Por que o governo japonês está fechando cursos de humanas?
Por que o governo japonês está fechando cursos de humanas?
Para o primeiro-ministro japonês, pesquisas “altamente teóricas” devem ser substituídas por “educação mais prática e vocacional”
Nos últimos dois anos, mais de 20 universidades japonesas anunciaram cortes nos seus departamentos de ciências humanas e sociais. A medida acompanha uma orientação do governo que vem sendo contestada: a de focar investimentos produção de conhecimento científico que atende às necessidades mais imediatas da sociedade.
Desde a publicação de uma nota do Ministro da Educação do Japão, Hakubun Shimomura, em 2015, pelo menos 26 das 60 universidades no Japão que possuíam departamentos de ciências humanas fecharam esses cursos ou reduziram o corpo docente. No texto, o ministro recomenda que a administração das universidades “tomem medidas para abolir organizações de ciências humanas e sociais ou convertê-las para servir a áreas que atendem melhor às necessidades da sociedade”.
A partir desta nova orientação, de acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal japonês The Yomiuri Shimbun, pelo menos 17 universidades aboliram os processos seletivos de alunos para os cursos de ciências humanas e sociais, incluindo cursos como Direito e Economia.
O presidente da Universidade de Osaka, Nishio Shojiro, foi um dos primeiros a apoiar a ideia e, na ocasião, incentivou a administração de demais instituições a “pensar de modo proativo sobre o que podem fazer” para adequar o perfil das universidades. Com formação e carreira em tecnologia, o líder da maior universidade do país afirmou que estudos na área de humanidades não costumam ter “um foco forte em responder às demandas da sociedade”.
A posição é alinhada à do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que é caracterizado por um perfil voltado para resultados e focado em reassegurar a conjuntura política e econômica do país.
“Em vez de aprofundar pesquisas acadêmicas que são altamente teóricas, vamos conduzir uma educação mais prática e vocacional, que antecipa melhor as demandas da sociedade”, declarou Abe.
O enxugamento das áreas de ciências humanas e sociais é parte do plano do primeiro-ministro de colocar pelo menos 10 universidades japonesas no ranking das 100 melhores universidades do mundo na próxima década. Hoje, apenas a Universidade de Tokyo e a Universidade de Kyoto estão no ranking, em 39º e a 91º lugar, respectivamente.
Reação
Mas são justamente as duas universidades melhores posicionadas nos rankings mundiais que lideram a resistência contra o fim das ciências humanas e fazem parte da parcela de instituições que mantém os investimentos na área. Para a presidente da Universidade de Shiga, Sawa Takamitsu, o perfil do governo japonês é “anti-intelectual” e diminui as chances das instituições alcançarem melhores posições no ranking mundial.
“Acredito que se o Japão leva a sério o objetivo de ter 10 das suas universidades no ranking mundial das 100 melhores, seria muito mais eficaz e vantajoso promover, ao invés de abolir ou cortar a educação e pesquisa em ciências humanas e sociais”, defende Takamitsu em editorial publicado no Japan Times.
O objetivo, segundo acadêmicos do país, falha por manter o foco no curto prazo, priorizando apenas posições em rankings, sem se voltar para uma reforma de longo prazo que resolva efetivamente os problemas estruturais da educação superior.
Segundo Takamitsu, o Ministério da Educação do Japão sugeriu que os estudantes de ciências humanas das universidades japonesas deveriam estudar programação de softwares de contabilidade em vez de livros de economia e desenvolver habilidades de tradução simultânea entre o japonês e o inglês em vez de ler as obras de Shakespeare. “Essas propostas são revoltantes e não consigo tolerar anti-intelectuais distorcendo as políticas governamentais relacionadas a educação”, critica Takamitsu.
Entidades do setor da educação do país também são contrárias às mudanças. O Conselho de Ciência do Japão, organização multidisciplinar de cientistas japoneses, publicou uma declaração expressando oposição e “profunda preocupação” em relação ao que isso representa para o meio acadêmico.
“A academia contribui para a criação de uma sociedade culturalmente e intelectualmente mais rica. Vemos como a nossa missão produzir, aperfeiçoar e compartilhar percepções equilibradas e aprofundadas de conhecimento acerca da natureza, dos seres humanos e da sociedade. Portanto, ciências humanas e sociais fazem uma contribuição essencial para o conhecimento acadêmico como um todo”, diz a declaração.
Reflexo natural
A tendência japonesa de minimizar as ciências humanas em detrimento das ciências naturais não vem de hoje. Esse enfoque nas áreas voltadas pra o desenvolvimento tecnológico é reflexo de medidas instauradas durante a Segunda Guerra Mundial, quando o então primeiro-ministro, Kishi Nobusuke, determinou que todos os departamentos de ciências humanas e sociais fossem abolidos das instituições de ensino públicas para que pudessem focar em ciências naturais e engenharia.
A resolução foi parte de uma série de medidas do governo japonês que levaram o país a se recuperar do impacto econômico da guerra – hoje, o país é a terceira maior economia do mundo por Produto Interno Bruto (PIB) nominal.
Ao mesmo tempo, o Japão passa por dois processos de aumento dos gastos públicos: de um lado, o envelhecimento demográfico, associado a uma política de imigração restritiva, diminui a mão de obra no mercado; do outro, um número cada vez menor de jovens ingressam no ensino superior. A expectativa dos defensores da proposta é de que os cortes em humanidades levem esses jovens para as ciências naturais e acelerem o desenvolvimento das inovações em ciência e tecnologia, aquecendo a economia do país.
Mas as políticas econômicas do primeiro-ministro japonês, que impulsionaram as mudanças nas universidades, não têm trazido a reforma esperada na economia do país: tentativas de aceleração da produtividade não foram suficientes para aumentar a inflação do país, que permanece abaixo dos 2%, refletindo o baixo índice de compra da população. Do mesmo modo, o crescimento do PIB até abril foi de 0,3%, e a popularidade de Abe caiu para 30%.
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/por-que-o-governo-japones-esta-fechando-cursos-de-humanas-eg6kr3nk619a18tylf3aso9um
Para o primeiro-ministro japonês, pesquisas “altamente teóricas” devem ser substituídas por “educação mais prática e vocacional”
Nos últimos dois anos, mais de 20 universidades japonesas anunciaram cortes nos seus departamentos de ciências humanas e sociais. A medida acompanha uma orientação do governo que vem sendo contestada: a de focar investimentos produção de conhecimento científico que atende às necessidades mais imediatas da sociedade.
Desde a publicação de uma nota do Ministro da Educação do Japão, Hakubun Shimomura, em 2015, pelo menos 26 das 60 universidades no Japão que possuíam departamentos de ciências humanas fecharam esses cursos ou reduziram o corpo docente. No texto, o ministro recomenda que a administração das universidades “tomem medidas para abolir organizações de ciências humanas e sociais ou convertê-las para servir a áreas que atendem melhor às necessidades da sociedade”.
A partir desta nova orientação, de acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal japonês The Yomiuri Shimbun, pelo menos 17 universidades aboliram os processos seletivos de alunos para os cursos de ciências humanas e sociais, incluindo cursos como Direito e Economia.
O presidente da Universidade de Osaka, Nishio Shojiro, foi um dos primeiros a apoiar a ideia e, na ocasião, incentivou a administração de demais instituições a “pensar de modo proativo sobre o que podem fazer” para adequar o perfil das universidades. Com formação e carreira em tecnologia, o líder da maior universidade do país afirmou que estudos na área de humanidades não costumam ter “um foco forte em responder às demandas da sociedade”.
A posição é alinhada à do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que é caracterizado por um perfil voltado para resultados e focado em reassegurar a conjuntura política e econômica do país.
“Em vez de aprofundar pesquisas acadêmicas que são altamente teóricas, vamos conduzir uma educação mais prática e vocacional, que antecipa melhor as demandas da sociedade”, declarou Abe.
O enxugamento das áreas de ciências humanas e sociais é parte do plano do primeiro-ministro de colocar pelo menos 10 universidades japonesas no ranking das 100 melhores universidades do mundo na próxima década. Hoje, apenas a Universidade de Tokyo e a Universidade de Kyoto estão no ranking, em 39º e a 91º lugar, respectivamente.
Reação
Mas são justamente as duas universidades melhores posicionadas nos rankings mundiais que lideram a resistência contra o fim das ciências humanas e fazem parte da parcela de instituições que mantém os investimentos na área. Para a presidente da Universidade de Shiga, Sawa Takamitsu, o perfil do governo japonês é “anti-intelectual” e diminui as chances das instituições alcançarem melhores posições no ranking mundial.
“Acredito que se o Japão leva a sério o objetivo de ter 10 das suas universidades no ranking mundial das 100 melhores, seria muito mais eficaz e vantajoso promover, ao invés de abolir ou cortar a educação e pesquisa em ciências humanas e sociais”, defende Takamitsu em editorial publicado no Japan Times.
O objetivo, segundo acadêmicos do país, falha por manter o foco no curto prazo, priorizando apenas posições em rankings, sem se voltar para uma reforma de longo prazo que resolva efetivamente os problemas estruturais da educação superior.
Segundo Takamitsu, o Ministério da Educação do Japão sugeriu que os estudantes de ciências humanas das universidades japonesas deveriam estudar programação de softwares de contabilidade em vez de livros de economia e desenvolver habilidades de tradução simultânea entre o japonês e o inglês em vez de ler as obras de Shakespeare. “Essas propostas são revoltantes e não consigo tolerar anti-intelectuais distorcendo as políticas governamentais relacionadas a educação”, critica Takamitsu.
Entidades do setor da educação do país também são contrárias às mudanças. O Conselho de Ciência do Japão, organização multidisciplinar de cientistas japoneses, publicou uma declaração expressando oposição e “profunda preocupação” em relação ao que isso representa para o meio acadêmico.
“A academia contribui para a criação de uma sociedade culturalmente e intelectualmente mais rica. Vemos como a nossa missão produzir, aperfeiçoar e compartilhar percepções equilibradas e aprofundadas de conhecimento acerca da natureza, dos seres humanos e da sociedade. Portanto, ciências humanas e sociais fazem uma contribuição essencial para o conhecimento acadêmico como um todo”, diz a declaração.
Reflexo natural
A tendência japonesa de minimizar as ciências humanas em detrimento das ciências naturais não vem de hoje. Esse enfoque nas áreas voltadas pra o desenvolvimento tecnológico é reflexo de medidas instauradas durante a Segunda Guerra Mundial, quando o então primeiro-ministro, Kishi Nobusuke, determinou que todos os departamentos de ciências humanas e sociais fossem abolidos das instituições de ensino públicas para que pudessem focar em ciências naturais e engenharia.
A resolução foi parte de uma série de medidas do governo japonês que levaram o país a se recuperar do impacto econômico da guerra – hoje, o país é a terceira maior economia do mundo por Produto Interno Bruto (PIB) nominal.
Ao mesmo tempo, o Japão passa por dois processos de aumento dos gastos públicos: de um lado, o envelhecimento demográfico, associado a uma política de imigração restritiva, diminui a mão de obra no mercado; do outro, um número cada vez menor de jovens ingressam no ensino superior. A expectativa dos defensores da proposta é de que os cortes em humanidades levem esses jovens para as ciências naturais e acelerem o desenvolvimento das inovações em ciência e tecnologia, aquecendo a economia do país.
Mas as políticas econômicas do primeiro-ministro japonês, que impulsionaram as mudanças nas universidades, não têm trazido a reforma esperada na economia do país: tentativas de aceleração da produtividade não foram suficientes para aumentar a inflação do país, que permanece abaixo dos 2%, refletindo o baixo índice de compra da população. Do mesmo modo, o crescimento do PIB até abril foi de 0,3%, e a popularidade de Abe caiu para 30%.
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/por-que-o-governo-japones-esta-fechando-cursos-de-humanas-eg6kr3nk619a18tylf3aso9um
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Comentários
- Se estivessem, limitando cursos de ciencias sociais ao invés de humanas, eu até concordaria, mas cortar até cadeiras de letras, economia e direito é radicalismo.
Abraços,
e
Apetece-me referir que a bíblia é o único livro de que necessitamos.
A tal Madame Curie, numa palestra, mostrou o lado importante que há na tal "ciência teórica". Quando ela e o esposo suaram pra burro para conseguir isolar o radium e assim provar a existência desse elemento químico, aquilo tudo foi só um trabalho teórico. Era pesquisa pura que visava confirmar definitivamente a existência de um novo elemento químico. De imediato nada se pensava que ele podia ter algum valor prático.
Mas logo descobriu-se que ele podia ser usado no tratamento de certos tipos de câncer. Assim o tal elemento radiativo que brilhava no escuro mostrou-se maravilhosamente útil.
Sim senhor meu caro. Aí ela demonstrou que não se deve pensar em ciência apenas com vistas a aplicações imediatas. Quando um conhecimento de aparência apenas teórica é obtido, ele então já está lá, disponível, pronto para ser usado em algo prático quando a necessidade surge.
Muita porcaria pode haver nas tais ciências humanas, especialmente quando Marx é referência. E claro que muita porcaria pode haver também nas tais "ciências duras" . Querer o governo intrometer-se no que é que a Ciência deve pesquisar costuma dar resultados tão bons quanto a intromissão do governo em dirigir a economia.
O que vejo é mais uma obsessão pela qualidade da educação do seu país o que é natural de se preocupar. O problema é que conhecimento tem seu valor até mesmo como função de como não se deve fazer.
Lá em Seul tem perto da embaixada japonesa uma estátua de uma mulher sentada cabisbaixa num banco, representando "a mulher à espera de conforto". Chateado com isso, o ministro japonês disse que o Japão ia doar 30 milhões de ienes ao governo sul coreano para distribuir a essas mulheres e com a condição de retirar a tal estátua do lugar. Diz que o Japão já cansou de pedir-lhes desculpas (nossa! que consideração!).
Para mim essa estátua está incompleta: junto a ela deveria estar a de um heroico soldado japonês, todo coberto de medalhas no peito e nas costas, e estátuas de crianças japonesas sentadas diante dele. E a estátua do soldado, com um risinho cínico, diria apontando para a estátua da mulher: Ela foi uma patriota pelo Japão.
Dentre outras muitas e terríveis coisas, guerra bacteriológica, contaminando cidades chinesas inteiras com doenças infecciosas usadas nem como armas de guerra, uma vez que aquelas populações já estavam rendidas e sim como teste em cobaias humanas para avaliar a eficácia do método.
Como estamos em agosto logo começa a choradeira pela bomba atômica, o que pode estar certo quanto a indivíduos inocentes terem morrido, mas aquele subtexto de coitadinhos dos japoneses vítimas de ato genocida dos americanos não cola de jeito nenhum.
O Japão já espalhava o terror pela Ásia muito antes de Pearl Harbor, oprimiu as populações dos países ocupados com mais brutalidade que os nazistas e só tomaram duas bombas na cabeça porque recusaram rendição, primeiro após serem avisados pelo governo americano de que uma arma terrível seria utilizada e segundo porque não se renderam mesmo após a explosão em Hiroshima.
Todas as vítimas de Nagazaki poderiam ter sido poupadas com a decisão do governo japonês de não adiar a rendição inevitável.
Apostar que os Estados Unidos estavam blefando era arriscar muito as vidas dos civis de seu próprio povo, mas mesmo depois de provado que não era blefe, insistiram na teimosia.
Deu no que deu.
Ouvi dizer que além de teimosia era um embate político porque, dentro do contexto político deles a rendição significaria o fim do Império ou da dinasti que governava até ali naquele ponto.
O imperador preferiu a morte de centenas de milhares de pessoas do que uma saída que custasse o sistema político que ele não só defendia mas era beneficiário.
Dizem que existia este embate entre os apoiadores da rendição e a ala que quria a mnutenção do império.
Há fontes que asseguram que os americanos já haviam assinalado que preserverariam o Imperador, contra a vontade de muitos no governo dos Estados Unidos que queriam Hiroito enforcado por crimes de guerra.
É fato documentado que os militares japoneses enviaram técnicos para avaliar a extensão dos danos em Hiroshima para saber se a tal superarma era tão fodona assim e não é difícil de imaginar que muitos alegaram que não foi tão pior que os ataques aéreos com bombas incendiárias sobre Tóquio e outras cidades.
Em algum momento alguém, naquele bando de fanáticos malucos que era o governo Japonês, deve ter concluído que a bomba atômica oferecia uma saída honrosa para a rendição - tipo, só nos rendemos por conta do uso de uma arma de destruição de poder irresistível.
Terrível é que poupar vidas japonesas deve ter influenciado pouco na decisão.
Lembro de um VHS justamente sobre isso nos anos 90.
No final a culpa foi dozamericano.
Vietnam também é muito citado como prova da crueldade Americana, sabe aquilo que os professores de história adoram plantar em nossas cabeças.
De qualquer forma a verdade não tem como ser desmentida, apenas escondida. Os japoneses foram um bando de soldados malvados? Foram sim e FIM DE PAPO.
Clint Eastwood fez aquele filme Cartas de Iwo Jima, tendo de obter autorização do governo japonês para filmar na ilha. A exigência foi de que não retratasse os japoneses de forma "desonrada". Até que foi fácil, pois era um embate de soldados contra soldados. Queria ver como ia se virar se fosse retratar a realidade de uma zona ocupada.
Até aquele filme, a Ponte do Rio Kwai, passa longe. Num livro a respeito da construção da ferrovia, um dos sobrevivmentes comentou:
_ Extras muito bem alimentados, assobiando canção sobre a ponte... Nada a ver.
Os americancos perderam a Guerra do Vietnã justamente porque impuseram uma série de limites às ações militares no país, enquanto o outro lado não estava preso a restrição nenhuma. A tal Guerra Assimétrica.
Mas também era uma guerra em que a posição política dos Estados Unidos era fraquíssima, mesmo dentro do contexto da Guerra Fria pois os soviéticos conseguiram apresentar o conflito como uma luta nacionalista contra uma força de ocupação estrangeira, não como mais uma disputa das superpotências por um quintal geopolítico periférico.
_ Perderam seu tempo, dinheiro e vidas por nada! Tudo o que mais queríamos é sermos independentes da China.
A verdade é que o zamericanos NÃO CONHECIAM o inimigo. Só para ter uma ideia: eles jogavam sensores na trilha Ho Chi Mint para detetar onde estava havendo fluxo de soldados e materiais. Ao invés de desativá-los, os vietnamitas ficavam marchando em volta deles e aí vinham os B-52 e despejavam toneladas de bombas... em terreno vazio, pois não havia nada ali. Tudo quanto era recurso tecnológico usado era neutralizado de uma forma ou outra.
Quando havia batalhas no pau a pau, os vietnamitas perderam TODAS. Mas a guerra foi perdida em casa. Quando o zamericanus, o povo, se cansou das atrocidades, da gastança, dos seus mutilados (alguém viu o filme Nascido em 4 de julho?), e da inutilidade de tudo aquilo. Então o zamericanos caíram fora, num vexame de fugirem pendurados em helicópteros que nem aguentavam o peso e caíam no mar.
Nos mapas de gozação sobre como o zamericanus veem o mundo, o Vietnã aparece como "área de extremo perigo. Nunca dê as caras por aqui".