Senso de Vida
"Senso de Vida" é soma integrada dos valores fundamentais de um homem. É uma avaliação subconsciente que fazemos do ser humano e da existência, e que estabelece a natureza das nossas reações emocionais e a essência do nosso caráter.
Nosso senso de vida não vem primeiramente de nossas convicções explícitas - é algo formado subconscientemente, baseado em nossas experiências pessoais, e que pode estar ou não em harmonia com nossas opiniões conscientes.
Mesmo sem entender nada a respeito de filosofia, ao longo da vida um homem tem que fazer escolhas, formar uma opinião a respeito dele próprio e do mundo ao seu redor (em particular de sua capacidade de lidar com o mundo). Através de suas conclusões, ele chega a um sentimento generalizado em relação à existência - uma emoção básica que está por baixo de todas as suas experiências.
Embora suas conclusões sejam baseadas em suas experiências particulares, elas acabam se tornando um sentimento generalizado a respeito do universo como um todo.
A importância de entender o que é "senso de vida" é que ele é a principal ferramenta de avaliação das pessoas. É com base em nosso senso de vida que nós escolhemos os nossos amigos, nossos pares românticos, nossas músicas e filmes favoritos - praticamente tudo o que envolve nossas emoções. Nós aprovamos e nos sentimos atraídos pelas coisas que estão em harmonia com nosso senso de vida, e rejeitamos aquelas que não estão.
Na medida em que uma pessoa domina seus processos mentais, o senso de vida pode ser moldado por ela própria ao longo de sua formação, e chegar à vida adulta em harmonia com uma filosofia consciente. Na maior parte dos casos, o senso de vida de uma pessoa é formado por influências aleatórias, imitações, osmose cultural, e frequentemente é cheio de contradições e está em conflito com suas ideias. De qualquer forma, ninguém pode evitar de formar um senso de vida.
Nosso senso de vida não vem primeiramente de nossas convicções explícitas - é algo formado subconscientemente, baseado em nossas experiências pessoais, e que pode estar ou não em harmonia com nossas opiniões conscientes.
Mesmo sem entender nada a respeito de filosofia, ao longo da vida um homem tem que fazer escolhas, formar uma opinião a respeito dele próprio e do mundo ao seu redor (em particular de sua capacidade de lidar com o mundo). Através de suas conclusões, ele chega a um sentimento generalizado em relação à existência - uma emoção básica que está por baixo de todas as suas experiências.
Embora suas conclusões sejam baseadas em suas experiências particulares, elas acabam se tornando um sentimento generalizado a respeito do universo como um todo.
A importância de entender o que é "senso de vida" é que ele é a principal ferramenta de avaliação das pessoas. É com base em nosso senso de vida que nós escolhemos os nossos amigos, nossos pares românticos, nossas músicas e filmes favoritos - praticamente tudo o que envolve nossas emoções. Nós aprovamos e nos sentimos atraídos pelas coisas que estão em harmonia com nosso senso de vida, e rejeitamos aquelas que não estão.
Na medida em que uma pessoa domina seus processos mentais, o senso de vida pode ser moldado por ela própria ao longo de sua formação, e chegar à vida adulta em harmonia com uma filosofia consciente. Na maior parte dos casos, o senso de vida de uma pessoa é formado por influências aleatórias, imitações, osmose cultural, e frequentemente é cheio de contradições e está em conflito com suas ideias. De qualquer forma, ninguém pode evitar de formar um senso de vida.
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Vou listar a seguir alguns exemplos de perguntas filosóficas que são essenciais na formação de um senso de vida:
- O universo é um lugar governado por leis naturais, estável, absoluto, ou é um caos incompreensível para o homem?
- Nossa mente é capaz de compreender a realidade, ou a razão é impotente?
- O homem tem livre arbítrio ou suas escolhas são determinadas por outros fatores (cultura, genética, classe social, emoções)?
- O homem é capaz de atingir sucesso, felicidade, ou a vida é feita de dificuldades e frustrações?
- O homem é essencialmente bom, admirável, ou ele é mau e desprezível por natureza?
- As pessoas podem conviver em harmonia, ou seus interesses mais básicos estão em conflito?
- O homem deve buscar seus objetivos, ou ele deve se sacrificar (pelos outros, pela sociedade, etc)?
- O homem deve ter ambição, autoestima, sonhar alto, ou ele não deve se sobressair?
- Sua vida deve ser importante, extraordinária, ou simples e comum?
- É importante lutar pelos seus valores - ou é importante não contrariar ninguém?
- É importante ser independente e realizar algo de valor - ou é importante ganhar dos outros?
- A felicidade é importante - ou a abnegação é importante?
Respostas diferentes para as perguntas acima resultarão em pessoas com sensos de vida diferentes e irão interferir diretamente em todas as suas escolhas, preferências, em suas reações a outras pessoas e a obras de arte.
É importante lembrar que, entre os extremos, existem posicionamentos intermediários entre todas essas respostas. Por exemplo, uma pessoa pode sentir que: 1) A felicidade é o estado natural do homem e que conflitos são a exceção. 2) Que a vida é feita de grandes conflitos mas que eles são superáveis e que a felicidade pode ser conquistada com esforço. 3) Que conflitos não são superáveis e que a felicidade só pode ser atingida em moderação. 4) Que a vida é trágica e que a felicidade é uma ilusão.
O senso de vida de uma pessoa é algo que percebemos quase instantaneamente quando a conhecemos, pois envolve tudo a respeito dela: cada pensamento, emoção, gesto, sua postura, tom de voz, maneira de sorrir, de se vestir. É uma soma complexa de informações, mas que percebemos muito rapidamente, o que leva as pessoas a acharem que se trata de uma espécie de "energia" misteriosa que as pessoas emitem e que não se pode explicar (de fato é difícil de explicar um senso de vida - é algo que pode ser sentido, mas não compreendido imediatamente, a não ser por uma análise mais cuidadosa).
Numa obra de arte, o senso de vida de um artista se expressa através de seu conteúdo e de seu estilo (O QUE ele decide retratar, e a MANEIRA em que ele o retrata). Esses 2 aspectos - conteúdo e estilo - podem tanto estar em harmonia quanto podem estar em conflito um com o outro, assim como os valores conscientes e subconscientes de uma pessoa podem estar em harmonia ou em conflito.
O CONTEÚDO reflete os valores mais conscientes do artista: Que tipo de mensagem a obra transmite? Que tipo de eventos e pessoas o artista decide retratar? Heróis buscando objetivos nobres? Gente comum sem muitas características admiráveis? Ou pessoas monstruosas? Essas pessoas são retratadas positivamente (sendo eficazes, vitoriosas) ou negativamente (sendo ineficazes, derrotadas)? Um herói retratado positivamente indica um artista com um senso de vida benevolente. Uma figura desprezível retratada negativamente também pode indicar um senso de vida benevolente (é como multiplicação: + vezes + dá um resultado positivo, - vezes - também dá um resultado positivo). Já um herói (+) retratado negativamente (-), ou um monstro (-) retratado positivamente (+), gera um resultado negativo e indica um senso de vida malevolente.
Sensos de vida são formados por combinações de inúmeras percepções a respeito da vida, e podem ser extremamente diversificados. Ainda assim, é possível classificar, a grosso modo, sensos de vida entre mais "malevolentes" e mais "benevolentes". Um senso de vida malevolente é dominado pelas respostas negativas às questões filosóficas mais fundamentais (a vida é trágica, o universo é um lugar caótico, nossa mente não está em contato com a realidade, o homem é desprezível e está condenado ao sofrimento, seus interesses estão em conflito, etc), e um senso de vida benevolente é dominado pelas respostas positivas (a vida é boa, o universo é compreensível, o homem é admirável e capaz de atingir seus objetivos, seus interesses não estão em conflito, etc).
Você pode ser um artista com um senso de vida predominantemente benevolente tanto em conteúdo quanto em estilo (pra pegar exemplos do cinema, cito Steven Spielberg), um artista com um senso de vida predominantemente malevolente tanto em conteúdo quanto em estilo (Jean-Luc Godard), ou então uma mistura, como por exemplo Stanley Kubrick, que em seu estilo expressa um senso de vida benevolente (precisão, clareza, propósito, virtuosismo técnico, histórias dramáticas, bem estruturadas, etc) mas que no conteúdo geralmente expressa uma visão negativa da natureza humana.
Qual senso de vida está certo e qual está errado? Eu poderia tentar explicar por que eu acho (e a Ayn Rand achava) que o senso de vida benevolente é o melhor e o que está mais de acordo com a realidade humana. Mas o principal propósito dessa postagem não é o de defender o senso de vida benevolente, e sim o de explicar o conceito e como ele interfere nas nossas preferências.
No entanto, gostaria de listar algumas crenças que costumam andar lado a lado com o senso de vida malevolente e que fazem as pessoas reagirem ao senso de vida benevolente negativamente, como algo irreal ou "superficial" (vou repetir algumas coisas já ditas acima):
- A ideia de que nossa mente é impotente para lidar com a realidade (o que pode ser um fato se você tiver métodos impróprios de raciocínio ou problemas psicológicos involuntários).
- A ideia de que sentimentos (e não ações) definem nosso caráter (por exemplo: se você sentiu desejo pela esposa do vizinho, isto é o mesmo que traição).
- A ideia de que o auto-interesse é mau; que os interesses dos outros estão acima dos nossos e da nossa felicidade - e que moralmente devemos nos sacrificar ("Como eu posso comprar um carro de luxo enquanto há pessoas passando fome?").
- A ideia de que os interesses das pessoas estão em conflito (que pra uma se sobressair, outra precisa ser inferiorizada, de que pra uma pessoa ficar rica, outra tem que ficar pobre, etc).
- A ideia de que tudo é relativo, de que não existe certo ou errado, bom ou mau, e que tudo é uma questão de opinião.
- A ideia de que a comunicação objetiva entre as pessoas é impossível (inclusive entre o artista e o espectador).
- A ideia de que a morte é uma tragédia (que a vida só faria sentido se existissem outras vidas, Deus, "algo mais", etc).
- A ideia de que a razão leva à tristeza, que quanto mais compreendemos a realidade, mais trágica ela parece. De que a felicidade só é possível através da ignorância.
Rand dizia que senso de vida não é uma ferramenta válida de avaliação estética - que ele apenas estabelece nossa reação emocional à uma obra de arte, mas que isso não é o suficiente pra provar se o trabalho é bom ou ruim. Ela dizia que pra se julgar a qualidade de um trabalho, você teria que usar critérios puramente estéticos. Eu pessoalmente discordo um pouco de Rand nesse ponto, e acredito não ser possível separar totalmente valores estéticos de senso de vida. Concordo que senso de vida não seja infalível e que não seja o suficiente pra se julgar um trabalho, mas não acho que seja possível chegar a critérios estéticos absolutos que não estejam conectados a um senso de vida ou a uma base filosófica (da mesma forma que Rand dizia que ciência vinha depois de filosofia, e não antes, eu acho que estética só pode vir depois de alguns critérios filosóficos básicos serem estabelecidos). Mesmo princípios como "clareza" ou "consistência", que parecem inquestionáveis, na verdade parecem já ser expressão de um senso de vida benevolente do artista, pelo menos no nível de estilo (reflete alguém que acredita que o universo seja inteligível, que a razão seja eficaz, que uma comunicação objetiva entre artista e espectador seja possível, etc).
Na minha visão, seria impossível um artista com um senso de vida extremamente negativo
realizar uma grande obra de arte. Se ele realmente acreditasse que o homem é desprezível (o que incluiria ele próprio e também os espectadores), incapaz de atingir seus valores, que a comunicação fosse uma ilusão, etc, ele não teria nem a motivação e nem a capacidade de realizar uma obra de arte de valor. Portanto, acho que apenas na medida em que um artista possuí valores positivos (mesmo que subconscientes) é que ele consegue realizar algo de valor estético. Se isso for verdade, só poderiam existir obras de arte dentro da área azulada do gráfico ao lado. Nas áreas pretas, estariam casos impossíveis como filmes perfeitos esteticamente, mas com um senso de vida 100% negativo.
Uma observação final: embora senso de vida seja crucial, outros elementos podem contribuir pra atrair uma pessoa a uma obra de arte ou a uma outra. Por exemplo, duas pessoas podem ter sensos de vida idênticos, mas operarem intelectualmente em níveis diferentes - uma pode ter uma capacidade de abstração maior do que a outra, uma inteligência maior do que a outra, e isso atraí-la a obras mais complexas, que estejam mais em harmonia com seu tipo de funcionamento mental.
"Quando você aprende a traduzir o significado de uma obra de arte em termos objetivos, você descobre que nada é tão potente quanto a arte em expor a essência do caráter de um homem. Um artista revela sua alma nua em seu trabalho - e você também, caro leitor, quando você responde a ela." - Ayn Rand, The Romantic Manifesto
http://profissaocinefilo.blogspot.com.br/2014/07/senso-de-vida.html
Eu diria que, afora este detalhe, todas as demais considerações são, digamos, corretas a menos de alguns sutilezas.
Senso de vida, por ser valor individual, cada um tem e desenvolve o seu, poderia se expressar pelo Caráter e Personalidade do indivíduo.
O Caráter do homem tem por base seus princípios, moralidade ou ausência de, e a importância que atribui às virtudes e aos vícios.
A personalidade (do grego, persona = máscara) é o modo como reagimos às circunstâncias e ambientes, e que pode se modificar com o tempo.
Assim, como função da personalidade e do caráter, teremos o senso de vida.
Entendemos que a vida se reveste de particular transcendência e que nem todos desenvolvem essa percepção.
Aqui:
Sensos de vida são formados por combinações de inúmeras percepções a respeito da vida, e podem ser extremamente diversificados. Ainda assim, é possível classificar, a grosso modo, sensos de vida entre mais "malevolentes" e mais "benevolentes". Um senso de vida malevolente é dominado pelas respostas negativas às questões filosóficas mais fundamentais (a vida é trágica, o universo é um lugar caótico, nossa mente não está em contato com a realidade, o homem é desprezível e está condenado ao sofrimento, seus interesses estão em conflito, etc), e um senso de vida benevolente é dominado pelas respostas positivas (a vida é boa, o universo é compreensível, o homem é admirável e capaz de atingir seus objetivos, seus interesses não estão em conflito, etc).
Além destaco esta parte:
Na medida em que uma pessoa domina seus processos mentais, o senso de vida pode ser moldado por ela própria ao longo de sua formação, e chegar à vida adulta em harmonia com uma filosofia consciente. Na maior parte dos casos, o senso de vida de uma pessoa é formado por influências aleatórias, imitações, osmose cultural, e frequentemente é cheio de contradições e está em conflito com suas ideias. De qualquer forma, ninguém pode evitar de formar um senso de vida.
Benevolente ou não, a interação do homem com seu meio e realidade será sempre fruto de seu caráter e de sua personalidade.
Importante ressaltar que nossas idiossincrasias, resultantes da dinâmica em que se manifestam o caráter e a personalidade, dependem de forma acentuada dos dotes morais e intelectuais do ser. Indivíduos relativamente destituidos de cultura ou moralidade não respondem igualmente àqueles cujos estes dotes são mais aprimorados.
Conhece a história de My Fair Lady? As pessoas se quiserem, podem mudar. Porém se elas não tiverem uma mente saudável realmente fica difícil. Mas no caso apresentei o texto para demonstrar que é possível tomar decisões conscientes, mesmo que sejam drásticas e anti vida como o caso do suicídio de um religioso que descrevi no tópico anterior.
Como este texto sobre o Senso de Vida tem afirmativas valiosas e corretas minha discordância se resume apenas quanto ao rótulo; tudo que é descrito por Rand é notável e está certo, mas não rotularia todo aquele fenômeno como Senso de Vida. O que ele descreve é o modo como todas as nossas relações na vida moldam nossas opiniões e nossa personalidade.
Resumindo, Senso de Vida é a soma da nossas opiniões derivadas de nossa personalidade.
Prova que você não entendeu nada do texto, já que a opinião é formada através deste.
Bela fuga Leão da Montanha.
Mas ele se estende, com detalhes, na explicação de como desenvolvemos nosso senso de vida e de fato isto valoriza muito o texto, mas, penso eu, não muda o fato de que ele descreve, como formamos a nossa opinião e como isto é importante para nos dizer quem somos.
Você não gera opiniões sem ter fontes para isto, sem que tenha desenvolvido valores para tal julgamento. A base do Senso de vida vem de Aristóteles. Também conhecido como visão de mundo ou cosmovisão.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmovisão
é muito interessante esta luta entre o ser ou não ser .
possuo uma crença intuitiva de que o individuo forma a própria personalidade dai sua responsabilidade pelo que faz.
baseado.
Escolhas.
O mesmo estímulo, com mesma intensidade e motivação gera respostas diferentes e não raro, antagônicas.
Ocorrem aqui duas idéias...
Tábula rasa ( J. Locke- empirismo) X Inatismo (Platão - Descartes racionalismo).
[Fraternos]
É sua visão de mundo. O fato é você é a soma de valores fundamentais como todos os outros.
Você faz escolhas dentro desse processo. Ter consciência dessas escolhas é um outro patamar.
Lembra de camada de personalidade que falei anteriormente? Isso é tudo trabalhado por camadas e podemos ter indivíduos corrigidos em seu devido tempo, mas nem todos passam da 4 camada.
Esperar que uma criança chegue a sétima camada sem passar pelas camadas anteriores é inocência.