FIM DE SEMANA EM CUBA
FIM DE SEMANA EM CUBA
http://www.pontocritico.com/artigos-anteriores/fim-de-semana-em-cuba/n21082017082954/
ANO XIV - Nº 007/14 - 21.08.2017
CURIOSIDADE - Aproveitando a minha estada em Ft. Lauderdale, Flórida, resolvi passar o final de semana em Havana, a pobre capital da Ilha do Dr. Castro. Como a distância é relativamente pequena preferi fazer a viagem por via marítima, num pequeno, mas confortável navio.
CONFERIR - O que me levou a voltar a Cuba, depois de 15 ou 16 anos quando lá estive pela primeira vez, foi a curiosidade. Queria ver, sentir e conferir de perto, na minha ótica, o que mudou nesse período na bela Ilha do Caribe, destroçada intencionalmente pelo comunismo liderado pelos irmãos Castro.
RECEPÇÃO - O navio aportou em Havana, em frente a Plaza de San Francisco, pontualmente às 7 horas da cálida manhã de sábado, onde vários cubanos, cheios de expectativa de obter uma boa féria, já estavam a postos para recepcionar os quase 2000 turistas ávidos por conhecer Cuba.
BOTES SALVA-VIDAS - Por ter sido um dos últimos a deixar a embarcação percebi, ao descer, que todos botes salva-vidas, que ficam nas laterais do navio, haviam sido baixados e estavam fazendo manobras em torno. Por curiosidade perguntei ao oficial se era algum treinamento. Em em voz baixa ele respondeu: aqui é preciso ficar atento para evitar que algum cubano venha a escalar o casco do navio em busca de refugio. Ou seja, a vontade de cair fora da Ilha é constante.
DUAS COISAS - Já em terra e dando início a minha caminhada até o centro histórico de Havana, ou Old Havana, onde se concentram os museus e centros culturais, percebi duas coisas bem distintas, desde quando estive na Ilha:
1- as ruas e calçadas estão ainda mais esburacadas e sujas, com zero de conservação. A maioria dos prédios permanece ali, não apenas mais envelhecidos mas ainda mais deteriorados e cheios de infiltrações, por absoluta falta de manutenção. Mais: pessoas pobres e mal vestidas à vista por todos cantos e andares.
2- os poucos prédios que foram contruídos, restaurados e/ou estão em fase de construção, são do ramo hoteleiro, que está investindo pesado em Cuba. Prova de que o governo cubano aposta forte no turismo, para sustentar a economia.
VENDEDORES DE SERVIÇOS - Ao longo da minha caminhada até a Obispo, tradicional rua de comércio e restaurantes da capital cubana, não parei de ser assediado por alegres e gentis vendedores de serviços, tipo bici-taxi, moto-taxi, carruagens puxadas por cavalos e, obviamente, os marcantes automóveis enormes e coloridos, cujos modelos antecedem aos anos l959. Todos oferecendo, principalmente, passeios, visitas a cooperativas fabricantes de charutos, convites para frequentar os restaurantes -Paladar- e quartos para alugar, por uma ou mais noites.
LIVROS - Na mesma rua, Obispo, lotada de turistas, entrei na livaria (FJ - Fayad Jamis) querendo verificar quais tipos de livros estavam à disposição. Não por acaso, os livros sobre política, ciências sociais e economia que podem ser vendidos (por imposição do governo) são aqueles que elogiam o sistema comunista. Isto é altamente fiscalizado. Eis alguns que o triste povo cubano tem direito a ler:
1- El Estado Virtuoso Como Proyecto Político del Libertador Simon Bolivar;
2- Con Grasmci en el ALBA de Nuestra America;
3- Fé por Cuba;
e,
4- Biografia de Frei Beto. Pode?DIREITOSPor certo não preciso dizer que o que mais falta em Cuba é LIBERDADE. E o que mais sobra é POBREZA, que não passa da mais pura consequência da falta de liberdade. Ainda assim, conversando com aqueles que atuam no ramo do turismo, vê-se uma certa vibração com a tímida abertura econômica, que consiste no direito de:
1- abrir seu próprio restaurante -Paladar-;
2- alugar um quarto de sua casa para turistas;
e,
3- vender charutos, abertamente.
IMPRESSÃO PESSOAL - Chama muito a atenção o fato de ninguem falar no celular nas ruas de Havana. Internet? Só nos hoteis e mesmo assim com a obrigação de digitar senha. Papel higienico nos lavatórios? Nem pensar. É preciso levar no bolso.Com tamanha falta de liberdade, o que mais ouvi dos passageiros do navio foi: os cubanos e a sua capital não mereciam a vida que levam. Mais: de que adianta ser alfabetizado se o povo só tem direito a ler somente aquilo que o governo permite?Amanhã, para completar, disponibilizo um link de fotos, tiradas aleatoriamente, para que tenham uma ideia do que existe e se passa na capital da Ilha do Dr. Castro.
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ANO XIV - Nº 007/14 - 21.08.2017
CURIOSIDADE - Aproveitando a minha estada em Ft. Lauderdale, Flórida, resolvi passar o final de semana em Havana, a pobre capital da Ilha do Dr. Castro. Como a distância é relativamente pequena preferi fazer a viagem por via marítima, num pequeno, mas confortável navio.
CONFERIR - O que me levou a voltar a Cuba, depois de 15 ou 16 anos quando lá estive pela primeira vez, foi a curiosidade. Queria ver, sentir e conferir de perto, na minha ótica, o que mudou nesse período na bela Ilha do Caribe, destroçada intencionalmente pelo comunismo liderado pelos irmãos Castro.
RECEPÇÃO - O navio aportou em Havana, em frente a Plaza de San Francisco, pontualmente às 7 horas da cálida manhã de sábado, onde vários cubanos, cheios de expectativa de obter uma boa féria, já estavam a postos para recepcionar os quase 2000 turistas ávidos por conhecer Cuba.
BOTES SALVA-VIDAS - Por ter sido um dos últimos a deixar a embarcação percebi, ao descer, que todos botes salva-vidas, que ficam nas laterais do navio, haviam sido baixados e estavam fazendo manobras em torno. Por curiosidade perguntei ao oficial se era algum treinamento. Em em voz baixa ele respondeu: aqui é preciso ficar atento para evitar que algum cubano venha a escalar o casco do navio em busca de refugio. Ou seja, a vontade de cair fora da Ilha é constante.
DUAS COISAS - Já em terra e dando início a minha caminhada até o centro histórico de Havana, ou Old Havana, onde se concentram os museus e centros culturais, percebi duas coisas bem distintas, desde quando estive na Ilha:
1- as ruas e calçadas estão ainda mais esburacadas e sujas, com zero de conservação. A maioria dos prédios permanece ali, não apenas mais envelhecidos mas ainda mais deteriorados e cheios de infiltrações, por absoluta falta de manutenção. Mais: pessoas pobres e mal vestidas à vista por todos cantos e andares.
2- os poucos prédios que foram contruídos, restaurados e/ou estão em fase de construção, são do ramo hoteleiro, que está investindo pesado em Cuba. Prova de que o governo cubano aposta forte no turismo, para sustentar a economia.
VENDEDORES DE SERVIÇOS - Ao longo da minha caminhada até a Obispo, tradicional rua de comércio e restaurantes da capital cubana, não parei de ser assediado por alegres e gentis vendedores de serviços, tipo bici-taxi, moto-taxi, carruagens puxadas por cavalos e, obviamente, os marcantes automóveis enormes e coloridos, cujos modelos antecedem aos anos l959. Todos oferecendo, principalmente, passeios, visitas a cooperativas fabricantes de charutos, convites para frequentar os restaurantes -Paladar- e quartos para alugar, por uma ou mais noites.
LIVROS - Na mesma rua, Obispo, lotada de turistas, entrei na livaria (FJ - Fayad Jamis) querendo verificar quais tipos de livros estavam à disposição. Não por acaso, os livros sobre política, ciências sociais e economia que podem ser vendidos (por imposição do governo) são aqueles que elogiam o sistema comunista. Isto é altamente fiscalizado. Eis alguns que o triste povo cubano tem direito a ler:
1- El Estado Virtuoso Como Proyecto Político del Libertador Simon Bolivar;
2- Con Grasmci en el ALBA de Nuestra America;
3- Fé por Cuba;
e,
4- Biografia de Frei Beto. Pode?DIREITOSPor certo não preciso dizer que o que mais falta em Cuba é LIBERDADE. E o que mais sobra é POBREZA, que não passa da mais pura consequência da falta de liberdade. Ainda assim, conversando com aqueles que atuam no ramo do turismo, vê-se uma certa vibração com a tímida abertura econômica, que consiste no direito de:
1- abrir seu próprio restaurante -Paladar-;
2- alugar um quarto de sua casa para turistas;
e,
3- vender charutos, abertamente.
IMPRESSÃO PESSOAL - Chama muito a atenção o fato de ninguem falar no celular nas ruas de Havana. Internet? Só nos hoteis e mesmo assim com a obrigação de digitar senha. Papel higienico nos lavatórios? Nem pensar. É preciso levar no bolso.Com tamanha falta de liberdade, o que mais ouvi dos passageiros do navio foi: os cubanos e a sua capital não mereciam a vida que levam. Mais: de que adianta ser alfabetizado se o povo só tem direito a ler somente aquilo que o governo permite?Amanhã, para completar, disponibilizo um link de fotos, tiradas aleatoriamente, para que tenham uma ideia do que existe e se passa na capital da Ilha do Dr. Castro.
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Comentários
1. O transporte público é nulo
2. Não dá para comer nos restaurantes públicos. São muito ruins
3. As padarias públicas são uma pobreza
4. As pessoas têm medo de criticar a ditadura em público
5. Os moradores não podem reformar suas casas - mesmo porque não têm dinheiro para isto - e o governo não o faz. O resultado é que, tirando os locais turísticos, o resto da cidade está caindo aos pedaços.
6. A população está dividida em pobres (os negros) e ricos (os brancos).
7. Cuba não consegue gerar riqueza suficiente para se manter e depende de esmolas. No passado, vinham da URSS, depois, da Venezuela e agora estão tentando os EUA.
8. O governo monopoliza a economia e restringe a iniciativa privada. Até para alugar um quarto, é preciso autorização oficial. Pelo menos até recentemente, usar o próprio carro como táxi era ilegal.
9. A Internet é caríssima em relação ao salário de fome dos cubanos.
10. Os mercados públicos têm poucas opções e os funcionários (públicos) tratam mal os clientes.
11. A produtividade dos trabalhadores é baixa, já que ganham pouco e não têm chance de serem promovidos.
12. A sociedade é acomodada e sem ambição, nivelando-se por baixo.
Uma das fotos que ele mostrou como exemplo de riqueza e fartura mostrava uma padaria: o visual era tosco e só havia um tipo de pão à venda.
Em outras palavras, se a propaganda do defensor incondicional mostra que o lugar é uma merda, é porque é ainda pior do que parecia.
Até a insanidade tem seus limites...
O "movimento cetico" na internet me serviu para mostrar como tem gente burra e fanatica nesse mundo. E não me refiro aos crentes apenas. mais da metade do pessoalzinho da antiga STR pensava como o Claudio.
Inclusive eu.
Meu processo de cura começou em 2005.
O que me intriga é porque pessoas que foram expostas aos mesmos testes que eu conseguiram permanecer do mesmo jeito e na maioria dos casos piorou, uma vez que a cada ano o pensamento deles se mostrou mais na situação do que na oposição e o mundo piorou pra caralho.
Uma coisa pra citar é o politicamente correto.
Veio aumentando essa doutrina maluca e o resultado é um traveco que canta igual o Mickey Mouse como artista mais caro do país, um homem jogando na liga feminina de volley e outro enfiando a porrada em mulheres no MMA enquanto essa gente aplaude e acha o máximo.
É muito fácil ceder a uma ideologia que afirma que você é melhor que os outros:
- Religiões dizem que seus fiéis são melhores que os fieis de outras religiões e melhores que os descrentes;
- Ideologias Marxistas dizem que seus seguidores são paladinos do Processo Histórico e defensores dos fracos e oprimidos;
- Ideologias de Direita dizem que seus seguidores são defensores do legado do sangue, da honra e das tradições de seus antepassados, bem como paladinos da moral e dos bons costumes;
- Cientificismo ateísta prega que seus seguidores são os guardiões da razão contra o obscurantismo, a superstição, a ignorância etc, etc, etc...
No fim pouco importa se a religião em questão é um amontoado de maluquices, se a ideologia que defenderia os oprimidos terminou por oprimi-los ainda mais, se os tais antepassados nem eram grande coisa ou se os tais guardiões da razão não passam de Nerds que não conseguem pegar mulher.
Só fica na cabeça a ideia "eu sou melhor que ele".
Ideia sedutora.
Aí que mora o perigo.
Um dos grandes méritos do Religião é Veneno (e... sejamos justos, de seu fundador, aquele cujo nome não pronunciamos) foi que apesar de surgido como genérico da STR, desenvolveu personalidade própria, que nada tinha a ver com a masturbação positivista que caracterizava o fórum inspirador.
Tá bom... tinha gente talentosa na STR...
Mas a maioria ficava naquele papinho bobo de "achei e nomeei uma falácia, vejam como sou esperto..."
Enquanto isto, simultaneamente aos debates ultramoderados pelo Index Fallacia Prohibitorum da STR, no Religião é Veneno reinava a anarquia, limitada exclusivamente pela regra de não ofender outros participantes, só acionada quando se xingava a mãe.
Deu no que deu.
Nós estamos aqui e a STR não.
Olha, o que eu tenho visto de gente de intelecto absolutamente respeitável compartilhando coisas absurdas no FB me preocupa.
Uma coisa é você ter antipatia da direita, de suas pautas e principalmente por conta do comportamento de seus membros e não querer se dizer conservador, direitista, isso aí, ok.
O que eu tenho visto é gente que se toma de tanta antipatia que começa a embalar idéias totalmente absurdas e caricatas da esquerda apenas pra "irritar" a direita.
Quer irritar a direita? Aponte os erros dela, os compotamentos caricatos. Não vá por essa via de apoiar o outro lado quando esse por exemplo chama de "autonomia universitária" o tal curso sobre o "golpe de 2016".
- O servidor não aguentou o tráfego (e não tinha manutenção, como se descobriu depois)
- O servidor foi hackeado e "defaced", inclusive com o roubo de senhas, porque a segurança era precária
- O fundador era muito centralizador e resistiu a passar a administração a outros. Foi ficando de saco cheio e sem tempo e o site (que não era só o fórum) acabou meio abandonado. Mesmo sem os problemas acima, provavelmente não teria durado até hoje.
- País de direita: todo mundo quer ir para lá, mas dificultam a entrada
- País de esquerda: todo mundo quer ir embora, mas dificultam a saída