Procissao do Fogaréu e Militância Lacradora
Nos Anos 80 o Ultraje a Rigor apontou o grande problema da geração, com seu hino Rebelde Sem Causa. Mal sabia Roger e sua turma que eles eram felizes e não sabiam. O grande problema dos Millenials é que eles têm causas demais, mas ao contrário da militância real, as causas não importam. São apenas palcos para ganhar pontos de lacração com seu discurso de vítimas indignadas. Pior ainda: Se revoltam sem levar em conta contexto, geografia, história, intenção. Se algo puder ser reconhecido como ofensivo em algum momento no Universo, o é em TODO o Multiverso. Um exemplo: Blackface.
Essa prática nefasta foi popular nos EUA no final do Século XIX começo do XX, quando artistas negros eram ativamente segregados, e papéis de personagens não-brancos eram sempre caricatos, com maquiagens exageradas e trejeitos. É como se os papéis femininos, que no tempo de Shakespeare eram feitos por homens fossem todos feitos pela Elke Maravilha. Nos EUA blackface é considerado ofensivo e ninguém chega nem perto, nem para satirizar.
No Brasil de vez em quando atores aparecem em Blackface, a Cláudia Raia estava ótima no TV Pirata, que também teve o antológico Negro, eu? Com Diogo Vilela e Ney Latorraca. Hoje uma ala da militância que ignora contexto considera isso extremamente ofensivo, só que há um pequeno problema: Se Blackface é uma questão tão séria e pervasiva na nossa sociedade, como caralhas sequer tem nome me português?
Blackface no Brasil é tão ofensivo quanto oferecer uma melancia a um negro, e eu enquanto negro (thanks IBGE) garanto: Não é ofensivo porque não temos o FUCKING CONTEXTO pra tornar isso ofensivo.
Agora abro o tuinto e dou de cara com isto:
Basicamente é mais um daqueles militantes histéricos mutantes com superpoderes que mantém um elo mental com gente que morreu 300 anos atrás. Cada chicotada que o Kunta Kintê leva, eles sentem. Em resumo essa SUMIDADE viu uma chamada na página do Facebook de Turismo em Cabo Frio sobre a Procissão do Fogaréu, e como seus cérebros primitivos são incapazes de coisas complexas como múltiplos significados e -de novo- contexto, DEDUZIU que era uma Festa da Ku Klux Klan.
PRA COMEÇAR a KKK tem ZERO presença na História Brasileira, não faz o menor sentido, mas vamos mais além. Vamos fazer o que a militância histérica é incapaz: Pesquisar.
(3 minutos de Google depois)
A tal Procissão do Fogaréu é uma tradição européia, introduzida em Goiás no final do Século XVIII por um padre espanhol. Representa a prisão de Cristo. As luzes das ruas são apagadas, homens representando soldados romanos com tochas e túnicas e capuzes percorrem igrejas representando pontos importantes do Evangelho, até chegar na Matriz, onde recolhem um estandarte simbolizando cristo.As roupas O chapéu pontudo é um símbolo medieval, era usado como símbolo para indicar que o sujeito era burro, desastrado. Ladrões e criminosos eram obrigados a desfilar com o chapéu, que se chama Capiroto. Com o tempo passou a representar pecado e penitentes o usavam em procissões e peregrinações, como nesta pintura de Goya:
Falsa indignação, Procissão do Fogaréu, militância lacradora e o Xerife é um crio-BLÉÉÉÉÉÉM!!!Cardoso 11/04/2017 Nos Anos 80 o Ultraje a Rigor apontou o grande problema da geração, com seu hino Rebelde Sem Causa. Mal sabia Roger e sua turma que eles eram felizes e não sabiam. O grande problema dos Millenials é que eles têm causas demais, mas ao contrário da militância real, as causas não importam. São apenas palcos para ganhar pontos de lacração com seu discurso de vítimas indignadas. Pior ainda: Se revoltam sem levar em conta contexto, geografia, história, intenção. Se algo puder ser reconhecido como ofensivo em algum momento no Universo, o é em TODO o Multiverso. Um exemplo: Blackface.Essa prática nefasta foi popular nos EUA no final do Século XIX começo do XX, quando artistas negros eram ativamente segregados, e papéis de personagens não-brancos eram sempre caricatos, com maquiagens exageradas e trejeitos. É como se os papéis femininos, que no tempo de Shakespeare eram feitos por homens fossem todos feitos pela Elke Maravilha. Nos EUA blackface é considerado ofensivo e ninguém chega nem perto, nem para satirizar.No Brasil de vez em quando atores aparecem em Blackface, a Cláudia Raia estava ótima no TV Pirata, que também teve o antológico Negro, eu? Com Diogo Vilela e Ney Latorraca. Hoje uma ala da militância que ignora contexto considera isso extremamente ofensivo, só que há um pequeno problema: Se Blackface é uma questão tão séria e pervasiva na nossa sociedade, como caralhas sequer tem nome me português?Blackface no Brasil é tão ofensivo quanto oferecer uma melancia a um negro, e eu enquanto negro (thanks IBGE) garanto: Não é ofensivo porque não temos o FUCKING CONTEXTO pra tornar isso ofensivo.Agora abro o tuinto e dou de cara com isto:Basicamente é mais um daqueles militantes histéricos mutantes com superpoderes que mantém um elo mental com gente que morreu 300 anos atrás. Cada chicotada que o Kunta Kintê leva, eles sentem. Em resumo essa SUMIDADE viu uma chamada na página do Facebook de Turismo em Cabo Frio sobre a Procissão do Fogaréu, e como seus cérebros primitivos são incapazes de coisas complexas como múltiplos significados e -de novo- contexto, DEDUZIU que era uma Festa da Ku Klux Klan.PRA COMEÇAR a KKK tem ZERO presença na História Brasileira, não faz o menor sentido, mas vamos mais além. Vamos fazer o que a militância histérica é incapaz: Pesquisar.(3 minutos de Google depois)A tal Procissão do Fogaréu é uma tradição européia, introduzida em Goiás no final do Século XVIII por um padre espanhol. Representa a prisão de Cristo. As luzes das ruas são apagadas, homens representando soldados romanos com tochas e túnicas e capuzes percorrem igrejas representando pontos importantes do Evangelho, até chegar na Matriz, onde recolhem um estandarte simbolizando cristo.As roupasO chapéu pontudo é um símbolo medieval, era usado como símbolo para indicar que o sujeito era burro, desastrado. Ladrões e criminosos eram obrigados a desfilar com o chapéu, que se chama Capiroto. Com o tempo passou a representar pecado e penitentes o usavam em procissões e peregrinações, como nesta pintura de Goya:E sim, o Chapéu de Burro que a gente via nos desenhos animados americanos tem a mesma origem:
O capuz completo é para o penitente expiar seus pecados publicamente sem ser individualmente humilhado.
A tradição dos penitentes é BEM antiga, cada grupo tem suas cores, alguns parecem Guardas Imperiais:
Em comum a todas essas procissões e festas: São todas cristãs, católicas, comunitárias e com ZERO conteúdo racista. Associar a Procissão do Fogaréu com racismo é mais que idiota, é má-fé, é ofensivo. Demonstra ZERO interesse em entender algo, a histérica do post viu uma imagem e achou que bastava para tirar todas as conclusões e ignorar 500 anos de História.
Pior ainda: Os imbecis denunciaram em massa o post com uma imagem da procissão, e o Facebook o tirou do ar.
Contexto É importante. Só porque você se ofendeu não quer dizer que esteja certo. Eu sou o primeiro a dizer que um judeu tem TODO o direito de se ofender ao ver uma suástica, e a exigir que ela seja removida. Mas se ele fizer isso na Índia, perderá toda a razão se se tornará algo raro: Um judeu imbecil.Quanto aos indignados, se tivessem pesquisado veriam que a Procissão do Fogaréu chegou em Goiás em meados do Século XVIII, enquanto a Ku Klux Klan foi criada em 1865. O quê esses imbecis vão fazer, pegar um DeLorean e ir chilicar com o pessoal da Procissão que em 100 anos aquela vestimenta será problemática então é melhor não usarem?
Em conclusão, e fechando a ligação com Banzé no Oeste, a lembrança foi imediata quando vi a foto abaixo, da Procissão do Fogaréu em Goiás. Se algum militante encher seu saco, não precisa mandar o link deste texto, eles não vão ler. Mande apenas a foto e veja o minúsculo e primitivo cérebro deles entrar em pane:
https://contraditorium.com/2017/04/11/falsa-indignacao-procissao-fogareu-militancia-lacradora-xerife-e-um-crio-bleeeeeem/
Essa prática nefasta foi popular nos EUA no final do Século XIX começo do XX, quando artistas negros eram ativamente segregados, e papéis de personagens não-brancos eram sempre caricatos, com maquiagens exageradas e trejeitos. É como se os papéis femininos, que no tempo de Shakespeare eram feitos por homens fossem todos feitos pela Elke Maravilha. Nos EUA blackface é considerado ofensivo e ninguém chega nem perto, nem para satirizar.
No Brasil de vez em quando atores aparecem em Blackface, a Cláudia Raia estava ótima no TV Pirata, que também teve o antológico Negro, eu? Com Diogo Vilela e Ney Latorraca. Hoje uma ala da militância que ignora contexto considera isso extremamente ofensivo, só que há um pequeno problema: Se Blackface é uma questão tão séria e pervasiva na nossa sociedade, como caralhas sequer tem nome me português?
Blackface no Brasil é tão ofensivo quanto oferecer uma melancia a um negro, e eu enquanto negro (thanks IBGE) garanto: Não é ofensivo porque não temos o FUCKING CONTEXTO pra tornar isso ofensivo.
Agora abro o tuinto e dou de cara com isto:
Basicamente é mais um daqueles militantes histéricos mutantes com superpoderes que mantém um elo mental com gente que morreu 300 anos atrás. Cada chicotada que o Kunta Kintê leva, eles sentem. Em resumo essa SUMIDADE viu uma chamada na página do Facebook de Turismo em Cabo Frio sobre a Procissão do Fogaréu, e como seus cérebros primitivos são incapazes de coisas complexas como múltiplos significados e -de novo- contexto, DEDUZIU que era uma Festa da Ku Klux Klan.
PRA COMEÇAR a KKK tem ZERO presença na História Brasileira, não faz o menor sentido, mas vamos mais além. Vamos fazer o que a militância histérica é incapaz: Pesquisar.
(3 minutos de Google depois)
A tal Procissão do Fogaréu é uma tradição européia, introduzida em Goiás no final do Século XVIII por um padre espanhol. Representa a prisão de Cristo. As luzes das ruas são apagadas, homens representando soldados romanos com tochas e túnicas e capuzes percorrem igrejas representando pontos importantes do Evangelho, até chegar na Matriz, onde recolhem um estandarte simbolizando cristo.As roupas O chapéu pontudo é um símbolo medieval, era usado como símbolo para indicar que o sujeito era burro, desastrado. Ladrões e criminosos eram obrigados a desfilar com o chapéu, que se chama Capiroto. Com o tempo passou a representar pecado e penitentes o usavam em procissões e peregrinações, como nesta pintura de Goya:
Falsa indignação, Procissão do Fogaréu, militância lacradora e o Xerife é um crio-BLÉÉÉÉÉÉM!!!Cardoso 11/04/2017 Nos Anos 80 o Ultraje a Rigor apontou o grande problema da geração, com seu hino Rebelde Sem Causa. Mal sabia Roger e sua turma que eles eram felizes e não sabiam. O grande problema dos Millenials é que eles têm causas demais, mas ao contrário da militância real, as causas não importam. São apenas palcos para ganhar pontos de lacração com seu discurso de vítimas indignadas. Pior ainda: Se revoltam sem levar em conta contexto, geografia, história, intenção. Se algo puder ser reconhecido como ofensivo em algum momento no Universo, o é em TODO o Multiverso. Um exemplo: Blackface.Essa prática nefasta foi popular nos EUA no final do Século XIX começo do XX, quando artistas negros eram ativamente segregados, e papéis de personagens não-brancos eram sempre caricatos, com maquiagens exageradas e trejeitos. É como se os papéis femininos, que no tempo de Shakespeare eram feitos por homens fossem todos feitos pela Elke Maravilha. Nos EUA blackface é considerado ofensivo e ninguém chega nem perto, nem para satirizar.No Brasil de vez em quando atores aparecem em Blackface, a Cláudia Raia estava ótima no TV Pirata, que também teve o antológico Negro, eu? Com Diogo Vilela e Ney Latorraca. Hoje uma ala da militância que ignora contexto considera isso extremamente ofensivo, só que há um pequeno problema: Se Blackface é uma questão tão séria e pervasiva na nossa sociedade, como caralhas sequer tem nome me português?Blackface no Brasil é tão ofensivo quanto oferecer uma melancia a um negro, e eu enquanto negro (thanks IBGE) garanto: Não é ofensivo porque não temos o FUCKING CONTEXTO pra tornar isso ofensivo.Agora abro o tuinto e dou de cara com isto:Basicamente é mais um daqueles militantes histéricos mutantes com superpoderes que mantém um elo mental com gente que morreu 300 anos atrás. Cada chicotada que o Kunta Kintê leva, eles sentem. Em resumo essa SUMIDADE viu uma chamada na página do Facebook de Turismo em Cabo Frio sobre a Procissão do Fogaréu, e como seus cérebros primitivos são incapazes de coisas complexas como múltiplos significados e -de novo- contexto, DEDUZIU que era uma Festa da Ku Klux Klan.PRA COMEÇAR a KKK tem ZERO presença na História Brasileira, não faz o menor sentido, mas vamos mais além. Vamos fazer o que a militância histérica é incapaz: Pesquisar.(3 minutos de Google depois)A tal Procissão do Fogaréu é uma tradição européia, introduzida em Goiás no final do Século XVIII por um padre espanhol. Representa a prisão de Cristo. As luzes das ruas são apagadas, homens representando soldados romanos com tochas e túnicas e capuzes percorrem igrejas representando pontos importantes do Evangelho, até chegar na Matriz, onde recolhem um estandarte simbolizando cristo.As roupasO chapéu pontudo é um símbolo medieval, era usado como símbolo para indicar que o sujeito era burro, desastrado. Ladrões e criminosos eram obrigados a desfilar com o chapéu, que se chama Capiroto. Com o tempo passou a representar pecado e penitentes o usavam em procissões e peregrinações, como nesta pintura de Goya:E sim, o Chapéu de Burro que a gente via nos desenhos animados americanos tem a mesma origem:
O capuz completo é para o penitente expiar seus pecados publicamente sem ser individualmente humilhado.
A tradição dos penitentes é BEM antiga, cada grupo tem suas cores, alguns parecem Guardas Imperiais:
Em comum a todas essas procissões e festas: São todas cristãs, católicas, comunitárias e com ZERO conteúdo racista. Associar a Procissão do Fogaréu com racismo é mais que idiota, é má-fé, é ofensivo. Demonstra ZERO interesse em entender algo, a histérica do post viu uma imagem e achou que bastava para tirar todas as conclusões e ignorar 500 anos de História.
Pior ainda: Os imbecis denunciaram em massa o post com uma imagem da procissão, e o Facebook o tirou do ar.
Contexto É importante. Só porque você se ofendeu não quer dizer que esteja certo. Eu sou o primeiro a dizer que um judeu tem TODO o direito de se ofender ao ver uma suástica, e a exigir que ela seja removida. Mas se ele fizer isso na Índia, perderá toda a razão se se tornará algo raro: Um judeu imbecil.Quanto aos indignados, se tivessem pesquisado veriam que a Procissão do Fogaréu chegou em Goiás em meados do Século XVIII, enquanto a Ku Klux Klan foi criada em 1865. O quê esses imbecis vão fazer, pegar um DeLorean e ir chilicar com o pessoal da Procissão que em 100 anos aquela vestimenta será problemática então é melhor não usarem?
Em conclusão, e fechando a ligação com Banzé no Oeste, a lembrança foi imediata quando vi a foto abaixo, da Procissão do Fogaréu em Goiás. Se algum militante encher seu saco, não precisa mandar o link deste texto, eles não vão ler. Mande apenas a foto e veja o minúsculo e primitivo cérebro deles entrar em pane:
https://contraditorium.com/2017/04/11/falsa-indignacao-procissao-fogareu-militancia-lacradora-xerife-e-um-crio-bleeeeeem/
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