Comentários sobre o Pequeno Manual para Entender os Crentes
Tópico destinado a comentário sobre o Pequeno Manual para Entender os Crentes.
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.
Comentários
Clique no link acima para ler comentários anteriores sobre o Manual.
Publicada continuação.
"Estar no manto", "Entrar no manto", "Rodar (ou girar) no manto" etc.
Outro: "reteté", significando os gritos, rodopios, espasmos e convulsões de quem estaria recebendo o exu, digo, o Espírito Santo. Segundo alguns, se não houve "reteté", não aconteceu.
É o RETETE ! oh labachuricanta iamacheri manta no decantaros .He la rielavas anda la chirias de le cantare le vassias .É o canto manto é canto manto de canto .
O reparo que faço é que o conceito de crente está muito estereotipado, e todo estereótipo é simples garatuja. E a imagem verdadeira se torna mais distante ao entendimento.
Experimente assistir a programas crentes na TV ou percorrer as emissoras de AM e FM. Um festival de estereótipos.
E eu já convivi o suficiente com evangélicos para saber que é tudo verdade. Muitas vezes, eles próprios criticam as babaquices uns dos outros.
O Pequeno Manual, no prefácio informa que fala dos "cristãos protestantes brasileiros, genérica e popularmente chamados Crentes".
Genérica e popularmente define o enquadramento do grupo, dentro do qual, cada um prefere ser chamado de um modo:
"Há os que se denominam evangélicos e não querem ser chamados de crentes, sob alegações do tipo "crente até o diabo é". Alguns grupos protestantes não se identificam como evangélicos, enquanto outros não querem ser chamados nem de crentes, nem de evangélicos, nem de protestantes, apenas de cristãos".
No mais, o Pequeno Manual sempre procura especificar de que grupos de crentes está falando quando faz uma citação, tratando disto em capítulos específicos como "Esaú e Jacó" e "A Somatória das Dispersões".
"Uma interpretação mais correta foi dada no capítulo 7, quando dito que "Entender um grupo é, essencialmente, entender sua cultura." e "Dada a fragmentação dos crentes em uma miríade de denominações, muitas delas subdivididas em diversas vertentes, o olhar externo as identifica, a princípio, como um conjunto não uniforme de sub-culturas e micro-culturas derivadas da tradição cristã, semelhantes entre si por alguns pontos em comum e diferenciadas umas das outras por muitos pontos de divergência."
O entendimento, portanto, não requer apenas a identificação das semelhanças e diferenças reinantes no grupo observado, mas também e principalmente dos modos como semelhanças e diferenças interagem e convergem para uma identidade comum. Ou, em outras palavras, entender um grupo é descobrir sua unidade a partir de sua diversidade".
Hildebrando Neto 1 mês atrás:
"Foda mesmo é aqui no meu bairro.
O fdp compra umas cadeiras de "prástico", uma caixa amplificada, vídeo, uma lona e monta uma igreja em casa.
E chama de " ministério".
Todo dia é uma gritaria do caralho, fora os CDs de música gospel misturado com pagode e sertanejo.
Tudo no último volume, acho que eles pensam que Jesus é surdo.
Sábado e domingo é pior, é sempre a noite, a mulher do cara fica gritando igual uma maníaca alucinada, canta mal para cacete, e o fdp do marido dela que invadiu terreno, tem gato na água e na luz, se diz representante de Deus na terra e que a mulher dele fala com os anjos.
Quando atingem o clímax da gritaria, começam a falar , Nébias, etc.
E ficam chamando constantemente por uma Dona Glória.
Pqp, não se consegue nem ouvir rádio ou falar ao telefone dentro de casa.
O cara se acha enviado de Deus e que vai resolver os problemas dos outros, não tem nem para ele porra!
Me desculpem o palavreado, mas não aguento mais essa gritaria todo dia aqui na esquina!"
O otário fica atordoado e aceita aquelas baboseiras sem pensar.
Na Assembleia de Deus da favela aqui em frente, há vários tipos de pastores e pastoras, mas um deles parece um discurso do Hitler com a voz do Lula, além de uma mulher com a voz esganiçada e histérica.
Mas, acreditem, tudo isto vem do livro, dito, mais lido do mundo; a Bíblia.
Esta sempre foi instrumento a serviço do trágico, do ridículo, da cobiça e do poder. O que as pessoas possuem de bom senso e discernimento as impede de levar aquela obra a sério.
A cultura religiosa ocidental Judaico/Cristã, tem como fundamento a Bíblia como um todo e a Torah, de Moisés.
Como se trata de obras que desprezam os fundamentos da inteligência e da pesquisa séria, tudo ali faz surgir um sentimento de aversão, não somente à religião, mas também a ideia de um Deus, criador nos moldes ali descritos.
O Ateísmo tem origem nos crimes escandalosos da Inquisição, no fanatismo violento das Cruzadas e na impertinência intransigente da ICAR.
Tudo isto, julgado desde o Iluminismo renascentista até nossos dias, provoca a mais justa repulsa, e a ideia clara de que se um Deus, de fato existisse, teria posto a cobro tantos desatinos.
Mas, quando excluímos Deus de nossa vida moral, esta se torna francamente volátil, flexível, sobre a influência de interesses que reputamos corretos mas que se sujeitam ao escrutínio das mentes mais tolerantes, arguciosas e pragmáticas.
Tornamo-nos juízes lenientes, de nós mesmos.
Deus, oh Deus! Onde estás que não respondes?
Vozes d'Africa... Castro Alves.
Perder a fé não leva ninguém a escolher o mau caminho. A pessoa já era má antes e apenas perdeu o medo do castigo.
Também estou de acordo quando você diz que a religião muitas vezes funciona como um freio para certas criaturas... infelizmente, não para todas.
Mas são raras as pessoas que compreendem a diferença entre crença religiosa e fé.
A primeira é uma atitude, digamos, social, muitas vezes originada nos hábitos familiares, nas tradições e até mesmo suportada pela absoluta ausência de questionamento.
A fé, por outro lado, pode nascer com a crença religiosa ou não, pois o homem pode ter uma profunda convicção da existência de Deus e não abraçar qualquer religião. Muitos dos filósofos clássicos eram teístas mas não religiosos.
Quero dizer que a fé é atitude íntima, pessoal e intransferível, enquanto a crença se esboroa ante os testemunhos que a vida propõe.