela extrema esquerda? Vale? Ademais, estes fatos estão devidamente documentados . Seguem os nomes das 19 pessoas assassinadas antes do AI-5 e, sempre que possível, de seus algozes. Ao longo do dia, publicarei os outros 100 nomes.

    Ah, sim: PARA AS VÍTIMAS DA ESQUERDA, NÃO HÁ INDENIZAÇÃO. Como vocês sabem, eles não têm nem mesmo direito à memória. Foram apagados da história pela Comissão da Mentira.

    AS VÍTIMAS DAS ESQUERDAS ANTES DO AI-5

    1 – 12/11/64 – Paulo Macena,  Vigia – RJ
    Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto

    2 – 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército – Paraná
    Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

    3 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho, Jornalista – PE
    Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Ver próximo nome.

    4 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
    Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino,  guarda civil, teve a perna direita amputada.

    5 – 28/09/66 – Raimundo de Carvalho Andrade – Cabo da PM, GO
    Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.

    6 – 24/11/67 – José Gonçalves Conceição (Zé Dico) – fazendeiro – SP
    Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.

    7 – 15/12/67 – Osíris Motta Marcondes,  bancário – SP
    Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

    8 – 10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima – Marinha Mercante – Rio Negro/AM
    No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados  por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste  ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.

    9 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira,  guarda Penitenciário – RJ
    O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani

    10 – 26/06/68-  Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP
    No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.

    11 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – civil – RJ
    Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

    12- 27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM –  RJ
    No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.

    13 – 01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen – major do Exército Alemão – RJ
    Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.

    14 – 07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza – Soldado PM – SP
    Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.

    15 – 20/09/68 – Antônio  Carlos  Jeffery – Soldado PM – SP
    Morto a tiros quando de sentinela  no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.

    16- 12/10/68 – Charles Rodney Chandler – Cap. do Exército dos Estados Unidos – SP
    Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver,  na frente da sua mulher, Joan,  e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).

    17 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – civil – RJ
    Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.

    18 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – civil – RJ
    Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).

    19 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP
    Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.
    https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/todas-as-pessoas-mortas-por-terroristas-de-esquerda-1-os-19-assassinados-antes-do-ai-5/
  • Sem combustível, não há ambulâncias, bombeiros, reboques.
  • As mulheres pilotos que levavam os aviões ingleses até as frentes de combate da Segunda Guerra.
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    https://www.warhistoryonline.com/war-articles/unsung-heroines-female-pilots-wwii.html
  • As mudanças que o mundo sofreu devido à Primeira Guerra: fim de antigos impérios, fim da crença na guerra heróica e romântica, declínio da fé religiosa.
    'A Primeira Guerra Mundial nunca deveria ter acontecido', diz historiador

    Professor americano destaca que luto provocado pelo conflito mudou estruturas sociais e permitiu ascensão de líderes autoritários

    Historiador da Universidade de Yale (EUA), Jay Winter veio ao Brasil esta semana falar sobre os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial na Casa de Rui Barbosa, em seminário organizado pela PUC-Rio e pela UFRJ.

    Como era o mundo em novembro de 1918, quando a guerra acabou?

    Foi um mês desastroso para a Humanidade. Havia um luto generalizado pela morte de mais de 10 milhões de pessoas durante a Primeira Guerra Mundial, que também deixou 25 milhões de mutilados. E aconteceu a maior epidemia de influenza da História, cujo número de vítimas foi superior ao visto em todo o confronto.

    O senhor diz que a Primeira Guerra Mundial criou a “cultura das guerras”. O que foi isso?

    Houve uma mobilização impressionante em defesa da guerra em todas as nações envolvidas. A população não julgava o conflito pela sua agressividade. Acreditava-se que as batalhas deveriam ser travadas pela defesa do país e das famílias. E ninguém precisou ser coagido para aderir ao confronto. Sequer havia alistamento obrigatório em 1914. O ânimo das pessoas surpreendeu até os governos, que pensavam que teriam de enfrentar protestos.

    Quando ficou claro que a guerra acabou sem resolver as hostilidades entre os países?

    Seu fracasso foi visível em 1920, quando os EUA se recusaram a ratificar o Tratado de Versalhes, o documento que definiu os termos de paz após a guerra. Não era possível imaginar uma nova ordem mundial sem o país, e a Liga das Nações ficou ainda mais vulnerável sem o apoio da União Soviética e da Alemanha nazista.

    Como o luto após a morte de tantas pessoas transformou a sociedade?

    A sucessão de gerações foi alterada. Milhões de pais enterraram seus filhos. Metade dos mortos nunca mais foi vista, porque caiu no meio da artilharia. Daí vieram as cerimônias nacionais em homenagem ao soldado desconhecido. As igrejas tradicionais não sabiam como convencer os fiéis sobre a existência de Deus depois de um massacre com essas proporções. Foi o início do declínio do catolicismo e do protestantismo.

    E o que substituiu essas religiões?

    Havia três escolhas. Uma era a superstição — os pais procuravam médiuns, que interpretavam a voz dos filhos mortos. Nos recados, os soldados falavam que estavam bem, juntos aos companheiros de batalha, e que a família deveria seguir em frente. Era a busca de um conforto. Um segundo recurso adotado pelas viúvas era casar novamente. Não queriam depender de seus pais para manter o lar. Casavam com homens mais jovens, porque os mais velhos haviam sido mortos, e de classes sociais diferentes, muitas vezes inferiores. Afinal, era melhor ter um marido do que nenhum. E um terceiro fenômeno foi a desistência sobre a noção de Deus. Se Ele existisse, não haveria aquela guerra.

    Como o confronto contribuiu para a dissolução do Império Britânico?

    Já se passaram cem anos e os britânicos acreditam que não se recuperaram totalmente do sofrimento da guerra. Em 1914, o Império estava em seu apogeu, mas saiu do confronto fatalmente ferido. Foi uma vitória obtida a um alto custo, com prejuízo irreparável, que iniciou sua decadência. Nos primeiros dois anos de guerra, três milhões de britânicos se alistaram no Exército, que se tornou um reflexo da sociedade: a aristocracia e a classe média formavam o corpo de oficiais; os soldados eram a classe trabalhadora e os fazendeiros. E a chance de um oficial morrer à frente de uma batalha era duas vezes maior do que a do resto do efetivo. Foi um conflito arrasador para a elite. Podemos dizer que, no longo prazo, o maior derrotado na guerra foi o Reino Unido, e não a Alemanha.

    A Primeira Guerra Mundial ocorreu entre 1914 e 1918, mas o senhor a divide em duas partes — uma que termina em 1917, e outra que vai daí até 1923. Qual é a diferença?

    A guerra deixou de ter seu contorno de conflito militar a partir da Revolução Russa, em 1917. Antes disso, tratava-se de uma guerra entre impérios. Depois, tornou-se um batalha sobre o comunismo e o futuro da democracia. O mundo parou para ver o que aconteceria na Rússia, e apenas em 1923 Lenin e os bolcheviques estabilizaram-se no poder. Acredito que o Reino Unido e a França tinham muito mais medo da União Soviética do que da Alemanha.

    Mas a maior ameaça da Segunda Guerra Mundial foi a Alemanha de Hitler, e não a União Soviética.

    Hitler foi um filho da Primeira Guerra Mundial. Ele disse que chorou duas vezes na vida: quando a mãe morreu e quando a Alemanha foi derrotada. Era o homem que captou o espírito da ansiedade do confronto. Até 1917, as sociedades odiavam o inimigo que estava do outro lado do front. Depois, o ódio foi direcionado ao vizinho, a um grupo étnico diferente, como os judeus, ou qualquer outro a quem você atribuía sua miséria.

    Por que fala-se mais da Segunda Guerra Mundial do que da Primeira?

    A Segunda Guerra Mundial era uma escolha moralmente clara. O monstruoso regime nazista não permitia a existência de dilemas — ou você lutava ou morria. Hitler tornou impossível fugir do batalha. E por isso tornou-se um bom confronto, aquele que deveria ser travado e vencido a qualquer custo. O debate moral não existiu na Primeira Guerra. Era um conflito que nunca deveria ter acontecido, e teve consequências muito piores do que benefícios. Foi uma catástrofe marcada por líderes incapazes de controlar os meios de violência que foram usados.
    https://oglobo.globo.com/sociedade/a-primeira-guerra-mundial-nunca-deveria-ter-acontecido-diz-historiador-22813379

     
  • Rapaiiiiiz...As teorias expostas aqui dão conta de que Hitler foi bem vacilão...



  • Durante a Primeira Guerra Mundial, várias tecnologias foram desenvolvidas ou utilizadas em combate pela primeira vez:

    - O primeiro porta-aviões
    - Os primeiros submarinos movidos a diesel
    - Os primeiros tanques
    - Os primeiros bombardeios aéreos, usando aviões e dirigíveis
    - As primeiras comunicações por rádio entre aviões e entre eles e o solo
    - A recente síntese da amônia em laboratório, que visava substituir o nitrato vindo do Chile como fertilizante e acabou sendo usada na fabricação de bombas pela Alemanha
    NOVEMBER 1918: THE FIRST WORLD WAR ENDS

    Vaclav Smil

                FEW 100-YEAR ANNIVERSARIES resonate so loudly as November’s
                marking of the end of the world’s first truly global armed conflict.
                The war’s unspeakable carnage scarred the memory of a genera-
                tion, but its most tragic legacy was the resulting Communist rule in
    Russia (1917), Fascist rule in Italy (1922), and Nazi rule in Germany (1933).
    Those developments led to the Second World War, which killed even more people
    and left direct and indirect legacies—including NATO vs. Russia and a divided
    Korea—that still trouble our lives. Even though World War II was deadlier, a
    case can be made that the first war constituted the critical disaster, as it gave
    rise to so much of what followed. True, the second war deployed far greater
    advances in destructive power, including the fastest fighter planes ever pow-
    ered by reciprocating engines, enormous four-engine bombers (the B-17), mis-
    siles (the German V-1 and V-2), and at the war’s very end, the nuclear bombs
    that destroyed Hiroshima and Nagasaki. In comparison, World War I, with its
    entrenched and barely shifting fronts, was a decidedly less dynamic conflict.

    But a closer look shows that purely technical advances were indeed critical for
    lengthening its duration and adding to its death toll. Leaving aside the use of
    poisonous gases in combat (never repeated on such a scale), several key modes
    of modern warfare were developed and even perfected. The first diesel-powered
    submarines were used on long forays to raid convoys of merchant ships. The first
    tanks were deployed in combat. The first bombing raids, using both dirigibles
    and airplanes, were mounted. The first battle-ready aircraft carrier was launched
    in 1914. The French successfully tested portable transmitters enabling voice
    communication from the air to the ground in 1916 and from air to air in 1917,
    beginning the long road toward ever smaller, ever more usable electronic
    components.

       Amid all these developments, we
    must single out the momentous innova-
    tion that allowed a blockaded Germany
    to endure its two-front war for four
    years: the synthesis of ammonia. In
    1909, Fritz Haber, a professor at the
    University of Karlsruhe, ended the long-
    running quest for this goal by employ-
    ing an iron-based catalyst to synthesize
    ammonia from nitrogen separated from
    air and from hydrogen produced, at that
    time, by hydrogenation of coal.

       By October 1913, BASF (then the
    world’s leading chemical conglom-
    erate), under the leadership of Carl
    Bosch, embodied the process in the
    world’s first ammonia plant, in Oppau.
    This synthetic ammonia was meant
    as fertilizer, and more than any other
    invention, it helped to launch the
    Green Revolution, which has fed the
    world ever since.

       Less than a year later, when the war
    began and the British Navy cut Ger-
    many off from Chilean nitrates, there
    was thus a ready substitute. But instead
    of converting ammonia into solid fer-
    tilizer (above all sodium nitrate), BASF
    began to mass-produce the compound
    for conversion into nitric acid to be used
    in the synthesis of wartime explosives.

    A larger ammonia plant was completed
    by April 1917 in Leuna, west of Leipzig,
    and the combined production of the two
    plants sufficed to support Germany’s
    manufacture of explosives until the
    war’s end.

       The new power of industry to find
    ways around every shortage helped
    to drag out the war, adding millions of
    casualties. This terrifyingly modern
    development belies the war’s primitive
    image, framed by prolonged stalemates
    in muddy trenches—and it paved the
    way to even greater carnage a genera-
    tion later.
    https://spectrum.ieee.org/ww1ends1118
     

     
  • editado December 2018
    10 coisas que talvez você não saiba sobre a Primeira Guerra Mundial

    No domingo (11/11/2018), completa-se um século do fim desse conflito, que se acreditava ser "a guerra para acabar com todas as guerras"

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    Homem posa em frente a uma estátua superprotegida no Jardim de Tuileries (o primeiro jardim público de Paris), durante a Primeira Guerra Mundial. Os monumentos foram cercados por sacos de areia para tentar evitar danos em caso de ataque alemão Foto: Hulton Archive / Getty Images

    1 - O assassinato que quase não aconteceu e quase não provocou a Primeira Guerra Mundial

    Milhões de soldados massacrados, outros milhões de civis mortos de fome e por bombardeios. Além de outros efeitos como a Revolução Russa e a derrota alemã que propiciou a ascensão de Adolf Hitler. Esses foram alguns dos eventos causados a partir de um sanduíche. Ou melhor, do fato de Gavrilo Princip, um jovem bósnio sérvio, ter parado em um boteco para trincar os dentes em um sanduba da Belle Époque. Ou, segundo diversos historiadores, teria sido umbörek ou uma pljeskavica, variedades de lanches balcânicos. O fato é que, comendo ou de jejum, Princip estava na frente do café Moritz Schiller quando deparou com a oportunidade de cumprir seu objetivo, um assassinato.

    Mas vamos rebobinar. A Europa havia tido nos anos prévios momentos quentes, de corrida armamentista. Naquele momento, um dos pontos tensos do mapa europeu era o da fronteira sul do império Austro-Húngaro, onde dominava a Bósnia-Herzegovina, área que era ambicionada pelo reino da Sérvia. Em 1914, o governo em Viena anunciou que o príncipe-herdeiro, o arquiduque Franz Ferdinand, visitaria Sarajevo, capital da Bósnia. O movimento terrorista nacionalista sérvio Mão Negra decidiu assassinar o arquiduque, já que ele pregava mais autonomia para os povos do império, algo que prejudicava o marketing nacionalista da Sérvia na Bósnia.

    Na manhã do dia 28 de junho, o arquiduque realizava sua visita oficial à cidade, com uma agenda carregada de eventos. Dos 6 terroristas preparados para o atentado, os dois primeiros falharam em lançar as bombas. O terceiro conseguiu, mas a bomba ricocheteou no capô do carro do arquiduque e atingiu o veículo dos guarda-costas, explodindo sobre ele. Cerca de 20 pessoas que assistiam ao cortejo imperial foram feridas. O arquiduque saiu ileso. Esse terceiro terrorista, Nedeljko Čabrinović, ao ver que havia falhado, ingeriu uma pílula de cianureto, correu até a beira do rio Milajca e pulou.

    No entanto, o cianureto era velho e induziu Čabrinović ao vômito. Não morreu envenenado. Mas o terrorista tampouco morreu afogado no rio, já que devido à seca, tinha apenas 13 centímetros de água. Resultado: foi capturado.

    Os oficiais a cargo da segurança de Franz Ferdinand insistiram para que cancelasse a visita. Mas o governador-geral da Bósnia, Oskar Potiorek, respondeu: "Por acaso acham que a cidade está cheia de assassinos?" A visita continuou. O arquiduque decidiu visitar os feridos no hospital. Gavrilo Princip, o quarto terrorista, acreditava que os planos de assassinato haviam fracassado e saiu caminhando pela cidade quando parou no café Moritz Schiller para fazer um lanche. Ou, mesmo sem comer, estava ali na calçada do café, pensando no que fazer, já que os planos de atentado haviam fracassado.

    Enquanto isso, o motorista do arquiduque não havia sido informado da mudança de planos e foi na direção do Museu Nacional, onde haveria uma cerimônia. Por isso, pegou o trajeto original previsto. Do segundo carro, Potoriek ordenou ao motorista do arquiduque que desse marcha à ré, pois deviam pegar o trajeto alternativo para visitar o hospital. No entanto, o motor do carro parou durante a manobra. E isso ocorreu exatamente na rua onde estava o terrorista. Princip não podia acreditar. Seu alvo estava ali, a poucos metros dele, dando sopa. O terrorista largou seu lanche (ou não largou nada, pois não estava comendo naquele momento, segundo alguns historiadores), correu até o carro e disparou, matando o príncipe-herdeiro e sua mulher.

    O assassinato desatou uma série de conflitos diplomáticos entre a Áustria-Hungria e a Sérvia que levou à guerra entre os dois países. Semanas depois, quase todos os países europeus estavam envolvidos. E nos anos seguintes, boa parte do planeta estava em guerra.

    2- Futebol natalino nas trincheiras

    No Natal de 1914, a guerra acumulava menos de um semestre de existência. Os avanços iniciais de tropas de ambos os lados haviam sido detidos e os países em confito entravam em uma interminável guerra de trincheiras. Várias dessas trincheiras estavam muito próximas, às vezes a 100 metros de distância. Em um desses casos, no front na França, soldados alemães começaram a entoar cânticos natalinos. Em resposta, do lado inglês, fizeram o mesmo. A confraternização entre inimigos estava categoricamente proibida. Mas o cansaço da guerra os levou a ignorar as ordens.

    A desobediência foi sutil no começo. Os historiadores indicam que primeiro começaram as conversas, aos gritos, de um lado para outro: “ei, cantem outra!”; “ei, eu conheci Berlim antes da guerra! De que cidade vocês são?”, até “temos biscoitos aqui..querem? Vocês têm cigarros para trocar?” Em outros casos, os relatos indicam que os alemães colocaram cartazes com os dizeres “Feliz Natal” e “Vocês não lutam e nós não lutamos”. Lentamente, foram saindo das trincheiras, com as mãos para o alto, mostrando que não estavam segurando armas, e aproximaram-se do meio daquela terra bombardeada. Em pequenos grupos foram se reunindo e começaram a conversar. Repentinamente, o futebol entrou no papo. O futebol passou das conversas para a ação: um dos soldados improvisou uma bola, supostamente com trapos (outros dizem que foi com latas de comida), e soldados alemães e britânicos começaram a chutar essa "bola". Nas horas seguintes, segundo depoimento do tenente Kurt Zehmisch, do 134º Regimento da Infantaria da Saxônia, um inglês trouxe uma bola de futebol de verdade e aí começou um jogo. O terreno era acidentado, devido aos buracos de balas de canhão dos dias prévios, mas os soldados tentaram evitar esses “detalhes”. “Era estranho...mas era maravilhoso!”, disse Zehmisch.

    As traves? Marcaram o chão, no meio da neve, com os capacetes.

    Dizem que foram até 29 jogos na véspera de Natal e no dia de Natal ao longo de todo o Front ocidental. Quando souberam das confraternizações, os generais reprimiram os envolvidos imediatamente. E a guerra continou por outros 3 anos e meio.

    3 - A mais longa batalha

    A Batalha de Verdun foi a mais longa da Primeira Guerra Mundial (e de toda a História mundial), pois durou 303 dias, entre fevereiro e dezembro de 1916. Essa também foi uma das mais sangrentas batalhas da História, já que ali foram mortos 377.231 franceses e 337.000 alemães. No total, 714.231 mortos. Ou, 70 mil mortos por mês em média. A vitória foi francesa. No entanto, foi uma vitória defensiva, já que com ela impediram que as tropas do kaiser avançassem na direção de Paris. Quase um quarto de século mais tarde, em 1940, na Segunda Guerra Mundial, Verdun caiu em 24 horas para as tropas de Adolf Hitler.

    4 - Para bombardear Londres, 250 mil vacas por zepelins

    Outro mito sobre a Primeira Guerra Mundial é que a Grã-Bretanha não sofreu a guerra em seus território metropolitano, isto é, nas Ilhas Britânicas, ao contrário da Segunda Guerra Mundial, quando foi duramente bombardeada pela Luftwaffe. Nada disso. Elas foram alvos de uma série de bombardeios realizados por zepelins.

    O primeiro bombardeio desses balões pegou os britânicos de surpresa, já que nunca antes o país havia sido atacada pelo ar. A única alternativa existente na época, para ataque a longa distância, eram os zepelins, já que os aviões – biplanos e triplanos – não podiam carregar muitas bombas.

    Em maio de 1915 zepelins carregando bombas explosivas e bombas incendiárias, atacaram o solo britânico, matando 35 pessoas. O volume era minúsculo perto dos massacres que ocorriam na frente de guerra no continente. No entato, tiveram um efeito de abalar o moral dos ingleses e de criar histerias coletivas sobre os zepelins.

    Os alemães construíram diversos zepelins para bombardear a Grã-Bretanha. Para isso, tiveram que suspender a produção de salsichas, já que as membranas intestinais das vacas eram necessárias para fazer as câmaras impermeáveis de hidrogênio dessas naves aéreas (para um único zepelim eram necessários os intestinos de 250 mil vacas).

    No total, até o fim da guerra, foram realizados 52 voos de zepelins sobre a Inglaterra, que causaram 700 mortos. Inicialmente, os contra-ataques eram difíceis, já que os aviões da época não alcançavam a mesma altitude dos zepelins.

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    Balões sustentam uma espécie de "cortina" para proteger Londres dos bombardeios na Primeira Guerra Mundial Foto: Henry Guttmann / Getty Images

    5 - Batalhas entre britânicos e alemães na América do Sul

    A Primeira Guerra Mundial envolveu todos os continentes. A afirmação costuma surpreender muitas pessoas, que geralmente retrucam: "Ei, mas na América do Sul não ocorreram combates!!" Ao contrário... a região teve suas batalhas, embora com menos ibope do que as imensas lutas transcorridas na Europa.

    Quando a guerra começou a Esquadra da Ásia Oriental (Ostasiengeschwader) da Marinha Imperial de Guerra da Alemanha, estava espalhada pelo Oceano Pacífico. Ao perceber que estava em inferioridade numérica perante os aliados, o almirante Von Spee decidiu ir com seus navios rumo à Europa. Mas como chegar ali?

    Uma alternativa era sair do Pacífico pelo Cabo Horn e subir pelo Atlântico. Mas ao passar na frente da costa chilena deparou com navios britânicos e desatou uma batalha naval na costa de Coronel em 1º de novembro de 1914. A frota alemã, vitoriosa, continuou rumo ao sul e entrou no Atlântico Sul. Devido à falta de suprimentos, Von Spee decidiu atacar Stanley, capital das ilhas Falklands (ou Malvinas) e destruir a principal base da Grã-Bretanha no Atlântico Sul. No entanto, as forças britânicas ali eram superiores e os alemães foram derrotados.

    Pouco antes, em setembro daquele ano, uma batalha ocorreu em águas brasileiras. Alemães e britânicos chocaram-se na área do arquipélago de Trindade. A vitória foi britânica.

    6 - Abelhas, cruciais para derrotar os britânicos em Tanga

    Quando a Primeira Guerra Mundial começou, o mapa da África era uma colcha de retalhos dominados pelas potências europeias. As maiores e mais lucrativas colônias ficaram nas mãos de França e Inglaterra. A Itália e a Alemanha chegaram tarde à colonização africana e pegaram os restos. Um desses "restos" era a colônia da África Oriental Alemã, colonizada pelos alemães. Ao iniciar o conflito na Europa, a guerra se estendeu ao território africano. Por esse motivo, o Império Britânico enviou tropas anglo-indianas ao porto de Tanga, onde estavam as principais forças alemãs na África, comandadas pelo tenente-coronel Paul Lettow-Vorbeck. As forças britânicas estavam em número superior (8 mil contra mil), além de melhor armadas que as alemãs.

    Mas as tropas britânicas, que incluíam um contingente de ferozes "gurkas", entraram em uma área cheia de colmeias, irritando milhares de abelhas que começaram a atacar as tropas. Os soldados fugiram em pânico, fato que teve um impacto negativo nas tropas de reserva que aguardavam na praia. Na corrida descontrolada, os britânicos deixaram fuzis, metralhadoras e 600 mil balas que foram utilizadas pelos alemães. Um dos oficiais britânicos, que comandou a retirada, foi atacado por centenas de abelhas. Ele recebeu, de maneira póstuma, a medalha Victoria Cross, por corajosa atitude enquanto enfrentava "ataque aéreo".

    Após a guerra, a África Oriental Alemã foi para mãos britânicas, que a rebatizaram de Tanganica. Esta, em 1961 tornou-se independente e em 1964 uniu-se a Zanzibar. Elas também uniram as duas primeiras sílabas: Tanzânia.

    7 - Calças chamativas

    A França entrou na Primeira Guerra Mundial com seu tradicional uniforme: jaqueta azul-marinho e calças vermelhas, as famosas pantalon rouge . Era o mesmo uniforme usado desde os tempos de Napoleão III. Mesmo antes da guerra começar, nos anos prévios, vários parlamentares haviam pedido uma update urgente, pois tudo indicava que a guerra europeia seguinte seria feroz. Nesse contexto, um uniforme com calças que podiam ser vistas a longa distância não seria adequado. Os alemães estavam melhor preparados, com uniformes cinzas. Os britânicos, de cores marrons (eles haviam aprendido que era uma cor que se camuflava melhor após a guerra contra os boers em 1900). Os italianos com um uniforme esverdeado. Mas os franceses insistiam com as chamativas calças vermelho-cheguei, já que – segundo os políticos e líderes militares – evocavam "os tempos de glória" da França. Depois de milhares de soldados mortos que haviam sido alvos fáceis para os alemães devido à questão cromática, o governo francês decidiu mudar a cor para azul claro em 1916.

    8 - Vou de táxi

    Na primeira semana de setembro de 1914, as tropas alemãs aproximavam-se rapidamente de Paris. Os militares franceses, pegos de surpresa pelo avanço germânico, estavam em pânico e especulavam em evacuar a capital da França. O general Joseph Gallieni já havia ordenado a colocação de cargas explosivas para derrubar a Torre Eiffel (o governo francês não a queria em mãos alemãs). Os alemães estavam a 30 kms da cidade.

    Mas, nesse momento, os alemães cometeram uma série de erros. Esses pontos fracos foram aproveitados pelo exército francês, que pela primeira vez deixou de ser empurrado pelos alemães e contra-atacou na Batalha do Marne. Paris estava salva. Pelo menos, por um tempo.

    A batalha teve participação crucial dos taxistas de Paris, que foram convocados pelo exército para levar às pressas milhares de soldados da 7ª Divisão de Infantaria à frente de guerra. A ordem foi publicada às 13 horas. A hora da partida foi marcada para as 18h em La Villette. Os motoristas, entusiasmados, fizeram seus passageiros descer, explicando orgulhosamente que deviam ir à batalha. Na hora marcada, os veículos, quase todos Renault 8CV, estavam em perfeita fila, esperando. O general Gallieni os inspecionou antes de partir. Ao concluir, afirmou: "Eh bien, voilà au moins qui n'est pas banal!" (Bem, pelo menos aqui está algo que não é comum!).

    Os 500 táxis, a 25 km por hora, pela Rodovia Nacional 2, transportaram 4 ou 5 soldados cada por 60 km entre Paris e a frente de guerra. No total, levaram 6 mil homens. O volume não era decisivo. No entanto, naquele momento de desânimo e de derrotismo, o "exército dos táxis" serviu para dar uma guinada e elevar o moral dos militares e dos civis. Os táxis transformaram-se em um símbolo da salvação de Paris e de uma união entre os civis e as tropas pela defesa do país.

    E a conta das viagens? Os motoristas foram cobrar do exército a despesa decorrente do transporte dos soldados. Mas o governo militar de Paris pagou apenas 27% do valor das corridas.

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    Visitante no Museu da Grande Guerra, em Meaux, na França, observa um dos veículos Renault que fizeram parte do "exército dos táxis", quando os taxistas de Paris foram convocados para levar soldados à frente de batalha, na Primeira Guerra Mundial Foto: Sean Gallup / Getty Images

    9 - Países de breve existência (alguns, de poucos dias)

    O fim da guerra implicou implosão de diversos países, entre os quais o Império Austro-Húngaro, na perda significativa de território do Império Russo e do Império Turco, além da criação de novos países que ainda existem como a Polonia, Lituânia, Estônia e Finlândia. Outros foram criados, como a Thecoslováquia e já se divorciaram (República Tcheca para um lado, Eslováquia para outro). Mas no meio do caos entre a Revolução Russa e a derrota alemã e os primeiros meses após o fim da guerra, surgiram pequenos e micropaíses de breve existência. Esse foi o caso da República Komanczca, uma associação de 30 aldeias. Foi criada em novembro de 1918 e desapareceu em janeiro de 1919 quando foi absorvida pela Polônia. Mas o mapa muda constantemente e atualmente uma parte dessa extinta república está na Polônia, outra na Ucrânia e um resto na Eslováquia.

    Outro país de breve existência foi o Ducado Báltico Unido, criado pelo Império Alemão quando derrotou a Rússia em 1917. Berlim decidiu que criaria um estado-tampão com os territórios do que atualmente são a Estônia, Lituânia e Letônia. O kaiser Wilhelm II decidiu colocar no comando desse país um nobre alemão – Adolf Friedrich de Mecklenburg. Mas ele nunca tomou posse, já que os acontecimentos foram mais rápidos do que o protocolo e a Alemanha foi derrotada pelos aliados e os três países bálticos decidiram proclamar sua independência e viver separadamente. E, no final da Primeira Guerra Mundial, a crise russa gerou uma oportunidade para vários povos do Cáucaso declararem a independência. Esse foi o caso da Geórgia, Armênia e Azerbaijão, unidos na República Transcaucásica, que ia do mar Negro ao Cáspio. Mas durou um punhado de meses, já que foram invadidos pelos otomanos e depois pelos soviéticos.

    10 - Quando terminou, não foi chamada de "Primeira"

    Quando a Primeira Guerra Mundial terminou, passou a ser conhecida como "A Grande Guerra" ou "A Guerra Mundial". Não era chamada de "Primeira" simplesmente porque ninguém imaginava que 21 anos depois começaria outro conflito bélico planetário, de proporções maiores, uma futura "Segunda Guerra Mundial".

    Nas duas décadas posteriores ao 11 de novembro de 1918, os ingleses a chamavam de "The Great War", enquanto que, na mesma sintonia, os alemães se referiam a ela como "Der große Krieg" e os franceses como "La Grande Guerre". Nos Estados Unidos, entre 1914 e 1917, os jornais se referiam a esse conflito bélico de enormes proporções como "European War". Somente depois da entrada americana no conflito é que passaram a denominá-la de "World War". Só com a Segunda Guerra Mundial já no meio é que sua antecessora começou a ser chamada de "Primeira Guerra Mundial".

    https://epoca.globo.com/10-coisas-que-talvez-voce-nao-saiba-sobre-primeira-guerra-mundial-23226882
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