Um dos muitos reflexos do culto ao lixo
Parece um caminho sem volta.
A internet serve como um caminho pra mostrar para as pessoas que desde os tempos antigos a música veio só declinando em qualidade pra dar espaço à popularidade.
Há que se buscar de volta um meio termo nisso.
Esse meio termo, ainda que subjetivo, deve ter existido provavelmente antes de eu nascer e veio tendendo para o lado da porcaria a cada ano que se passou desde então.
O mainstream não precisa ser erudito como Bach nem técnico demais como o Jazz.
É aceitável tornar a música menos complexa pra poder alcançar mais pessoas.
O problema é a queda do nível cultural do tal "grande público".
É ele que determina o nível ou baixo nível das expressões da cultura sendo a música aqui a que está em questão.
Pra mim esse equilíbrio acabou no final dos anos 90 onde a partir dali o mainstream só produziu porcaria no mundo todo.
Não é nostalgia nem papo de tio, a maioria das músicas que eu gosto nem são da minha época.
É um fato objetivo que inclusive já foi observado por um mestre na arte de fazer música boa, complexa as vezes, mas sempre capaz de tocar todo tipo de público.
A internet serve como um caminho pra mostrar para as pessoas que desde os tempos antigos a música veio só declinando em qualidade pra dar espaço à popularidade.
Há que se buscar de volta um meio termo nisso.
Esse meio termo, ainda que subjetivo, deve ter existido provavelmente antes de eu nascer e veio tendendo para o lado da porcaria a cada ano que se passou desde então.
O mainstream não precisa ser erudito como Bach nem técnico demais como o Jazz.
É aceitável tornar a música menos complexa pra poder alcançar mais pessoas.
O problema é a queda do nível cultural do tal "grande público".
É ele que determina o nível ou baixo nível das expressões da cultura sendo a música aqui a que está em questão.
Pra mim esse equilíbrio acabou no final dos anos 90 onde a partir dali o mainstream só produziu porcaria no mundo todo.
Não é nostalgia nem papo de tio, a maioria das músicas que eu gosto nem são da minha época.
É um fato objetivo que inclusive já foi observado por um mestre na arte de fazer música boa, complexa as vezes, mas sempre capaz de tocar todo tipo de público.
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Comentários
Esta parte do problema foi abordada pelo Paul Joseph Watson.
O meu ponto é que capitalistas interessados em vender "easy listening" teriam que se esforçar mais mesmo em se tratando deste tipo de produto musical.
Em síntese, até a porcaria descartável já foi melhor e teve algum tipo de individualidade ou criatividade envolvida no processo de criação.
Com tanta ente imbecil no planeta até mesmo a menor porção de autenticidade pôde ser jogada fora e dali em diante o processo de produção de "música descartável" passou ser não mais ser uma metáfora e a expressão não precisa mais de aspas.
Adiante.
Um dos defeitos do capitalismo é a tendência para a uniformização. A sua eficiência está, precisamente, em diminuir a diversidade. Este é o preço a pagar.
Ele é um restaurante fast food a cada esquina ( mesmo nome, comida e método de venda, etc).
Também é, agarrem-se às cadeiras, colocar algoritmos a definir quais os próximos sucessos musicais.
https://www.theguardian.com/science/2016/sep/01/how-algorithms-rule-our-working-lives
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/10/1824270-pesquisadores-desenvolvem-algoritmo-capaz-de-prever-sucessos-de-vendas.shtml
A criação de arte é fazer surgir no mundo o que estava escondido. Mas, quando estamos a produzir aquilo que as pessoas pedem, deixa de haver arte, pois está-se a dar o que já existia.
O mundo capitalista é essencialmente técnica, quase sem espaço para a criação.
Produzir o aparelho X2 para suceder ao X1 não é criar, nem inovação.
Ciao
Nunca houve tão pouco capitalismo na música como hoje em dia, em que as gravadoras tentam desesperadamente ganhar algum dinheiro apesar da pirataria, ao contrário de até uns 20 anos atrás, quando elas é que definiam o que seria sucesso em função de critérios puramente comerciais.
O que temos agora, na maioria dos casos, são artistas quase independentes de gravadoras divulgando seu trabalho em shows e na Internet. E nunca se produziu tanto lixo ou mais do mesmo.
Em entrevista recente, Roger Daltrey, do The Who, disse que tem a impressão de ouvir sempre a mesma pessoa cantando variações da mesma coisa.
E eu lembro de "1984", em que uma máquina do Partido gerava automaticamente - e sem nenhuma criatividade - as músicas que seriam consumidas pelo proletariado.
Sério, você chama a isto pouco capitalismo
Concorrência atomizada.
Não adianta muito expor argumentos para pessoas portadores de uma fé religiosa.
O capitalismo é uma bosta com a qual eu consigo viver, só não me peçam para o promover.
A minha posição relativo ao do capitalismo é igual ao do católico não praticante. Retiro o que há de bom e excluo o resto. Ao passo que o defensor do capitalismo é um religioso pio, a quem nenhum argumento o mudará.
Você, Fernando, tendo sido católico por décadas, sabe como é dificil mudar o sistema central de crenças.
Mas, sou um homem de fé, se ocorreu uma vez, ainda pode acontecer de novo. Ou, então, o que você fez foi substituir um sistema por outro no qual depositar a sua confiança. Nah, vamos ser pelo melhor, você mudou, ainda pode mudar de novo
---
Não é culpa, pois este é um termo demasiado cristão. Trata-se da responsabilidade do capitalismo, por ser tão eficiente, acaba desbravando o caminho a todo e qualquer um, o acesso aos meios de produção haha.
Espero não ser excessivamente sucinto e subtil na minha curta exposição. Toda ela é uma respeituosa apresentação cruzada de ideologias diversas.
BURRO
Cospe no prato me come.
Fala isso de um computador que te permite se comunicar com seus amigos Holandeses e postar besteiras aqui.
Você somente bosteja argumentos de nível pobre e todos refutados. Vme pra cá chama os outros de idiotas e afins como se fosse argumento vai embora e depois volta. Solta sua frustração como se fosse debater.
Vale a pena ir visitando...
É porque no fundo no fundo você deve ver que o que diz são baboseiras e faz isso pra chamar a atenção.
Todo um contexto explicando quando e onde uma coisa não teve relação com a outra e quando passou a ser inversamente proporcional foi apresentado.
Essa sua frase pode ser esquecida para o bem do debate. O capitalismo não tem nada a ver com isso.
Não é ele a causa.
O mesmo capitalismo serviu pra promover bndas e o próprio festival de Woodstock que era uma ode anticapitalista
provando assim que capitalista faz as coisas pelo lucro.
Se existe lacuna de produtos ou demanda por qualquer coisa um capitalista dará um jeito de a suprir ou de ganhar dinheiro com isso.
Não é culpa desse sistema o fato das pessoas ficarem cada vez menos exigentes com a música.
Hoje temos os músicos disputando o mercado com seus próprios recursos e pouco apoio das corporações.
Qual o problema em se atomizar a concorrência? Ou o problema é haver concorrência?
Por que haveria maior criatividade num regime socialista ou comunista?
É mais provável que todos ficassem sujeitos às regras do Partido sobre o que é arte boa e arte degenerada.
O que falta é uma educação melhor que mostre a cada nova geração o que já se fez de bom no passado.
Se bem que isso já ocorre em alguma escala: o que tem de artista que gosta de uma tetinha.
O capitalismo apropria-se da novidade, esmagando e uniformizando, trava mais novidade. Mas, não totalmente.
Cara, você pode ficar defendendo à vontade o capitalismo, mas é facto que a finalidade deste é o lucro. E, o lucro é copiar o que vende até esgotar-se a "novidade". Fica mais fácil copiar, renovar a cópia a arriscar novos lançamentos.
Se por acaso, surgir algo de rebelde, dias depois, o capitalismo pega, e reproduz em série.
O que você não capta da minha mensagem:
O capitalismo é muito eficiente. Não há sistema mais positivo e capaz de prover bens em massa do que o capitalismo. Isto é o que tornou a nossa vida melhor por um lado, trágica por outro.
Há dois lados numa moeda, eu aponto para um dos lados e você para o outro. Mas eu reconheço o seu lado e você recusa a existência do outro lado.
Por outras palavras na vida há negativo e positivo. Os defensores do capitalismo só acreditam no positivo ( o que é parte do real). Eu por ver essa visão deturpada, informo de haver o negativo, mas sem negar o positivo.
O eterno dilema da melhor educação. Não temos feito um bom trabalho, há milénios que tentamos.
Se calhar, o caminho poderá necessitar de algo mais, não sei, estou só a sugerir.
Curioso. Agora que reparo, o que você descreve é o oposto do que seria suposto acontecer num sistema capitalista.
Veja comigo e se eu estiver errado corrija por favor.
Uma das críticas que se faz ao capitalismo é a tendência para o monopólio, certo? O que aconteceu com as grandes editoras mostra o oposto.
Agora, penso algo diferente. O sucesso do capitalismo levou à atomização do mercado musical. Mas, a arte, a criatividade não é algo que se decrete e acontece. Então, o que sucedeu foi expansão de plagiadores em larga escala. Isto levou a uma saturação tal do mercado que, não sobrou espaço para novos lançamentos. Aliás, criar coisas novas exige maior risco e maior investimento, logo, fica mais fácil copiar uma fórmula de "sucesso" garantido.
O que acha, plausível? Quer acrescentar algo?
Se pensarmos em Platão era isso que aconteceria...
De facto, na minha óptica, um sistema que tudo controla não seria bom para permitir desenvolver-se o processo de criatividade.
Verdade.
Verdade mas.
Lançar novas coisas na base do risco também é capitalismo também já aconteceu na música e continua a contecer em diversas áreas.
De jeito nenhum.
Eu não neguei a natureza uniformizadora do capitalismo.
Não nego que ele (e hoje a internet) tira a "magia" das coisas com o tempo por conta dessa natureza tanto que excrevi lá no segundo post post:
Ou seja.
O capitalismo não é o problema.
Ele se aproveita do problema que é as pessoas aceitarem qualquer porcaria como música por conta da falta de educação e de exposição à coisas melhores, menos seriadas e copiadas.
Essa produção de lixo em série não seria viável em uma sociedade de maioria esmagadora mais exigente com a música.
Sempre vai ter mais idiota no mundo então sempre investir em idiotice vai funcionar (e funcionou).
O meu ponto, e é a segunda vez que explico, é que antes ao menos a quantidade de gente não imbecilizada que sobrava permitia que o lixo e a coisa boa fossem viáveis economicamente.
Existiam rádios mainstream que tocavam música não seriada.
Hoje não.
Com a quase totalidade de imbecis ouvindo música no rádio não há concorrência no campo da qualidade mas só dentro do campo do lixo.
Lixo competindo com lixo.
Se as pessoas passarem a rejeitar isso e procurar por coisas mais bem elaboradas o capitalismo vai se mexer nessa direção nunca deixando de tentar uniformizar mas sempre focado nos resultados, se uniformizar falhar ele vai procurar o lado da criatividade.
Tanto que na TV paga você vê que surgur o Netflix produzindo séries próprias e bem elaboradas e ganhando grana com isso enquanto na TV aberta só tem lixo. São duas opções de investimento viáveis e o capitalista escolhe onde vai arriscar seu dinheiro, ao menos há a opção.
Porque as pessoas aceitam música lixo mas rejeitam séries lixo como as dos anos 80 é um mistério pra mim, mas o ponto é este.
Se vender cultura for viável o capitalismo vai se encarregar disso.
Sou guitarrista há 24 anos.
Meu sobrinho hoje com 19 cresceu vindo aqui no quarto me ver tocar.
Com 10 anos só ouvia rock.
Com 13 pediu uma guitarra.
Hoje já toca muito bem e tem mais mp3 de rock no seu PC do que eu.
O capitalismo não é o culpado por ele gostar de rock e não seria se ele gostasse de lixo.
Nesse caso eu apenas por exposição indireta acabei o educando nesse quesito.
Ninguém depende mais de grandes editoras e gravadoras com internet e financiamento coletivo. Isso em qualquer mídia.
Depender de uma editora ou gravadora é praticamente passado.
Isso lembra meu filho no quesito games e personagens. Ele tem os favoritos dele, mas também gosta de coisas que eu gosto como Transformers e SOnic.
Será? Sim e não ( resposta puguiana).
Sim. O capitalismo limita-se a dar o que as pessoas pedem.
Não. O capitalismo cria demanda. Na linha do que referi, torna-se mais fácil limitar a oferta. Exige menor risco e menos investimento. Actualmente, ele controla esta demanda mesmo que "inconscientemente"...
Verdade, o lado menos bom já estava presente. Obrigado por voltar a realçar esse ponto.
A partir daqui, se quisermos parar de falar em capitalismo. Seria interessante escutar que soluções?
Já li a respeito da educação.
Mais alguma?
E vou agora escutar:
Impressionante como Suassuna soa como um louco nesse primeiro vídeo.
Amanhã eu tento explicar pra você, um não brasileiro, o porque.
Tem que mostrar que é viável e se há interesse pelo público.
Ninguém te obriga a ouvir um tipo de música.
Só num nível muito superficial da realidade isso é verdade.
Ouviu falar em marketing? Essas coisas que ensinam ao público aquilo que ele precisa.
Ninguém obriga?
Talvez, você seja um caso de isolamento raro. Música nos centros comerciais. Nas linhas de atendimento telefónico. Em elevadores os sons...
Não, de facto, ninguém nos obriga a ouvir merda. isto é tão verdade que, muitos de nós conhece a merda, mesmo sem a ter pedido para ouvir.
Aí, prevejo que possa dizer, mas não precisa comprar. Pois não, ninguém precisa comprar, mas o formato foi introduzido nas massa....
Primeiro conhecer não significa gostar, e existe fone de ouvido onde eu escuto o que eu quiser.
Ninguém te obriga a ver TV, a minha vive desligada em casa. E mesmo assim a dita massa não é todo mundo.
Você não precisa de pc pra viver, então se livra do seu.
Marketing serve para difundir um produto que tem uma função específica. Ninguém é obrigado a comprar por causa de uma propaganda e quem age assim tem um distúrbio.
Você pode desejar ter algo que facilite sua vida ou te de lazer isso é errado? Afinal as pessoas tem direito de usar seus recursos da maneira como melhor entendem para se satisfazer e desejar não é errado. É papo de veganismo cultural esse teu argumento.