A morte da beleza
Em uma cultura que já passou séculos demonizando a figura feminina devido ao cristianismo, a beleza está se tornando, novamente, tabu. E você pode agradecer ao politicamente correto por isso. A criminalização da estética feminina vem tomando conta dos meios culturais, seja em filmes, comerciais ou games – fugir de belas mulheres se tornou um traço de virtude, como se houvesse beleza… na falta de beleza.
No seu lugar, querem instalar uma ditadura da mediocridade, o culto do genérico. A beleza existe para ser admirada, não para se identificar com ela. Se o belo fosse comum, ele seria a média, não o extraordinário. Ao querer extirpar o campo artístico do conceito de beleza feminina, perde-se o sentido de fazer arte – buscar o belo. Tentar nos “desligar” da busca pela beleza é contrariar nossos instintos mais primórdios, aqueles que garantiram a nossa sobrevivência para que chegássemos até aqui. A feministinha de hoje existe por que há milhares de anos um antepassado escolheu a parceira mais bela – logo, provavelmente a mais saudável – para procriar. A beleza feminina é um combustível essencial para o homem, foi ela que inspirou nossas maiores obras de artes, sua lembrança que alentou as dores das piores batalhas. Não dá pra simplesmente negar o homem de admirar. É impossível e corrosivo.
Sim, qualquer coisa fora do normal é desejada, difícil de se atingir e mexe com o emocional interno das pessoas. É por isso que elas são especiais. As pessoas vão sempre sofrer em busca daquilo que é acima da média – seja no quesito beleza, riqueza ou habilidade. E o padrão de beleza sempre vai existir, mesmo que o apaguem da grande mídia. Ele vai continuar existindo desde a sua sala de aula até a própria família. Mesmo que exterminassem todas as pessoas bonitas do planeta, continuaria havendo aquelas que agradam mais aos olhos do que outras.
A beleza feminina não é só para mulheres ou só para homens – é de toda a humanidade. Não é algo que se constrói, que se impõe ou manipula, se sente. E a beleza feminina existe de todos os tipos – a sensual, a charmosa, a fofa, a fria, a simpática… não é uma ciência exata e nem fixa. Ela flui, muda, evolui com o tempo… mas sempre por reações naturais. Podem passar séculos destilando a ladainha de que terceiros “criaram” o nosso padrão de beleza, não vai funcionar. A única coisa que vão conquistar com essa atitude de recriminar o que é belo é deixar o mundo mais seco, sem cores e charme.
http://lolygon.moe/2017/03/a-morte-da-beleza/
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Comentários
A feiura é fácil determinar, pois ancestralmente temíamos os animais ferozes. O rosto ou o corpo deformado e as características grosseiras lembram nosso medo atávico e a partir dessa comparação impregnamos como um arquétipo, para definir o que é feio.
Mas generalizando, também transferimos para a natureza, por exemplo, o mesmo padrão comparativo. Uma bela árvore, folhagem exuberante, lembra frutos que nos mitigavam a fome enquanto a outra, seca e retorcida, lembra a penúria, a miséria.
Daí todas as associações entre linhas curvas, harmoniosas, coloridas e simétricas evocam a paz, o agradável e o belo.
O rosto de uma criancinha é quase sempre um exemplo de inocência, beleza e candura.
Resumindo, beleza e feiura são construtos moldados desde nossa origem na evolução.
http://profissaocinefilo.blogspot.com/2020/04/o-que-torna-um-personagem-gostavel.html
O que é belo e harmonioso para uma lombriga ou um urubu é repugnante para nós.
Um jardim florido ou um por de sol podem ser lindos para nós, mas serão mortais para um peixe.
Sim, isso é verdade, de um modo geral.
Às vezes enxergamos beleza, de verdade, em pessoas que, claro, não são feias, mas também não são bonitas, contudo, são boas de uma forma que não conseguimos entender.
Exatamente: não é relativo.
Nem pressupor que ETs terão os mesmos conceitos estéticos que humanos.
- Isso existe, mas não implica que o fator cultural não exista também.
Abraços,
Coisa linda, não é mesmo? As fêmeas se amarram ...